A Busca
'As regras da escola serão mantidas. Não será permitido magia nos corredores e os alunos não estão autorizados a entrar na Floresta Proibida. Quem for pego trapaceando será desqualificado. Entendido?', disse Dumbledore, olhando para todos presentes no salão antes de continuar. 'Depois dessas palavras, lhes desejo sorte. Suas pistas chegarão em alguns instantes. Enquanto aguardardamos, gostaria de dizer algumas palavras como daquela vez: Pateta! Chorão! Desbocado! Beliscão!'
Mal Dumbledore terminara de dizer as palavras, o salão foi repentinamente invadido pelas corujas, como de habitual naquela hora da manhã. No topo da correspondência de um membro de cada grupo havia um envelope com o selo de Hogwarts. Simas abriu o envelope marcado "Grifinória, Time Sete" enquanto o resto do time o observava. Logo após, pigarreou e leu o pequeno pergaminho dentro em voz alta.
"Era uma vez um homem cheio de artimanhas que veio da Ilha Esmeralda
Ele usou toda sua perspicácia para fazer fugir todas as serpentes
Sim, Patrício, o santo, era seu nome
Agora aqui está a chance de jogar seu jogo
Reúna sua determinação e use as habilidades de Patrício
Para alcançar seu objetivo"
'O que isso significa?, perguntou Olívio.
'Eu acho que quer dizer que preciso falar em língua de cobra,' disse Harry.
'Mas onde vamos encontrar uma cobra?', continuou Olívio, pegando o pergaminho das mãos de Simas enquanto os outros times já estavam deixando o salão.
'Bem... nós podíamos usar aquele feitiço que o Draco usou em mim ano passado,' sugeriu Harry.
'Ah sim!', disse Rony. 'Devemos mesmo confiar num feitiço da Sonserina?'
'De qualquer forma, não podemos fazer isso aqui,' disse Olívio enquanto um time da Corvinal se aproximava.
'Então vamos pra outro lugar,' disse Fred, abrindo passagem.
Eles encontraram a primeira sala de aula vazia e fecharam a porta.
'Certo. Quem aqui vai querer uma cobra saindo de sua varinha?', perguntou Harry, segurando sua própria varinha como se fosse uma espada.
'Eu faço isso,' disse Simas bravamente dando um passo à frente, apesar de não parecer muito confiante.
'Preparado?', perguntou Harry.
'Serpensortia!'
Uma cobra particularmente mau humorada saiu da varinha de Simas e todos pularam para trás, exceto Harry, que deu um passo à frente e começou a sussurar para a cobra. A princípio a cobra apenas olhou estreitamente para Harry. Depois, para a surpresa de todos, ela começou a aumentar e mudar de forma... até que um fantasma alto e magro com olhar de desaprovação tomou seu lugar.
'Merlin, por quanto tempo estive preso naquela varinha?', o fantasma perguntou, olhando ao redor. Os meninos apenas observavam perplexos. 'Quem é você?', perguntou a Harry. 'Você, que fala língua de cobra.'
'Eu... eu sou Harry Potter.'
'Hmm... me soa estranhamente familiar. Você, por acaso, não é meu herdeiro, é?', perguntou desconfiado.
'Primeiro precisamos saber quem você é.', perguntou Olívio.
O homem de aparência severa se aproximou.
'Eu...' (pausa dramática) 'sou Salazar Slytherin.'
Todos pareciam incrédulos. Harry, entretanto, fez uma tentativa de responder à sua revelação.
'Nesse caso, senhor... não, não sou seu herdeiro. Se bem que algumas pessoas pensaram que eu era no ano passado. Agora começaram a pensar que sou o herdeiro de Godric Gryffindor. O que eu quero dizer é que...'
'Nem um pouco convencido você para alguém que fala língua de cobra, não é? Só espero que você não esteja na minha casa.'
'Não senhor. Grifinória.'
O fantasma de Salazar riu sarcasticamente.
'Devia ter adivinhado. Godric sempre gostou desses tipinhos heróicos. Mas enfim, em que ano nós estamos?'
'Depende do ponto de vista...', Jorge começou a dizer.
'1994,' Olívio interrompeu. 'Estamos numa Caça ao Tesouro e nossa primeira pista dizia que Harry precisava falar com uma cobra. Então...'
'ENTÃO você quer saber se eu tenho sua próxima pista, estou certo? Gostei de você, rapaz. Tem um grande senso de ambição. Não me diga que você também está na Grifinória?'
'Sim senhor, estou.', disse Olívio orgulhosamente.
O fantasma de Salazar estremeceu de puro desgosto.
'Ah sim. Bem, bem... não tem jeito mesmo. Mas eu acho que lhes devo algo por terem me libertado. Aqui está a única pista que posso lhes dar. Deixei uma coisa aqui em Hogwarts...'
'Já sabemos sobre o Basilisco,' interrompeu Lino Jordan num tom entediado.
'É mesmo? Tudo bem. Que mais posso lhes dizer? Hmm... bem, Godric gostava de vestir roupas íntimas femininas. E Rowena era feminista, não lésbica...'
'Eu sabia!', disse Fred extendendo a mão para Jorge, que lhe pagou dez sicles.
'Ah!', o fantasma de Salazar levantou no ar. 'Como poderia me esquecer?'
Salazar moveu os dedos fantasmagóricos e um pedaço de pergaminho apareceu em sua mão.
'Aqui está sua segunda pista. Boa sorte pra você aí que fala língua de cobra.'
Tendo dito isso, o fantasma de Salazar Slytherin desapareceu.
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