Sentimentos



Após a saída do filho, Joann se sentia solitária. Sabia que algo iria acontecer. Sentia seu coração apertado e pedindo para que o filho voltasse o mais rápido que desse. Mas ela sabia que isso não iria acontecer. O filho iria passar mais um ano na escola. Voltaria apenas em feriados ou nas férias do fim de natal.
Dando um suspiro profundo, Joann continuou a preparar sua janta. Mais cedo que o esperado ficara completamente sozinha na casa, a não ser que contasse a presença do pequeno cachorro, Kan.
Kan não era o cachorro mais bonito ou mais inteligente da região. Segundo Phillipe, Kan mal servia para ser cachorro. Ele era um animal pequeno, do tamanho de um mini poodle. Era preto com os olhos amarelos. Seus pelos não eram longos, mas de um tamanho razoável para o cachorro conseguir embaraça-los a cada saída.
Joann sorria para o cão, mas ainda sentia o coração apertado.
‘Não se preocupe Joann. O seu filho está em mãos seguras.’ Disse uma voz próxima a porta que ligava a cozinha a sala.
‘Quem é você?’ Respondeu Joann, virando a face em direção ao desconhecido em pleno terror.
‘Sou o seu pior pesadelo. ’ Respondeu a voz misteriosa.
Joann apenas teve tempo para ver um longo capuz preto sobre a face do que a aterrorizava. Correu para a porta ao lado do fogão onde se localizava uma porta velha que nunca fora utilizada antes.
‘Droga! Está trancada!’ Joann murmurou apavorada, sentindo que o homem se aproximava lentamente, como se fizesse para que a mãe de Phillipe entrasse em pleno desespero.
A mulher correu para a sala, um aposento amplo com dois sofás brancos, que viviam com as marcas dos pés de Phillipe, uma televisão na parede e vários quadros. Tentou abrir a porta da sala e percebeu que também estava trancada. Era uma armadilha.
‘Por favor, não me mate!’ Suplicou Joann, com lágrimas escorrendo no canto de seus olhos.
‘Vim eliminar a sujeira que este mundo criou, trouxa. Vim completar o desejo de meu mestre. ’ Respondeu calmamente o encapuzado.
‘Eu sou mãe. Cuido do meu filho sozinha. Esforço-me ao máximo para tentar ajudar meu filho. Meu marido morreu e. ’
‘Cale a boca, sua imunda. ’ Disse o Comensal rispidamente ‘Não quero saber o que você tem ou não tem. Vim acabar com a sujeira deste mundo!’
‘Leve o que o senhor quiser e eu... ’
Um som. Um grito. Sangue nos quadros. Uma risada fria e cruel. Completo silêncio.

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Em Londres, Phillipe, Stella e Riven tomavam suco de abóbora enquanto conversavam.
‘Não acredito que Minerva morreu.’ Disse Phillipe totalmente incrédulo.
‘Pois é. ’ Disse Stella ‘A professora foi assassinada durante a noite. Dizem que um Comensal entrou em sua casa, trancou todas as portas e janelas sem ela perceber. ’
‘Ela ainda estava fraca do que aconteceu no fim do ano letivo em Hogwarts, quando levou vários feitiços no peito.’ Completou Riven.
‘Sim. E depois de trancar tudo, a surpreendeu enquanto escrevia em seu escritório. Dizem que havia sangue por todos os cantos do aposento.’ Disse Stella.
‘Nossa. E ela não conseguiu nem se defender?’ Perguntou Phil.
‘Não.’ Disse Riven ‘Não conseguiu nem pegar a varinha a tempo.’
Um silêncio inquietante seguiu o fim da frase de Riven.

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Remus Lupin aguardava Harry Potter próximo à casa dos Dursley para conversarem sobre o rumo da Ordem da Fênix. Infelizmente, fora deixado no comando da Ordem após a morte de seus dois líderes. Sabia que ambos teriam preferido Snape a ele. Mas o ex-professor de Defesa Contra as Artes das Trevas havia traído a todos e ainda por cima, assassinado o diretor. Agora era o dever de Remus cuidar do que Dumbledore e Minerva batalharam para conseguir. Ambos foram vítimas dos Comensais. Sabia que o próximo seria ele, mas não se preocupava com isso. Preocupava-se em passar tudo o que sabia para Harry.
Poucos minutos depois, um vulto magro e desengonçado apareceu ao fim da rua. Era Harry Potter.
‘Harry, que bom vê-lo. Pena que nosso encontro é para tratar de um assunto tão sério. ’
‘Olá Lupin.’ Respondeu Harry ‘Fiquei sabendo que McGonagall morreu. O que será da Ordem agora?’
‘Escute Harry. Eu sei que agora eu fiquei como líder da Ordem. É meu dever passa tudo o que conheço para você.’ Começou o lobisomem ‘Dumbledore me disse que você já sabia das Horcruxes e tudo mais sobre Lord Voldemort. Mas o que você não sabe, é que ele está atrás de um novo objeto, a varinha de Slytherin.’
‘Slytherin, como você sabe, foi um grande bruxo da era em que fundaram Hogwarts, e que o mesmo era um bruxo com grande poder maligno. A varinha de Slytherin existe ainda. Nela encontra-se poder mágico o bastante para que em um duelo com Voldemort, você seja morto. Você precisa se concentrar nas Horcruxes, Harry.’
‘Mas e a varinha?’ Perguntou o menino ‘Se Voldemort a encontrar, poderei ser morto.’
‘Não se preocupe com isso. Você não deve o conhecer, mas já foi enviado alguém para encontrar e destruir essa varinha.’ Disse Lupin, olhando em torno deles enquanto falava.
‘Quem é esse menino?’ Perguntou Harry com certa raiva nos olhos.
‘Tudo o que você precisava saber era isso Harry. Agora sobre as Horcruxes. Você, Mione e Ron devem procurá-las e destruí-las o quanto antes. Dumbledore avisou-me que você já tem uma noção de por onde começar. Então vá Harry. É perigoso ficarmos na rua com tantos problemas acontecendo. ’ Retrucou o professor.
Lupin estava certo. As ruas trouxas eram caixas de surpresa. Não se sabia mais onde poderiam encontrar um dementador ou mesmo um Comensal da Morte. Era extremamente perigoso estar na rua.
Harry acenou um adeus a Lupin e, num piscar de olhos, o mesmo não estava mais lá.

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