O Escolhido



Os meninos permaneceram em choque por um bom tempo.

'Simas,' começou Rony com uma das sobrancelhas levantada. 'O que o fantasma de Salazar Slytherin estava fazendo preso na sua varinha?'

Simas estremeceu.

'Não importa descobrirmos isso agora. Vamos ouvir a pista.'

Harry desenrolou o pergaminho e leu para todos.

"Numa sala do segundo andar
Vocês encontrarão uma porta misterioza que não é feita de madeira
Ela está escondida muito bem atrás de uma estátua"


'MISTERIOZA?!', surpreendeu-se Rony. 'Que horrível! Quem escreveu isso tem noção de gramática?!'
'Eu gostaria de ver você fazer melhor,' ouviu-se a voz do autor vinda de cima.

Harry não estava prestando atenção.

'Acho que ele se refere àquela estátua que vai pro escritório do Professor Dumbledore.'
'Você pode nos levar lá?', perguntou Olívio impaciente.
'Claro, vamos lá.'

Todos subiram as escadas correndo e passaram pelos corredores até chegar à estátua de pedra.

'E agora?', perguntou Rony.

Todos olharam em volta.

'Olha! A pista... mudou.', Harry mostrou o pedaço de pergaminho e leu novamente.

"Vocês ofenderam o autor da pista
Agora ele vai tornar as coisas mais difíceis
Dêem uma olhada no que vocês têm em seus bolsos agora"


Todos colocaram as mãos em seus respectivos bolsos.

'Fita adesiva,' disse Rony.
'Um feijãozinho de todos os sabores amarelo,' mostrou Lino.

Os gêmeos Weasley começaram a esvaziar seus bolsos.

'Bombas de bosta.'
'Sapos de chocolate.'
'Canetas de açúcar.'
'Diabinhos de pimenta.'

Antes que o próximo ítem fosse mencionado, a estátua começou a girar. Harry pisou no primeiro degrau a aparecer, sendo seguido pelos outros.
A porta do escritório de Dumbledore estava aberta e não havia ninguém dentro.

'Diabinhos de pimenta? Essa era a senha?', perguntou Jorge enquanto colocava tudo de volta nos bolsos.

Simas olhou ao redor. Ele nunca havia estado alí antes. Havia retratos dos antigos diretores de Hogwarts espalhados por toda a parede, sussurrando e observando o grupo de meninos. Ele viu uma Fênix próximo à mesa de Dumbledore e o Chapéu Seletor do outro lado.

'O que diz agora?', Olívio perguntou a Harry apontando para a pista.
'Não mudou nada.'

Por um bom tempo os meninos permaneceram pensativos. Finalmente, Harry se virou para o retrato atrás dele.

'Com licença. Você, por acaso, saberia informar qual é nossa próxima pista?'
'Peça para o menino de meias engraçadas perguntar para o Chapéu,' respondeu o ancião.
'É com você, Simas,' disse Olívio empurrando Simas gentilmente na direção do Chapéu.

Simas pegou o chapéu. A última vez em que ele o havia colocado foi no seu primeiro dia em Hogwarts. Havia levado quase um minuto inteiro para sorteá-lo.
Simas pôs o chapéu.

'Ah, Simas Finnigan. O que posso fazer por você?'
'Precisamos da próxima pista para a Caça ao Tesouro,' respondeu ao Chapéu.
'Muito bem. Me tire da sua cabeça e procure dentro.

Simas hesitou.

'A menos que haja algo a mais...?'
'Bem... eu só queria saber...'
'Por que eu levei tanto tempo para decidir em qual casa colocá-lo?'
'Sim.'
'Não se incomode, Finnigan. Você terá sua resposta muito em breve. No momento minha função é ser vago e criar uma sensação de mistério. Agora, sua pista...?'

Simas tirou o chapéu e pôs a mão dentro, onde encontrou outro pedaço de pergaminho.

"Se vocês querem vencer esse jogo
Deverão colocar alguém numa situação bem embaraçosa
'Snape' é o nome do escolhido"


'Snape!', disse Fred com um sorriso de orelha a orelha.
'Snape,' assentiu Jorge.
'Snape?', Harry e Rony disseram em suas piores caras de desgosto.

Simas deixou escapar uma gargalhada.

'Temos que embriagar o Snape!'

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