Cidade Deserta
Gyn City era uma cidade do interior da Inglaterra, era bastante pequena, mas havia várias casas, algumas até bastante grandes. Havia também pequenos comécios, como um mercadinho ou uma frutaria. Fazia bastante frio no rigoroso inverno da cidade, mas não agora, já que estavam no meio do verão.
Dracus, antes de qualquer coisa, percebeu que havia algo errado, os três estavam andando por uma rua, que segundo Dracus era uma das mais movimentadas da pequena cidade. Eles observavam cada cantinho daquele lugar.
_Será que as pessoas aqui se recolhem mais cedo? – perguntou Arnolf, que passava os olhos pela rua estreita.
_Não que eu saiba... – respondeu Dracus, estava com a cara um tanto surpresa.
_Então...? Onde estão as pessoas? – disse Brenda
As casas estavam todas lacradas, as portas das lojinhas havia placas que diziam “Fechado”, ou então havia tábuas de madeira fixas nelas.
_Eu não sei – respondeu Dracus, ainda com cara de espanto – A cidade era muito movimentada nessas horas...
_Isso aqui, ta mais parecendo uma cidade fantasma isso sim! – irritou-se Arnolf. “Tava demorando um comentário idiota!” pensava Brenda.
_E agora? O que vamos fazer? – disse Dracus – ‘Tamo ferrado! – exasperou ele.
_Calma, também não é assim, Dracus! Vamos achar uma solução! – Brenda tentava acalmá-lo, em vão.
_Que solução Brenda?! Estou morrendo de fome e sede! Sem falar no sono! – era a vez de Arnolf exasperar – E não temos pra onde ir! Quero encontrar meus pais... – concluiu triste.
Brenda já ia abrir a boca, quando sentiu um arrepio. Um arrepio não, congelou-se por dentro. Felizmente não foi só ela que sentiu, Dracus e Arnolf tremeram por um instante. Ela olhou para um canteiro de flores perto de uma das casas. As flores, congelaram. Não reparou, mas estava tremendo, tremendo de frio. Estavam no meio do Verão! Como podiam sentir esse frio? Perguntava-se.
Logo descobriu, que era melhor não ter tido essa curiosidade. Arnolf havia se virado de costas, e sua expressão facial era de terror, medo e de espanto. Brenda virou-se e viu vários vultos negros na escuridão, no primeiro momento não sabia o que eram, mas depois caiu em si, ao perceber que haviam não cinco ou seis, mas havia uns vinte Dementadores. Congelou completamente naquele momento, ficou sem nenhuma reação. O que poderiam fazer? Sabia o feitiço para afastá-los, mas do que adiantava? Não tinha sua varinha. Estavam sem defesa, sem escapatória.
Sentiu então um puxão pela manga da blusa. Era Dracus, fazendo sinal para que corressem. Brenda não pensou, e já havia disparado a correr, logo atrás dela estavam os dois amigos, e um pouco mais atrás eles, os dementadores. Continuou a correr, sabia que não adiantaria muito, mas o que podia fazer além de correr?
Não tardou e os três estavam cercados, agora sim, podiam entrar em pânico! Iam morrer, era o fim... Não, não era o fim.
Brenda viu um clarão, muito forte, chegou a cega-la durante alguns segundos. Ao voltar ao normal, viu a figura de um pássaro, mas não era um pássaro comum, estava espantando os dementadores! Sentiu um alívio dentro de si, não ia morrer! Pelo menos ainda. Olhou para os lados e encontrou Arnolf e Dracus observando atentamente aquele pássaro. Os dementadores haviam ido embora, agora Brenda só tinha uma dúvida. Quem conjurou aquele Patrono? Quem havia salvado a vida dos três?
Olhou ao redor, e viu ao fundo daquela rua, um vulto de uma pessoa, ela estava encapuzada e vinha na direção deles.
_Vocês estão bem? – perguntou Dracus se levantando, com a confusão acabou se deitando no chão.
Arnolf acenou com a cabeça que sim e Brenda também. Mas não estava muito ligada no que fazia, ainda olhava fixamente o vulto que se aproximava.
Novamente ficou sem reação. Não podia ser quem ela estava pensando. Ou podia?
O Homem encapuzado ao chegar um pouco mais perto do grupo, tirou o capuz, os olhos meio esverdeados, meio acinzentados. Era ele, mas com uma expressão facial bastante séria. Brenda sentiu uma enorme felicidade dentro de si. Abriu um enorme sorriso, e se jogou nos braços de David, que correspondeu, mas não abriu sorriso algum.
Dracus e Arnolf se entreolharam meio abobados.
_David?! Mas... mas – gaguejou Arnolf – Cara você voltou! – agora também esbanjava um sorriso nos lábios.
David afastou Brenda de si, e observou os três amigos. Ainda estava sério.
_O que estão fazendo aqui? – perguntou ele frio.
_David! Nem acredito que você ta aqui! – dizia feliz Brenda
_Eu perguntei o que é que estão fazendo aqui! – esbravejou ele, instantaneamente os sorrisos dos três desapareceram.
_Como assim, cara? Você não soube? – disse Dracus – Hogwarts foi invadida! E devastada por aurores trouxas! – Arnolf logo o corrigiu dizendo que não eram aurores e sim policiais, exército.
_O quê?! – David expressava agora grande espanto.
_É isso mesmo, não tínhamos pra onde ir. E Dracus conhecia essa cidade, então viemos pra cá – disse Brenda.
_Mas, mas... Gina! A Diretora... Ela não fez nada?
_E você acha que todos não iriam tentar fazer alguma coisa? – respondeu Dracus – Tentaram cara. Mas os trouxas estavam armados até os dentes!
David parecia que havia perdido o chão. Hogwarts invadida por trouxas? Mas como? O castelo estava muito bem protegido por feitiços! O que terá acontecido?
_Como escaparam? – quis saber ele.
_Passamos pela passagem no Salgueiro. Acredite não foi fácil – disse Arnolf, coçando a cabeça com uma das mãos, para se ocupar com algo.
_E suas varinhas? Onde estão?
Os três se entreolharam com cara de total desânimo. David percebeu.
_Não vão me dizer que...?
_Não pegamos elas – murmurou Dracus
_Como não pegaram?! – esbravejou outra vez David.
_Estávamos tomando café! Não tinha aula, deixamos nossas varinhas nos dormitórios... – respondeu Brenda, e David levou as mãos à cabeça.
_Ha, e não adiantou de nada o que disse a vocês?! Não podiam sair sem suas varinhas! – estava começando a gritar.
_Pare de gritar, está bem? Agora não adianta chorar pelo suco de abóbora derramado! – David parecia ter se acalmado depois de alguns minutos, pelo menos não estava mais vermelho de raiva. Mas Brenda logo puxou assunto.
_E o que me diz de você? Onde esteve esse tempo todo? Por que saiu do castelo sem falar nada pra gente?
_Estava resolvendo um assunto meu! Particular – respondeu ele.
_E que assunto tão urgente era esse? – quis saber Arnolf, poderia estar enganado, mas com sua pergunta, Arnolf percebeu que era melhor não tê-la feito, David estava começando a ficar vermelho novamente.
_Não é da sua conta – respondeu impacientemente David. Arnolf pareceu ligeiramente ofendido.
Pararam de falar por alguns instantes.
Silêncio...
Silêncio...
Então David, se dirigiu até as casas, certamente não havia ninguém naquela cidade, exceto por eles. Quase todas as casas tinham garagem coberta, também estavam todas lacradas. David sacou sua varinha e apontou para o cadeado do portão da garagem de uma das casas...
_BOMBARDA! – disse ele, o cadeado e parte do portão simplesmente explodiram, fazendo um grande estrondo.
Brenda, Dracus e Arnolf se aproximaram, David guardou a varinha em suas vestes e abriu o portão.
_Mas o que é que você está fazendo!? – perguntou Brenda, perplexa.
_Procurando um meio de locomoção – pela primeira vez, David deu um singelo sorriso ao grupo, e adentrou a garagem da casa.
_Isso é invasão de propriedade sabia?
_Oh, jura? Acho que não tem ninguém por aqui pra me denunciar ou achar ruim nisso – respondeu ele sarcasticamente – Arnolf, vá ver na casa se tem algo pra comer ou beber – disse ele se dirigindo ao amigo que acenou com a cabeça e logo desapareceu pela porta que dava acesso a casa.
David olhou em volta da garagem, não havia nada ali para ajudá-los. A garagem era pequena e úmida, mal limpada, e cheirava a graxa de sapato.
_Ok, não há nada aqui que preste – concluiu ele, se retirando da garagem. Dracus e Brenda logo atrás dele. David então sacou a varinha novamente e explodiu outro portão de uma casa ao lado.
_Você vai mesmo explodir todas as portas? – perguntou Dracus, com uma das sobrancelhas arqueada.
_Se for necessário. Por que não? – respondeu ele adentrando a garagem.
_Você está louco! – disse Brenda entrando na garagem também. David virou-se pra ela.
_Por acaso você quer ficar aqui? Por que eu não quero.
Brenda já ia abrindo a boca para questioná-lo, mas resolveu não insistir no assunto.
A noite caía na pequena cidade, e David ainda estava explodindo portões de garagens, Brenda estava mal-humorada, e Dracus e Arnolf saiam procurando comida pelas casas.
Até quando David explodiu mais uma garagem e soltou um riso de felicidade ao abrir o portão.
_O que foi? – perguntou Brenda ainda de braços cruzados, agora se aproximando da garagem. David estava com a varinha na mão, havia murmurado o feitiço “Lumos”, pois a garagem estava realmente escura.
_Finalmente encontrei o que procurava! – exclamou ele. Brenda se aproximou da luz que vinha da varinha, e viu um carro, mas estava em péssimo estado, principalmente por fora.
_Vamos usar um carro trouxa?! – perguntou confusa.
_Dã, claro! O que achava que eu estava procurando? Uma vassoura?! – disse ele que estava observando atentamente o interior do carro – Parece funcionar, mas está sem chave. Brenda abafou um riso pelo nariz.
_E por algum acaso, você sabe dirigir isso?
_Sei. Quer dizer... Mais ou menos – respondeu. Abriu a porta do carro e sentou no banco do motorista – Brenda! – chamou – Pode segurar a varinha pra mim, por favor?
Brenda se aproximou e pegou a varinha das mãos do amigo, para iluminar o que ele estava fazendo. Ela não entendia nada de carros, e ele parecia que também não tinha muita experiência. David tirou o volante, e começou a mexer nos fios que lá tinham.
_O que está tentando fazer?
_Vi isso em um filme – respondeu risonho – espero que dê certo – ele enrolou alguns fios dali, outros daqui. E o carro pegou, havia ligado!
_David você conseguiu! – disse Brenda animada
_Claro que consegui
Ele então engatou a primeira marcha, e acelerou. O carro começou a andar, David o conduziu até fora da garagem. E saiu dele ainda ligado.
Dracus e Arnolf haviam acabado de sair da casa ao lado, e se assustaram com aquela coisa de quatro rodas.
_Um carro?! – disse Dracus, que logo abriu um grande sorriso.
_Hey, conseguimos comida, cara! – informou Arnolf
_Ótimo! – alegrou-se Brenda – estou faminta!
_Não temos tempo para comer agora, coloquem tudo no carro e vamos embora.
Alguns minutos depois, o carro estava cheio de comida, Arnolf não se preocupou em esperar os amigos para comer, estava já dentro do carro comendo um saquinho de Ruffle’s, mesmo não sabendo falar o nome direito, parecia que ele estava gostando.
_Então, que carro é esse? – perguntou Dracus
_Pelo manual no porta-luvas, esse é um Chevette dos anos 80 – respondeu David.
_Hum... É bem velhinho né? – perguntou Brenda entrando no carro no banco da frente.
_É sim, mas deve durar até chegarmos – disse ele entrando no carro no banco do motorista, logo depois Dracus também entrou.
_A propósito... aonde estamos indo? – David demorou uns instantes para responder a pergunta de Brenda.
_Vamos pra casa dos Gaunt – respondeu – Minha casa.
E seguiram viagem.
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N/A:
Atualizada!! posso até ouvir o coro "Haleluia"! huahahuahua
Bom gente, tá ai o cap. foi malss a demora, mas tá ai xD
Minhas aulas começaram x(
então nao vou ter muito tempo p FeB, até pq, 2° ano nao eh facil, e eu jah to sentindo isso ¬¬'
Espero que tenham gostado do cap!
poxa, no Word parecia tão grande mas aki fik tao pequeniniho =/
By: RafaeL Marvolo
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