Lembranças, discussões e uma p



Sete anos. Sete anos se passaram. Há sete anos que a vida de um adolescente tornara-se um verdadeiro inferno. Mas desde pequeno ela fora um inferno: ele perdera os pais com um ano de vida; fora morar na casa dos tios, onde era maltratado; na escola não tinha amigos. Mas quando ele completara onze anos sua vida mudara. Jamais esqueceria daquela noite, noite em que completou onze anos, dentro de um casebre caindo aos pedaços, em que um gigante entrou e disse:

— Você é um bruxo, Harry.

Desde então sua vida mudara muito. Ele fora para a escola para aprender tudo o que seus pais sabiam. Em Hogwarts, ele fizera amigos e inimigos… Um dia, ele salvaria a tão amada escola, sua segunda casa, com a ajuda de seus verdadeiros amigos. Durante o “salvamento”, muitos o traíram, partindo para o lado de Voldemort, aquele que traçou o destino de Harry desde o momento em que matou seus pais.

Ele já não era mais um garoto baixo e magricela, que não conhecia nada sobre magia e vida. Já tinha passado por maus bocados e conseguira superar todos.

— Vamos, Harry, o garçom está esperando você pedir — disse uma mulher, de cabelo castanho escuro muito cheio, que possuía uma inteligência invejável — Você está aí parado olhando para sei lá onde, quase babando.

— Deixe o Harry, Hermione — disse um homem ruivo, muito alto, com algumas sardas no rosto.

— Rony, só não te respondo como merece, pois hoje é um dia muito especial. — murmurou Hermione.

— Acabamos de chegar e você já estão brigando! — resmungou uma ruiva, com cabelos longos, de olhos verdes — É incrível como certas coisas nunca mudam…

Rony e Hermione fitaram Gina de tal maneira que Harry achou impossível ela sair viva daquele “fuzilamento”.

— Nós não estávamos brigando, Gina — disseram Rony e Hermione.

— Era uma simples discussão entre amigos, minha adorável irmã — disse Rony.

— Claro… E eu vou ser diretora de Hogwarts com trinta anos. — respondeu Gina com ironia.

Todos começaram a gargalhar. Mas eles não estavam rindo como pessoas normais riem. Pareciam mais um bando de loucos que haviam escapado do Saint Mungus.

Alguns minutos depois, Hermione fizera uma boa observação:

— Por que nós rimos tanto? O que a Gina falou nem tinha tanto graça assim.

— Verdade — concordou Harry. — Somos felizes! Nos desculpe —pediu Harry ao garçom. — Já vamos fazer o pedido.

Rapidamente os três leram o menu daquele pequeno restaurante.

— Quatro roasbeef [i](N/A: num sei se é assim q escreve)[i] — concluiu Harry.

— O que os senhores querem para beber? — pergunto o garçom.

— Um suco de laranja para mim — pediu Mione.

— Dois sucos — corrigiu Gina.

— Três — disse Rony.

— Mais um para mim, então — completou Harry.

Aguardou-se um momento para que o garçom terminasse de anotar o pedido dos quatro.

— Quatro roasbeef e quatro sucos de laranja — confirmou o garçom. Os quatro amigos confirmaram com a cabeça. — Mais alguma coisa?

— Nada por enquanto. — falou a ruiva.

O garçom se retirou para levar o pedido deles.

— Certeza que este restaurante é bom? — perguntou Rony à Hermione.

— Pelo menos era quando eu tinha dez anos — respondeu Mione.

— Alguém sabe de quanto foi o jogo dos Tornados contra os Chuddley Cannons? — perguntou Gina.

— Trezentos e sessenta a cem para os Cannons. — informou Rony.

— Uau! — exclamou Hermione. — Ou os Cannons são muito bons ou os Tornados são realmente ruins.

— Os Cannons que são muito bons. — especificou Rony.

— Rony, você é muito suspeito para nos informar qual dos times é melhor: você é fanático pelos Cannons. — comentou Harry.

O ruivo fez uma careta para todos os presentes, e os outros três riram. O resto do almoço transcorreu muito bem. Eles conversaram sobre diversos assuntos: o Ministério, Quadribol, relembraram os bons tempos em Hogwarts.

— Olhem ali — disse Gina, apontando para uma pessoa extremamente esquisita: ela estava usando um sobretudo preto em pleno verão, muito volumoso, com um chapéu muito feio e tinha uma cara de assustada, mas destinada ao mesmo tempo.

— Até para um bruxo esse cara está meio estranho — comentou Rony.

— Meio, não. [i]Totalmente[/i] — corrigiu Harry.

— Às vezes é algum louco que conseguiu escapar do sanatório. Existe algum aqui perto? — perguntou a ruiva.

— Tem um a algumas quadras daqui… Mas é meio estranho alguém conseguir escapar de um sanatório. A segurança, eu acho, deve ser muito grande… — respondeu Mione.

— Mas não dizem que toda pessoa inteligente é meio louca? Vejam nossa prova viva — disse Rony apontando para Hermione.

— Cale-se, Ronald — respondeu a amiga.

Todos começaram a rir. Eles ainda ficaram meia hora no restaurante.

— Acho que está na hora de voltar ao escritório, estamos em cima da hora — disse Rony.

— Verdade… — disse Harry reprimindo um bocejo. — As coisa tão muito chatas por lá. Muita burocracia. Pelo menos há alguns anos atrás, nós tínhamos ação…

— Ah Harry, eu não gostaria de reviver tudo aquilo novamente — disse Hermione — Só um louco gostaria...

E lembrando do que Rony tinha dito minutos atrás todos riram.

Depois de várias risadas e de broncas de Hermione, que retrucava dizendo que ela não era louca e que não conhecia nenhum inteligente louco (E Dumbledore não era?! — lembrou Rony) os quatro se despediram. Rony, Mione e Harry foram até a cabine telefônica quebrada, que na verdade era a entrada de visitantes do Ministério da Magia. Rony, que adorava a sensação de aparatar, insistiu que eles deveriam ir desse modo, mas os outros dois acharam besteira, pois a cabine era muito perto do restaurante.
Os três se espremeram lá dentro, Harry tomou o gancho e digitou 62448. A voz feminina (já conhecida) perguntou quem era e o motivo da “visita”:

— Harry Potter, Seção de Aurores. Hermione Granger, Seção de Aurores e dos Elfos. Ronald Weasley, Seção de Aurores. — disse o ruivo entediado.

— Obrigado — disse a voz feminina.

— Por que nós não ficamos em casa aproveitando o resto do dia?Afinal, somos os chefes da Seção de Aurores, não somos? Tem tanta gente que só é funcionário e falta pelo menos umas cinco vezes no mês... E nós nem podemos ter esse gostinho. É injustiça!!!— disse em tom sarcástico já sabendo que a amiga retrucaria a seguir.

— Por que será? — disse Hermione em tom de quem está pensando. — Será porque nós cuidamos da segurança bruxa de todo Reino Unido?

— Engraçadinha — respondeu Rony brincando com a moça.

— Rony! Não brinca com coisa séria! A vida de milhares de pessoas depende de nossas decisões! — Disse uma Hermione muito irritada.

— Relaxa Mione, não vê que ele só está te provocando? — disse Harry.

— Rony! Um idiota, isso que você é! Adora me provocar! — disse Mione ainda mais irritada (se é que isso era possível).

— E você é uma tontinha que ainda não sabe diferenciar quando estou falando sério ou quando não. Nem parece que você me conhece há mais de 14 anos!

— Francamente, vocês dois não mudam — reclamou Harry — Vamos trabalhar logo, porque como disse a Mione “a vida de milhares de pessoas depende de nossas decisões!”.

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