Corrida para Plataforma 9½
Harry acordou, e por incrível que pareça, Hagrid já havia se levantado. O garoto olhou para o relógio na cabeceira: eram dez da manhã. O menino havia dormido tarde e, conseqüentemente, acordado tarde. Ao lado do relógio, estava um bilhete. Harry leu:
Harry,
Tive que sair. Passe bem o seu último dia antes de
Hogwarts. Quanto a sua ida para a plataforma 9½,
fique tranqüilo. Fui à loja dos Weasley e combinei
com os gêmeos. Eles irão levá-lo ao trem.
Atenciosamente, Hagrid.
Em seguida, o garoto reparou uma coruja batendo na janela. Estava trazendo um exemplar do Profeta Diário. Harry pegou o jornal e agradeceu à ave. Ao abrir o profeta, o menino se surpreendeu: abaixo do letreiro (O Profeta Diário), estava a foto que ele havia tirado no dia anterior, onde se lia: Aprovado por Harry Potter. O menino não sabia se ficava louco de raiva, ou se fingia que não tinha visto aquilo e continuava a ler o jornal, normalmente. Ele escolheu a segunda opção, afinal, só um dia não tinha problema. Mas que tinha ficado com raiva, isso ele tinha!
Harry passou aquele dia muito monotamente. Fez todas as refeições no Caldeirão Furado, deu uma volta pelo Beco Diagonal, visitou os gêmeos Weasley e passou a maior parte do dia lendo. Ao anoitecer, resolveu parar, estava parecendo a Hermione. Ele pegou o pomo-de-ouro e Pomo, o pelúcio. O menino jogou o pomo no ar e o pelúcio pulou na mesma hora e agarrou. Harry riu, Pomo daria um ótimo apanhador. Calçou a luva, e soltou o pomo-de-ouro, novamente. Desta vez, ele disputou o pomo com o bichinho. O menino levou a melhor. Ficou nessa até pegar no sono...
A manhã do dia seguinte estava muito bonita. Talvez não estivesse tão linda assim, mas Harry achava. Aquela era a manhã do dia em que ele retornaria a Hogwarts. O garoto estava muito feliz. Ele até ignorou o jornal, que viera, pela segunda vez consecutiva com a sua foto. Já estava de mala e cuia, pronto para ir para a loja dos Weasley. Abandonou o quarto no hotel, pagou a conta da qual Hagrid já havia pago metade e seguiu para a Porcarias & Inventos Weasley. A loja estava lotada, tinha uma fila gigantesca. Harry foi em direção a Jorge, que estava coordenando a fila, na entrada da loja.
- Porque está tão cheia, logo no último dia?- indagou o garoto.
- Não ficou sabendo, Harry?- disse Jorge- O Prof. Vindicto Viridiano está dando um show de comédia aqui na loja. Ele ensina Pragas e Contra pragas em Durmstrang e é muito engraçado. Como hoje é o último dia da loja, até as próximas férias, nós o contratamos para contar algumas piadas e rogar algumas pragas aqui na loja, hoje. Entre Harry, ninguém nota.
Harry entrou na loja e ouviu algumas reclamações. No meio da loja havia um palco armado, sobre ele, tinha um homem gordinho e meio desengonçado segurando uma varinha. Só sua aparência, já era engraçada. Vindicto pegou um copo de refrigerante e bebeu, conjurou "Sonorus" contra sua garganta e vez um gesto para que pessoas esperassem. Alguns segundos depois, soltou um arroto tão alto, que até a fila que estava fora da loja caiu na gargalhada. O menino sentou no chão da loja, como faziam muitas pessoas e ficou algum tempo assistindo o Professor. Só deixou de prestar atenção no show, quando Fred o chamou:
- Olá, Harry! Pronto para Hogwarts?- Harry afirmou com a cabeça e olhou para Viridiano- Vindicto é o máximo, não? Por causa dele, a loja está vendendo como nunca vendeu antes.
Fred se retirou e foi para o caixa que estava muito movimentado. Algum tempo depois, Vindicto parou com a apresentação e sentou para dar autógrafos em seus livros. Mais uma fila se formou dentro da loja. Com o passar do tempo, as filas foram diminuindo, afinal, os fregueses da loja também tinham que pegar o trem na plataforma nove e meia. Fred e Jorge fecharam a Porcarias e Inventos Weasley com uma plaquinha na porta: “ “Abrirá nas próximas férias de Hogwarts”“. Após ser pago, Vindicto Viridiano deu um autógrafo especial para os gêmeos e também foi embora. Os Weasley pareciam ser grandes fãs dele. Harry e os dois irmãos foram para a dispensa. Ela estava bem vazia e o bolso dos Weasley bem cheio.
- Que horas são?- perguntou um dos gêmeos.
- MEIO DIA E MEIA!!!- respondeu o outro, desesperado. Os três se entreolharam assustados, o trem partiria em meia hora. Após uns dois segundos se olhando, eles saíram correndo, desembestados, na direção da lareira.
Fred foi o primeiro a pegar suas malas e usar o pó de flú, seguido de Harry, e Jorge.
Mais uma vez, o garoto se via na rede de lareiras. Mas nessa hora, ele foi parar em uma bem mais vagabunda, bastante mal-acabada. Ao sair da lareira, ele percebeu que ela ficava no lixo, ocultada com pedaços de madeira.
- Aqui é onde despejam o lixo da King's Cross. Existe uma lareira bruxa disfarçada aqui... Vamos correr, o trem sai daqui a quinze minutos.
Os três saíram, disfarçadamente, do lixão e "voaram" para a plataforma 9. Chegando lá, eles tiveram que entrar na plataforma 9½, passar pela passagem na parede sem que nenhum trouxa visse. Isso levou um tempo, mas lá foram eles, chegaram à plataforma faltando cinco minutos para a partida da locomotiva.
- Vá indo!- disse Jorge, ele fora a primeira pessoa a dizer uma palavra desde que saíram do lixão-Nós dois ainda temos coisas a fazer.
Harry entrou animado no primeiro vagão do trem e foi seguindo, ele sabia que Rony e Hermione gostavam de ficar nos últimos, os mais vazios. Enquanto andava, o menino, infelizmente, avistou Draco e vice-versa.
- Harry Potter, o menino do "Profeta"!!!- gozou Malfoy, piscando os olhos e sacudindo um jornal com a foto de Harry. O garoto devia estar no vagão em que a Sonserina se reunia, pois ouviu todos gargalharem. Draco continuou, em tom retardado- Estou feliz em vê-lo... S-sou seu fã- disse, ironicamente- Pode me dar um autógrafo?
Harry pegou o jornal e zuniu longe. Tentou continuar seu caminho, mas Malfoy atacou novamente, desta vez em seu tom normal:
- Está fedendo, Potter. Onde esteve?
- Eu o vi com os Weasley, hoje, no beco diagonal. - gritou um garoto da frente do vagão, tentando aparecer.
- É por isso. Sinto cheiro de pobreza em você!- Harry tentou pensar em uma resposta, mas preferiu revidar mais tarde. Saiu do vagão-Isso, fuja seu rato covarde!!!
Harry continuou atrás de seus amigos, ouvindo os risos da Sonserina e cheio de raiva. Ele passou por uns cinco vagões, e finalmente encontrou Rony e Hermione.
- Harry! Quanto tempo.
- Oi, Rony. Oi, Mione. Estou feliz em vê-los.
- Oi.- disse Rony, secamente.
- Ele está com raiva. Você nos abandonou para ficar com professores?! Acho que ele tem razão. - explicou Hermione.
- Também concordo. Eu enviei uma carta a Rony.- disse Harry. Weasley ficou com a cara virada para a janela.
- Ele rasgou.- Quando a menina disse isso a campainha do trem tocou, eles iam partir.
Mas, antes que o trem andasse, eles puderam ouvir as vozes de Fred e Jorge de fora: " Esperem! Nós ainda não embarcamos. ESPEREM!!!". A locomotiva parou. Depois de algum tempo, ela partiu. Harry, Rony e Hermione riram, os gêmeos tinham atrasado.
- Quero te mostrar uma coisa.- continuou a garota. Ela o mostrou a lista de materiais, abaixo havia uma observação, como na carta do garoto e uma assinatura de Minerva.
- Por Deus!- exclamou Harry - Você também virou capitã de Quadribol da Grifinória?!
- Não seja bobo, leia direito. Eu virei monitora! E pelo visto você agora é capitão? Parabéns!
- Você também merece os parabéns. Só espero que não se torne uma obcecada igual ao Percy.
- Parabéns a Potter, parabéns a Granger. Quem se importa com o Weasley?- resmungou Rony.
Hermione olhou para Rony e sussurrou para Harry: "Inveja". Depois disso, eles conversaram sobre os livros que Harry estava lendo, sobre a responsabilidade de ser monitor, e muitas outras coisas. Mais tarde, depois de já terem vestido suas vestes, Harry mostrou Pomo para Hermione. Ela o achou uma gracinha.
Quando a viagem chegava na metade, os carrinhos de doces começaram a passar. Harry comprou três sapinhos de chocolate. Deu um para Mione, ofereceu o segundo para Rony. O amigo o ignorou, ele tentou puxar papo:
- Adorei a luva! Você sabe mesmo escolher um presente.
Rony continuou a fingir que não estava ouvindo. Nessa hora, um carrinho que aparentava o de doces entrou no vagão. Mas o carrinho não vendia guloseimas. Nele estava escrito: "Porcarias & Inventos Weasley" e Fred e Jorge empurravam-no. Era isso que eles estavam fazendo antes de entrar no trem.
- Valeu a gente ter insistido tanto com Minerva, está rendendo bastante.- disse um gêmeo ao outro. Ele se dirigiu a Rony- O senhor vai querer uma de nossas porcarias? Acho que não, já tem o bastante dentro da sua cabeça!
- Não enche Fred! Os dois estão metidos só porque a mamãe deu o braço a torcer, e admitiu que a loja deles está ajudando muito na renda da casa.- falou Rony a Hermione.
- Veja só, o estoque do carrinho acabou! Vendemos tudo. Vamos devolver o carrinho à professora, Fred.- avisou Jorge, falando bem alto e olhando para o irmão caçula. Os dois gêmeos se retiraram e Rony voltou a olhar para a janela.
Harry abriu seu sapinho. Deu logo uma mordida, antes que o safado escapasse. O sapinho que era para ser do amigo, ele dividiu entre Pomo e Edwiges. Olhou as figurinhas, uma era de Merlin (já tinha mais de cinco Merlins) e a outra, era de Newt Scamander. Scamander era o autor do livro: Animais Fantásticos e Onde Habitam. Era um senhor de idade, careca( poucos cabelos nas laterais) e tinha um grande bigode esbranquiçado. Ele era um grande magizoólogo.
Algum tempo depois, a viagem chegava ao fim. O castelo de Hogwarts já podia ser avistado pelos estudantes no trem. Harry estava cada vez mais ansioso para voltar às aulas...
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