Órfãos
Virou-se, e com o susto acabou soltando o copo que se espatifou ao encontrar o chão. Severo Snape se encontrava sentado em uma das muitas cadeiras da cozinha da Toca.
--------------------------------------------------------------------------------
--Me responda Potter... Quando terá forças para acabar com essa ilusão inútil? –Snape sorriu de forma enviesada.
Harry procurou a varinha no cós da calça e com horror a viu de forma despretensiosa entre os dedos de seu antigo professor.
--Eu não poderia pegar essa varinha sem que você percebesse no mundo real Potter!
Um calafrio tomou conta do garoto, que permanecia imóvel em frente à impassível figura negra a sua frente.
--Então... O que você fez ontem, moleque? Hã?
Harry sentiu as pernas fraquejarem ao ponto de não conseguir mais se manter em pé, ele levou as mãos ao rosto e o cheiro de sangue encheu suas narinas. Suas mãos sangravam muito em volta de uma bandagem suja, sentia a barba por fazer rasgando a sua pele, suas roupas encharcadas de água podre e todos os músculos de seu corpo reclamar da dor.
--Este mundinho perfeito que você imaginou é feito para lhe matar moleque, se não acordar nunca sairá.
--AHHHHH! O QUE VOCÊ FEZ COMIGO? –Harry tinha espasmos e sentia frio, a dor o curvava e ele caiu sem forças.
--Eu só o fiz acordar...
--HARRY! O que houve com você? –A voz de Gina encheu o aposento e suas mãos delicadas tocaram os ombros do moreno. –O que você está fazendo deitado desse jeito na cozinha?
--Gina! O Snape! Ele esta aqui! Você tem que fugir!
--Harry! Não tem ninguém aqui... E você vai me dizer o que você esta fazendo deitado no chão da cozinha?
--Eu não consigo levan— Harry de repente notou que a dor não existia mais, suas roupas estavam secas e nunca estiveram tão bem fisicamente como ali perto da ruiva. –A minha varinha, ele pegou!
--Harry a sua varinha está bem aqui no cós da sua calça! –Gina roçou os seus dedos nas costas do garoto e de leve venceu o tecido que separava seus dedos da pele do moreno. –Viu? –Ela sussurrou no ouvido do garoto fazendo uma onda de calafrios desce pela espinha do mesmo. –Eu achei que você iria subir para o seu quarto... –Gina deu um sorriso e de leve repousou sua mão no tórax do rapaz. Harry, enfim percebendo tudo, segurou a mão da garota com melancolia.
--Gina me deu um frasquinho que costuma a ficar aqui, exatamente onde você colocou a mão... E disso eu não vou me esquecer nunca!
--O que você está falando bobo? Anda, vamos subir!
--Não Gi! Agora não dá mais para continuar aqui...
--Mas não é aqui que você quer ficar? –Aquela Gina bateu o pé e cruzou os braços. –Eu não te entendo! Não é isso que você quer?
--É! Sempre será... Mas antes eu tenho fazer o que tem que ser feito... –Harry sentiu o sangue escorrer pelas mãos mais uma vez, mas o vermelho não manchava Gina que ele agora envolvia, ela continuava linda e indiferente as roupas sujas e rasgadas e a aparência real e miserável do garoto.
--Harry fica aqui! É melhor para você!
--Talvez, mas não é o melhor para você... Você esta me esperando! E eu tenho que acabar com tudo isso e voltar para você!
O garoto a viu sorrir enquanto sua imagem se mesclava com o fundo da tão querida Toca, ela fechou os olhos e se foi. As cores agora giravam em frente aos olhos do garoto e ele já sentia o embargo na garganta e as dores no corpo antes mesmo de enxergar as frias pedras da armadilha de Tom.
--Eu estou esperando por você...
Harry ficou ali parado, deitado no chão encarando todas as falhas de rejunto antigo do teto subterrâneo e mal cheiroso, uma coisa veio em sua mente meio como uma conclusão vagarosa. Havia luz no aposento... Vinha de algum canto, seria da sua direita ou da sua esquerda? Importava agora? Ele não saberia dizer.
Ele tinha se despedido de Gina outra vez... E ela continuava esperando por ele. Era isso que importava.
A realidade bateu rapidamente no garoto, o seu corpo doía muito, algo próximo ao que devia sentir alguém que tivesse se visto no meio de uma manada de elefantes enfurecidos. Tentou acreditar numa afirmação que Lupin lhe dissera, “Sentir dor é melhor do que não sentir nada, é uma prova que seu corpo ainda respondia ao dono” , nesse caso, ele precisa dizer que todo o seu corpo respondia terrivelmente bem. Doía tudo!
A imagem de litros e mais litros de água explodiram em sua mente... A passagem... A cobra... Ele tinha aberto o portão! Eles tinham conseguido! Com o pensamento no plural veio a satisfação de sentir os amigos ao seu lado. Estavam vivos! Eles haviam conseguido. Harry sentia Hermione logo ali... a presença dela era calma, estaria dormindo? Ela estava mais perto dele do que Rony, que se encontrava acima de sua cabeça com uma aura um pouco mais forte do que da garota. Harry tentou girar a cabeça para ver o amigo, mas o corpo do moreno lutava contra a ordem de se mover, ele só conseguia visualizar a mão do amigo que segurava a varinha, o corpo reclamava muito e ele logo desistiu de tamanho esforço, ele respirou pesadamente e se focou em encontrar a amiga, sabia que ela estava logo ali ao alcance da mão. Só mais um pouco e Harry tocou a pele fria e molhada da amiga. Algo reconfortante veio com aquele toque e sem saber nem que porque ele sorriu, sentiu os músculos da face antes rígidos afrouxarem com tal ato.
--Harry? –A voz do ruivo só serviu para alargar o sorriso.
--Rony... Você está bem?
--Eu não sei... Eu não sinto muita coisa agora...
--Rony... tente se mover!—Harry tinha dificuldade para falar.
--AHHHH! Urgh! Mas que droga!
--O que houve?
--Eu acho que eu quebrei minha pernas! URGH!! Mas que...
--Não dê atenção as dores..
.
--Hehe! Certo... Eu acho que o resto estar só dolorido... Mas muito mesmo!
--Melhor... Rony! Você pode ver nossas bolsas? Tenho certeza que temos o que precisamos para ajeitar o estrago! –Harry esperou um pouco, enquanto ouvia os gemidos de dor do ruivo. Ele tentou de novo mexer o pescoço, mas de novo foi inútil, a dor era absurda que decidiu ficar quieto e encarar o teto de novo, não queria preocupar o amigo.
--Accio bolsa de Hermione! –Rony disse por fim.
Houve um breve arrastar de objetos pelo chão de pedra e logo um vulto passou acima da cabeça de Harry.
Rony demorou mais um pouco pelo visto procurando as outras duas bolsas e logo as chamou.
--Rony você vê algo nesse túnel, algum movimento?
--Nada! Parecemos estar sozinhos... Só sei que há luz! E me atrevo a dizer que pela quantidade, a fonte não está longe daqui.
--Menos mau... Podemos ter algum tempo. –Harry sentiu uma fisgada ao falar. –Agora... Eu acho que eu preciso daquela bandagem verde que tem na bolsa da Hermione!
--A imobilizadora...Não tem como consertar agora?
--Acho melhor esperar a Hermione acordar e ver...
--A Hermione? Ela está bem não está? Eu consigo vê-la e senti-la, mas...
--Ela está bem Rony, Acho que como nós, ela vai acordar logo...
--Acordar? –Rony falou amargurado. –Cara eu tive um sonho muito louco!
Harry riu fraco. –Eu acho que eu já ouvi isso em algum canto!
--Você também sonhou? Com o futuro?
--Não... Eu sonhei com o presente... bem diferente do que é realmente... algo bom!
--Eu também... meu futuro era...perfeito!
Harry riu do comentário do amigo, mas o corpo do menino de novo não permitiu que a risada se perpetuasse e ele logo gemeu de dor.
-- Aconteceu alguma coisa com seu pescoço, não foi? É o único lugar que só a Hermione tem autorização para cuidar!
--É insuportável mexe-lo!
Rony pronunciou um palavrão, seguido por mais dois. Harry via seu vulto se mexer. O ruivo soltou uma gargalhada rouca e respirou fundo. Harry ouviu alguns cracks seguidos de mais palavrões e gritos abafados por parte do amigo.
--O que houve?
--Nada eu só estou concertando alguns dos meus dedos... Vamos dizer que eles estão meio fora de lugar. Eu já chego aí... deixa eu tentar me ajeitar aqui...
--Certo... –Harry esperou o que devia ter sido alguns minutos, enquanto Rony atava, apertava, limpava e conjurava feitiços no próprio corpo, ele soltava algumas exclamações de vez em quando seguidas por gemidos de dor, mas pelo que Harry podia presumir com os vultos acima de sua cabeça, ele trabalhava rápido para a situação.
Harry sentiu o amigo se aproximar dele e finalmente pode ver a cara do amigo meio embaçada. Estava sem óculos.
--Meus ...
--Accio óculos do Harry!
Rony os achou e os reparou, faltava a lente direita, mas Harry já podia ver melhor o estado do amigo. Uma barba singela já aparecia no rosto sujo de lama do amigo, o cabelo estava molhado e pequenos cortes e escoriações eram visíveis. Harry não queria imaginar como ele se encontrava no momento.
--Harry, eu começo a achar que depois disso tudo, eu vou ter uma morte bem fútil num futuro...
--HAHA! Porque você diz isso?
--Bem... Depois dessa água toda, das cobras, dos comensais e todo o resto que a gente passou e não morreu, eu penso que minha morte deve ser algo muito burro, como engasgado ou uma topada, um feitiço errado... Ou qualquer dessas doenças que atormentam trouxas...
--Hahaha...ai!
--Ok! Eu preciso dizer! Você está que nem um caldeirão furado, não serve para nada aparentemente meu amigo! –Rony logo enfaixou o pescoço do amigo e imediatamente Harry se sentiu melhor, a faixa aliviava a dor e relaxava toda a musculatura do garoto.
--Valeu! Precisa de ajuda?
--Você ajuda mais se ficar parado e calado.
Harry agradeceu ao amigo e fechou os olhos. O ruivo falou mal das barbas de Merlin quando tocou na perna direita do moreno e dois xingamentos a mais quando chegou à mão que havia sido mordida pela cobra. O moreno só podia imagina que a picada, mais o chão de pedra e toda aquela água suja teriam feito um trabalho e tanto em inutilizar a mão do garoto. Rony limpara a mão de Harry como podia e agora passava muita das pastas medicinais preparadas na ordem que eles haviam roubado de tudo um pouco com a autorização de Minerva.
O amigo conjurou feitiços e fez Harry tomar porções nada agradáveis, e com isso a dor passava as poucos. O ruivo agora ordenava com sua varinha um ataque de ataduras contra Harry, de varias cores. Ao fim Harry achava que mais parecia uma múmia. Quando Rony avisou que havia terminado, o moreno abrira os olhos se sentindo bem melhor, ele levantou com um pouco de dificuldade e concluiu que ele realmente parecia uma múmia, mas para o seu alivio Rony não estava muito diferente.
Rony, então, virou-se para Hermione com olhos tão cuidadosos e intensos que Harry chegou a se sentir embaraçado por estar ali presente.
--Como ela está Rony? –Harry sentou ao lado do amigo.
--Dormindo... Eu espero que pelo menos não seja nada ruim... –Rony segurou a mão da amiga e acariciava com o polegar. –Ela não está tão machucada como nós, suspeito que Hermione foi a ultima a ficar inconsciente. Eu vi quando você caiu, logo depois o portão abriu, a ultima coisa que eu me lembro é isso e o grito dela... Acho que Hermione salvou a gente, não imagino outro jeito de não termos sido esmagados por toda aquela água em cima de nossas cabeças... Estranho é nenhum de nós ter soltado as varinhas! –Rony levantou a mão. –Estava comigo quando eu acordei, você tem a sua e a Mione esta agarrada a dela.
--Eu nem me lembro de ter pego a minha... Estranho mesmo... Você pode estar certo, mas não imagino nada que possa ter nos safado... Cara! Isso parece anos atrás... A quanto tempo nós estamos dormindo?
--Não sei... Mas tenho que confessar que no fundo eu desejei não acordar... –Rony abaixou a cabeça e beijou a mão de amiga.
--Teve algo estranho nisso tudo... Acho que esse sonho não foi natural, eu me lembro de todos os detalhes dele, ele é tão... Lúcido! Tão real... —Harry colocou a mão no peito e sentiu o pequeno frasco que havia ganhado de Gina.
--Eu tenho a mesma sensação...
--Como assim? –Mas Harry não obteve sua resposta. Nesse momento Hermione abria os olhos e os garotos voltaram toda a sua atenção a ela.
--Hermione? Como você está?
A garota olhava para os dois amigos com a cara acuada, Harry pensou que talvez o excesso de curativos a estava deixando assim.
--Hermione, está tudo bem... Nós estamos bem... Você se lembra? Nós abrimos o portão e toda aquela água... –Rony falava pausadamente, enquanto Hermione tentava olhar ao redor. Ela então fechou os olhos.
--Você está ok, Mione? –Harry olhou para a garota preocupado, enquanto ela começava a chorar baixinho.
--Estou... Eu só... Eu só queria que fosse real... Que fosse de verdade! Ah! Rony! –Ela envolveu os braços ao redor do amigo e o garoto a abraçou de volta.
--Vai ser Hermione... vai ser... Vai dar tudo certo! Mas me eu preciso que você me fale... Você está bem Mione? Você está sentindo alguma dor ?
--Estou bem! Me ajudem a levantar! –Hermione fez uma careta de dor e se precipitou a levantar.
--Não, não, não! Primeiro deixa a gente ver como você está, até por que depois você parece que tem que dá uma olhada no pescoço do rapaz aqui. –Rony maneou com a mão na direção de Harry que concordava com o amigo.
Hermione, com um suspiro, relaxou o corpo, enquanto Harry já tirava algumas bandagens azuis da bolsa.
--Ei! Eu não preciso dessa, peque a amarela mais clara!
--Mione! Você é a paciente! Silêncio!
--Mas essa pinica e temos pouca dessa... Eu sei que meu braço parece bem ruim, mas...
--Hermione... E eu nem ia usar no seu braço, obrigado por avisar que ele dói.
A garota se calou, e se contetou em ser remendada, enfaixada e abrir a boca para aceitar algumas porções. –Há quanto tempo estamos aqui? –Acabou por perguntar.
--Não sei ao certo, meu relógio não está funcionando...
--Isso é a magia... É forte demais aqui! Há quanto tempo estão acordados?
--Não muito tempo! –Harry informou.
--Eu tenho que dizer que nunca estivemos tão acabados! –Hermione olhou de um para o outro e em seguida para suas mãos, ela estudou a mão com cuidado e gemeu. –Minhas unhas... argh!
--Vão crescer de novo! Não se preocupe com isso! Deixa a gente sair daqui e limpar suas mãos, e com uma porção besta, vai tudo voltar.
Hermione engoliu o choro e fechou e abriu as mãos seguidas vezes com agonia.
--Ei, a do mindinho ainda está aqui! Veja Mione! E mais... essa e essa! –Harry apontou para a mão da garota para provar o que havia dito e automaticamente o trio de amigos caiu na risada, as lagrimas da garota foram se misturando a um riso nervoso e com isso os dois amigos ainda rindo a ajudaram a garota a se sentar.
--Você tem razão Harry! Ela ainda está aqui...
--Nós ainda estamos aqui... –Rony olhou para a direção iluminada daquele túnel.
--Eu me pergunto como nos safamos daquela...
--Nós que perguntamos a você! Foi você que fez qualquer coisa para evitar que morrêssemos! –Rony olhou para amiga de maneira conclusiva.
--Eu não fiz nada, eu só me lembro de ver o Harry caindo! Eu senti alguém puxar minha mão para baixo e depois eu não me lembro de mais nada.
--Deve ter sido eu! Quando apaguei! –Rony concluiu.
--Então ninguém fez nada? Ninguém fez nada e estamos aqui? Inteiros! –Harry olhou de um para o outro atrás de conclusões.
--Mais ou menos inteiros Harry!
--Você entendeu Rony!
--Parece que sim... supondo que a água baixou e nos levou aqui... –Hermione olhava em volta e em seguida para os dois amigos. Ela fez uma pausa na explicação se aproximando de Harry para examinar o seu pescoço, mas logo continuou o monólogo. – Mas não faz sentido, aquela água toda, iria acabar conosco. Só a pressão, a força, a correnteza, podíamos ter sidos esmagados contra uma parede, fora que morrer afogado era a primeira coisa possível. –Ela apontou a varinha para o pescoço de Harry e bateu em alguns cantos sem aparente importância enquanto continuava com suas ponderações baseadas na física que faziam Rony franzir o cenho. –E eu nem comecei a citar os fatos que envolvem magia. –Ela começou a retirar as ataduras que envolvia o pescoço de Harry com destreza. O moreno tinha que admitir que Hermione parecia uma professional, bem diferente dele e de Rony que apesar de ter aprendido do mesmo jeito nunca apresentava destreza para as curas mágicas.
--Sinceramente Mione. –Rony tentava desanuviar a expressão depois de tanta informação. –Importa agora? Não sério, nós estamos vivos, conversando por algum tempo já em um local estranho, cercado de magia negra, enquanto ainda temos que achar um pedaço de alma do cara de cobra! Quer dizer... A gente tem que discutir isso agora?
--O Rony tem razão! Vamos sair daqui. Vem Mione eu te ajudo a levantar! –Harry se ergueu em um pulo e ajudou a amiga. Ela ajeitou como pode a roupa sofrida e suja de tanta lama.
–Vamos?
O trio andava em direção a luz, percorrendo toda a extensão do lugar com varinhas em punhos, depois do que pareceu apenas alguns minutos eles se viram em frente a um portão vazado feito de ferro trabalhado onde era possível ver uma grande serpente enroscada no centro. Do outro lado, uma rua inteira se fazia presente com suas casas sujas e de paredes escuras, muitas com sérios problemas de sustentação ou em ruínas de tão velhas. As construções emolduravam a rua de pedra, falha em muitos trechos e no fim dava para um prédio diferente dos demais, não só por ser o mais alto ou o maior mais por estar totalmente conservado, do mesmo jeito que os garotos o haviam visto nas memórias do professor Dumbledore, Eles haviam em fim encontrado o orfanato.
--Nós chegamos, não chegamos? –Rony perguntou com a respiração em suspenso.
--Conseguimos... –Harry apertou a varinha com força
--Hum... Alomorra! –Hermione apontava a varinha para o velho portão, mas nada aconteceu. Harry e Rony a olharam entediados. –Eu tinha que tentar...
Harry se aproximou do portão com cautela e com a varinha checou se era realmente de verdade. Ele deu batidinhas por toda a extensão do portão. O som do metal foi ouvido seguidamente. Em seguida ele colocou a mão sobre o portão como se esperasse que fosse revelada alguma coisa, nada aconteceu, e assim ele simplesmente o empurrou, e com um som se ferrugem e de que não havia sido aberto a tempos, o portão escancarou, abrindo passagem para a rua.
--Eu só o empurrei...
--E era para fazer outra coisa? Vamos agradecer que esse não morde que nem o outro. –Rony se apressou a passar pela passagem, mas se deteve por um curto momento antes de finalmente sair para a rua. –Certo... está tudo limpo.
Harry e Hermione já vinham logo atrás dele e o trio parou para olhar em volta por um segundos, por fim os três olharam para o orfanato e ao mesmo tempo começaram a andar em direção ao mesmo. Os passos logo foram acelerando progressivamente, a urgência tomava conta deles.
Chegaram ao portão ao mesmo tempo, todos com certa dificuldade de respirar, Harry sabia que o corpo não esta cem por cento, nem o dele nem o dos amigos, os ferimentos ainda deviam estar sendo progressivamente sarados, mas acabou mandando a dor as favas.
--Fiquem atentos a tudo, mas vamos nos preocupar primeiro em ir até o quarto onde ele ficava... –Harry tocou a maçaneta da porta.
--Segundo andar, no corredor à direita, terceira porta à esquerda! –Hermione relembrou os dois amigos o detalhe notado na penseira.
--Certo! Prontos?
Os dois amigos confirmaram com a cabeça. Harry então abriu a porta de entrada e girou. Do mesmo jeito que o segundo portão, ela não apresentou resistência. Harry a empurrou e assim conseguiu ver o hall antigo que havia visitado tantas vezes em fragmentos de memórias. Ele aprumou a varinha em mãos e adentrou, seguido pelos dois amigos. Todas as janelas e entradas de luzes estavam pregadas com tábuas, deixando todo o aposento numa penumbra meio fantasmagórica. O trio não havia avançado muito quando a porta rangeu fazendo os três se virarem assustados.
--Eu não gostei disso. –Rony sussurrou para se mesmo, os três estavam colados uns aos outros no meio do aposento encarando a porta pelo que pareceu uma eternidade.
--Vamos continuar... –Harry sussurrou para os amigos, mas ao acrescentar um passo em direção as escadas a porta fechou com um estrondo, mergulhando o hall no escuro.
--Eu não gostei disso cara, eu não gostei disso...
--Harry... –Hermione aprumou a varinha com o filete de luz na ponta, a ação foi imitada pelo outros dois. Harry achava por um momento que suas pernas estavam pregadas ao chão, ele não saberia dizer qual dos três tremia, talvez os três em conjunto, até que uma lufada de ar e som de passos correndo do lado de Rony fez os três se virar automaticamente para o lado, iluminando todo lado direito, mas não havia nada lá.
--AHHHHHHHHH!
Harry sentia algo ir ao chão do lado oposto no mesmo momento que o grito de horror de Hermione encheu o quarto, alguma coisa a puxava pelo pé esquerdo para o fundo da casa.
–HERMIONE! –Rony e Harry gritaram em uníssono.
--Petrificus Totalus! --Hermione gritou, e em seguida ela se reergueu voltando a companhia dos dois garotos. –Precisamos de fogo! São inferis! –Hermione tirou da bolsa uma pequena chama e a intensificou com a varinha iluminando o quarto. O trio ouvia agora passos enfurecidos por toda a casa. Eles estavam por todos os lados pelo que eles podiam notar.
--Enquanto tivemos fogo, eles não vão chegar tão perto. –Hermione falou com uma segurança abalada depois do susto.
--Vamos subir! –Rony abraçava a amiga pelo ombro para dar apoio.
Harry, Hermione e Rony correram para a escada, que subia por toda a extensão da parede direita, a luz os acompanhava e assim logo se ouvia passos atrás dele. A madeira rangia assustadoramente enquanto os três subiam com a varinha em riste, iluminando o local. Até que com um som surdo um buraco se abriu no degrau e algo puxou Harry para baixo, Rony
segurou o amigo enquanto outras muitas mãos o puxavam para o escuro interior da escada.
FAZ ALGUMA COISA HERM- —Mas Rony nunca terminou, Hermione havia jogado um dos fogos de artifício das gemialidades Weasley dentro do buraco e uma grande explosão tomou conta do local. jogando os três amigos longe e enchendo toda a casa com todos os tipos de luzes que podia imaginar, metade da escada pelo que se podia notar havia desaparecido enquanto Hermione, e Rony, este que segurava Harry, olhavam assustados para o resultado, enquanto se agarravam a alguns degraus que haviam resistido ao abalo. Vários inferis agora pareciam tochas humanas que corriam alucinadas pelo térreo. –Você... precisa tomar... cuidado... com esse tipo de coisa Mione. –Rony falou olhando para a amiga com a respiração entrecortada.
--Situações desse tipo pedem soluções desse tipo! Ou qualquer que seja o ditado! Vamos, vamos sair daqui! –Hermione ajudou os dois amigos a se levantar.
Os três seguiram para o corredor já no final da primeira ala da casa, enquanto os fogos queimavam pela área principal, mas ao fazer a curva, a penumbra voltara e com um susto, inferis avançaram contra o trio sem ter a chance de usar as varinhas, Rony foi atacado e empurrado contra uma vidraça, Harry foi levado ao chão com violência enquanto o inferi tentava sufocá-lo, a sua varinha rolou pelo assoalho velho enquanto ele se debatia embaixo daquela criatura asquerosa, mas as mãos apodrecidas do inferi pressionavam forte o pescoço do menino, ele levantou a cabeça a procura da varinha, que estava logo ali. Ele esticou o braço para pega-la, mas não conseguia tocá-la. O ar já escapava de seus pulmões, ele estava tão perto.
--Accio varinha.
A varinha veio e o garoto jogou o inferi para longe, Harry em seguida jogou outro dos fogos de artifícios dos gêmeos no aposento espantando o resto deles. Ele virou para o lado tossindo e Rony o ajudou a levantar, o ruivo estava com metade do rosto coberto de sangue.
--Harry convoque a minha varinha! Eu deixei cair.
Harry o fez e logo a devolveu a Rony.
--Harry! Rony! A porta! Eu consegui abrir! –Era a voz de Hermione, ela estava a alguns passos à frente. Os garotos viram a figura da garota em frente à luz forte que saia do terceiro quarto à direita. Os amigos correram a seu encontro, quando a menina adentrou no quarto e a porta bateu atrás dela com um estrondo.
Outro cap.!!!
Gente, nem demorei tanto demorei? Vou tentar trazer cada vez mais rápido, ok??
Bem depois de uma temporada no USA! Eu voltei para jp, mas hj, exatamente hj, já tou de mudança de novo!!
Amanhã meu endereço é são Paulo... Universidade começa próxima semana... e lá vai eu ocupar minha vaga! Ai deus!
Minha mãe diz que eu não paro no canto!
Bem sobre o cap. O sonho acabou e eu trouxe de volta o snape!?! E aí gente? Já juntou algumas peças ou ficou tudo mais confuso!! Algumas respostas importantes tão chegando viu?? E a Mione? Será que o Rony e o Harry vão conseguir ultrapassar a porta?? E Gina a luna e o neville ainda tão na toca... fazendo o que eu sei, mas eu não conto!
E um muito obrigado para:
Yumi Morticia voldemort: eu espero que você entenda agora... beijo e muito obrigado por acompanhar minha fic.
Trinity: adoraria ouvir suas teorias!obrigado por estar acompanhando minha fic!!
thiara: obrigado thiara, espero que você goste do novo cap. Beijo
laurenita: eu espero que tenha ficado menos confuso! Desculpe pelo cap. Tão louco! Beijo
May.Cullen.Potter: obrigado pela capa, adorei!!e ainda bem que vc gostou da fic!! Vamos ver se esclarece mais as coisas agora, né?
Ginny Potter:huahuahuahuahau, ai dues, viu como ele acordou! Melhorou o entedimento? Beijo e até a próxima!
iagoooo: muito origado pelo comentário iagooo, ficou muito feliz, espero que continue lendo seus comentários, ok? Beijo!
E muito obrigado a todos que continuam lendo minha fic mas não comentam, muito obrigado mesmo!
Beijos e até mais!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!