THE DOCTOR
OLA PESSOAL GOSTARIA DE DEIXA BEM CLARO QUE A FIC NAO E MINHA E SIM DO CARLOS BERT SILVA QUE ME DEU AUTORIZAÇAO DE POSTALA AQUI NO FLOREIOS.
CAPÍTULO 17
Eu fui extremamente rápido. Nunca saberei como consegui ser tão rápido naquele momento. “Accio Harry!”, eu disse com a varinha em punho, rezando para que o moreno não tivesse ainda se arrebentado quinze andares abaixo.
Foi um Harry nu, trêmulo e ofegante que eu e Gina recebemos de volta da janela do décimo-quinto andar. E em prantos. Em pedaços.
- Calma, querido – eu disse da maneira mais doce possível.
- Eu não agüento mais... – ele sussurrou antes de desmaiar.
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- Ele não agüenta mais... – repeti as palavras de Harry – É justo deixá-lo sofrer tanto? – pergunto para Gina.
A esta altura os jornais do mundo bruxo noticiam com estardalhaço que Harry Potter, o “Garoto que sobreviveu”, “O Eleito”, ou seja, lá o nome que estão lhe dando hoje, está doente. Não sabem que ele perdeu os poderes a três anos atrás. Apenas especulam as razões da sua enfermidade.
Gina me estende um copo de café. Há oito horas esperamos e eu me recuso a arredar o pé da maldita sala de espera do St. Mungus até que algum maldito medibruxo me fale sobre o estado dele.
Após o que parecia ser uma maravilhosa noite de amor (e foi!) entre eu, o moreno e Gina, Harry foi acometido por uma crise tão forte de dor, que, não suportando a agonia, atirou-se pela janela do nosso apartamento. Seriam quinze andares até o solo. Se eu tivesse demorado um segundo a mais para realizar um feitiço convocatório, a esta altura Harry Potter seria apenas uma lenda e uma lembrança dolorosa para mim.
No pouco tempo em que permaneceu consciente o moreno apenas havia se desculpado comigo e com Gina. Ele pensa que estamos tristes com ele por tentar acabar com a própria vida! É claro que o queremos vivo, mas compreendemos, e Gina mais do que eu, pois sentiu a sua dor, sua agonia e seu sofrimento. Se realmente o amamos, não seria melhor ajudá-lo a abreviar a sua dor?
Quando relato à ruiva as minhas dúvidas, ela, com os olhos brilhando, me abraça e esconde o rosto no meu peito.
- Hermione está a caminho – a ruiva me diz – Ela sempre soube o que fazer.
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Hermione Granger parece mais bonita cada vez que eu a vejo. Ela e Rony Weasley vestem imponentes capas de viagem, que fazem parte do uniforme dos aurores, de quem já fazem parte na condição de membros suplentes. Hermione disse para Gina que tinha a disposição toda a biblioteca do seu departamento, pois trabalha no setor de pesquisas e investigações. O lugar reservado apenas às pessoas mais brilhantes dentre o já seleto grupo que se dedica a combater as armações das trevas. Eles não estão sós, contudo. Paul Chi, o maldito curandeiro está junto com eles, bem como um homem mais velho que eu não conheço.
- O que esse desgraçado faz aqui? – pergunto sem nenhuma sutileza. O olhar que Gina dispensa ao mestiço oriental também não é dos mais amistosos.
- Eu disse que ajudaria – fala Chi, estranhamente tímido. De alguma forma, ele perdeu a arrogância que possuía anos atrás, quando o vi pela primeira vez.
- Esse é o Doutor Nickolas Grodjian – anuncia Hermione.
Ao lado do jovem casal e de Chi, está um homem imponentemente alto, de longas barbas e de roupas sóbrias, que parecem combinar de alguma forma com a sua tez morena e o seu nariz adunco. Claro... Nick Grodjian! O sujeito é uma espécie de guru daquilo que se convencionou chamar de “Nova Medicina Bruxa”.
Descendente de iranianos, russos, armênios e mais umas tantas nacionalidades, o curandeiro Grodjian nasceu nos Estados Unidos e faz muito sucesso por lá. Ficou famoso por misturar medicina bruxa e trouxa nos tratamentos de pessoas vitimadas por feitiços acidentais, ataques de animais mágicos ou atingidas em duelos.
Dois anos atrás havia recuperado o campeão norte-americano de duelos, que havia sido vítima de um feitiço involuntário, mas potencialmente mortífero, e esteve meses entre a vida e morte. As pessoas se dividiam entre considerá-lo um gênio ou um embusteiro sequioso de prestígio.
- Hermione, quero falar com você – eu digo contrariado, apontando para o outro lado do corredor, longe de Chi e do americano famoso. Gina nos segue.
- Ele é de confiança – a jovem me diz quando nos afastamos dos outros.
- Tudo o que o Harry não precisa agora é de mais um aventureiro querendo fazer sucesso às suas custas! – eu respondo.
- Eu pesquisei o homem, Draco. Ele tem umas idéias excêntricas, mas é sério e não é um oportunista como Chi. Confie em mim!
- Eu não quero mais um aventureiro se promovendo às custas do Harry e lhe dando falsas esperanças! – respondo contrariado. Várias horas num banco duro me deixaram em frangalhos e meu senso de humor um pouco pior.
- Você não é a única pessoa que ama o Harry! – responde a garota com veemência. Depois, como se estivesse arrependida me dá um abraço. Grifinórios são sempre surpreendentes...
- Desculpe, Hermione... – tento dizer.
- Não. Me desculpe você – ela diz com carinho – Eu entendo a sua preocupação. Mas eu usei todos os recursos à disposição do Departamento de Aurores para pesquisar sobre Grodjian. Ele é sério. E pode ser a nossa única esperança.
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Absolutamente abatido e quase a sombra do rapaz que ele era há poucos meses atrás. Essa era uma ótima descrição de Harry. O seu cabelo rebelde, sua tez pálida, sua respiração ofegante. Eu queria abraçá-lo tanto! Digo isso para Gina, que nesse momento está no quarto junto comigo e com o moreno.
- E por que você não faz isso? – ele me pergunta, quase sussurrando – Desculpa, Draco. Desculpa, Gina...
Eu realmente me abraço a ele. Gina também. Nós três derramamos muitas lágrimas naquele momento. A ruiva dá um beijo carinhoso nos lábios de Harry e nos deixa um pouco a sós.
- Você não tem com o que se desculpar, querido – eu lhe digo – Não sei se no seu lugar agüentaria metade do que você tem suportado.
- Eu não agüento mais a dor, ferir as pessoas...
- Shii... – eu o tranqüilizo, acariciando seus cabelos e beijando seu rosto – Eu amo você com todo o meu coração. Eu recorreria às artes das trevas se tivesse a certeza de curá-lo.
- Não se atreva! – ele fala tão alto quanto seu estado permite – Não se atreva, Draco!
- Não se preocupe. Não é uma solução. Eu já descobri isso. Há um médico americano aí fora que dizem que consegue fazer milagre. Dizem...
- Não sei, Draco. Não quero alimentar falsas esperanças, aumentar a expectativa e o sofrimento das pessoas. Principalmente de você e de Gina. Vocês têm me dado tanto...
- Como eu disse, Harry. Eu amo você mais do que eu imaginei amar alguém algum dia. Mais do que é saudável para um sujeito como eu. Eu não quero perder você. Me promete que vai tentar mais uma vez.
Durante minutos que parecem uma eternidade, Harry Potter olha para mim com seus maravilhosos olhos verdes. Como Gina disse uma vez, a gente pode se perder naquele olhar. E nunca mais querer encontrar o caminho de volta para casa. Não resistindo, eu o beijo com paixão. Ele retribui com ardor. Harry Potter continuava beijando como um deus. Aquele beijo só poderia significar um sim.
Quando nos afastamos, apenas porque precisávamos respirar, eu digo para o moreno:
- Farei tudo para que você fique bom. Mas prometo que não vou permitir que você sofraem vão. Eu amo você demais para exigir isso.
- Você quer dizer que...
- Eu quero dizer que amo você e que a vida sem você será muito triste. Mas não vou permitir que você sofra de novo.
Quando terminei de dizer as palavras que tinha obrigação de dizer para Harry, eu chorava copiosamente. Talvez eu nem tenha parado de chorar desde que o abracei e beijei. Quando o curandeiro entrou no quarto, acompanhado de Chi e Hermione, era Harry quem me confortava e a amiga do moreno sorriu feliz em nos ver abraçados. Mal sabia ela que havíamos celebrado um pacto de vida e de morte.
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Mais um capítulo! Não demorou (muito), não é mesmo! Continuo aguardando os reviews! Se vocês ainda estão lendo a fic, é claro!
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