Natal
N/A: Bem, este eh o capitulo 23... Espero que gostem... ((=
Comentem por favor? Os coments ajudam a eu ter animo para escrever...
Obrigada... Boa Leitura...
Capitulo 23 – Natal
Nicole estava enrolada em um cobertor ao lado da lareira. Estava com o rosto abaixado e os olhos tristes. Sirius apertou o presente dela que estava no bolso de sua capa e respirou firme. Logo após, se juntou a menina.
Nicole sorriu ao ver quem estava se aproximando.
- Ei... – Disse ele baixinho após sentar-se ao lado dela.
- Oi. – Respondeu Nicole com uma certa graça.
- Então... Como foi a noite de Natal?
- Ah... Foi muito bom. Papai e eu, após uma refeição que estava ótima, vimos fotos antigas. Mamãe era tão bonita... Você não imagina o quanto!
- Imagino sim... Sei que você puxou a ela. – Nicole sorriu pelo canto do lábio, timidamente. – Por que não esta em casa?
- Papai esta aqui. Ele esta conversando com professor Dumbledore.
Sirius escutava com atenção.
- Ele veio agradecer a atenção que ele esta tendo comigo.
- Entendo...
- Mas não é só por isso. Eu implorei para vir. Gosto de passar os feriados em Hogwarts... Aqui é tão tranqüilo.
- É tranqüilo só quando os marotos não estão aqui.
Ela riu gostosamente. Os dois fitaram o fogo da lareira e ficaram em silencio. Um calor percorreu por seus corpos mas não vinha do fogo. Vinham da lembrança do que tinha acontecido duas noites atrás...
Sirius fitava Nicole. Ela olhava para a lareira calmamente. O que estaria pensando? O que estaria sentindo? Ele sentiu um aperto no coração. Não queria vê-la sofrendo novamente. Então, quando achou que era a hora, ele lhe chamou.
- Nicole...
- Sim?
- Tome. – Disse ele enfiando a mão no bolso para pegar o presente a ela. Ele esticou o pacotinho a morena.
- Para mim?
- Sim.
- Obrigada Sirius! Não precisava. – Após disser estas palavras, Nicole deu um apertado abraço em Sirius. Ele suspirou fortemente e aceitou o abraço.
Ela pegou o pacotinho que estava na mão de Sirius e abriu. Ela sorriu ao ver o que era. Fora um dos sorrisos mais bonitos que Sirius viu em Nicole. Era um anel. Um anel de prata brilhante.
- Nicole... – Sirius disse baixinho pegando o anel que estava na caixinha com a mão direita e o olhando furtivamente. O brilho da anel estava em seus olhos. Ele sentia a respiração ofegante de Nicole em sua frente. Ela sabia o que iria falar. – Você quer... – Sirius comecou a falar aquela frase mas foi interrompido. De repente alguem entrou na sala comunal. Sirius e Nicole se viraram imediatamente.
- Pontas você me deu um susto! – Exclamou Sirius deixando o anel cair no chão. Nicole abaixou e o pegou imediatamente, colocando-o logo após dentro da caixinha.
- Desculpe. – Disse Tiago sem nem ao menos olhar para Sirius. Ele tinha os olhos vidrados em Nicole.
- Aconteceu alguma coisa? – perguntou ela.
- Professor Dumbledore quer vê-la agora.
- Mas...
- Ele não me falou nada a mais.
- Esta bem... Obrigada... – Disse a Tiago. – Tenho que ir. – Falou a Sirius. Ela deu a caixinha a ele e sussurrou em seu ouvido sem que Pontas ouvisse. – O que você queria me dizer, poderá ser dito mais tarde. Acho que ira precisar do anel não é mesmo? – Ela sorriu a ele e foi a ultima coisa que ela fez antes de sair da sala comunal.
Quando já estava na metade do corredor alguma coisa segurou seu braço.
- Antes de você ir quero lhe devolver isto. – Disse Sirius pegando no pulso de Nicole e colocando nele, a pulseira de prata que ele dera a ela e ela jogara no chão na enfermaria. – Tomara que desta vez você não a tire para nada.
- Pode apostar que eu não vou.
- Nem para tomar banho? – Brincou Sirius.
Nicole balançou a cabeça negativamente.
- Nem para mexer nas plantas?
Nicole balançou novamente a cabeça.
- Então eu fico mais tranqüilo. Agora vá. Dumbledore a espera.
Ela sorriu para ele e comecou a andar de costas. Não queria parar de olhar Sirius nunca. Mas já que querer não é poder, Nicole, após trombar em um menino grandalhão da sonserina, decidiu andar direito.
Quando chegou na frente da estatua de gárgula que dava para a sala de Dumbledore, Nicole parou.
- O que será que aconteceu? – ele perguntou baixinho. – Será que aconteceu alguma coisa ruim? – Disse já aflita.
- Não é nada disso senhoria Cruz. – Disse uma voz rouca vindo de traz dela.
- Professor?
- Sou eu mesmo! De carne e osso. Venha. Suba comigo. Vamos conversar lá dentro.
- Sim senhor.
Nicole subiu um pouco incomodada. Por que Dumbledore a chamara? Sentia muita duvida mas acima de tudo, sentia medo do que poderia acontecer e ouvir naquela sala.
- Sente-se.
- Obrigada. Aaan, professor?
- Sim?
- Meu pai esteve aqui?
- Sim. Ele esta dando uma volta pelo colégio. Falei com ele que queria conversar com você, em particular.
- Sim senhor.
- Bem, como já disse, seu pai esteve aqui. Nos tivemos uma longa conversa. Ele me informou há três anos atrás, que você corria um grande risco. Ele me contou sobre a trágica historia de sua família. E há três anos não sei como ajudá-la e como ajudar sua família.
- Então, há algumas semanas você passou muito mal. Endireitei você a um bom hospital e vejo que esta melhor, mas, não esta bem. Eu e seu pai tivemos uma longa conversa sobre isso. Ele queria a opinião de um velho como eu.
Dumbledore de repente ficou em silencio.
- Opinião sobre o que professor?
- Cara Nicole, ele percebe que você não esta bem. Ele sabe, assim como você sabe, sobre o poder do veneno que esta em você agora. Ele queria que você voltasse para casa e que um medico ficasse com você, cuidando de você. Pois assim, não perderia repentinamente você.
- Mas...
- Deixe-me terminar. Mas ele sabe, que esta escola é sua alegria. Ele não quer ver você infeliz nos últimos momentos de sua vida. Por isso, ele deixou a decisão de você escolher se quer voltar para casa, ou se quer ficar aqui, em Hogwarts.
- Entendo.
- E então, você que um tempo para pensar?
- Não, obrigada professor. Decidi-me agora.
- E então?
- Em primeiro de tudo, queria perguntar algumas coisas ao senhor. Posso?
- Sim.
- Minha historia de família é uma historia imunda. Uma historia que acima de qualquer coisa, esta o orgulho e a imagem. Meus avos eram puro sangue professor. Eles não admitiam que sua filha se casasse com um trouxa. Mas casou-se. E como não podiam suportar a idéia de que o herdeiro seria um mestiço, eles deram a ela um veneno. Melhor ter uma filha morta, do que o nome da família no lixo. Essa historia assusta muita gente. Como os pais poderiam fazer isso com a própria filha? Pois é. Assusta muita gente mesmo. E tenho receio que assustou você.
Dumbledore ficou calado, observando Nicole.
- O senhor esta preocupado comigo professor só por que ficou com pena de mim ou por outros motivos? Fale a verdade. Eu lhe imploro.
- Seus olhos são tão negros! São como jóias, perolas raras. Perolas negras assim, são dificieis de se encontrar.
- Onde o senhor quer chegar?
- Como seus olhos negros, devo me corrigir, como suas perolas negras, você tambem é rara de se encontrar. É uma bruxa independente que sempre sabe o que quer e aonde quer chegar. Muitos bruxos vivem a vida inteira e nunca descobrem os caminhos verdadeiros que devem seguir. Mas você, dês de quando pisou no colégio, sabia a trilha que devia seguir.
- Tenho ajudado bastante você senhoria Cruz, por que você, e devo acrescentar, apenas você e não a historia trágica de sua família, me espantou. Uma bruxa como você não encontramos todo dia. E tambem, não podemos deixá-la morrer sem ao menos tentar fazer, pelo menos, o mínimo possível para sobreviver mais.
- Você faz parte do colégio Nicole. Você faz parte de um todo. E não posso ver parte de meu todo morrer sem ao menos ajudá-lo um pouco. Continue a viver o maximo que você puder. Sei que você não se arrependera da decisão que você tomar: se você ira para casa ou se ficara aqui.
- Obrigada professor. – Disse Nicole se levantando. – Desculpe-me levantar assim, mas acho que já esta na hora do jantar.
- Você não ira me falar hoje sobre sua decisão?
- Não é preciso diretor. Tenho certeza que você já sabe qual irei tomar. – Disse ela sorrindo a ele. – E alias, feliz Natal!
- Obrigado querida! Para você tambem! Convide seu pai para jantar conosco. Será um prazer.
- Sim. Eu irei. Agora, se você me der licença...
- Não se preocupe. Pode ir.
Nicole estava andando para o salão principal, cantarolando uma musica de uma antiga banda trouxa. Um sorriso estava estampado nas faces rosadas da menina. Podia estar surpresa com que Dumbledore lhe disse, mas acima de tudo, estava repletamente feliz. Aquelas palavras do diretor acalmaram toda a confusão que estava dentro dela. O medo e a tristeza foram embora. Nunca poderia agradecer Dumbledore por coisa igual que ele fez por ela.
De repente, vozes a fizeram arrepiar. Vinham de uma escada perto do salão principal. Parecia uma discussão.
- Minha filha! Minha filha tem que estar perto do pai! Perto de mim! – Disse uma voz que estava tremida e chorosa. Nicole reconheceu a voz e seu coração pulou.
- Pare de choramingar! Você mesmo disse no inicio da conversa que fizera a coisa certa de constatar Dumbledore! Ela tem que ter escolha! – Essa voz era firme. Nicole sorriu pelos cantos dos lábios ao ouvir as palavras.
Ela encostou-se na parede e espiou o homem e o garoto que estavam discutindo. O homem tinha cabelos negros assim como os do garoto, mas os dele eram curtos. Ele possuía grandes olhos cinzas e tinha um rosto oval. A pele era branca e estava rosada por causa do frio. Nicole reconheceu de imediato quando viu o homem. Era seu pai.
Ela girou os olhos para o garoto. Ele estava enfurecido com o homem. Sirius fazia forca para se controlar.
- Eu sei! Eu sei! – Disse o pai de Nicole. Ele se sentou e tapou o rosto com as mãos. – Ela é tão frágil... Minha filha... Minha culpa.
Sirius sentiu uma enorme compaixão com o homem em sua frente. Ele estava sofrendo, mas que qualquer um poderia estar sofrendo por causa de Nicole. Ele se sentou ao lado do homem e lançou seu braço pelas costas dele. Nicole apurou os sentidos para ouvir melhor o que Sirius iria disser.
- Não se culpe pelo erro dos outros. Você era jovem. Você amava a mãe dela. Você a amava muito.
- Eu a amava e fui tolo! Fui cego! O amor me cegou. Se esperássemos... Se esperássemos nada disso iria acontecer. Talvez eu ainda teria minha Jéssica aqui comigo. E ainda teria a esperança de ter minha filha para o resto de minha vida!
- Não fale isso... – Disse gentilmente Sirius.
- Minha filha! Você a ama?
- Amo. – Respondeu firmemente o garoto. Nicole sorriu.
- E esse amor, o consome?
Sirius não respondeu.
- Esse amor, o deixa fraco como me deixou?
Sirius novamente não respondeu.
- Esse amor, o deixa cego como me deixou?
Sirius pensava. Pensava. Como seria este amor? O coração de Nicole batia fortemente em seu peito. Por que Sirius não respondia a pergunta? Por que? Nicole saiu de onde estava escondida e olhou frente a frente para Sirius e seu pai. Estava a uns dois metros deles. Mas de repente Sirius comecou a falar.
- O amor que sinto por ela, não é um amor comum. Basta um toque, um sorriso e um olhar para me deixar feliz. É um amor simples mas forte. É um amor raro mas singelo. É um amor que não me desgasta, que não me consome, que não me mata. É puro.
Nicole ficou paralisada olhando Sirius. Lagrimas rolaram em seu rosto.
- Você a ama realmente! – Disse o pai numa exclamação. Ele parecia feliz. – Você é um bom garoto... Você realmente é bom.... – De repente soltou um grito agudo. Percebeu que Nicole estava diante deles.
Sirius assustado olhou para frente e viu Nicole. Suas faces arderam.
Eles ficaram surpresos quando Nicole comecou a correr em direção a eles e abraçou os dois. Chorava desesperadamente. Não consigo explicar a vocês o que Nicole estava sentindo naquele momento. Mas, tenho certeza de que aquelas palavras de Sirius, o sofrimento de seu pai e aquele Natal, ela iria guarda consigo para sempre.
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