5 de Outubro de 1985
Ronald Weasley segurava a mão de seu pai enquanto esperavam o metrô na Estação Subterrânea, em Londres. O pequeno Ron- que havia completado 5 anos em Março- estava todo contente: pela primeira vez em sua curta vida, iria ao Ministério da Magia com o pai, Arthur Weasley.
A família Weasley era composta por nove pessoas: Arthur, o pai; Molly, a mãe, e seus filhos: Bill, Charlie, Percy, os gêmeos George e Fred, Ronald, e Virginia, a única garota. Essa não era uma família comum: os Weasleys eram todos bruxos e bruxas e chamavam os não-bruxos de Trouxas, assim como o resto do Mundo Bruxo.
Ir à Estação não era muito comum para Arthur Weasley, mas já que Ron era muito novo para aparatar (desaparecer de um lugar e aparecer em outro) e Arthur era fascinado pelos trouxas, lá estavam eles, parados na estação, esperando pelo metrô que os levaria até a estação mais próxima ao Ministério.
Arthur olhou mais uma vez seu mapa da Estação Subterrânea de Londres, checando onde eles deveriam descer. Quando o metrô chegou, Arthur apertou a pequena mão de seu filho e o conduziu para dentro.
Ron avistou um lugar vazio próximo à uma garotinha que obviamente havia ido às compras com a mãe: a mãe estava cercada por sacolas de compras. A garota aparentava ter a sua idade. Ela tinha cabelos castanhos e cheios e usava um lindo vestido azul. Ele não conseguia ver seu rosto, mas mesmo assim estava interessado nela. Olhou para seu pai, que ainda encarava o mapa.
“Papai?”, chamou Ron.
“Sim, Ronnie?”
“Posso sentar ali?” apontou para o lugar vazio.
“Claro, irei te chamar quando chegarmos”, disse Arthur, sorrindo, pensando que seu filho fosse tão interessado em invenções trouxas quanto ele era.
Ron andou lentamente até o lugar e sentou-se. Ao mesmo tempo, a garota virou-se para ele. Ela tinha os olhos mais bonitos que ele já havia visto, grandes e profundos olhos castanhos. Sentiu como se seu coração fosse explodir. Nunca havia sentido algo assim. Continuou encarando-a. De repente, ela falou.
“Você está sentado no meu vestido!” disse à ele, com um ar levemente mandão.
“Oh, desculpe!”
Levantou-se, para que ela pudesse puxar o vestido, e acabou caindo no chão, o trem havia dobrado inesperadamente. Ela o olhou e disparou, “Foi muito estúpido fazer isso, levantar e não se segurar.”
Ron sentiu que estava à beira das lágrimas, mas então a garota estendeu sua mão; Ron a pegou, levantou e sentou-se novamente ao seu lado.
“Obrigado.”
“Você tem a cor de cabelo mais estranha que eu já vi.”
Ron corou, mas rebateu, “O da minha irmã é ainda mais estranho.”
“É possível? Você tem uma irmã? ”
“Sim, ela é mais nova. O nome dela é Virginia, mas nós a chamamos de Ginny.”
“Eu sou filha única, mas gostaria de ter um irmão ou irmã. Contanto que eles não sejam tão irritantes e não estraguem meus livros.
“Seus livros?”
“Sim! Tenho vários! Quando eu crescer, serei bibliotecária.”
“Uau.”
“E você?”
“Eu?”
“O que você vai ser quando crescer?”
“Eu... eu não sei... nunca pensei sobre isso...”
“Ainda não pensou sobre isso? Mas você deveria considerar a questão, sabe. Quer dizer, é muito importante. Você já deveria saber o que será mais tarde.”
Ron queria dizer ‘Eu sou bruxo’, mas viu que não tinha o direito de revelar isso: seus pais o matariam, então respondeu, “Sou apenas um garotinho!”
“Quantos anos você tem?”
“Cinco. Fiz em Março.”
“Farei cinco em menos de um mês. Tse tse. Francamente, você não faz idéia do que quer ser?
“Er... acho que vou trabalhar no Ministério, assim como meu pai.”
“Seu pai trabalha no Ministério?” repetiu a garota, parecendo animada.
“Sim.”
“Que tipo de trabalho ele faz?”
“Ele estuda os Tro... er, estuda... estuda nossas vidas.”
“Nossas vidas?”
“É?” Ron respondeu, inseguro.
“Oh, você quer dizer que ele faz estatísticas?”
“Er, é,” ele respondeu, não fazendo idéia do que significava estatística.
“Deve ser interessante,” disse a garota, com sinceridade.
A mãe da menina a olhou de repente e disse, “Querida, vamos descer aqui.”
Pegou as sacolas e a garota se levantou, segurando-se no acento. Ao mesmo tempo,Arthur disse, “Ronnie, vamos.”
Ao pais pegaram a mão de seus filhos e caminharam para a saída.
“Tchau Ronnie...” gritou a garota.
“Espera! Qual o seu nome?”
Ron só conseguiu escutar o fim da resposta, pois as portas se abriram ao mesmo tempo.
“...Ione.”
Ele a viu acenar um tchau enquanto caminhava com sua mãe, e acenou de volta. Virou-se para seu pai e disse, apontando para as costas da garota, que desaparecia lentamente pela multidão, “Papai?”
“Hum?”
“O senhor viu aquela menina de vestido azul?” Ron perguntou, segurando a mão de seu pai.
Arthur virou-se e somente pôde ver um pouco dos cabelos volumoso, antes da multidão encobrir a garota e quem quer que estivesse com ela. Asentiu e olhou para seu filho, com olhar questionador.
“Sim, Ronnie?”
Ron sorriu satisfeito, seu coração queimando com um sentimento que ele ainda não podia nomear e disse ao pai, “Eu vou casar com ela um dia!”
Arthur sorriu, imaginando que seu filho esqueceria a garota de vestido azul até o final do dia. Mal ele sabia que a garota era uma bruxa e que seis anos mais tarde, Ron e ‘Ione’ se tornariam melhores amigos. Mal ele sabia também, que quinze anos mais tarde, na mesma data, a garota de vestido azul se tornaria sua nora.
Oi gente! Uma fic bem fluffy pra vcs... comentem bastante! Todos os coments vão ser enviados para a autora.
bjoks a todos, e não deixem de ler minhas outras fics.
bye
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