Reunião
Hermione estava preparando uns papéis para enviar ao primeiro ministro, quando escutou uma voz vindo da lareira:
— Mione! — disse uma mulher loira com expressão sonhadora chamada Luna Lovegood.
— Luna! O que aconteceu?
— Espera, já vou lhe dizer — disse a loira — Eu estava aqui preparando a edição de amanhã do jornal (O Pasquim agora é um jornal, O Profeta Diário faliu), e vi que o Sr. Bruns, nosso repórter, registrou um caso curioso que ocorreu hoje na hora do almoço, uma pessoa vestida com um sobretudo paralisou 5 trouxas para entrar em uma lojinha de produtos exóticos de trouxas. A loja foi roubada, a polícia foi acionada, mas nenhum auror ficou sabendo.
— Nossa! Não ficamos mesmo! O pior é que acho que eu, Harry, Rony e Gina vimos essa pessoa, a Gi até comentou que tinha achado muito estranho uma pessoa andar de sobretudo nesse calor que está fazendo. E você sabe como a situação foi resolvida, ou melhor, como fizeram esses pobres voltarem ao normal? – perguntou.
— Um dos nossos percebeu o alvoroço e os fez voltar ao normal de longe. Já está tudo resolvido, mas você não acha que deveriam investigar? Pois um bruxo em sã consciência não atacaria trouxas, não é?
— Claro, irei investigar — respondeu Mione.
— Bom então é isso, e se você descobrir alguma coisa, por favor, me informe para eu poder escrever alertando a comunidade bruxa se houver algum perigo para nós.
— Pode deixar, avisarei.
— Obrigada. Tenho que ir. Até mais.
— Até.
Hermione pensou com seus botões o que poderia fazer, chamou a secretária e pediu para esta dizer a Rony e Harry que ela os estava esperando dentro de 10 minutos na sala de reunião dos aurores.
— Mione, mal acabamos de chegar ao escritório e você já marca uma reunião — reclamou Rony, já na sala de reunião. — Nem meu café após o almoço eu tomei…
— Se quisesse tomar café depois do almoço, pedisse no restaurante mesmo — recrutou Hermione, furiosamente, (ela ainda não havia esquecido da sua possível loucura que Rony insinuara no almoço). — Mas o que eu tenho a dizer é realmente muito importante — disse a amiga com o semblante muito sério.
— O que foi, Mione? Você ficou séria tão de repente… — disse Harry assustado.
Hermione informou aos amigos o que Luna lhe contara. Assim que ela terminou de contar o ocorrido decorreu-se um minuto de silêncio.
— Nós podíamos ter impedido — disse Rony, culpado.
— Não adianta chorar sobre a poção derramada. Não estamos aqui para discutir sobre algo que não fizemos a uma hora atrás: estamos aqui para discutir a investigação. Eu sugiro um Feitiço de Parada Temporal — simplificou Mione.
— Não sei o que faríamos sem a sua objetividade, Hermione. Mas, voltando ao assunto principal, para nós investigarmos uma loja inteira de trouxas nos dará um trabalho dos infernos. Ainda mais em pleno dia. — observou Harry. — Precisaremos de uma permissão especial do Ministro e da chefe da Seção de Feitiços Restritos. Dizem que a pior coisa que se tem é fazê-la assinar um documento de tamanha importância, como o de um Feitiço de Parada Temporal.
— Eu já tenho as duas assinaturas — disse Hermione cansada. —Vocês se esqueceram que somos chefes da Seção de Aurores, sem contar que somos a cabeça da Armada de Dumbledore. E todos nós aqui temos uma Ordem de Merlin. Isso pesa, sabiam? De acordo com a lei que o Scrimgeor baixou faz uns três meses, nós prioridade para fazer um feitiço desse calibre, numa situação considerada por nós de risco. O Ministro e a velha sapa Umbridge (N/A: pois é a Umbridge ainda tah no Ministério) simplesmente não têm como nós impedir de fazê-lo. — terminou Hermione olhando para as caras de Harry e Rony, abobalhados com quantidade de informação que a amiga lhes dera em tão pouco tempo.
— Se você fosse professora em Hogwarts, Mione, simplesmente acabaria sua explicação de uma transfiguração humana em cinco minutos — elogiou Rony.
— Obrigada — respondeu Mione.
— Você já pegou aquele bando de objetos inúteis para fazer o Feitiço de Parada Temporal? — perguntou Harry, bocejando.
— Já. — respondeu Mione, mostrando eficiência — Agora é só chamar a Gina para servir como Guardiã do Tempo.
— O que? A Gina que vai ser a Guardiã?! — exclamou o ruivo.
— Por que não? — perguntou Mione — Gina tem poderes suficientes para ser uma. Ou…
— Ou o que, srta. Granger? — perguntou Rony irritado.
— Ou você não confia na sua própria irmã? — perguntou a amiga espertamente.
— Lógico que confio na Gina! — respondeu o ruivo rispidamente.
— Ótimo! Como não temos mais nenhum problema a ser resolvido podemos ir! — exclamou Hermione feliz, já se levantando e se dirigindo a porta da sala de reuniões.
— Não confio nessa felicidade da Mione. E vocÊ? — sussurrou Rony para Harry sombriamente, enquanto a amiga desfazia a série de feitiço que ela mesma implantara na sala assim que os três entraram.
Harry nada respondeu, apenas balançou afirmativamente a cabeça.
— Vamos logo. — pediu Hermione, ainda feliz, já fora da sala. — Nós temos que encontrar a Gina e depois se vocês quiserem ir pegar alguma coisa útil na casa de vocês para a investigação.
— Mione, como você consegue ficar feliz após saber que teremos um trabalho chatíssimo? — perguntou Rony.
Hermione apenas lançou um olhar que parecia que estava dizendo: “Cale-se agora, Wealey. Não atrapalhe esse meu momento ‘de surto’.” Imediatamente, Rony se calou.
— Eu quero ir pegar um Estojo de Poções Investigação e a minha Capa da Invisibilidade — informou Harry, tentando fazer a conversa voltar ao tópico inicial.
— Eu acho bom eu ir à loja dos gêmeos para pegar alguma coisa para tirar os trouxas lá de dentro — disse Rony, saindo do estado de “estupor” que Mione lhe "induzira".
— Eu já peguei tudo do que eu vou precisar — disse Hermione, com a voz um pouco feliz ainda. — Já sei, vocês vão pegar o que querem enquanto eu chamo Gina. Está bem?
— Claro — respondeu Harry.
— Nós encontramos na nossa sala, em dez minutos. O.k.? — disse o ruivo.
Os dois concordaram com a cabeça e já desaparataram para seus destinos.
=*=
— Sr. Potter! — gritou Dobby quando viu Harry entrando em casa. — Em casa a essa hora? O que aconteceu? — indagou o elfo com a voz preocupada.
— Nada com que você precisa se preocupar — tranqüilizou Harry seu pequeno amigo. — Só preciso da minha Capa e daquele estojo de poções que o Slughorn me deu. Você sabe onde eles estão?
— Eles estão no seu escritório, dentro daquele refrigerador que o senhor põe suas poções para conservá-las, Harry Potter. E sua Capa da Invisibilidade está dentro do Baú dos Segredos — disse Dobby.
— ‘Brigado, Dobby! — agradeceu Harry.
Harry subiu as escadarias de sua casa, chegou ao seu escritório, abriu o refrigerador e lá encontrou aquele estojo de poções que ganhara do Slughorn. Ele ainda podia se lembrar de quando ganhara aquele kit: eles estava ainda em Godric’s Hollow quando uma coruja chegou carregando um pacote relativamente grande. Junto com o pacote vinha um bilhete:
"Caro Harry,
Acabo de me lembrar do que me disse na cabana do Hagrid, naquela noite que a Aragogue (acertei o nome?) foi enterrada. Me lembrei do que você me disse que era o escolhido que precisava da verdadeira lembrança daqueles malditos objetos (não me atrevo a citar o nome) para fazer o que é necessário. Então, para facilitar sua busca, preparei este Estojo de Poções para Investigação. No embrulho há o Estojo mais um Baú dos Segredos. No Estojo, há um frasco de Veritaserum, Poção Reveladora de Marcas Ocultas, Solução para Revelar Encantamentos, Poção para Preservar mais algumas poções também muito úteis. O Baú dos Segredos é um baú que possui uma trava inquebrável. Nele você pode guardar qualquer obejto que ninguém conseguirá pega-lo. Espero que estes materiais sejam úteis.
Boa Sorte!
Prof. Slughorn"
E como aqueles objetos foram úteis. As outras “poções também muito úteis” salvaram, literalmente, sua vida.
Harry percebera que já estava em sua casa há quase dez minutos. Proferiu as palavras para abrir o Baú e tocou o tocou levemente apenas para indicar que era ele que estava abrindo e pegou a Capa e, rapidamente, a pois dentro de uma bolsa. Ele desceu as escadarias, se despediu de Dobby e rapidamente aparou em seu escritório no Ministério.
=*=
Rony aparatara na Gemilidades Weasley para pegar algo para afastar os trouxas. Os gêmeos conseguiram fazer muito dinheiro com a loja: além da loja no beco Diagonal, também tinham em Hogsmead (a Zonko's fechou quando Voldemort “mostrou as garras” e abriram novamente após que o mesmo caiu, mas os gêmeos já haviam ganho todo mercado), e já pensavam em abrir outra em algum vilarejo bruxo.
— Olha o que os ventos nos trazem, Jorge! — exclamou Fred.
— Mas não nosso amado irmão: o Roniquinho, o Grande Aurour! — disse Jorge, complementando o que seu irmão havia exclamado.
— Vão se… — começou Rony.
— Não termine o que ia falar maninho: não são palavras apropriadas para um chefe de Seção de Aurores. Ninguém te falou isso? — zombou Fred.
— Mas, nosso adorado Grande Auror, o que lhe traz aqui? — perguntou Jorge.
— Eu preciso do seu melhor produto para afastar pessoas de um lugar, mas que não chame muita atenção — disse Rony.
— Uhnnn…por quanto tempo? — disse Fred.
Rony pensou um pouco, pois não sabia quanto tempo eles levariam para executar o Feitiço de Parada Temporal.
— Meia hora. — chutou Rony, esperando que estava dando um bom prazo.
— Serão bruxos ou trouxas? — perguntou Jorge astutamente.
Rony pensou um pouco: não sabia se deveria falar que serão trouxas ou se eram bruxos. Ele acabou por decidir que ia enrolar um pouco.
— Qual é a diferença? — indagou Rony.
— Se for para trouxas é mais fácil, pois eles dificilmente conseguiram se livrar. Se for para bruxos, a coisa complica… — respondeu Fred.
— Uhnnn — tentou Rony ganhar tempo. — Para bruxos. Mas tem ser uma que não seja muito espalhafatosa.
— Certo… Te sugerimos um pacote de Miragens Egípcias — sugeriu Fred.
— O que vem a ser “Miragens Egípcias”? — quis saber Rony.
— Miragens Egípcias fazem a pessoa começar a miragens com armadilhas. A pessoa meio que vê armadilhas por todos os lados e acaba entrando em pânico! — esclareceu Jorge diante da cara que Rony normalmente fazia quando não entendia nada (N/A: essa kra do Rony é mais ou menos assim: com a boka aberta, quase babano; com os olhos desfocados).
— Mas e se a pessoa tiver qualquer tipo de problema cardíaco e ter um infarto ou um ataque?! — perguntou Rony, assustado.
— Nós pensamos nisso também: elas assustam, mas não permite que a pessoa sofre muito. Nós só queremos divertir não matar.
— Mas por que egípcias? — perguntou novamente Rony
— Não são armadilhas normais, meu caro Roniquinho. São armadilhas egípcias: aqueles dardos que saem da parede, pedras rolantes que esmagam a pessoa, etc. Mas é especialmente egípcias porque a maioria dos feitiços protetores que os egípcios punham nas tumbas que não eram tão importantes eram Feitiços de Ilusão, se lembra daquele viagem ao Egito? Nós tiramos algum proveito — disse Fred.
— Ah ‘tá… — respondeu Rony.
— Acabou o interrogatório, senhor auror? — zombou Fred.
— Engraçadinho… — disse Rony em resposta. — Me dê três caixas então.
— Aqui estão suas caixas de Mirangens Egípcias... — disse Jorge, entraganda a Rony as caixas com gesto muito espalhafatoso. Imediatamente Rony desaparatou.
— De nada, viu, Roniquinho — disse Fred em voz alta para as paredes.
=*=
Harry havia acabado de aparatar na entrada do Ministério. Agora o Salão de Entrada estava muitissímo diferente que nove anos atrás: a fonte, que fora totalmente destruída no duelo de Voldemort e Dumbledore, ficara dois anos servindo como portal para um mundo seguro de Voldemort (o doentes, que haviam sido infectados com os vírus bruxos mortais considerados extintos lançados pelo terrível Lord das Trevas, foram para lá) e agora era uma bela fonte de água pura com uma imensa estátua de Dumbledore (muitos foram contra a construção do tal estátua, pois sabiam que Dumbledore não queria isso pra se lembrarem dele); não havia mais nenhuma lareira; também estava bem iluminado por mágicos raios solares, mas a noite uma bela lua aparecia; e não era mais salão, era um jardim.
— Ralph, — chamou Harry — Rony ou a Hermione já chegaram?
Um bruxo saiu de trás da edição d'O Pasquim. A cara dele mostrava profundo ódio por alguém tê-lo chamado, como se o tivesse obrigado a parar com um ritual diário importantíssimo.
— Não — grunhiu em resposta o bruxo, que mais parecia um trasgo.
— Ok... — respondeu Harry — diga a eles quando chegarem que eu estarei na nossa sala, por favor.
Ralph fez um barulho meio estranho com a boca, Harry entendeu que o que o porteiro fez com a boca era um sinal afirmativo, pois já havia se acostumado com o porteiro.
"Olha só onde nós estamos, tentando interpretar sons. Que decadência." Pensou Harry.
O moreno não teve que esperar muito: Rony logo chegou.
— E aí, cara? — comprimentou o ruivo. — 'Tô muito atrasado?
— Que nada: acabei de chegar. — respondeu Harry.
— E a Mione já chegou? — perguntou Rony, se sentando em frente a mesa de Harry.
— Não.
— Ufa! Nem queria ver a bronca que ela ia me daar se eu chegasse atrasado — disse Rony — "Você atrasou totalmente a nossa investigação, Ronald Weasley! Você sabia que nós podemos ter perdido milhares de pistas?! Você é um irresponsável!" — continou o ruivo imitando, sombriamente, o tom de voz da amiga quando ela brigava com ele.
Os dois explodiram em risos. Passaram-se uns quinze minutos e Hermione não aparecia.
— Rony, 'tô començando a ficar preocupado... A Mione jamais se atrasa para qualquer coisa — comentou Harry, com voz preocupada.
— Verdade... É melhor nós irmos procurá-la — disse o ruivo já se levantando.
Quando os dois estavam perto da porta, quase a abrindo, Hermione entrou na sala, com a expressão muito assustada.
— Rony... Harry... — chamou a amiga, tentando recuperar fôlego.
— O que foi, Mione? — responderam os dois amigos ao mesmo tempo.
— A Gina...
— O que aconteceu com a Gina?! — gritou Rony.
—... Foi... Atacada...
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