Cidade do Faraó



Cidade do Faraó

Era uma noite fria. No céu escuro, a solitária lua envolvia a antiga e misteriosa Cairo, que em tempos antigos fora palco de um dos maiores e importantes impérios da história. A velha cidade estava repleta de pessoas com mantos de diversas cores, todos estavam saindo de seus trabalhos, na parte central da cidade. Na praça Tahrir se encontrava o imponente museu egípcio. Sua coleção era a mais importante quando se tratava de história egípcia, com um acervo invejável, mantinha sob sua guarda diversas estátuas de vários faraós, entre ele os de Tutâncamon. O responsável por esta sagrada coleção é Mohamed Musat, respeitado curador e especialista em arte, seu cargo de curador chefe fora passado por seu avô quando Mohamed estava apenas com vinte nove anos. Com o cargo foram também passadas diversas responsabilidades, como cuidar de assuntos e negócios da família. Ele era um homem de estatura média, seus olhos tinham uma cor verde amarelada, a barba por fazer e sua cabeça sustentava um turbante branco.
Musat estava em seu escritório abrindo suas correspondências, este parecia uma caverna, por causa de suas paredes de pedra com os mais diversos instrumentos. Na parede que ficava atrás se sua mesa de trabalho havia uma grande pirâmide dourada. Em sua mesa, além das cartas, se encontrava uma quantidade significativa de pergaminhos. Mas o que Musat acabara de ler era o que ele sabia ser o mais importante. Depois de terminar a leitura Musat sentiu em seu peito uma grande dor e em seu rosto havia uma expressão de agonia e ao mesmo tempo de preocupação.
- Não pode ser, como que ele descobriu isso? - pensou Musat.
Musat sabia que corria perigo. Seu segredo fora descoberto, e a qualquer momento ele poderia ser forçado a falar; pegou o rádio e começou a dar ordens aos guardas que estavam no museu:
- Quero que todos vocês fiquem atentos. Alarme vermelho. – gritou o curador.
Apesar do perigo que estava correndo ele sabia que tinha uma pequena chance de sobreviver, pois possuía em sua guarda particular um grupo de elite de aurores que fora designado para protegê-lo pelo próprio Ministro da Magia egípcio. Sendo um dos principais profissionais do país, Musat fazia parte de um seleto grupo de pessoas importantes do mundo da magia.
Nesse momento o rádio avisa:
-Senhor nossos homens foram cercados, temos várias baixas, precisamos de ajuda! – gritou o chefe da guarda.
Musat sabia que ficasse parado seria um alvo fácil, tinha que reagir, mostrar para seu oponente o motivo de seu avô lhe dar o mais importante segredo de todos os tempos. Relembrou os momentos de alegria que passou com seu querido e companheiro avô, momentos esses de felicidade e aprendizado. Nesse momento olhou em direção à porta, pegou a varinha que estava em seu cinto apontando-a
- Venha seu maldito, estou pronto para lutar.
A porta antiga estava fechada e era possível apenas ver a claridade que fazia na ante-sala. Nesse momento o interfone tocou. Musat olhou para o lado, deu dois passos e atendeu:
- Senhor, há um cavaleiro querendo falar com o senhor. – disse a secretária.
- Como ele se chama? – perguntou - de onde ele é?
- Ele disse que é um assunto muito importante, de vida ou mort...
Simplesmente a secretária parou de falar, havia apenas silêncio, e com a sua experiência de vida, sabia que isso era um grande problema. Ele agora estava preocupado com sua secretária e também com sua sobrevivência. Não havia mais saída, tinha que enfrentar o mau cara a cara.
Musat deu um passo a frente, e com cuidado abriu a porta, esticou o pescoço, olhou para esquerda e para direita, onde havia a mesa de sua secretária. – Onde ela está? – pensou, mas a resposta veio em seguida: No local onde normalmente a secretária sentava havia uma mancha negra, no chão um líquido denso também negro e ao seu lado, segurando o fone, havia um braço mutilado.
- Como sou um lord, tentei falar com você com toda a educação que eu pude aprender, mas a sua arrogância e seu complexo de apenas se relacionar com pessoas importantes fez com que a sua secretária pagasse.
Essa voz surgiu em sua cabeça como um pensamento que fora forçado a entrar; um desespero tomou conta de seu coração, empunhou a varinha e ficou apontando para todos os lados:
- Onde está você? Apareça assassino maldito!!! - gritou Musat, que agora estava na janela olhando para o imenso jardim e para o céu estrelado. Nesse momento, sentiu que seu pulmão começou a congelar, a respiração ficou mais difícil, em sua cabeça só havia pensamentos tristes e dolorosos, remorsos antigos vieram à tona. Reconhecia o que estava fazendo com que sentisse aquilo. Pensou em seus pais que foram mortos na guerra civil de seu país, olhou para baixo com tristeza e reparou em um dos seus aurores morto com sua cabeça girada 360 graus, fechou os olhos para ver se estava sonhando quando sentiu em sua garganta duas mãos lhe apertado, apontou a varinha e gritou:
- Expectro Patronum!!!!!!!!!!
Da ponta de sua varinha saiu um elefante prata que atingira o dementador , arremessando-o a vários metros. Musat olhou para o céu e viu que o dementador atingido não era o único, havia centenas sobrevoando o museu.
- Apareça, assassino de crianças.
Os dementadores começaram a se aproximar do telhado e como um enxame voaram em direção a Musat.
-Expectro patronum!!! -Expectro patronum!!! -Expectro patronum!!! -Expectro patronum!!!
A manada de elefantes saiu a toda velocidade em direção dos dementadores que um a um foram sendo atingidos. Contudo sobrara um dementador, que como um raio partiu em direção a Musat. Esse parecia diferente dos outros, era maior e tinha uma aparência humana, e suas costas possuíam grandes asas negras. O dementador agarrou os braços do curador com suas mãos podres, se aproximou do ouvido dele e disse:
- Agora, posso falar!
Extremamente surpreso, Musat olhou-o nos olhos e pensou: “Como? Isso é impossível, dementadores tem uma forma diferente de se comunicar, mas esse também pode falar!”.
- Lord Voldemort nos deu esse dom, ele é capaz de realizar coisas impossíveis.
-Expectro patronum!
Um elefante prata saiu da varinha e foi em direção do dementador que com um gesto simples agarrou-o pela presa e o jogou a vários metros.
- Como isso pode acontecer, nunca vi um dementador agir dessa maneira?
- O Lord das trevas fez com que nossa raça evoluísse, essa sua magia é fraca para nos derrubar. - o dementador se deslocou tão rapidamente que Musat não pôde ver seus movimentos.
Back!!!!!! Musat caiu no chão, foi atingido por um forte golpe nas costas, o dementador fora em sua direção olhou nos olhos de Musat e disse
- Você é meu! – e então se aproximou para dar o beijo fatal.
- Não! Ainda não, ele tem algo que preciso. Disse uma voz que vinha por trás do dementador.
Voldemort surgira, era um homem alto e branco, seus olhos eram vermelhos e usava uma longa capa preta.
- Busco informações sobre o santo-Graal, tenho informações que você é um membro da Ordem da Fênix, ou seja uma sociedade secreta criada para proteger um tesouro sagrado.
- Não sei nada sobre isso, sou apenas um curador.
- Tenho as escrituras sagradas que estavam na galeria principal, mas nesse documento está apenas parte do segredo, uma parte insignificante, a principal parte apenas o grão mestre da Ordem sabe, e você é um dos 4 grão-mestres. Agora diga onde estão as outras partes?
- O que?
-Crucio!!!!!!!!!!
Um raio saiu da varinha de Voldemort atingido Musat que começou a tremer como uma pessoa que estava com convulsão.
-Crucio!!! Crucio!!! Crucio!!! Crucio!!! Crucio!!! Crucio!!! Crucio!!! Crucio!!!
Os olhos de Musat estavam brancos, depois da tortura direta ele acabara vomitando uma quantidade significativa de sangue.
- Posso fazer com que seu coração saia de sua boca. Disse Voldemort.
- Você pode fazer tudo porém nunca irá tirar uma só palavra de minha boca, seu maldito mestiço!! Gritou.
Voldemort ao ouvir estas palavras contraiu seu rosto branco, seus olhos ficaram com um vermelho esbranquiçado e sua respiração começou a ficar pesada:
-......................
Musat começou a flutuar de cabeça para baixo, e de sua boca começou a sair um pedaço de alguma coisa que parecia carne.
- Sem seu fígado, você ainda poderá viver por algumas horas. Diga! Crucio, crucio...
- HAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!
- Lembrei de algo que o fará dizer tudo: sua filha trabalha próximo ao museu, algo a ver com ligações com trouxas. Será que ela iria gostar de receber uma visita alguns dementadores ou talvez de um grupo de lobisomens sedentos por carne fresca? Ela está grávida, não é?
- Não!!!!!!!!!! Não!!!!!!!!!! Não!!!!!!!!!! Não!!!!!!!!!! Não!!!!!!!!!! Não!!!!!!!!!! Deixe ela fora disso!!!
- Estamos em guerra, farei de tudo para ganhar. – Disse Voldemort.
- E eu não serei um soldado fraco.

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