Honolulu



Antes de tudo, esses são dados atuais, e não da década de 1970. Não tive capacidade de achar.

Honolulu

- Cadê as choupanas pobres com um bando de surfistas com horríveis cabelos louros oxigenados com o corte mal feito e o nariz descascando por causa do sol e pele grudenta de quem fica no mar semanas e não toma banho, vivendo no nada com o lema “Paz e Amor”? – perguntou Mandy andando com os amigos no centro da cidade.

Honolulu era um cidade, nossa!, muito grande. Edifícios disputando lugares na costa litorâneas com quiosques de formas legais, tudo com uma mistura de modernidade e praia. Tudo muito bonitinho.

- Mandy, Honolulu é a quinta maior cidade dos Estados Unidos, perdendo para New York, Los Angeles, Boston, San Francisco, se não me engano.

Todos os outros falaram legal, eu não sabia ou coisas ao gênero. Menos Tiago, que bufou.

Na longíssima caminhada para a cidade, a verdade é eu nem se falaram, nem se quer ousavam olhar um para a cara do outro. E isso foi desde o café até agora. Não por falta de vontade (Tiago queria saber muito o que havia acontecido com Lílian e Lílian queria saber como Tiago sabia daquelas palavras), mas alguma coisa, alguma coisa que eles não sabia o que era, os impedia de falar um com o outro, aparentemente com medo do outro resolver insistir no assunto.

- E agora, para onde vamos?

- Sei lá...

- Como assim não sabe? – esbravejou Tiago – Foi você quem nos arrastou para cá. E agora não sabe para onde vamos.

- Não – falou Sirius fazendo a cara de uma pobre criancinha inocente.

- Então o que tal irmos para a Mares da Magia? – Sugeriu Lílian. Era a primeira vez naquele dia que ela entrara na mesma conversa que Tiago. No mínimo estranho demais. Principalmente pela pessoa que respondeu.

- O que é Mares da Magia – perguntou Tiago, seco, duro e áspero feito pedra sabão.

Lílian respirou fundo. Uma briga não. De novo não. Na frente de todo mundo não. Não!

- Mares da Magia é o Beco Diagonal de Honolulu. Pelo menos parece, pelo que o Prof. Dumbeldore escreveu na carta. Mas também parece que é uma lojazinha de nada.

- E onde é que fica isso?

- Não sei, Sirius. Não me lembro onde fica.

Tiago fingiu não se importar se Lílian chamasse Sirius, já que, bom, nem ele sabe, mas de alguma maneira estava brigado com Lílian. Mas ele estava muito irritado por dentro. Por que agora ela chamava o melhor amigo dele pelo nome e para ela ele era só o idiota do Potter que nem tem primeiro nome? Pra provocá-lo? Quem o dera!

- Então como você acha que vamos a encontrar?

- Ah! Não pergunte a mim, Remo! Faço a mínima idéia. Não estou com o bilhete dela para saber! Acho que ele falou em alguma coisa sobre um cruzamento.

- E qual é, Srta. Inteligência? – caçoava Tiago, sem saber por que fazia algo tão ruim como isso – Será que a minha humilde burrice seria pária para sua inteligência colossal. Vejamos – e fingiu fazer um enorme esforço apara pensar e terminou com uma voz doce de criança – acho que não sabemos onde fica!

Lílian revirou os olhos, desaprovando. No seu intimo, mas bem escondido, ela queria aquele Tiago que habitava no rapaz antes. Esse era um imbecil que respondia a ela. No mínimo outro a paparicava.

- Certo, nós não sabemos mesmo! Isso não nos impede de procurar!

- Procurar aonde, Evans. Você sabe o tamanho dessa cidade? Olha para frente e veja uma parte dela!

- E você está fazendo outra coisa? – Lílian já começava a se exaltar. – Ou você não consegue andar?

Mandy viu que se deixassem as coisas como estão, resultaram uma briga na frente de Honolulu inteira. Se bem que eles brigavam na frente de toda a escola... Mesmo assim ela podia impedir uma batalha parecida coma de ontem.

- Vamos fazer o seguinte – ela tentou intervir sabiamente – vamos dar uma voltinha pela cidade, e se encontrarmos a tal da loja não-sei-das-quantas nos daremos uma espiada dela.

- Ótima idéia, Mandy!

Houve uma aprovação geral, apesar dos tudo bem de Lílian e do O.K. de Tiago, ambos com tons raivosos.

- Então vamos...

Um tempo depois...

Os cinco amigos estavam em um quiosque litorâneo perto das palmeiras, assentados em uma mesinha de madeira com um guarda sol desnecessário vermelho, comendo algo que camarão. Já haviam andando absurdos naquele dia. Mandy havia acabado de ir para o bar e restaurante para compra mais daquele negócio com camarão, que já estava acabando.

E nada de achar o tal Mares da Magia.

Como não podiam sair pelas ruas perguntando se alguém sabe da loja, já que todos eles não são bruxos, essa busca era muito difícil. Não viram nenhum bruxo pelas bandas daquela ilha. Em nenhuma placa de nenhuma loja estava escrito o nome daquele lugar. Estava muito difícil encontrar.

Quem sabe o melhor a fazer era desistir de procurar...

- Quem sabe o melhor a fazer era desistir de procurar?

- Oras! Porque... –mas ela parou de falar quando viu uma cabeça loura pintada perto deles, aparentemente os espiando de forma disfarçada. Não podia ser, se a memória de Lílian não estivesse falhando era a...

- Lola! – berrou Lílian, quando ela tirou a cabeleira da cara e deixou a vista o brilho dos olhos cheios de ambição.

A mulher virou para ver quem estava gritando com ela (seria realmente com ela?). Se aproximou deles confiante demais, parecendo que os conhecia. Mas pouco tempo depois mudou de expressão, para uma confusa.

- Vocês estavam falando comigo?

De perto Lílian pode perceber que ela não era Lola. Seu cabelo era mais curto, havia algumas sardas no rosto e os olhos não eram negros, e sim verdes. Mas a cor daquele cabelo pintado era dela, aquele brilho de ambição nos olhos dela pareciam, pereciam a outros olhos... não pareciam se encaixar em algumas coisas do roso... em todo rosto

- Você não é Lola Fernandes?

Por pouco Tiago e Sirius não riram da cara de Lílian. Como ela conseguira confundir Lola com a moça? Elas só se viram uma vez na vida e em outro continente.

- Lola Fernandes? Não, não! Meu nome é Charlotte.

- Er... – Lílian parecia no mínimo muito embarasada – me desculpe.

- Não precisa pedir desculpas, querida. Todos desse mundo se enganam. Uma vez me confundiram com una garota se não me engano chamada Anne, não Anita. O problema era que essa Ann era procurada pela polícia, e quem me confundiu foram os policiais, e tive que dormir na delegacia, e só no dia seguinte consegui provar que não sou essa Anna. Parece que existem muitas pessoa pelo mundo parecidas comigo.

- certo.

A moça loura se afastou dos garotos. Mandy alguns minutos depois voltou com uma grande quantidade daquele negócio com camarão. Como não é boba, logo percebeu a cara de riso dos meninos e a cara vermelha de sua amiga.

- O que foi?

- Nada, só a sua amiga confundindo as pessoas com gente que esta a uns mil quilômetros de nós.

- Como assim.

Lílian explicou o ocorrido, de vez em quando sendo completada por Remo, já que Tiago e Sirius a deixavam embaraçada em sem fala de vez em quando de tanto rirem. Mandy depois de ouvir tudo também riu, mas só um pouco.

- Lilly, como você pode? A tal da Lola está na Inglaterra e nos estamos no Havaí! Ela está além do mais trabalhando lá na Cereja! Só se ela entrasse de férias ontem e em seguida viajar para cá!

- Nossa! Eu confundi, todo mundo se confunde de vez em quanto! E vamos embora!

- Por que, acabamos de chegar, Evans!

- Daqui a pouco vai começar a chover aqui.

Apontou para cima. As nuvens pareciam estar carregadas, típicas do clima tropical, o qual eles não estão nada acostumados.

E eles foram em silêncio para a casa de férias de Dumbledore. Alguns metros antes de chegar no lugar uma fraca chuva começou a descer, e só se fortificou querendo os jovens abriu a porta da casa. Uma sorte.

Foi uma briga para o banho, já que todos eles queriam se livrar daquela roupa molhada logo. Enquanto todos brigavam, Sirius foi mais esperto e saiu de fininho para o banheiro, deixando os outros com raiva. Remo também se mostrou inteligente: não esperou para tomar um banho, foi para seu quarto e trocou suas roupas encharcadas por outras enxutas, ainda sujo.

Molhada, Lílian preparou um belo caldo muito quente para esquentar a todos e serviu primeiro para Tiago. Com isso, acabou mostrando para os outros que não era muito bom para a saúde tomar caldo muito quente sem o assoprar.

Alguns poucos dias se transformaram em uma espécie de prisão para eles. Não tinha sol, só chuva forte e gelada. Olharam vários minutos para as ondas fortes que quebravam lindamente para seus desespero, já que não podiam entrar no oceano.

Talvez a única coisa boa que tenha acontecido foi Mandy ter achado a carta de Dumbledore, achando o endereço do Mares da Magia, que para não perderem de novo, colaram na porta da geladeira com um imã de concha obviamente pintada de salmão.

Por que, um dia eles irão de novo à Honolulu e vão ter que saber onde fica a loja, não é?

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