Finalmente, Um Acerto
Minerva estava enrolada com vários papéis em sua sala, quando ouviu baterem à porta. Dumbledore, de seu quadro, deu pulinhos.
- Há quanto tempo não recebemos visitas, hein, Minerva?- perguntou o quadro.
Minerva fez que sim com a cabeça e fez um gesto para a porta se abrir. Ao ver quer era Snape, ela olhou-o num tom preocupado e perguntou:
- Ouvi Potter comentar com a Ginevra Weasley que você disse para a Granger permanecer na sala além do horário. Algum problema com ela?
- Ela deve estar melhor agora – resmungou ele, em seu tom habitual. – Dei-lhe uma poção para transformar lembranças recentes em antigas, porque ela estava muito abalada. Parece ter chorado a noite inteira. E então ela ficou estudando um pouco na minha sala, almoçamos por lá mesmo e ela foi embora.
Minerva suspirou aliviada.
- Que bom – disse ela. – Obrigada, Severo. Ah, acho que você gostaria de saber que os aurores conseguiram uma pista do Malfoy.
Snape quase voou em Minerva.
- Mesmo? Onde?
- Perto da antiga Mansão Malfoy. Está aos pedaços agora, mas é a mesma mansão estranha e cheia de truques.
- Ah, se eu ponho as minhas mãos naquele maldito rato... – murmurou Snape, sentindo um ódio imenso subir-lhe pelas veias.
- Ora, acalme-se, Severo. O que aconteceu, aconteceu, e não há como mudar. O que podemos fazer é torcer para que os aurores o prendam logo. Mas o que você veio falar comigo?
Snape puxou uma cadeira e sentou-se. Deu um longo suspiro pesado antes de ir direto ao assunto:
- Quero pedir minha demissão de Hogwarts.
Minerva engasgou de um jeito que Snape pensou que ela ia morrer. Quando ela se recuperou, perguntou:
- Você está louco ou está só brincando com a minha cara?
- Não, Minerva, estou perfeitamente são e estou falando sério.
- Mas por quê? – perguntou ela, abismada.
- Estou me envolvendo com a srta. Granger além do que deveria, e não quero fazer nada impensado – respondeu ele logo. Sabia que com Minerva McGonagall não adiantava florear; era melhor ir direto ao assunto de uma vez.
O Dumbledore do quadro aplaudiu alegre.
- Eu sabia que isso ia acontecer um dia, principalmente depois da lendária demonstração de confiança dela...
Minerva lançou-lhe um olhar reprovador.
- O que você andou fazendo com a menina?
- Mulher, desde ontem – corrigiu Snape, com o ódio preso tentando sair. – Mas não fiz nada ainda. É por isso que quero sair. Faz algum tempo que não tenho nenhum tipo de envolvimento; não quero fazer nada que poderia magoá-la.
- Mas diga-me, Severo, o que você quer dela? – perguntou Dumbledore, intrometendo-se na conversa.
Snape não respondeu. Sabia a resposta, mas não queria dizer ali, não queria expor o que sentia daquele modo.
- Apenas providencie os papéis, Minerva – disse ele sério.
- Não é tão simples assim, Snape – retrucou a diretora com ar sério. – Temos que justificar. O que vou escrever no documento de pedido de afastamento? Envolvimento com aluna? Você iria direto para Azkhaban e você sabe disso.
- Envolvimento com aluna é o tipo de coisa que traria má fama a ela. Escreva apenas que pedi afastamento por motivos pessoais, oras. Estou sendo sincero e direto; não tenho explicar o que eu sinto.
- Sabe, Severo, a srta. Granger é maior de idade e daqui a um mês estará formada – disse Dumbledore. – Será que não vale à pena esperar?
- Quer parar de dar conselhos errados a ele, Alvo? – esbravejou Minerva. – Olha, Snape, não sei se você é correspondido nessa sua paixonite adolescente, o que sei é que você tem que pensar, homem! Você não pode fazer as coisas desse modo irracional! Você nunca se deixou guiar por emoções, que há com você agora?
- Quando as emoções são controladas por hormônios, Minerva, eu me dou o direito de ter medo delas – retrucou Snape entre dentes.
Minerva entendeu e corou levemente.
- Mas você não vai... – ela se interrompeu.
- Já evitei até agora, Minerva, mas me parece que ela está... interessada, o que torna as coisas mais delicadas.
Minerva precisaria de tempo para digerir a notícia. Um sonserino convicto estava atraído por uma das mentes mais brilhantes de Hogwarts, uma trouxa grifinória, e ela lhe correspondia. Isso era assustador.
- Bem, nesse caso... Professores e alunos não podem ter envolvimento maior do que... uma amizade, mas mesmo assim não muito forte... Olha, Snape, como amiga... Acho que... Olha, se você me prometer que não vai fazer nada com ela dentro dos portões de Hogwarts... e que vai conseguir esconder essa loucura até a formatura dela... Bom... Acho que não podemos perder o melhor mestre de Poções da história de Hogwarts – ela disse, um pouco contrafeita.
Snape deu um sorriso no canto da boca e se permitiu um comentário sarcástico:
- Minerva, Minerva, você está ficando velha. Ou então está conversando demais com esse velho patético que é o Dumbledore – disse ele, lançando um olhar ao quadro do diretor, que sorria tranqüilamente.
- Acho que os dois, Snape – retrucou Minerva. – Mas que me diz?
- Bom, parece razoável... – ele disse. – Vou analisar a minha reação na próxima aula que der a ela e depois aviso, certo?
Minerva assentiu.
- Bom, tenho redações do terceiro ano para corrigir. Se me dá licença...
A diretora disse que ela podia ir e, quando ele saiu, disse:
- É, Alvo, você ganhou de novo... Eu jamais imaginaria que ele realmente se apaixonaria pela Granger.
- Pois eu sempre soube... ele só não gostava dela por ela ser grifinória, mas aquela demonstração de confiança na Mansão Snape antes da queda do Voldemort mostrou a ele que a competição entre casas é o que menos importa.
Snape estava até mais leve enquanto caminhava pelos corredores. Falaria com Hermione. Não era o certo, mas ele não duvidava da capacidade dela de escolher. Se ela achava que podia suportá-lo, por que não tentar?
Mas seus pensamentos foram interrompidos por alguém furioso no corredor.
- Snape, tenho que falar com você.
O professor parou e olhou para trás, para ver de onde vinha tal ousadia. Harry Potter.
- E o que é, para que eu perca meu tempo com você, Potter? – perguntou Snape com desprezo.
- É sobre Hermione – Harry olhou em volta para se certificar de que não havia ninguém e acrescentou: – Fiquei sabendo que Malfoy nos visitou...
Snape assentiu, mostrando que entendera qual era o assunto e fez sinal para que Harry o seguisse. Quando chegaram à sala de Poções, Snape trancou a porta e sentou-se à sua mesa, fazendo sinal para Harry sentar-se a uma bancada mais na frente.
O garoto obedeceu e olhou para o professor. Odiava-o, mas reconhecia seus esforços pela Ordem, e eles se respeitavam mutuamente, embora não se suportassem.
- Quem contou a você o que aconteceu? – perguntou Snape.
- A Mione mesmo – respondeu Harry. – Porque eu não a vi ontem no salão comunal, ela sumiu... Aí hoje ela tava com umas olheiras, o senhor pediu pra falar com ela... Depois ela sumiu e quando apareceu estava um pouco melhor, e disse que veio da sua sala quando eu perguntei... Eu a pressionei até ela me contar o que aconteceu.
- E o que ela contou, exatamente, Potter? – perguntou Snape num tom meio perigoso, curvando-se para frente.
Harry desviou o olhar, muito constrangido.
- Bom... ela disse que estava na Floresta, cortando uns ingredientes... E o Malfoy apareceu e... Bom, ele... Ah, ele a violentou... – Harry parecia arrasado em pensar que isso tinha mesmo acontecido. Era como pensar num sonho distante.
Snape olhou para baixo e suspirou, depois voltou a encarar Harry.
- Tecnicamente, foi isso o que aconteceu, Potter. Por acaso, eu tinha ido lá. Não me pergunte fazer o que, porque eu não sei; apenas vou lá de vez em quando. Então eu ouvi um choro contido, desses da srta. Granger da época em que eu ainda a humilhava na sala de aula. Eu me aproximei para ver o que estava acontecendo e... Bem, Potter, também não é muito confortável para mim falar sobre isso. Imagino o quanto você esteja irritado com o que aconteceu, porque ela é sua amiga de anos, mas eu me considero amigo dela há uns poucos meses, e você não tem idéia do ódio que senti. Quando me aproximei, vi um monte de sangue, mas eu não sabia que era sangue; só soube que era sangue quando me aproximei mais e vi que havia sangue escorrendo pelas pernas dela.
Harry olhou para suas mãos, que estavam apertando tanto a alça da mochila que pareciam querer rasgar o couro à mão.
- Eu vou matar aquele verme maldito – murmurou o garoto.
- Ah, mas não antes de eu torturá-lo até ele implorar a morte, Potter – concordou Snape, arqueando as sobrancelhas.
Harry olhou para o professor, indeciso entre perguntar ou não.
- Que é, Potter? – perguntou Snape em seu melhor tom de desprezo.
- O que o senhor sente pela Mione? – disparou Harry de uma vez só.
Snape não mudou de expressão, apenas olhou para o jovem de modo intimidador, mas Harry não se deixou intimidar. Snape disse:
- Sentir? De onde você tirou essa idéia, Potter?
- Olha, professor, que a Mione é apaixonada pelo senhor desde lá pelo meio do terceiro ano, ela é, por mais que ela negue, eu sou amigo dela e percebi isso – disse Harry, a contragosto. – Agora, por mais que o senhor não demonstre nada... Não sei dizer... Ela realmente gosta do senhor, porque ela tava frágil mesmo no meio da conversa sobre o Malfoy, eu acabei fazendo ela confessar. Não gostei nem um pouco disso, mas desde que ela começou esse trabalho com o senhor ela tá mais feliz, e eu quero muito ver ela feliz sempre. Só que...
Harry hesitou. Snape, sem mudar de expressão, perguntou:
- Sim? Continue, Potter.
Harry encheu os pulmões e disse de uma vez só:
- Ela é minha melhor amiga e, se ela gosta do senhor, por mais que eu ache isso horrível, eu a apóio. O problema é se o senhor não gostar dela e quiser só se aproveitar dela.
Harry respirou fundo e olhou para o outro lado. Não sabia de onde tirara coragem para enfrentar o professor daquele jeito, mas ali estava ele.
Snape deu um longo suspiro antes de dizer:
- Bela amizade, Potter. Nem a morte você teme mais.
Harry olhou para Snape com uma expressão de incompreensão. Snape tinha mesmo feito uma piada? Com ele?
- O senhor ainda não respondeu – ponderou Harry.
Snape levantou-se e foi olhar para fora pela janela de sua sala.
- Sabe, Potter, desde que comecei a trabalhar com ela eu me admiro com a competência dela. Desde antes, na verdade, senão não a teria escolhido. Claro, isso é diferente de gostar dela, como você disse. Só que alguma coisa aconteceu no meio do caminho; eu não contava em achar a presença dela agradável e coisas assim, que você bem deve imaginar quando olha pra Weasley.
Harry corou um pouco. Snape estava realmente respondendo para ele. Isso era uma vitória sem igual.
- Só que eu preferia não demonstrar que havia alguma coisa errada comigo, porque não queria que ela achasse que o cruel professor Snape a havia selecionado como estagiária por estar interessado em alguma coisa entre as pernas dela.
Harry fez uma careta a isso, mas deixou Snape continuar:
- O que não é verdade. Ela está aqui por competência, não por meu interesse. Na verdade por meu interesse sim, porque concluí a minha pesquisa com a ajuda dela.
- Ah, é, ela me mostrou as revistas – disse Harry, lembrando do sorriso radiante da amiga.
- Pois é; só que eu... Olhe, Potter, serei sincero com você; estou atraído por ela. Mas desde o começo. Só que, acalme-se, Potter, pode me deixar terminar. Não é só atração sexual, como você está temendo tanto. Até porque, se fosse, pra mim seria muito fácil fazer o que eu quisesse; ela passou muito tempo no meu laboratório particular nos últimos três meses. Não pense que é possível ouvir os gritos vindos de lá. Mas não. É... alguma coisa diferente, que eu realmente não sei o que é. E não pretendo contar a você quando descobrir.
Harry suspirou e fez uma careta.
- Credo. A Mione tem mau gosto. Mas pelo menos o senhor gosta dela.
- Vou tomar isso como um elogio, Potter – satirizou Snape com sua voz letal.
- Ah, só que parece que o senhor dispensou ela, não foi? – perguntou Harry. – Ela me disse que... eca! Ela realmente beijou o senhor?!
Snape assentiu e quase riu a ver a careta de nojo que Harry fez.
- Que bom que isso não lhe agrada; me deixa muito mais tranqüilo – nova frase cheia de sarcasmo vinda de Snape.
- Bom... mas por que o senhor dispensou a Mione, então?
Snape começou a ficar irritado, mas buscou paciência para responder. Se se tornasse inimigo mortal do santinho Potter, talvez ela voltasse a detestá-lo.
- Potter, eu sei que você ainda é meio criança para entender dessas coisas – começou Snape com seu tom letal, ignorando a expressão contrariada de Harry – mas eu trabalhei muito nos últimos anos. Trabalhei tanto que não tive muito tempo para me divertir. Nos últimos vinte anos, para ser mais exato.
A expressão de espanto de Harry foi algo que fez Snape dar uma risada sombria, mas ainda assim uma risada.
- É, Potter, eu a dispensei para protegê-la de mim. Não sei como tive tanto autocontrole, se é que você me entende. Agora, se você abrir a boca para dizer alguma coisa do que foi dito aqui para ela, juro que terá sido a última coisa que você disse na vida.
- Não quero dizer nada a ninguém. Eu só vim aqui porque queria saber se... se posso confiar no senhor. Bom, parece que posso, então estamos bem – Harry levantou-se e ajeitou sua mochila nas costas. – Bom, eu sou a família que restou a ela nesse mundo, então vou cuidar dela até que alguém se habilite. Boa tarde, professor.
Snape fez um gesto displicente com a mão e a porta destrancou-se.
- Pode ir, Potter.
Quando Harry saiu, Snape deu um sorrisinho no canto da boca.
- Parece meu futuro cunhado – murmurou ele, achando graça na coragem do moleque em vir cobrar satisfações dele.
Ele subiu as escadas para seu escritório particular. Tinha que pensar. Pensar no que dizer a ela, pensar no que fazer. De súbito, teve uma idéia, que lhe pareceu sensacional.
Passava um pouco das dez horas da noite no dia seguinte. Já tinha passado da hora de recolher, mas para quem tinha beijado um professor no dia anterior, regras não eram exatamente um ponto a ser respeitado.
Hermione descia pelo corredor com três livros nos braços, meio que correndo. Teve que se desviar do caminho muitas vezes, a fim de evitar encontros indesejados. Quando, por fim, alcançou as masmorras, sabia que não precisaria se desviar do caminho, porque não haveria ninguém nos corredores das masmorras naquele horário.
Quando estava quase chegando à frente da sala dele, viu a porta abrir-se com violência, e escondeu-se atrás de uma pilastra. Uma luz fraca vinha de dentro da sala, e ela viu Snape sair da sala segurando uma jovem pelo braço com grosseria.
- Escute aqui, sua pequena vagabunda traiçoeira – disse ele, parecendo irado. – Não estou precisando do seu corpo, até porque não é exatamente com você que tenho as minhas fantasias, portanto, retire-se daqui imediatamente, se não quiser ser expulsa.
- É a Granger, não é? – perguntou a jovem, num tom baixo e perigoso, muito característico da Sonserina. – Você a escolheu como estagiária porque ela deixa você fazer o que quiser com ela...
- Não fale dela, srta. Lancaster, porque estou vendo um vadiazinha aqui na minha frente – disse ele, sacudindo o braço dela. – Mas, supondo que eu quisesse alguma coisa com ela, o que isso tem a ver com você?
- Corro agora e digo a Minerva que você me violentou e ainda conto que a Granger é sua amante – disse a sonserina.
- Corra lá e faça isso – disse Snape soltando o braço dela ao mesmo tempo que a empurrava para longe de si. – Quando Pomfrey fizer os exames, não vai achar nada meu em você. E então a grande mentirosa será expulsa. Melhor para todos aqui, menos para você.
Hermione recuou um pouco e veio andando, com os livros nas mãos, parecendo distraída. Ao ouvir os passos, os dois a olharam. Ela pareceu estranhar ver Lancaster ali, mas nada disse; apenas olhou o professor e disse:
- Achei um ingrediente que pode funcionar melhor que ararambóia, professor – disse ela, parecendo orgulhosa de si.
- Ah, entre – disse Snape, fazendo sinal para ela segui-lo.
Hermione olhou para a sonserina e perguntou:
- Mas e quanto a ela?
- Ainda não entendi o que veio fazer aqui – disse Snape, dando um olhar de desprezo à jovem de sua própria casa.
Quando Hermione entrou e ele trancou a porta, ela perguntou:
- Ela veio provocar você, foi isso? Não minta para mim; eu vi como você a expulsou da sua sala.
Snape suspirou.
- Veio brincar com a minha criatividade. Mas se posso me controlar com você, com ela a missão não é tão difícil. Agora, vamos subir para o meu laboratório para você me mostrar o que você achou.
Hermione assentiu e os dois subiram para o laboratório dele.
- E se Minerva acreditar na parte de... de que você tem um caso comigo?
Snape olhou-a de esguelha e abriu a porta, deixando-a passar primeiro. Depois que ele entrou e trancou a porta, virou-se para ela, que parecia apreensiva, e disse:
- Isso não será um problema – ele encaminhou-se para o sofá e sentou-se lá, fazendo sinal para ela sentar-se também.
Ela sentou-se ao lado dele e deixou os livros na mesa de centro.
- Por que não será um problema? É claro que será. E...
- Hermione, ela já sabe – disse Snape serenamente.
Ela deixou o queixo cair.
- O que? Mas... mas como?
- Porque eu contei a ela – disse Snape. – Eu falei com ela ontem...
- Mas por quê? Ela vai demitir você?
- Na verdade, eu fui pedir demissão.
Ela desmoronou.
- Você está louco, Severo? Por que fez isso?
- Porque não posso me envolver com uma aluna enquanto professor, mas já estou envolvido... Mas não se preocupe; ela não aceitou meu pedido, principalmente depois que aquele velho estúpido ficou dando pulos de alegria.
- E o que ela disse? – perguntou Hermione apreensiva.
- Bom, ela disse que você estará formada em um mês e que eu tenho que esperar isso. Disse também que você é maior de idade, portanto fora do castelo, não tem problema. E...
Hermione sorriu.
- Então... Você não vai mais me mandar embora?
- Eu não pretendia fazê-lo. Eu só mandei você embora naquela hora para não perder o controle sobre mim mesmo. Na verdade, eu pensei um pouco e decidi que não queria perder você. Então, fui pedir a minha demissão, porque, como você bem disse, gosto de manter a minha falsa moral.
Hermione estava sem ação, embora não disfarçasse um sorriso.
- Então... você gosta mesmo de mim?
- Bom, é o que parece, não? – perguntou ele, sarcástico.
Quando ela se aproximou para beijá-lo, ele se afastou.
- Hermione, estamos em Hogwarts.
- E o que você sugere?
- Depois de amanhã é sábado. Por que você não almoça comigo em Hogsmeade?
Ela riu.
- Ora, está bem!
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