Epílogo - Fogueira Noturna
Epílogo – Fogueira Noturna
A lua brilhava cheia no céu estrelado e sem nuvens. Uma brisa gelada soprava e trazia o frio do inverno que persistia durante todo o mês. Era dia 31 de dezembro - treze anos haviam se passado desde o dia que a Segunda Guerra Bruxa acabara. Sob o clima idêntico ao da época, uma família estava sentada sobre um tronco de madeira, ao lado de uma fogueira larga e ardente.
Com o passar dos minutos, outras famílias chegaram e se sentaram em torno da mesma fogueira, sobre os troncos de madeira que a circulavam. Este era um encontro que sempre realizavam, desde o final da Guerra.
- Tá frio pra burro! – reclamou Rony, abraçando a pequena Valleska com mais força, para mantê-la aquecida.
- Concordo. – disse Hermione, sentando-se mais próximo do marido e cruzando um dos braços nas costas dele e usando a mão do outro braço para acariciar o rosto da filha.
- Está igual, não acham? – perguntou Owen, fitando a todos, segurando sob os braços os filhos mais velhos, gêmeos não-idênticos.
- Ao dia da batalha? – questionou Remo, abraçando Tonks, que segurava o filho caçula.
- Sim. – respondeu Sarah ao lado do marido, envolvendo o filho mais novo.
- Está. – concordou Gina, sorridente, sentada entre o esposo e o filho.
- Dia da batalha? – perguntou a pequena Lílian, sentada ao lado do pai.
- Não é história para criança ouvir. – explicou Harry, puxando a filha para o colo e a aninhando em seu peito.
- Não somos crianças! – exclamaram Régulos e Cassius, os gêmeos de Owen.
- Eu também não! – disse Christopher, que tinha a mesma idade dos irmãos.
- Vocês são crianças sim. – ralhou Tonks para o filho – Onde já se viu, desde quando dez anos não é criança?!
- Desde agora. – riu Christopher, seguido pelos gêmeos.
- Daqui alguns anos, quando forem adultos, nós contaremos. – disse Lars, abraçando a esposa.
- E para serem adultos precisam terminar os estudos. – afirmou Susan, sorridente, antes que os pequenos retrucassem.
- Ah. – exclamaram os três amigos, levando os adultos aos risos.
- Papai... – Valleska virou o rosto para o pai – Eu quero uma festa de aniversário.
- Ora querida, você já teve uma. – disse Rony, rindo.
- Não valeu. – Valleska mostrou a língua – Eu quero uma festa só minha, não quero junto com o Tiago, a Lílian e o Louis.
Os adultos riram novamente.
- Mas é tão divertido. – exclamou Louis, o caçula de Owen, triste.
- Eu não quero uma festa sozinho! – reclamou Tiago, puxando as vestes da mãe.
- Não vai ter filho. – disse Gina, acalmando-o.
- Eu também não quero. – sustentou Lílian.
- Valleska... – Hermione olhou para a filha com carinho e calma – Você não gosta de ter a casa cheia de amigos no teu aniversário?
- Gosto. – respondeu a pequena – Mas não é só meu aniversário, é deles também! – ela cruzou os braços, emburrada – Não gosto disso.
Os adultos riram novamente.
- Então, os pequenos Régulos, Cassius e Christopher vão para Hogwarts ano que vem? – perguntou Harry, animado.
Os três amigos concordaram com as cabeças, sorrindo.
- Animados? – perguntou Gina.
Os três concordaram novamente.
- O único problema disto é o Louis. – Sarah apertou o abraço no filho caçula – Ele também quer ir.
- Espera só mais um ano, Louis. – disse Hermione, sorridente – Assim você vai junto com a Valleska, a Lílian e o Tiago. Não é melhor?
- Eu não quero fica sozinho em casa. – disse Louis.
- Você pode vir aqui todo dia. – disse Lílian, depois se virou para o pai – Pode, não pode?
- Claro! – riu Harry.
- Quero ir brincar. – informou Tiago.
- Lá dentro, então. – disse Gina, soltando o filho.
As sete crianças se afastaram da fogueira quente e correram para dentro da casa, rindo.
- Um dia eles vão saber. – disse Lars, sério – E vai ser pior.
- Antes dos gêmeos embarcarem para Hogwarts eu vou contar. – disse Owen sério, fitando o irmão – Será difícil para Régulos, se alguém souber que seu nome vem de um dos seus avôs, que foi um comensal. E será pior para Cassius, já que todos sabem que o mago que treinou o Herdeiro Luz se chama Cassius McWell e que ele é neto deste mago.
- Também vamos conversar com o Christopher. – disse Tonks – Afinal, ele não sabe que Remo é um lobisomem.
- E uma boa parte dos bruxos em Hogwarts sabe da minha ligação com a alcatéia lycan da Floresta Proibida. – continuou Remo – Ele tem que saber, para não ficar surpreso ou assustado.
Todos fitaram a fogueira por algum tempo, silenciosos e pensativos.
- E como está no Saint Mungus, Gina? – perguntou Sarah, curiosa.
- Ah! Maravilhosamente bem. – respondeu Gina – Depois de tantos anos de prática, finalmente eu peguei o jeito. Estou conseguindo curar mais rápido e eficiente agora.
- Que bom. – afirmou Sarah – E o Ministério, Hermione?
- Rufus disse que quer se aposentar. E eu não o culpo por isto. Ele durou mais do que eu esperava. A época pós-guerra é complicada de se administrar e ele sobreviveu firme durante estes treze anos.
- Alguém já se candidatou ao cargo? – perguntou Remo.
- Não. – suspirou Hermione, desanimada.
- Por que este desânimo? – perguntou Lars.
- Se ninguém se candidatar, eu terei que assumir o Ministério. – informou Hermione.
Um longo segundo de silêncio pairou sobre ele. Depois, uma explosão de risos e gargalhadas preencheu tudo.
- AH, qual é?! – exclamou Hermione, irritada – É um saco aquele Ministério!
- Calma, Mione. – pediu Rony, abraçando-a com mais força, ainda rindo – Nós sabemos disso.
- Só que você é a pessoa mais qualificada para o cargo, não adianta negar. – argumentou Harry.
- Cadê o Cassius, hein? Ele me apoiaria numa hora destas. – perguntou Hermione, desviando o olhar entre Owen e Lars.
- Papai viajou. – respondeu o loiro.
- Viajou?! – perguntou Harry, surpreso – Para aonde?
- Não nos disse. – respondeu Owen.
- Sacanagem do velho. – disse Harry, emburrado – Eu sou filho dele também!
Todos riram, inclusive o moreno.
- Alguma missão difícil, Rony? – perguntou Susan.
- Que nada! – Rony soltou Hermione e mostrou os músculos definidos dos braços – Eu sou invencível.
- Claro! – ironizou Gina – Você nem foi nocauteado pelos gêmeos, semana passada.
- Foi covardia, ok? – retrucou Rony, irritado – Eram dois contra um e eles deram golpe baixo.
- Ui. – exclamaram Owen e Lars, imaginando qual seria o golpe utilizado pelos gêmeos Potter.
- Não! – Rony apressou-se a corrigir – Eles pularam em mim e me fizeram cócegas. – ele deu uma risada forte, lembrando-se da ocasião – Eu não consigo resistir às cócegas. – ele abraçou Hermione novamente e depositou um beijo em seus cabelos.
- Alguém sabe do Neville e do Sirius? – perguntou Gina.
- Ambos estão muito bem em Hogwarts. Neville sente muita falta da Luna e da pequena Emily, mas ele consegue superar durante os feriados e finais de semana, quando vai para casa. – respondeu Remo – O que mais sofre é o Sirius, está desesperado atrás de um professor de transfiguração, já que McGonagall quer se aposentar no final desse período letivo e ele terá que assumir a direção.
- Eu fico imaginando a expressão de fúria de Snape. – Rony riu – Primeiro foi substituído por Neville em poções, o pior aluno que ele já teve em toda a sua vida. E agora terá que seguir as ordens do Sirius, o maroto que mais odiou.
- Você faz um julgamento completamente errado dele. – disse Gina, surpreendendo a todos.
- Temos certeza de que Snape não se sente inferior ao Neville ou ao Sirius, pelo contrário. Snape deve estar contente pelo Neville e pelo belíssimo trabalho que ele tem realizado durante estes anos. – argumentou Harry.
- Agora, sobre o Sirius... – disse Gina, risonha.
- Sirius me disse, quando ainda morávamos juntos, - começou Harry – que ele teve uma conversa sincera com o Snape.
- Completamente contra as nossas expectativas, não? – perguntou Remo, risonho.
- Sim. – respondeu Harry – Ele disse que se desculpara com Snape por tudo o que ele lhe fizera na época de Hogwarts. Snape achou que era mais uma armação dele, óbvio. Os dois não são amigos, mas se respeitam.
- É claro que Sirius ainda faz algumas piadinhas do Snape. – riu Remo.
Harry deu uma gargalhada.
- E o Snape faz dele, retrucando. – informou o moreno, levando todos aos risos.
- Um cara que me surpreendeu este ano foi o Draco Malfoy. – disse Hermione, mudando de assunto – Vocês sabem que depois da Guerra ele assumiu o controle da fortuna do pai.
Os outros confirmaram.
- Este ano ele me procurou para pedir um conselho, acreditam nisto? – perguntou a morena, rindo.
- Sobre o que? – perguntou Susan, que já conhecia a ligação do Malfoy com o quarteto que derrotara Voldemort.
- Negócios, é óbvio. – respondeu Hermione com naturalidade – Apesar de ter traído Tom e nos ajudado no final, ele ainda é aquele sonserino arrogante de sempre. Ele teve um pequeno impasse nos negócios e pediu meu conselho, já que eu sou a conselheira do Ministro. Foi tudo bem formal e profissional.
- Ele foi mal educado? – perguntou Harry.
- Nem um pouco. – respondeu a morena – Ele sabia que se fosse um pouquinho mal educado comigo, eu o expulsava da sala e não o ajudava mais. Ele foi frio, o que já era de se esperar, mas não me ofendeu de qualquer maneira, nem indiretamente.
- Ainda bem que ele aprendeu que conosco não se brinca. – disse Rony, beijando Hermione no rosto.
- O que me preocupa é como ele deve criar os filhos. – confessou Gina – Elliot e Dominic são crianças lindas, mas tem o mesmo jeito do pai.
- Vão ser sonserinos, qual é a dúvida? – perguntou Rony com desdém.
- Hey! – exclamou Lars, magoado.
- Desculpa. – pediu Rony, que havia esquecido que Lars era sonserino.
- Tudo tranquilo em Liverpool? – perguntou Tonks a Sarah.
- Sim. Nós nos mudamos para um condomínio fechado, mais perto do centro. – respondeu Sarah.
- Era perigoso permanecermos no subúrbio com três garotos com magia fora de controle. – explicou Owen – No condomínio, as casas são separadas por muros muito altos e eu fiz um feitiço que não permite que ninguém veja o que se passa nos fundos da casa, a não ser que esteja ali.
- Isso impede que aviões, helicópteros ou satélites vejam os garotos fazendo magias involuntárias. – finalizou Sarah.
- Os garotos gostam de viver na cidade? – perguntou Gina.
- Muito. – responderam o casal.
- O Christopher adora morar no campo. – disse Tonks – Ele fica o dia inteiro no bosque que nós temos nos terrenos. Eu fico louca tentando cuidar dele.
- É bom ele gostar da natureza. – argumentou Susan.
- A Andy nunca gostou de morar lá. – disse Remo, pensando na filha mais velha que estava em Hogwarts – Não é a toa que ela prefere ficar na escola durante as férias.
Os outros riram, sabendo que Remo não estava triste pela filha, pelo contrário, respeitava a decisão dela e a apoiava.
- Quais são os planos para o ano que se inicia amanhã? – perguntou Lars.
- Ser rebaixado. – disse Rony, sério e decidido, lançando um olhar suplicante à Harry – Estou cansado de ficar na parte tática das coisas. Quero lutar novamente!
Todos riram, Harry ainda mais.
- Nós vamos tirar férias. – disse Gina, continuando depois que Harry concordou – Harry vai pedir uma licença.
- Pedir?! – Rony explodiu em uma gargalhada – Ele é o chefão, não tem que pedir nada.
- Cala a boca, Rony. Ou não te rebaixarei! – ameaçou Harry, encarando o cunhado, sério.
Alguns segundos de tensão surgiram. Porém, tanto Harry quanto Rony não a suportaram e começaram a rir, sendo seguido pelos outros.
- Nós queremos viajar um pouco, antes das crianças irem para Hogwarts. Aproveitar esses meses antes da separação. – explicou Gina, depois de se controlar.
- Que pais mais corujas. – brincou Hermione, rindo.
- Aposto que você também vai querer aproveitar ao máximo o tempo com a Valleska. – rebateu Harry.
Hermione confirmou, ainda rindo.
- Não tenho planos, só não quero ser promovida. – disse a morena.
- Eu quero continuar com minha campanha. – disse Remo – Estamos conseguindo alcançar muitos lobisomens e convencê-los a aprender a técnica de controle. O Alfa tem ajudado muito com o “intercâmbio” realizado pelos lobisomens na floresta, onde eles terminam o treinamento e passam algum tempo a mais para aprimorar a técnica.
- Foi uma ótima ideia, Remo. – disse Hermione – Ajudar outros lobisomens é maravilhoso.
- Sim. – confirmou ele, sorridente – Sinto-me tal como Neville e Luna, com a poção deles.
- Eles não acreditaram quando receberam a noticia que a poção estava sendo utilizada em outros países. É horrível saber que gente como os comensais existem em todo o mundo. – expôs Rony.
- O senhor e a senhora Longbottom não desgrudam da pequena Emily. Luna se diverte muito com os sogros. – Gina riu.
- E os seus planos, irmão? – perguntou Harry, fitando Lars.
- Susan e eu decidimos que é hora da linhagem McWell prosperar. – respondeu o loiro, abraçando a mulher com mais força e carinho – Queremos ter um filho.
- Para começar. – acrescentou Susan, rindo – É triste visitar Sarah e Owen e ver a casa cheia de risos e brincadeiras dos meninos. Eu também quero isto!
- Por que vocês não tiveram antes? – perguntou Tonks.
- Verdade! Vocês ficaram juntos desde o casamento do Owen com a Sarah, não se desgrudaram mais. Por que só pensaram em filhos agora? – Gina reforçou a pergunta.
- Sempre que eu tocava no assunto de ter filhos o Lars passava mal. – respondeu Susan.
- Susan! – exclamou Lars, recriminando-a.
Obviamente, os mal-estares do loiro eram segredo.
- Pode parar! – disse Owen, fitando o irmão com seriedade – Que história é esta?
Lars soltou um bufo. Susan murmurou um pedido de desculpas. O loiro deu um beijo rápido nos lábios dela antes de responder à pergunta do irmão:
- Sempre que Susan tocava no assunto eu ouvia o choro descontrolado de um recém-nascido.
- E ele tinha uma dor de cabeça fortíssima, que o desmaiava. – acrescentou Susan.
- Desde quando? – perguntou Sarah, séria.
- Desde sempre. – respondeu Susan – Desde antes de nos casarmos. Houve uma vez que eu toquei no assunto, por pura brincadeira, e ele desmaiou depois de ficar aos berros.
- Lars... – Owen ainda fitava o irmão – explica isto direito. Por que nunca nos contou?
- Por que eu contaria? É apenas uma dor de cabeça, oras. – retrucou Lars, irritado com o assunto – O que mais poderia ser?!
Owen e Sarah se entreolharam.
- Owen... O que foi? – perguntou Gina, preocupada.
- Nada. – respondeu o moreno – Não foi nada.
Uma rajada de vento congelante passou por eles, agitando o fogo da fogueira e fazendo-os tremer.
- Você ainda não nos contou as suas expectativas para este ano. – disse Harry, minutos depois, fitando Owen.
- Eu e a Sarah decidimos que vamos ensinar o Régulos e o Cassius. – informou Owen, sorridente – Papai está maluco por não termos iniciado com os garotos. Pode apostar que, quando ele voltar, vai falar com vocês – ele apontou para Harry, Gina, Rony e Hermione – sobre a iniciação dos seus filhos.
- Vamos conversar com os gêmeos. – argumentou Gina – Não vamos obrigá-los a aprender. Se eles quiserem, ensinaremos. Se não quiserem, vamos informar ao Cassius.
- E que o velho não reclame! – brincou Harry, arrancando gargalhadas de todos.
- Papai te dar uma surra se ouvir você falando assim dele. – disse Lars, ainda rindo.
- Eu sou o favorito, mano. – expôs Harry, estufando o peito e empinando o nariz – Ele não erguerá uma mão contra mim.
- Ele não precisa! – Owen caiu na gargalhada – Ele te nocauteia com um único pensamento.
Harry deu de ombros, murchando.
- O velho evoluiu muito nestes últimos anos, não é mesmo? – perguntou ele.
- Com toda a certeza. – respondeu Lars – Ele andou conversando muito com Merlim.
- É óbvio que Merlim não disse nada para o papai. Não ensinou nada. – argumentou Owen – Mas o velho é inteligente para burro e aprendeu coisas novas em cada conversa a toa.
- Ele é autodidata. – exclamou Rony – Eu já disse isso milhares de vezes.
Todos riram.
Uma nova rajada de vento, muito mais fria que a primeira, passou por eles.
- Que frio! – exclamou Rony, apertando Hermione para aquecer-se e aquecê-la.
- Encerramos? – perguntou Tonks, todo o corpo tremendo.
- Sim. – Harry se pôs de pé.
As crianças foram chamadas. Todas, sem nenhuma exceção, reclamaram. As famílias se despediram com abraços e beijos.
- Hey! – exclamou Lars, abraçado à Susan, antes que os outros aparatassem – Eu tenho uma meta neste ano pra você! – ele apontou para Harry, um sorriso divertido nos lábios.
- O quê?! – perguntou o moreno, rindo previamente do irmão.
- Cortar o cabelo! – Lars não esperou uma reação, aparatou com Susan, ambos rindo.
Os outros caíram na gargalhada e aparataram. Gina abraçou Harry, ambos rindo muito. As mãos da ruiva acariciaram as costas quentes do moreno, percorrendo a tatuagem que permanecia intacta, e puxaram levemente a ponta da trança de Harry, que caia a um palmo do ombro dele.
Ele a puxou para um beijo apaixonado, alheio à presença dos gêmeos.
- Nojento! – exclamou Tiago.
- É lindo! – rebateu Lilian.
Harry e Gina se soltaram.
- Vamos para dentro. – a ruiva pegou nas mãos dos filhos e conduziu-os até a casa.
Harry fitou a fogueira, sorridente.
“Cortar o cabelo?!” – ele deu uma risada sonora – “Nem pensar!” – concluiu.
Com um aceno de mão, o fogo se extinguiu e os restos da fogueira desapareceram, deixando apenas as marcas que as fogueiras dos últimos treze anos deixaram no meio das cinco toras de madeira.
O relógio da sala badalou. Meia noite.
Um novo ano se iniciava.
2014.
O décimo quarto ano da era de paz que se iniciara com o término da Segunda Guerra dos Dragões.
O décimo quarto ano de vida normal para Harry Potter.
O Herdeiro Luz.
=-=-=
No extremo norte da Europa, um garoto fitava o céu noturno. O brilho da lua cheia acentuava a palidez extrema dele, que entrava em contraste com os cabelos negros. A neve cobria toda a extensão dos terrenos de Drumstrang e as luzes do castelo brilhavam distantes. O garoto amassou a carta que possuía nas mãos, a carta que lhe trouxera a notícia da morte de sua tutora.
Agora ele estava sozinho.
Ele deu as costas para o céu e montou na vassoura. Enquanto voltava para o castelo, uma gargalhada fria explodiu pela boca dele.
Agora ele estava livre para cumprir seu destino.
N/A: Mil desculpas gente. Deu pau na minha net e não quis voltar para que eu pudesse postar o epílogo. Vou responder os comentarios e posto quando dar!
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