Prólogo



- Harry, acorda agora ou eu vou ser obrigada a te azarar! HARRY!
- Tá bom, Mione! To levantando!
Harry levantou-se de sua cama improvisada no quarto de Ron, na Toca, e foi em direção ao banheiro. Tomou uma ducha rápida, se vestiu e foi correndo tomar café. Estavam atrasados para o Expresso de Hogwarts mais uma vez.
- Bom dia!
- Bom dia, Harry querido! – cumprimentou Sra. Weasley – Tome logo seu café que já estamos atrasados!
Harry olhou para a mesa. Lá estavam Sr. e Sra. Weasley, Ron, Mione e Gina. Gina... Nem sabia como aquela garota tinha se tornado tão patricinha, ainda mais com 6 irmãos mais velhos. Agora ela andava com Pansy Parkinson e Cho Chang, e não gostava mais de Harry. Dessa vez ela estava em outra...
- Prontos para mais um ano? – perguntou Sr. Weasley, sorrindo.
- Claro Sr. Weasley! Esse ano é ano de NOMs e... – começou Hermione, animada, mas Ron interrompeu.
- Será que dá pra vocês pararem de falar sobre a escola? – perguntou ele. Hermione pareceu magoada.
- Olha quem acordou de mau humor hoje... – comentou Gina, se levantando.
- E você cala a boca, Gina! To mesmo de mau humor, e daí?
- Pare de ser grosso, Ronald! – ralhou Sra. Weasley – E vai pegar seu malão pra nós irmos para a Estação!
Ron, Mione, Harry e Gina pegaram seus malões e voltaram para a cozinha.
- Ué, não vamos de carro? – perguntou Ron.
- Não, esse ano nós vamos chegar lá mais rápido! – disse Sr. Weasley – Vamos de pó de Flú!
- Isso vai sujar toda a minha roupa nova, papai! – reclamou Gina.
- Não seja boba Gina! E vai logo! – disse Ron, quase empurrando a irmã pra dentro da lareira. Ela, fazendo birra, desapareceu de lá.
- Agora você, Harry querido! – disse Sra. Weasley, estendendo-lhe o pacote com pó de Flú. Ele entrou na lareira e gritou:
- Plataforma 9 3/4!

Na Mansão Malfoy...

- Jovem Malfoy! Jovem Malfoy, acorde!
- Que saco! Será que não se pode nem dormir direito nessa casa?
- Me desculpe, Jovem Malfoy, mas a mestra de Billy mandou Billy acordá-lo e dizer que está atrasado para o trem.
- Tá bom, Billy, agora some daqui!
O elfo fez uma longa reverência e desapareceu num estalo. O garoto loiro se levantou e foi até o banheiro. Tomou um banho, vestiu-se e foi até a sala.
- Bom dia, Draco. – disse a mãe, fria.
- Bom dia, mamãe.
Os dois tomaram café em silêncio. Narcisa tinha o mesmo ar arrogante de sempre, mas Draco não podia reclamar. Desde que seu pai tinha sido preso, Narcisa estava bem mais legal do que era antes. Quando eles acabaram o café, a mãe se pronunciou novamente.
- Vá pegar seu malão, um carro do Ministério vai te levar até a Plataforma.
Draco foi até seu quarto, pegou seu malão e voltou à sala, mas não encontrou ninguém.
- Onde está minha mãe, Billy? – perguntou ao elfo.
- Sra. Malfoy foi fazer compras, Jovem Malfoy. Ela mandou Billy dizer que ela deseja uma boa viagem ao Jovem Malfoy.
- Ah tá... – murmurou Draco para si mesmo, saindo e indo em direção ao carro, que o esperava lá fora.

Em outra parte de Londres, não muito longe dali...

- Ah, que droga, eu não quero ir pra Hogwarts! – reclamou uma garota com seus pais, na mesa do café da manhã.
- Pare de reclamar e coma, filha! – disse a mãe.
- Por favor, querida, seja compreensiva, você sabe muito bem porque nos mudamos pra Londres! – disse o pai.
- Eu sei papai! Você e o Tio Steve foram transferidos! Vocês já falaram isso mil vezes! Mas precisava aceitar a transferência?
- Precisava, Naty. Trabalhando aqui agente vai poder se ver mais! Não era você que vivia reclamando que eu nunca estava em casa?
- Era papai, mas era verdade! Você nunca estava em casa e eu tinha que aturar as maluquices da mamãe sozinha!
- Não eram maluquices, Natalie! – reclamou a mãe.
- Não, imagina... – disse a filha, sarcástica – Parece que o seu único neurônio sobrevivente não consegue entender que eu não sou uma garota fútil e ridícula que só pensa em fazer compras e sair em capas de revistas!
- Eu só estou tentando colocar você no caminho certo, querida! Você não pode desperdiçar essa beleza toda!
- Mamãe, se pra você esse é o caminho certo, não conte comigo. Eu não quero ser modelo! Será que você entendeu ou eu vou ter que explicar mais uma vez pra ver se agente consegue ressuscitar os seus neurônios?
- Por favor, parem de brigar! – apaziguou o pai – Eu quero aproveitar os meus últimos momentos com você em paz, filha! Você vai ficar muito tempo fora!
- Eu sei papai. Eu vou morrer de saudades! Mas a culpa é sua, porque você é que está me mandando pra lá! Eu não quero ir!
- Você devia estar comemorando, afinal não vai sozinha, a Kate também vai pra lá!
- Ao menos isso... né? – disse ela, cabisbaixa – Pelo menos eu vou ter alguém que veja quando eu me suicidar.
A mãe ficou horrorizada, mas o pai riu.
- Não faça drama, Naty! E vai pegar suas coisas que nós temos que ir lá na casa do seu tio, pois a chave de portal para a Plataforma está com ele.
A menina se levantou.

Na casa ao lado...

- Porque eu tenho que ir para Hogwarts? – perguntou uma garota, também sentada à mesa com seus pais.
- Kateryn, eu deixei você escolher... − a mãe falou, aborrecida
-Claro, Mãe! Eu tinha duas ótimas escolhas –a garota falava irônica – Ir para Hogwarts, que é como vocês chamam aquele Centro de Detenção, ou ir para aquele antro de patricinhas nojentas, que só estão preocupadas se a cor da unha vai combinar com o sapato.
- Kateryn Roxie Poupeé Anderson – A mãe brigava com a filha – Que palavreado esdrúxulo é esse?
-Mãe, eu já te disse para nunca, nem mesmo sobre um Crucios, falar meu nome completo, ou você esqueceu?
-Tá, Kateryn. Não esqueça que você tem um ensaio de fotográfico trouxa daqui a 3 semanas – a mãe ignorava completamente o que a filha falava- Então vou mandar uma autorização para você sair sozinha de Hogwarts...
- Mamãe, esse papo de novo não! Eu já disse que NÃO vou fazer essas fotos, e que nem quero ser modelo! Não é só porque você e a titia são modelos que eu tenho que ser também!
- Mas filha, você seria tão famosa, ganharia tanto dinheiro! Você e esse seu rostinho de boneca!
- Não, mamãe! Entendeu ou quer que eu desenhe? Porque pelo jeito isso tá muito difícil para o seu único neurônio entender...
-Kate! -o pai repreendeu a filha - Vamos tomar café em paz, por favor? – pediu o pai – E não reclame, filha, Hogwarts é uma ótima escola! Você não vivia dizendo que odiava Beauxbatons?
- Sim, papai, eu odiava Beauxbatons, mas pelo menos lá eu tinha meus amigos, agente só ignorava aqueles bandos de filhinhos de papai que eram nossos colegas... Mas Hogwarts não é assim, eu não conheço ninguém!
- Você não vai ficar sozinha, a sua prima vai estar lá!
- É... Pelo menos uma pessoa que presta...
- Não falei? Você e a Naty se adoram, vai dar tudo certo!
A conversa foi interrompida pela campainha. A menina se levantou e foi atender a porta.
- Bom dia, priminha! – cumprimentou a prima, entrando na casa com seus pais. – Está pronta para um ano de confinamento naquele lugar?
- Claro, priminha! Já que não podemos fazer nada pra evitar...
- Pois é... Se é assim eu tô pronta pra aprontar todas naquela escola!
- Eu também! Lá vamos nós!
As duas e o pai de Naty puseram as mãos na chaleira velha que estava no meio da sala e sentiram um puxão no umbigo.

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