** O TREM ***

- Pela primeira vez nós não chegamos atrasados! – comentou Ron enquanto limpava sua roupa suja de fuligem que vinha da lareira. Viu seu pai e sua mãe saírem da lareira, e Gina, Hermione e Harry já esperavam por eles, parados perto do trem. Chegaram direto na Plataforma 9 ¾, que estava cheia de alunos correndo para todos os lados. Assim que todos se limparam, eles andaram procurando o vagão que estivesse menos cheio, e viram Gina soltar seu malão e sair correndo para encontrar com suas amigas.
- Pan! Cho! Que saudades! – ela gritou, com sua voz estridente, abraçando as amigas – Como vocês estão?
- Muito bem, Gi! – respondeu Cho, sorrindo e olhando para Harry, que agora estava parado ao lado de Gina – Harry! Não sabe como senti saudades de você!
Cho pulou no pescoço de Harry, abraçando-o fortemente, assim como Pansy fez com Ron. Aquilo era muito estranho. Cho continuava daquele jeito, os cabelos pretos e muito lisos e compridos caíam pelas costas em uma trança fofa. Ela vestia uma micro-saia jeans e uma blusa regata de gola alta rosa. Já Pansy vestia uma calça jeans escura e um top preto, da mesma cor de seus cabelos pelo ombro. Ela abraçou Ron e olhou cínica para Hermione, que fechou a cara e entrou no trem, sozinha. Isso mesmo, por mais incrível que pareça, Pansy Parkinson agora dava em cima de Ron, assim como Cho dava em cima de Harry e Gina, de Draco Malfoy.
- E então, Ron querido? Como foram as férias? – perguntou Pansy, passando a mão pelos cabelos ruivos do garoto.
- Muito bem, Pansy. – ele respondeu, se virando para sua irmã, que parecia preocupada – O que foi, Gina?
- Alguém pode me dizer onde o Draco está? – ela perguntou, observando tudo ao seu redor.
- Eu digo... – disse uma voz atrás dela – Estou aqui.
Gina olhou para trás e viu Draco, que parecia irritado. Ela imediatamente pulou em seu pescoço, ficando na ponta dos pés, já que seu salto alto não conseguia fazê-la ficar da altura do garoto. Ele correspondeu o abraço com pouca intensidade, o que não passou despercebido.
- O que foi, Draco? – perguntou Cho, ainda abraçada a Harry – Que cara é essa?
- Não foi nada... apenas alguns problemas em casa. – ele respondeu. Gina olhou para ele com carinho e passou a mão em seu rosto.
- Pode ficar tranqüilo que eu cuido de você. – disse, imitando a voz de um bebê. Harry, Ron, Cho e Pansy riram, e Draco deu um sorriso amarelo.

****
As duas garotas sentiram como se estivessem voando, e alguns segundos depois estavam estateladas no chão da plataforma.
- Poxa, papai, bem que você podia ter me segurado, né? – reclamou Naty, ajeitando a boina vermelha na cabeça.- Todas as vezes que eu viajo de chave de portal pago o maior mico!
- É, tio Matt! Agente nem conhece as pessoas aqui ainda e já estão todos olhando pra nós! – disse a outra garota, Kate, enquanto se levantava e observava o povo em volta que as olhava divertido.
- Eu achei que foi bastante engraçado vocês duas caídas no chão! – disse o pai de Naty, Matthew, rindo das garotas. Ele era um homem lindo, os cabelos castanhos bem claros e o corpo muito bonito. Tinha traços leves e descontraídos, parecia ser um homem bem divertido.
- O que? – perguntou Naty, fingindo indignação – Agora até o meu próprio pai vai rir de mim?
- Isso é o cúmulo, tio! – disse Kate, segurando o riso – Estamos muito decepcionadas!
- Ah, que triste! – ele disse, cruzando os braços – Já que vocês estão tão tristes comigo, porque não entram logo no trem? Hogwarts as espera!
As duas fizeram cara de nojo.
- Não, papai! Não adiante a tortura, por favor! – disse Naty, abraçando o pai pela cintura – Você sabe o quanto nos custa ir pra essa escola.
- É verdade... – disse Kate, abraçando o tio pelo outro lado – Mas a parte boa é que já dá pra ver que agente vai aprontar todas nessa escola, Naty!
- Mas é claro, né, Kate?! Temos que manter a nossa reputação! – disse Naty, rindo maliciosa. Matthew soltou-as e ficou de frente para as duas.
- Prestem atenção, vocês duas. – disse, sério. As duas se entreolharam confusas. Era muito raro vê-lo daquele jeito – Eu não quero saber de cartas reclamando sobre o comportamento de vocês.
Naty e Kate ficaram boquiabertas. Matthew nunca ligou para as travessuras da filha e da sobrinha, sempre dizia que isso era coisa da idade e que ele, na época de escola, era bem pior. Mas, antes que uma das duas pudesse reivindicar, ele abriu um sorriso e continuou:
- Pelo menos não na primeira semana de aula!
As duas garotas sorriram aliviadas. De repente ouviram a sirene do trem avisando que já estava na hora de partir.
- Vou sentir muita saudade, papai! – Naty disse, abraçando o pai com força. – Promete pra mim que não vai deixar a mamãe te enlouquecer com aquelas maluquices de modelo!
- Pode ficar tranqüila, filha... – ele disse, olhando feliz para a filha – eu não vou deixar.
- Até logo, tio! – disse Kate, também abraçando Matthew.
- Talvez nós nos encontremos mais cedo do que vocês imaginam, meninas. – ele disse, sorrindo maroto.
- Como assim, papai? – perguntou Naty, desconfiada.
- Vocês sabem... talvez eu e seu tio tenhamos que dar umas voltinhas por Hogwarts... coisas de trabalho.
- Olha que eu te espero lá, viu? – disse Naty, dando um beijo na bochecha do pai.
- Agora vamos entrar nesse trem antes que ele nos deixe aqui. – disse Kate, puxando Naty pela mão. – O que não seria uma má idéia...
As duas andaram por entre várias famílias que se despediam dos filhos que já estavam dentro do trem. Elas foram andando até um dos últimos vagões e subiram nele.
- Que droga! – disse Naty, puxando seu malão que havia se enroscado em alguma coisa quando ia subir no trem – Essa porcaria tinha que enroscar!
- Eu te ajudo! – disse Kate, descendo do trem e puxando o malão. Elas fizeram um pouco de força e conseguiram subir com o malão, mas antes ele bateu em alguma coisa.
- AAAH! – gritou Gina, histérica, quando o malão de Naty bateu no seu – Você está louca, garota? Não olha por onde anda, não?!
Naty e Kate olharam-na de cima a baixo, passando os olhos pelos outros que a acompanhavam. Acharam tudo muito engraçado. Gina vestia uma blusa azul bebê e uma saia jeans curtinha. Calçava uma sandália de salto bem fino e levava no braço uma bolsinha rosa. Abriram um sorriso cínico no rosto.
- Kate, agente precisa registrar esse momento! – Naty disse, abrindo seu malão e pegando uma câmera de vídeo trouxa – Acabamos de presenciar um fenômeno da natureza!
- Do que é que você está falando, hein garota? – perguntou Pansy, que as olhava irritada.
- Ela disse que acabamos de descobrir a primeira barbie que fala! – disse Kate, abrindo um sorriso – Mas agora, contando com você, são duas barbies que falam!
Harry tentou segurar o riso, mas não conseguiu. Ele era o único que sabia o que era uma ‘barbie’. Pansy, Cho e Gina o olharam mortalmente, e ele parou.
- Pode deixar, Kate, eu filmei tudo! – Naty disse, com a câmera na mão. As duas se viraram, pegaram seus malões e entraram de vez no trem.
- Quem são essas duas ridículas? – perguntou Cho, subindo no trem.
- Não sei, mas eu vou me vingar delas. – Gina disse, com o rosto vermelho.
- Pra que, Gina? – perguntou Ron, enquanto eles procuravam uma cabine vazia. – Elas não te fizeram nada.
- Com assim não fizeram nada, Ron? – perguntou Pansy, indignada – Elas brincaram com a nossa cara!
- E ainda nos chamaram de... é... ah, do que elas nos chamaram mesmo? – perguntou Cho, quando eles se acomodaram em uma cabine.
- Barbie. – disse Harry, segurando o riso só de lembrar. Cho o olhou confusa.
- O que é uma barbie, Harry? – ela perguntou. Harry viu que todos na cabine o olhavam curiosos.
- É... na verdade eu não sei o que é uma barbie. – mentiu Harry. Não era louco de dizer o que significava. Elas que descobrissem sozinhas.

****

- Kate, você já pensou no que nós vamos aprontar primeiro?
- Na verdade, não!!!!!!!! Mas você sabe como eu posso ser muito criativa quando eu quero.
- Priminha, priminha... – Naty ria, enquanto procurava uma cabine vazia.
- Putz... Será que não tem uma cabine vazia?
- Pelo jeito não, mas essa aqui só tem uma menina acho que ela não vai se importar da gente ficar com ela... Pergunta ai, Kate!
- Eu não, pergunta você.
- Kate quem vai perguntar é você, porque se você não se lembra, a cara de pau do grupo é você.
- Aff... olha quem fala! – Kate reclamou se dirigindo a porta – Licença – disse batendo na porta – Será que você pode abrigar duas inocentes meninas na sua “BELA CABINE”.
Hermione olhou com uma cara “quem são essas loucas?”, mas foi educada.
- Claro... - disse voltando sua atenção para o livro que estava lendo.
- Graças a Merlin!!! Pensei que nós íamos ter que ir com os malões.
- Kate, deixa de ser exagerada. Desse jeito a menina vai achar que você não regula bem!
- Mas por caso eu regulo?
Kate disse, fazendo Hermione e Naty rirem.
- Muito prazer, sou Hermione Granger!
- O prazer é nosso, Mione.- Naty respondeu rindo.
- Eu sou Kate e essa é minha prima, Naty.
- Eu posso me apresentar, Kate, eu sei falar.
- Dá pra perceber, você não parou de tagarelar no meu ouvido enquanto procurávamos uma cabine.
- Vocês são sempre assim?- Hermione perguntou erguendo uma sobrancelha.
- Não - Naty começou - Só quando estamos juntas.
- E por caso vocês se separam?- Hermione parecia curiosa.
- Nunca – respondeu Kate, enquanto pegava alguma coisa em seu malão.
- Vamos? – Naty se levantou.
- Claro!
- Aonde vocês vão?
- Vamos nos divertir – disseram as duas, deixando uma Hermione desconcertada para trás.
- Doidas?!
Kate e Naty saíram da cabine e olharam para os lados, pensando no que fazer.
- Mas que lugar mais chato! – comentou Naty, ligando sua câmera de vídeo trouxa e filmando tudo.
- Pode ser chato, minha querida prima... – disse Kate, pegando seu skate e colocando-o no chão. – Mas nós podemos transformá-lo em lugar legal!
Kate subiu no skate e saiu andando nele, se desviando de todos que apareciam em sua frente. Naty saiu correndo atrás dela, tendo o cuidado de filmar tudo. Vários alunos saíam das cabines para ver o que estava acontecendo lá fora.
- Isso é divertido! – gritou Kate, já ganhando velocidade.
- Divertido pra você, que não tem que correr com todo mundo te achando uma louca! – gritou Naty, fazendo várias pessoas rirem.
- O que eu posso fazer se você é louca priminha? – perguntou Kate.
- Olha quem fala...

****
Draco, Harry, Ron, Gina, Cho e Pansy estavam dentro de uma cabine, conversando. Gina acariciava os cabelos loiros de Draco com carinho, e ele parecia indiferente. Ainda estava aborrecido.
- Cadê a mulher dos doces, hein?! – perguntou Pansy. – Eu estou faminta!
- Não sei, ela já deve estar chegando. – disse Harry, que era abraçado por Cho.
- Porque você não vai lá fora dar uma olhadinha, Draquinho? – perguntou Gina, sorrindo. Ele olhou-a e disse:
- Tudo bem.
Draco se levantou e abriu a porta da cabine. Olhou para os dois lados e não encontrou a mulher dos doces.
- Não há sinal dela.
De repente, todos eles ouviram um grito agudo de uma garota. Draco olhou de novo para fora, sendo seguido por Harry, que, como sempre, queria dar uma de herói.
- O que está acontecendo aqui? – perguntou a Draco, mas a resposta veio logo a seguir. Ouviram uma garota gritar:
- Saiam da frente!
Tentaram ver quem era, mas ainda não conseguiam enxergar. Então ouviram outra garota gritar:
- Kate, me espera!
- Deixa de ser molenga e corre!
- Molenga? Você está esquecendo que eu não tenho quatro rodas!
Harry saiu da cabine e parou no meio do corredor, querendo ver o que acontecia. Viu várias primeiranistas abrirem caminho soltando gritinhos agudos e uma garota veio em sua direção, em cima de um skate. Harry pensou em sair do corredor, mas ela já estava muito perto e não teve tempo de desviar, então quando percebeu os dois estavam caídos no chão.
- Kate! – gritou Naty assim que chegou no local. Ela começou a rir descontroladamente da cena. Kate estava literalmente em cima de Harry. Ajeitou a câmera e filmou tudo de perto. – Isso daria até a primeira página de um jornal!
- Você não olha por onde anda não, garota? – perguntou Harry, quando Kate se levantava.
- Eu é que pergunto! Você não presta atenção quando tem gente na sua frente, não?! – Kate perguntou, parecendo irritada.
- Você é que veio pra cima de mim! – reclamou Harry, colocando os óculos que haviam caído no chão. Nesse momento todas as cabines por perto já estavam vazias, já que todos os alunos estavam no corredor observando a briga. Draco estava parado na porta da cabine, com Ron ao seu lado, e as garotas tentando ver, de dentro, o que estava acontecendo.
- Claro que ele não viu, né Kate? Você não está vendo que o garoto é míope? – perguntou Naty, ainda filmando a cena e segurando o riso. – E não se esqueça que não podemos brigar com deficientes visuais!
- É verdade, Naty... E além de cego ainda é um tarado sexual! – respondeu Kate, agora rindo internamente da cara de Harry.
- Eu? Tarado sexual? – perguntou Harry, sem entender.
- Claro! Você me agarrou! – disse Kate, indignada. – Seu tarado!
- Eu não te agarrei! Você é que pulou em cima de mim! – ele disse, parecendo aborrecido. Passou a mão pelos cabelos, deixando a cicatriz à mostra. Kate e Naty a olharam, interessadas. Nunca tinham visto algo como aquilo. Naty focou a cicatriz com a câmera e disse, sarcástica:
- Olha que gracinha... ele tem uma cicatriz em forma de raio na testa! Não é fofo, Kate?
- Uma gracinha, Naty! Tenho até um apelido pra esse garoto:Scarface!
- Scarface? Perfeito! – disse Naty, quase sem ar de tanto rir.
- Claro, priminha! – disse Kate, rindo cínica para Harry – Apelido perfeito pra esse tarado!
- Eu já disse que não sou tarado! – Harry disse, dando um passo à frente, aproximando-se de Kate. Ela pegou seu skate e levantou-o por cima da cabeça.
- Dê mais um passo e eu meto esse skate na tua cabeça!
- E aí ela vai terminar de rachar essa sua cabecinha... – comentou Naty.
- Ora, garota, para de falar besteiras e larga esse negócio! – pronunciou-se Draco, pela primeira vez. Naty e Kate olharam para ele, como se não ainda não o haviam notado.
- Você duvida que ela acerte a cabeça dele com esse skate? – Naty perguntou, pondo as mãos na cintura, desafiando Draco. Ele olhou-a, frio, e disse:
- Duvido.
Naty riu, cínica, e virou-se para Kate.
- Você sabe o que fazer, priminha!
Kate afirmou com a cabeça e fez do skate um bastão que quer bater em um balaço. Tentou bater com tudo na cabeça de Harry, mas ele foi mais rápido e desviou.
- Sua MALUCA! – ele gritou.
- Qual é a tua, hein scarface? – Kate perguntou, como se nada tivesse acontecido.
- Eu que pergunto, você quase me mata! Sua psicopata!
- Não chama a minha prima de psicopata! – bufou Naty, dando um passo a frente. Draco também se adiantou e disse:
- E você não se meta!
Naty encarou Draco e deu mais um passo, ficando muito perto dele. Olhou-o de cima a baixo.
- Porque você não cala a boca, boneca Albina?
Os dois continuaram se encarando mortalmente, enquanto Harry dizia para Kate:
- Olha aqui, garota, quem você pensa que é pra chegar aqui desse jeito? Você podia ter me matado!
Kate deu um passo à frente, ficando bem perto de Harry.
- Isso seria muito engraçado.
- Você vai se arrepender disso! – bufou Harry, perdendo a paciência.
- Eu não tenho medo de você. – Kate e Naty disseram ao mesmo tempo. Draco olhou Naty querendo fuzilá-la com os olhos.
- Pois devia ter. – disse a ela, quando Hermione apareceu, assustada.
- O que é que está acontecendo aqui? – ela perguntou, olhando confusa para os quatro.
- Essa louca que se jogou em cima de mim! – disse Harry, apontando para Kate.
- Claro que não! Esse idiota é que me agarrou! – retrucou Kate, olhando-o furiosa.
- Não importa! – gritou Mione, tentando abafar as vozes que cochichavam sobre o que tinha acontecido. – Vocês todos voltem para as suas cabines!
Os alunos olharam-na entediados e voltaram pouco a pouco para suas cabines. Quando o corredor estava quase vazio, ela se voltou para os quatro de novo.
- E vocês? Pensaram no exemplo que estão dando para os novos alunos? – ela perguntou, irritada. Uma cópia perfeita de Minerva McGonagall.
- Ih, Mione... relaxa! – disse Naty, abrindo um sorriso sincero, como se nada tivesse acontecido. – E vamos voltar pra cabine porque eu estou varada de fome!
- Eu também, Naty! Tô com desejo de comer uns bons sapos de chocolate! – disse Kate, também abrindo um sorriso e puxando a prima pela mão. Draco e Harry ficaram estáticos. Como aquelas garotas simplesmente abriam sorrisos e saiam de lá como se nada tivesse acontecido?
- É melhor vocês também entrarem na cabine! – Hermione disse, quase empurrando os dois para dentro.
- Porque você não fica aqui com agente, Mione? – Harry perguntou. Hermione olhou para dentro da cabine e viu Pansy e Ron rindo, enquanto ela acariciava seus cabelos. Fechou a cara e tentou ser amigável.
- Muito obrigada, Harry, mas é melhor não.
Dizendo isso ela saiu andando em direção à sua cabine, com os olhos marejados. Não entendia porque ele nunca reparara nela. Devia ser mesmo muito feia e sem graça.
- Mione, que bom que você chegou! – disse Naty, assim que viu a garota entrando na cabine. – Agente encontrou a mulher dos doces enquanto vínhamos pra cá e compramos tudo isso. – apontou para uma pilha enorme de sapos de chocolate que estava ao seu lado. – Sirva-se!
Mione limpou os olhos e sorriu, pegando um sapo de chocolate e sentando-se ao lado de Kate.
- Vocês não disseram que iam se divertir quando saíram da cabine? – Mione perguntou.
- E foi isso que nós fomos fazer! – disse Kate, enfiando mais um sapo na boca.
- Mas vocês estavam brigando!
- E quem disse que brigar não é diversão? – Kate perguntou, rindo.
Mione deu de ombros e pegou mais um sapo de chocolate. Elas ficaram a tarde toda ali, jogando conversa fora e se empanturrando de chocolates. Quando repararam já estava escuro e o trem já perdia velocidade. Mione foi até a cabine dos monitores, deixando Naty e Kate sozinhas na cabine.
- Chegou a hora, Naty. – disse Kate, quando o trem parou na estação de Hogsmead.
- Pois é, Kate... chegou a hora.

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