Outra vez nós dois
Oie! Valeu mesmo pelos comentários fic feliz que tenham curtido!^^
E uma coisinha: esclarecendo a uma dúvida, esses “Há dois anos atrás” e etc, são em relação ao tempo que eles (os personagens) estão no momento (o presente), que eu ainda não mostrei. Deu pra entender alguma coisa?
Espero que sim^^
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Observação importante: o capítulo com insinuações de sexo, em sua segunda metade...
Depois de "duas semanas depois..." quando estiver em itálico.
--Há quase um ano e meio atrás--
-Hm... Potter, a comida está divina. Depois me diga onde a comprou – falou ‘educadamente’ antes de sorver sua taça, cheia de vinho tinto.
Neville sorriu balançando a cabeça. – Foi Harry quem fez todo jantar, Michael.
O homem levantou os olhos, dirigindo-se a Harry zombeteiro. – É você quem pôs no forno, não é Potter? – indagou brincando.
Harry franziu o cenho por um instante, depois sorriu. Antes, no entanto, que pudesse responder, Luna tomou a frente. – Acredite, não é apenas como um inominável que nosso amigo aqui é bom. – Ela esfregou o braço de Harry oferecendo-o um sorriso.
O outro homem olhou para Harry desconfiado. – Harry é excepcional em diversas coisas, Michael. Não fique tão surpreso – Gina disse com um sorriso torto. – Teria medo dele se soubesse realmente do que é capaz.
-Gina, por favor – disse Harry sentindo-se desconfortável. – Você fala como se eu pudesse ser uma ameaça em potencial... Para Devon.
-E não pode? – ela retrucou maliciosamente olhando Hermione, a sua frente, de esgueira. Fazendo Rony, que estava ao lado esquerdo de Luna, engasgar, ao reparar na troca de olhares entre as duas amigas, enquanto tentava prender o riso. “Definitivamente Harry é uma ameaça a Michael Devon... É questão de tempo... Até que Hermione ‘sinta falta’ do amiguinho dela” Rony pensou ironicamente. “Eles não duraram mais um mês” ponderou ao perceber, sem querer, a troca de olhares, completamente clandestina, entre Harry e Hermione.
Hermione e Michael estavam namorando há pouco mais de dois meses. Conheceram-se quando, há uns quatro meses, ela tivera de participar de um treinamento dos aurores no ministério. Ele era o instrutor.
Michael era considerado um dos melhores aurores da época, era educado, bonito e inteligente. Fazia bem o tipo de Hermione. Mas, por alguma razão, Rony não acreditava que aquela relação pudesse durar. Além do mais, ele não achava que aquele homem fosse bom o suficiente para Hermione... “Sendo franco comigo mesmo, não gosto nenhum pouco desse homem”.
Por mais que Rony desaprovasse a “amizade colorida” entre seus dois melhores amigos – “Ora! Que assumam de uma vez por todas o compromisso!” -, ele preferia quando estavam “juntos”. Hermione sempre esteve muito mais animada com Harry... Ele sabia lidar com ela melhor do que qualquer outro. E Deus era testemunha do quando Rony já tentara a entender... Sem sucesso. “Hermione é a coisa mais complexa que já vi em toda minha vida! Oh criatura complicada!”
Harry tinha um dom estranho de deixá-la sorridente – e o ruivo realmente nem queria imaginar o que o moreno fazia para deixá-la naquele estado. Quase alienado... – “E com um sorriso afetado que, francamente, assusta-me” ponderou balançando a cabeça levemente.
Além do mais, Harry tinha outro dom: era o único capaz de perverter completamente Hermione. Ainda que a custa de grandes cotas de paciência e insistência. E algumas artimanhas que ele não contava pra ninguém...
-Qual é a piada, Ron? – Harry indagou secamente. – Queremos rir também – ele continuou, desta vez em um tom mais ameno, atrevendo-se a sorrir para o amigo.
O ruivo parou de pronto, desconcertado pelo sorriso que Harry lhe oferecia no momento. – Não é tão engraçado assim – contrapôs sorrindo amarelo.
-Então Harry? Cadê a sobremesa que me prometeu? – Luna indagou, quebrando o contado visual entre Harry e Rony. – Você fez não é? – perguntou fazendo beicinho.
-O que você, meu bem, não pede sorrindo que não faço chorando? – Harry indagou tocando o queixo dela antes de se dirigir à cozinha.
-Ih, cuidado, Weasley. Potter é mesmo uma ameaça, até mesmo para os amigos – Michael disse com um sorrisinho irônico. Hermione lançou um olhar reprovador a ele.
Rony estreitou o olhar para o homem. Já não ia com sua cara e ele ainda brincava desse modo. - Acredite, não sou eu que corro risco – retrucou rispidamente.
-Ron, ele estava apenas brincando – Gina falou segurando o braço do irmão.
Os grandes orbes de Luna, que outrora eram sonhadores, refletiram o mesmo ardor dos de Rony enquanto voltava-se para Gina. - Uma brincadeira muito desagradável. Gostaria de acrescentar – retrucou friamente cruzando os braços. – O que ele tentou insinuar? Que eu trairia meu marido? Que Harry não era de confiança? Que eu não sou de confiança? – o tom de voz dela foi tornando-se mais duro enquanto voltasse diretamente para Michael. – Me desculpe se não vejo onde está a graça nessa piadinha infame, Gina – completou com ironia.
Hermione olhou para Rony e Luna um instante antes de se perder em meio a um passado recente.
-- seis meses atrás --
Após três anos de namoro, Rony e Luna estavam casando.
Harry e Hermione seriam os padrinhos do noivo. Estavam felizes pelos amigos e honrados pelo convite...
Sorriu. Ela estava linda naquele vestido... Mas a verdade é que se imaginar a despindo deixava aquela peça de roupa ainda mais sedutora. Fazia-o divagar sobre cada traço que se encontrava sob aquela proteção. Cada toque que estaria disposto a concretizar...
Ela ergueu a sobrancelha e ele estava ciente de que ela estava ciente sobre o que ele estava pensando. Ele piscou para ela enquanto tomava seu braço e a guiava para o lugar reservado para ambos no altar.
-Vai se comportar, não é? – ela indagou baixinho, cumprimentando com um acesso algumas pessoas pelo caminho.
Harry a olhou de lado. – Hermione, por Merlin, estamos numa igreja! – disse no mesmo tom dela. - É claro que irei me comportar – ela assentiu. – Ainda que me custe grande quantidade de alto-controle – retrucou ainda mais baixo em seu ouvido, a morena não pôde deixar de sorrir.
*
A cerimônia havia sido graciosa. Luna estava radiante, Rony eufórico – e irritantemente nervoso... - Harry nunca havia visto seu amigo tão feliz. Muito menos tão pateticamente apreensivo (contando com o quarto ano em Hogwarts, quando tivera que convidar uma garota para o baile, ele esquecera propositalmente que Harry chamara o par dele), Rony chegara a duvidar que Luna viria...
Enfim, depois de pouco mais de meia hora de atraso e um Rony desesperado, a cerimônia transcorrera belamente, sem maiores imprevistos. E agora estavam no jardim d’A Toca, já que a sra. Weasley insistira. Em demasiado.
-Não quer pegar o buquê? – Harry indagou em seu ouvido, as suas costa. Ela se voltou para o homem. - Ainda dá tempo.
-Não obrigada. Não pretendo me casar... Ao menos, não tão cedo.
-Você é sempre do contra, não é? Tem de ser diferente – disse sorrindo. – Você é diferente de todas as mulheres que conheço ou conheci.
-Algum problema quanto a isso?
-De modo algum – retrucou. Sua mão indo ao encontro da nuca dela. Trazendo-lhe para si. – É uma das inúmeras coisas que sempre me encantou em você - murmurou, antes de excluir a distância entre seus rostos e roubar-lhe um beijo; o qual ela estava disposta a retribuir.
Ela sorriu afastando-se. – Harry... Alguém pode nos ver. Você sabe, a Molly.
-Tem toda razão - o homem concordou e se separou dela.
A morena segurou sua mão. – Venha.
-Onde está me levando? – ele franziu a testa. – Mione, somos os padrinhos do noivo!
Ela riu. – Acredito que não sentirão nossa falta – disse observando Rony e Luna. O casal dançava como se apenas existisse um ao outro. – Além do mais, preciso muito saber sua opinião sobre meu... vestido - Harry ergueu a sobrancelha e sorriu ainda sendo guiado pela amiga.
Quando percebeu, estava o beijando contra a porta do banheiro que acabara de trancar. Aferrando-se a ele.
Ela não compreendia qual a exata razão de gostar tanto de tê-lo. Ela simplesmente não se cansava...
-O que deu em você?
-O que? É tão anormal assim ver a srta “certinha” Granger tomar a iniciativa? – ela indagou ironicamente.
-Você sabe que não.
-Então... – Hermione sorriu marotamente, tocando os lábios dele com o indicador. – faça silêncio, capitão Potter – disse suas mãos deslizaram por seu tronco, antes de retirar seu terno. - Deixe-me cuidar de você – pediu num sussurro, fitando-o.
Em silêncio, Harry a trouxe novamente para si e deslizou sua mão por seu rosto. Ele desviou os olhos dos dela, decaindo-os lentamente, observando sua boca e, segundos depois, quando acreditou tê-la novamente decorado, voltou a encará-la.
Por fim a respondeu, com um curto beijo. Ele depositou suas mãos na cintura dela e a beijou outra vez, como se quisesse fazer aquele beijo durar muito. Eternamente. Explorando, outra vez, cada segredo e fato de sua boca.
Tento-o ainda entretido em sua essência, Hermione retirou sorrateiramente o cinto dele. Deixando-o esquecido no chão. Com um suspiro, puxou sua camisa para fora da calça e, devagar, ela desabotoou sua camisa.
A mulher sorriu fechando os olhos quando ele a abraçou - apertando-a levemente. - e despretensiosamente passou a abrir – às suas costas -, centímetro a centímetro, seu vestido. Fazendo-o, quando o homem acabara, deslizar de seu corpo até pousar suavemente no chão.
As mãos dele dirigiram-se para suas costas. Acariciando-a, aquecendo-a, reconhecendo-lhe... Enquanto suas peles se arrepiavam com o maior contato.
Por maior calor que sentisse, ela estremecia com seu toque. Por mais próximo que o corpo de Harry estivesse do seu, ainda não era suficiente enquanto com voracidade, ardor e uma paixão incomum o beijava e o tocava. Experimentando-o e testando-o a cada momento. Sentindo-o arquejar. Sentindo-o estremecer e suar. Vendo-o ansiá-la.
A morena suspirou, voltando a realidade. Recriminou-se ao perceber que suas mãos tremiam levemente e, com velocidade, as escondeu sob a mesa.
-Luna, não há razão para isso. Por favor, como Gina disse, ele estava apenas brincando – Neville disse tentando acalmá-la.
-Não é brincadeira que se faça – foi Hermione quem disse desta vez, estranhamente rouca. – Creio que deve desculpas ao Rony e a Luna, Michael – falou um tanto quanto seca, perdendo a rouquidão. - Você foi muito grosseiro – o homem a encarou com irritação e Hermione sustentou o olhar sem se abalar, fitando-o com reprovação.
–Não foi minha intenção ofendê-los.
-Irei ajudar o Harry – a mulher disse, destinando um olhar duro ao namorado, que bufou.
*
-Está tudo bem aqui? – indagou erguendo a sobrancelha.
-Tudo bem.
-Demorou tempo demais nesta cozinha para um “tudo bem”.
Harry a encarou. – Ouvi o que seu namorado disse – ele suspirou. – Você me conhece, estou dando um tempo. Não quero estragar a noite de ninguém, muito menos a sua. Mas sabe o quanto ‘gosto’ do Devon...
-Obrigada – disse acariciando sua face. – Obrigada por suportá-lo.
-O faço apenas por você, sabe disso. E não me agradeça, eu ainda o odeio. E tenho para mim que sempre vou odiá-lo.
A morena riu. – Apenas continue fingindo, Ok?
-Vai ser por muito tempo? – ele fez uma careta enquanto lhe segurava a cintura, aproximando-os ainda mais.
-Talvez... Pode suportar?
Harry fingiu um longo suspiro de pesar. – Suportaria mil desses idiotas para continuar sendo seu amigo, Mione – retrucou. – E tudo isso porque acho que gosto muito mesmo de você – disse com deboche. Ela virou os olhos. – Ainda acho que gosto muito mais de você - Harry continuou em tom baixo, mais seriamente.
-Sabe, essas coisas – ela murmurou. – Elas têm que parar.
-Eu sei – retrucou lentamente.
-Então... Potter?
-Eu juro que é a última vez – disse olhando em seus olhos.
-Não faça promessas que não possa cumprir.
-Então eu retiro o que disse, Granger – ele murmurou ainda fitando-a.
Hermione ergueu a sobrancelha, seus lábios curvados num sorriso.
Harry sempre dizia aquilo... Que Michael não a merecia, que era um hipócrita, um idiota... E que ele, Harry, gostava muito mais dela.
Ele não dizia isso por mal, no entanto. Isto é, ele não dizia com intenção de separá-la de Michael, era mais uma constatação; que ela, ainda que não admitisse, estava cansada de saber.
“Você gosta muito mais de mim, também” Ele vez ou outra dizia quase como se a repreendesse, ainda que sempre tivesse um sorriso torto nos lábios enquanto falava. E, mais uma vez, estava certo...
-Espero não estar atrapalhando – Michael disse com a sobrancelha erguida e Hermione o encarou em desconcerto.
Harry deu de ombros. – Obviamente que não – o homem se afastou de morena. - E já que está aqui, ajude-nos – continuou mostrando-lhe o que havia encima balcão instalado no centro da cozinha.
*
-Então, além de ser “o-menino-que-sobreviveu”, é um cozinho que excede as expectativas... Parabéns. – Disse o namorado de Hermione com um quê de remoque. Harry deu um sorriso forçado antes de, com um quase imperceptível aceno de cabeça, agradecer.
-Tolice – Rony retrucou olhando para Michael com um sorriso cruel. – Parabenize a Harry por ter salvo sua vida e a de todos nós. Por ser melhor em campo do que qualquer, incluso eu, auror do mundo... Por ter enfrentado e, saído vivo, nada mais, nada menos que sete vezes Voldemort – Rony sorriu amplamente sob o olhar inquisitivo de Harry.
-O que está dando no Ron? - Harry murmurou para Luna, esta apenas sorriu dando de ombros. – Por Merlim, Luna, contenha-o... - a loira fingiu não tê-lo ouvido.
-Eu mencionei que a maior parte destes fatos ocorreu antes de sua maior idade? – indagou animado. - Parabenize-o por desbancar Vitor Krum, o melhor apanhador de todos os tempos... Além do mais, deixe-me lhe contar, praticamente toda minha família tem uma divida de gratidão com Harry. Ele salvou--
-Você é realmente um ótimo amigo, Ron – Harry falou, interrompendo-o. – Não sabe o quando me deixa lisonjeado. Mas você está começando a me constranger – continuou obrigando-se a sorrir. – Não quer ver meu ego subir as paredes, não é? – ele lançou um olhar rápido a Hermione, como um aviso.
-Vamos? – a morena indagou a Michael e se dirigiu ao amigo. – O jantar estava ótimo, Harry. Mas, como sabe, amanhã terei um dia tumultuado...
-Eu entendo, Herms.
-Foi um prazer conhecer sua casa, Potter.
-O prazer foi meu em tê-lo nela – Harry retrucou por sua vez, tentando não soar irônico.
*****
--Uma semana depois do jantar na casa do Harry--
-Tudo bem, você estava certo – ela retrucou virando os olhos enquanto enrolava o cabelo em um coque. – Mas não se gabe – retrucou levantando-se da cama ao mesmo tempo em que terminava de abotoar a blusa. Dispensando-lhe um olhar de enfado.
-Não me tire esse prazer, querida... Não é algo corriqueiro – ele a observou por um instante. - Está preciosa – comentou fixando-lhe o olhar. Estava apenas com uma camisa de manga larga. Era a camisa dele. A qual suspendera até metade de seus antebraços. A blusa se estendia, no corpo dela, até meados de suas pernas. O coque, que deixava alguns cachos libertos, lhe dava um ar mais íntimo. - Mas onde pensa que vai? – indagou com um pequeno sorriso.
Ela retribuiu o sorriso. – Estou faminta. Quer alguma coisa?
-Que você volte para a cama...? Ficou repentinamente frio aqui – retrucou jocosamente.
A mulher ergueu a sobrancelha, rindo-se. – Estava me referindo a minha ida à cozinha. Quer que eu lhe traga algo para comer?
-Qualquer coisa – deu de ombros.
-Ok – Harry a viu sumir de vista, depois voltou a encostar sua cabeça no travesseiro.
“Na noite anterior, ela havia chegado de surpresa. Eu estava no sofá, assistindo a qualquer coisa que no momento não me recordo” Sorriu.
Hermione apareceu com um estampido em sua casa. Ela o fitava enquanto se dirigia ao seu encontro. - Você tinha razão – ela disse postando-se a sua frente, antes de sentar-se em se colo e abraçá-lo enterrando seu rosto no vale entre o pescoço e ombro de Harry. - Ele é mesmo um idiota - murmurou, apertando-o mais.
-O que houve? – o homem indagou, uma de suas mãos enlaçando sua cintura enquanto a outra passava a lhe acariciar o topo da cabeça.
-Eu terminei com ele... Há dois dias.
-Dois dias? – ele indagou afastando-se, para encará-la.
-Desculpe-me – disse fitando-o. - Eu precisava pensar e não queria ouvi-lo gabando-se por estar certo uma maldita vez.
-Claro Hermione – ele contrapôs sarcasticamente, retirando-a de seu colo. – Eu realmente pensava em começar a ironizar com o seu término. Estava apenas aguardando vocês terminarem para lhe expor todos os motivos do porquê eu estava certo e você errada quanto a escolha do infeliz do Devon para seu namorado...
-Harry...
–...Eu realmente ia me divertir com seu sofrimento. Utilizando todas aquelas frases imbecis: “Eu disse a você”, “Eu avisei”, “Eu te disse que não daria certo”, “se você me ouvisse”... Iria me comprazer com o seu fracasso – continuou pungente.
-Eu já pedi desculpas!
-Perdoe-me se não achar o suficiente.
Ela ficou o observando por alguns minutos. O moreno fingiu ignorar sua presença enquanto observava a tevê. - Não vim aqui para discutir com você sobre esse maldito namoro – Hermione suspirou cansada. – Fui uma tola, aceite minhas desculpas? – pediu segurando sua mão, entrelaçando seus dedos com os dele. Harry não se opôs ao gesto, ainda que não tivesse voltado seu olhar para Hermione. Ela sorriu levemente, voltando ao colo do amigo.
-Às vezes, eu penso que a perdôo rápido demais – murmurou ainda com a vista na televisão.
-Sei disso... – ela retrucou fazendo-o encará-la. - ...Só de olhar você - segredou juntando sua testa a dele.
-Isto acontecesse porque você me ama – ele, fingindo arrogância, disse encolhendo os ombros.
Hermione ergueu a sobrancelha. – Vai saber, senhor Potter.
Harry sorriu e aproximou-se dela perigosamente. - Eu sei – murmurou ao pé do ouvido. – Só de olhar pra você – continuou em tom baixo, ele a sentiu estremecer levemente.
-Meu Deus, como alguém pode ser tão arrogante?!
-Você me fez assim - murmurou, com um sorriso que Hermione compartilhava. - Estremecendo desse modo todas as vezes que lhe falo ao ouvido...
-O que queria que fizesse? – indagou por sua fez. – Sabe e, muito bem, que esta é uma área sensível. Sei – ela se afastou, olhando-o com a sobrancelha erguida. – Que faz isso propositalmente. Que se diverte ao me ver deste modo...
-Isto eu não nego, benzinho – retrucou jocoso e acrescentou: - Mas deixemos de conversa... – num movimento rápido, quase brusco, Harry a deitou no sofá, estando por cima. Uma de suas mãos prendia as dela sobre sua cabeça, a outra deslizou lentamente pelo corpo da mulher até pousar em sua cintura. Hermione sorriu, fitando-o sedutoramente.
-O que pretende, Potter?
-O que você acha? - Hermione não esboçou nenhuma reação quando o viu se aproximar. Os lábios dele tocaram os dela levemente antes de se afastar. Então voltou a fitá-la. - O que está fazendo aqui, Hermione?
Ela ponderou por um instante. - Preciso de você – retrucou acreditando que era o modo mais simples de expressar tudo que estava em sua mente confusa.
-Não quero ser seu prêmio de consolação. Não quero ser um consolo, ao menos não desse tipo. Podemos conversar o quando quiser, até exaustivamente se precisar. Seres os melhores amigos dos tempos de Hogwarts hoje – disse afastando-se.
-Não é nada disso, Harry – ela virou os olhos, sentando-se. – Sinto sua falta. E - ela ergueu a sobrancelha. – Em nenhum momento, quando me vi aparatando para cá, minha intenção foi a de vir aqui para conversar contigo exaustivamente sobre o que é passado – a mulher segurou o rosto dele entre as mãos e beijou a ponta de seu nariz, retirando em seguida seus óculos, depositando-os na mesinha de centro. – Senti muito sua falta - murmurou antes de beijá-lo.
Hermione declinou seus lábios até o pescoço dele, mordiscando, sugando o local animando-se mais ao ouvi-lo, ainda que Harry permanecesse relutante em o fazer, gemer.
Enquanto voltava a beijar-lhe a boca, suas mãos deslizaram de seu cabelo à sua espalda moderadamente, chegando ao seu traseiro; ao qual apertou fazendo Harry rir no beijo. Ela também sorriu, ao senti-lo mais descontraído e muito menos impassível. Mordeu seu lábio inferior, aferrando-se mais ao moreno. Suas mãos, sob sua camisa, acariciavam-no, ora lenta ora rapidamente, vez ou outra arranhavam-no incitando-o.
Ele se afastou, ainda sobre ela – suas pernas dobradas cada uma de um lado do corpo mulher. Seu corpo não mais tocando o dela, enquanto ajoelhava-se no sofá. - e Hermione achou que tinha perdido a batalha para a teimosia dele - Será que não entenderia que ela não queria ou precisava de consolo? Que pouco se importava com o maldito do Mickey Devon (ou seja lá o que fosse) quando estava ao seu lado? Que estava sedenta por Harry Potter, e só por ele (neste momento)?
Suspirando frustrada procurou os olhos dele - queria entendê-lo. – e ficou sem alento... Estavam, seus olhos, obscuros e pareciam sorrir-lhe com demasiada malicia, enquanto observavam-na de lado.
As mãos do homem foram para sua cintura e ele as fez se encontrarem sobre o ventre dela e, então, as ascendeu devagar, apreciando cada polegada de seu corpo quente. Parou antes de tocar-lhe os seios e sorriu ladino ao reparar a ansiedade da mulher.
De uma vez, num puxão, abriu a blusa dela e Hermione arfou mordendo o lábio inferior. Harry simplesmente ergueu a sobrancelha sob seu olhar implorante. “Toque-me”, parecia dizer. Não estava nem um pouco surpreso por ela não levar um sutiã.
O moreno sorriu aproximando-se lentamente e mordiscou o lábio inferior dela enquanto a fitava. Antes que Hermione pudesse trazê-lo para si - enlaçando seu pescoço. -, Harry prendeu com uma de suas mãos ambas as dela sobre sua cabeça, observando-a lhe dispensar um olhar frustrado. Ele pousou sua mão livre sobre sua coxa, acariciando-a sem pressa, enquanto sua boca tornava a buscar a dela de forma mais exigente. Hermione suspirou satisfeita ao lhe abrir seus lábios, ainda tentando livrar suas mãos da dele. Mas Harry apenas sorriu no beijo enquanto a segurava com mais firmeza, frustrando sua ação.
Cortando um beijo, sob protesto da morena, Harry deslizou sua boca até o pescoço dela, detendo-se ali por um minuto – vendo-a arrepiar-se. Succionando ou mordiscando o local até ouvir Hermione gemer... – depois foi ao encontro de seu ombro esquerdo e descendeu vagarosamente até encontrar seu seio. Ele soltou seus braços e depositou suas mãos sobre a cintura da amiga.
Aproveitando a liberdade consentida, Hermione segurou os cabelos dele com força enquanto sentia ondas de calor vibrante atravessarem seu corpo enquanto Harry lhe acariciava daquela maneira tão peculiar. Quando ele parou de acariciar-lhe com a boca, voltando-se para seus lábios, e passou a massagear-lhe os seios com as mãos, ela já arqueava e arfava e estremecia e murmurava e, ao conter um grito, o marcou fortemente com suas unhas...
Cansada de estar tão passiva às caricias de Harry, a morena o fez se afastar dela, lhe fez senta-se e, sorrindo sonsamente, sentou-se sobre suas pernas. Retirou a blusa dele, jogando-a no chão e, por fim, possuiu sua boca com fúria e ardor enquanto de modo maquinal dirigia sua mão para sua bermuda e tocava-o. Harry expirou com força.
-Como eu não sabia o que você queria, trouxe um pouco de tudo. Temos pães, ovos, bacon, geléia, iogurte, suco... E uma maçã, a qual dividiremos – ela disse ao sentar-se na cama outra vez e apontar para cada item da bandeja. – O que foi? – indagou assim que percebeu que mesmo que Harry a estivesse olhando, não estava prestando atenção em sua fala.
O homem apenas sorriu negando com a cabeça e passando a se servir. Dando de ombros, Hermione o acompanhou.
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(continua)
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Pra compensar a demora^^.
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