ALGUMAS MUDANÇAS



Harry ficava cada vez mais apavorado à medida que o Sábado se aproximava. Na sexta-feira ele finalmente conseguiu colocar todo o pânico para fora.
— Vocês não fazem idéia — disse ele para Rony e Hermione. — Eu tenho que ensinar a toda Hogwarts amanhã, uma coisa que uma metade já sabe muito bem e a outra nunca ouviu falar.
— Harry, eu tive uma idéia — disse Hermione. — Por que você não começa pelo começo? É! Ensina a mesma coisa para todos, assim todos saberão a mesma coisa e poderão lutar contra Voldemort.
— É. Pode ser — disse Harry. — Você está me dizendo pra ensinar Expelliarmus a um aluno da sétima série e no final do ano, a maldição do desacordado a um aluno da primeira?
— É. Isso aí — disse Hermione animada.
Harry ficou impressionado. A idéia de Hermione era praticamente impossível. E ele disse isso à garota.
— Não, Harry, Não é impossível. Você fez o Neville conjurar um Patrono na quinta série. Esqueceu?
— Não, não esqueci, Hermione, mas…
— Você tenta, se não der certo, nós teremos uma semana para planejar estas aulas. Harry não tinha nenhuma idéia do que fazer com a AD no dia seguinte.
Cinco minutos depois, a professora Minerva McGonagall, diretora da Grifinória, cruzou a Sala Comunal e pendurou um pergaminho sobre todos os que já estavam lá. Assim como quase todos os alunos, Harry, Rony e Hermione foram ver do que se tratava.
Se soubesse o que estava escrito, Harry não teria ido ver o papel.

Armada de Dumbledore
09 horas: Primeira Série
10 horas: Segunda Série
11 horas: Terceira Série
12 horas: Almoço
13 horas: Quarta Série
14 horas: Quinta Série
15 horas: Sexta Série
16 horas: Sétima Série
17 horas: Antiga AD
As aulas serão com as casas Grifinória, Lufa-Lufa e Corvinal.

— Legal, pelo menos eu sei a ordem que vou ter de seguir — disse Harry voltando para o lugar onde ele estava, quando a professora McGonagall o chamou.
— Potter, o diretor achou que dividir as turmas desta maneira era melhor e desconsiderou a sua. Você se importa?
— Não, não. Sem problemas. Eu também acho que assim é melhor. — Respondeu Harry. A última vez que ele passou por esse tipo de ansiedade, foi nas vésperas da primeira partida de Quadribol pela Grifinória, quando ele estava na primeira série.
— Ah, Potter — disse a professora McGonagall. — A sua aula de Oclumência, a do Sr. Weasley e a da Srta. Granger serão às seis da tarde. Avise aos seus amigos isso. E o Professor Dumbledore disse que você tem o direito de dar ou retirar pontos de alunos durante as reuniões da armada e em nenhum lugar mais. Entendeu?
Harry concordou com a cabeça e voltou para Rony e Hermione, que ficaram discutindo uma maneira de Harry se sair bem no dia seguinte.
Harry foi para a cama uma hora e meia depois, desejando que o Sábado não existisse, mas ele chegou e quando Harry acordou, o garoto se recusava a se levantar, mas a voz de Rony alcançou os seus ouvidos e o garoto se levantou.
— Professor Potter? São oito e meia. Sua primeira aula está para começar.
Harry mandou Rony a um lugar que fez Rony dizer:
— Sabe, um professor não pode ser tão rude assim com um aluno, eu vou dar queixa ao diretor.
— Ha, ha, ha — disse Harry. — Cuidado, se eu sou seu professor, eu posso te colocar em detenção.
— Sendo monitor desta escola e você um aluno, — disse Rony — eu também posso te colocar em detenção. Anda, vamos tomar café, ainda dá tempo.
Os dois saíram do quarto e correram para o Salão Principal para tomar café. Vários alunos olhavam sem parar para Harry, mas o garoto não percebeu.
— Dez para as nove. Eu já vou — disse Harry se levantando. — Encontro vocês no almoço.
— Tá bom, tchau — disseram Rony e Hermione.


Harry saiu do Salão Principal e foi em direção à Sala de Aulas número oito, onde vários primeiranistas já o esperavam. Harry sentiu as mãos tremerem.
— Entrem. — disse Harry abrindo a porta, mas esta não abriu — Ah, está trancada. — Harry levantou a varinha e disse — Alorromora — e a porta se abriu. — Entrem — disse ele. — Bom dia. — Harry disse quando todos já haviam entrado e se sentado, a sala era igual à Sala Precisa, onde Harry fazia as reuniões da AD quando estava na quinta série, vários pufes e almofadas distribuídos ao longo da sala, várias estantes com inúmeros livros de Defesa Contra as Artes das Trevas, bisbilhoscópios, um Espelho de Inimigos inteiro a um canto. — Eu fiquei, digamos, absolutamente surpreso quando vi a reportagem no Profeta Diário sobre o que acontecera com a Armada de Dumbledore, então, aproveitei o tempo em que minha mente não entrava em pânico com a idéia do Ministro e do diretor, planejando o que fazer com vocês. Não que eu queira desmerecê-los, mas nós teremos certas dificuldades em relação ao nível de vocês em magia. Então, vamos começar com algo simples, mas que já salvou minha vida contra Voldemort — Várias pessoas se contorceram e um aluno disse, a voz esganiçada:
— Como se atreve a falar o nome dele?
— Eu não avisei? — Perguntou Harry abismado. — O nome que vocês vão ouvir o tempo todo nas nossas reuniões é Voldemort! Por favor, peço que não tenham medo e o pronunciem. Afinal, como vão vencer, se têm medo do inimigo? Vamos continuar de onde paramos, nós vamos começar treinando o feitiço de desarmamento. Assim:
Harry apontou a varinha para um dos alunos.
— Expelliarmus!
O feitiço pegara o primeiranista de surpresa, a varinha dele saiu voando de sua mão e foi até Harry, que a apanhou e a devolveu ao dono.
— Entenderam? — Perguntou ele, quando o primeiranista já estava em posse de sua varinha. Todos concordaram, animados com o que Harry fizera. — Então, pratiquem. Dividam-se em pares, de casas diferentes, e tentes desarmar uns aos outros. Eu vou andar entre vocês para corrigir qualquer erro.
Os alunos da primeira série pareceram enfrentar problemas para desarmar seus colegas. Harry pensou que isso era normal. Ele só aprendera este feitiço quando já estava na segunda série.
— Eu não sei se isso pode ajudar, mas tenham vontade de desarmar os seus parceiros — disse Harry ao ver que poucos progrediam.
Isso pareceu ajudar. Vários gritos de Expelliarmus encheram a sala e várias varinhas começaram a voar em seguida. Após recuperarem as varinhas, os alunos de primeira série recomeçaram a praticar o feitiço de desarmamento. Quando uma sineta instalada dentro da sala tocou e assustou a Harry.
— Acho — disse Harry se recuperando do susto — que vocês devem ir embora. Acho que é a vez da outra turma.
Os primeiranistas saíram e os segundanistas entraram, depois saíram para dar vez aos terceiranistas quando a reunião deles acabou e Harry foi para o Salão principal almoçar.
— E aí? Como tá indo? — Perguntou Rony quando Harry se sentou e começou a se servir de qualquer coisa que estivesse à volta dele.
— Bem, muito bem até. Achei que seria pior. Pelo menos está um pouco divertido — respondeu Harry. — Os alunos mais jovens sabem menos e ficam fascinados por um simples Expelliarmus. Você tinha que ver os da primeira série. Abismados em desarmar alguém.
A hora do almoço acabou e Harry se despediu mais uma vez de Rony e Hermione, para prosseguir com as reuniões da AD. Desta vez, era a quarta série.
Harry ensinou a todos o feitiço do desarmamento, embora os alunos da quinta, sexta e sétima séries pareceram bastante entediados com isso. Mas vários deles não conseguiram desarmar os outros. Uma aluna da sétima série da Corvinal disse que aquilo enchia o saco e ela já sabia muito bem desarmar alguém.
— Imagina como seria se você não soubesse desarmar alguém — disse Harry impaciente para esta aluna, pois ela não produzia efeito algum com a varinha desde que Harry os mandara praticar. — Você já teria morrido. — Harry pediu licença para o parceiro de Emily Marian, a aluna que debochara de Harry, e os dois começaram a praticar.
— Serei legal com você — continuou Harry. — Vou fazer uma contagem. Pronto? — Emily Marian concordou com a cabeça — Três, dois, um! Imobilus! — Harry conseguira, congelara Emily Marian, com o feitiço Finite Incantatem ele colocara a garota no seu estado normal — Erga a varinha na altura que achar apropriada. — disse Harry para Emily — Grite Ex-pel-li-ar-mus! E queira me desarmar. Com vontade. Vai lá. Tenta.
Emily gritou “Expelliarmus!” E finalmente conseguira desarmar Harry.
— Muito bem. Parabéns! Dez pontos para a Corvinal. Você merece.
Harry e Emily ficaram praticando o feitiço Expelliarmus durante toda a reunião, quando a sineta tocou e os alunos da sétima série foram embora. Acostumado com o fato de ir jantar àquela hora após o final da aula, Harry ficou surpreso quando Rony, Hermione, Gina, Cho Chang e vários outros alunos entraram na sala. Foi quando Harry se lembrou que ainda havia a reunião com o pessoal que já era da Armada de Dumbledore no ano anterior. Quando todos se acomodaram, Harry começou:
— É óbvio que não vou começar com Expelliarmus com vocês. Nós já vimos isso. Alguém sabe onde paramos na última reunião?
— Com o feitiço do Patrono — dissera Neville.
— Ah, bom vamos continuar então — dissera Harry. — mas, dêem-me quinze minutos, tenho de falar com o diretor.
Passados pouco mais dos quinze minutos que Harry prometera, ele voltara com uma grande caixa que ele carregava magicamente.
— Um bicho-papão! Isso mesmo. Dumbledore o conseguiu para mim — dissera Harry quando Hermione abrira a boca para falar alguma coisa. — Por favor. Utilizem o Expecto Patronum e não o Riddikulus, senão não vai adiantar nada. Antes que alguém possa me perguntar como eu vou ter certeza de que o nosso bicho-papão vai se transformar num Dementador, eu respondo: vocês estão aqui pelo medo do que pode acontecer, este medo, generalizado, vai, para o bicho-papão, significar um dementador.

Harry afastou os pufes e as almofadas para deixar o centro da sala vazio, colocou a caixa com o bicho-papão no chão e disse:
— Eu vou tentar fazer uma demonstração. Tenho aqui chocolate em quantidades suficientes para todos. Prestem atenção.
Harry apontou a varinha para a caixa e dissera Cistem Aperio e esta se abriu. Um Dementador saiu dela e Harry, mais uma vez, começara a ouvir a voz de sua mãe implorando para que Voldemort a matasse, mas que deixasse Harry vivo, mas o garoto se lembrou o porquê daquele Dementador estar ali e gritara com toda a força que tinha: “EXPECTO PATRONUM!” E um cervo de fumaça prateada saiu da ponta da varinha de Harry, ele se dirigiu ao Dementador e este, por ser simplesmente um bicho-papão, tropeçou na capa e caiu dentro da caixa em que estava antes guardado.
— Viram? — disse Harry mordendo um Sapo de Chocolate que ele carregava no bolso — Não pensem na tristeza que estão sentindo. Pensem em derrotar o Dementador. Cho, você começa — Era a primeira vez que Harry falara com Cho Chang desde que a garota apoiou Marieta Edgecombe, uma amiga dela, quando a garota denunciou a Armada de Dumbledore à professora Umbridge, no ano anterior. Cho dissera a Harry que achava a atitude de Hermione muito ruim, pois a garota, ao fazer uma lista com o nome de todos na armada, colocou uma azaração no papel, que escreveria, em forma de acne, a palavra Dedo-duro na face de quem denunciasse a armada.
Cho avançou até o centro da sala. Harry, que havia fechado a caixa quando o Dementador bicho-papão tropeçou e caiu dentro dela, apontou a varinha para a caixa e dissera novamente “Cistem Aperio!” E um Dementador saiu novamente dela, Cho apontou a varinha para o Dementador, gritou EXPECTO PATRONUM e um cisne de prata emergiu da ponta da varinha dela, derrubando o Dementador e o fazendo cair, novamente, dentro da caixa em que Harry o trouxera.
Harry entregou uma barra de chocolate da Dedosdemel à garota e mandou que Rony enfrentasse o Dementador.
Conforme o fim do dia se aproximava, Harry e os antigos integrantes da AD continuavam na Sala de Aulas número oito muito depois de a sineta tocar. Agora, Neville Longbottom estava praticando com o Dementador. Já eram mais de nove horas da noite e vários alunos já estavam com o estômago cheio de chocolate. E assim eles ficaram, o tempo todo, até que o bicho-papão não mais agüentou e explodiu em vários pedaços pela sala quando Simas Finnigam mandara o seu patrono no Dementador.
— Limpar Sala! — Disse Harry quando um pedaço de pele com sangue do bicho-papão atingiu a lente esquerda de seus óculos. Com o feitiço de Harry, ela desapareceu. — Muito bem. Acho que está na hora de irmos embora. Tínhamos que ter saído há mais de três horas.
— Ei, Harry. — Era Rony. Não era quem Harry estava esperando que falasse com ele.— Você acha que ainda teremos aula de Oclumência hoje?
— Não sei — respondeu Harry com uma pontada de desapontamento. — Eu acho que nós deveríamos ir. Se eles estiverem ocupados para nos receberem, voltamos amanhã.
— Acho que você tem razão, Harry. Vamos? — Desta vez fora Hermione que falara com ele. Continuava a não ser quem ele esperava.

— É, vamos. — disse Harry depois que Cho Chang saiu da sala.
*
— Nada?
— Nada. E você Rony?
— Também não.
Harry, Rony e Hermione estavam na Sala Comunal da Grifinória, vinte minutos após saírem da Sala de Aulas número oito em direção às aulas de Oclumência, mas nenhum deles teve sucesso em encontrar seus professores respectivos.
— Só imagino o tamanho da bronca nós vamos ganhar amanhã por não termos praticado Oclumência hoje — disse uma Hermione preocupada, ao sentar em uma poltrona vermelha em frente ao calor da lareira.
— Simplesmente vão nos obrigar a… — Mas Harry e Hermione nunca saberiam sobre o que Rony estava falando, pois naquele momento, Argo Filch, o zelador, entrou na Sala Comunal e chamou Rony até a porta. Com uma cara de pânico, o garoto se levantou do sofá em que estava deitado e foi ao encontro de Filch. Harry, imaginado o que Rony fizera para que Filch aparecesse ali querendo falar com ele, se surpreendeu quando Rony abriu um sorriso. Argo Filch nunca fizera um aluno sorrir. Rony falou alguma coisa com Filch, o zelador saiu pelo buraco do retrato e Rony voltou a se deitar no sofá.
— Dá pra explicar o riso, ou está muito difícil? — Perguntou Harry.
— Filch veio me procurar em nome dele e da Madame Pomfrey — respondeu Rony.
— E? — Perguntou Harry.
— E, que nem o Crabbe e nem o Goyle apareceram para cumprir as detenções que eu mandei no primeiro dia de aulas. O que significa que eles estarão em detenção até o natal. Falarei amanhã com eles no café. Boa noite.
Rony se levantou mais uma vez do sofá em que estava e se dirigiu ao dormitório. Não demorou e Harry e Hermione também se deram boa noite e foram se deitar.
O Domingo amanheceu tempestuoso. O teto do Salão Principal estava literalmente cinza e cheio de raios que apareciam em um curtíssimo intervalo de tempo. A primeira coisa que Rony fez quando ele, Harry e Hermione entraram juntos no Salão para o café da manhã, foi se dirigir à mesa da Sonserina. Por ser monitora, Hermione foi junto. Para não querer perder o espetáculo, Harry também foi. O garoto percebeu que todos pararam de conversar, aparentemente querendo saber o porquê deles estarem indo naquela direção.
— Então — disse Rony para Crabbe e Goyle quando eles alcançaram a turma de Malfoy —, acham que podem passar por cima da ordem de um monitor? Eu achei que vocês tinham de estar em detenção ontem. Lembram?
A professora Minerva McGonagall, que também estranhou o fato de Harry, Rony e Hermione irem até a mesa da Sonserina, logo apareceu.
— Posso ajudar, Weasley? — Perguntou a professora parando ao lado dos três.
— No primeiro dia de aulas, — começara Rony — eu coloquei Crabbe e Goyle em detenção, pois eles estavam batendo em dois primeiranistas. A detenção era ontem e eu avisei que se eles não a cumprissem, estariam detentos até o natal. Ontem à noite, o Sr. Argo Filch me procurou na Sala Comunal da Grifinória me dizendo que nenhum deles apareceu nas detenções.
— Isto é verdade? — Perguntou a Professora para Crabbe e Goyle.
— Professora…
— Calado, Sr. Malfoy, ou será mais um em detenção. Isto que o Sr. Weasley me contou é verdade? Respondam!
Crabbe e Goyle concordaram com a cabeça e a professora Minerva disse:
— Então, vocês estão detentos até o natal, senhores. E por não seguirem as regras da escola, tiro de cada um, vinte pontos. E se o senhor abrir a boca serão cinqüenta de cada um, senhor Malfoy. Bom dia para os senhores.
E McGonagall voltou à mesa dos professores. Com um enorme sorriso, Rony foi para a mesa da Grifinória.
— Genial! — disse Neville Longbottom quando Rony se sentou, o som da conversa foi voltando aos poucos.
— Incrível, Rony! Detentos até o natal! — Disseram Simas Finnigam e Dino Thomas, quando as corujas com o correio matinal entraram pelo Salão Principal, todas com as penas arrepiadas e bastante molhadas. Harry pagou à coruja que lhe trouxera o Profeta Diário e começou a ler o jornal. Harry quase cuspira o grande gole de suco de abóbora que havia tomado antes de começar a ler. Rony e Hermione juntaram as cabeças na de Harry para, também, lerem o jornal, que vinha com um carimbo vermelho de Edição Extraordinária, sobre o nome do jornal.

CORNÉLIO FUDGE É ATACADO — MINISTÉRIO DA MAGIA ADMITE NOVO REPRESENTANTE

O Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos informou ao Profeta Diário que, há uma hora, Cornélio Fudge, Ministro da Magia, deu entrada no hospital, com o estado de saúde bastante grave.
O Ministro foi atacado por volta das cinco horas desta manhã, quando estava sozinho chegando à entrada do prédio do Ministério da Magia, por quatro Comensais da Morte.
“Não pude fazer nada, quando cheguei para reclamar sobre um problema pessoal com o Ministério, encontrei-o estirado no chão, com várias marcas pelo corpo e com um corte horizontal no meio do peito, havia já uma pequena poça de sangue sob ele” dissera uma testemunha que, por motivos de segurança, será mantida sob sigilo. Este bruxo recebeu a Ordem de Merlin, Segunda Classe.
O Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos não revelou quais são os verdadeiros problemas com o Ministro da Magia, mas declarou que ele não poderá se esforçar por mais de um ano, o que o obriga a se afastar do cargo. Mas, de acordo com a testemunha, Cornélio Fudge foi atingido, entre várias azarações e maldições, pela Maldição do Desacorda-do, que fez o corte horizontal no peito do Ministro.
Só se sabe, de acordo com os poucos dados disponíveis em posse do Profeta Diário, que a Maldição do Desacordado foi uma maldição criada por Você Sabe Quem pouco antes do episódio dele com o garoto Harry Potter.
Há seis anos, quando eleito Ministro, Cornélio Fudge ficou no lugar que havia sido oferecido a Alvo Dumbledore, mas o diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts não aceitou o cargo, pois não queria abandonar a direção da escola.
Alvo Dumbledore disse que, desta vez, aceita o cargo de Ministro da Magia, mas vai continuar na direção da escola de Hogwarts.
O diretor disse que é de extrema importância continuar no comando de Hogwarts e que, nos momentos atuais, não abandona a escola nem que sua vida dependa disso.
“Todos sabem que — Alvo Dumbledore pronunciara o nome de Você Sabe Quem, mas, para não criarmos pânico, resolvemos não divulgar o nome — Você Sabe Quem está de volta e que ele só não tomou Hogwarts por que eu estou na direção. Mas desta vez, sinto-me no dever de aceitar o cargo de Ministro da Magia, portanto, farei algumas alterações.”
Alvo Dumbledore, como novo Ministro, nomeou Arthur Weasley, do Departamen-to de Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas, como Subsecretário Sênior do Ministro, cargo antes ocupado por Dolores Joana Umbridge. Agora, o Subsecretário Sênior tem como dever principal preparar a comunidade bruxa para uma nova guerra que está apenas começando, conforme disse o novo Ministro.
O novo Ministro da Magia disse que não removerá nenhuma ação de Cornélio Fudge.
“Cornélio Fudge está internado no St. Mungus e assim que puder receber visitas, irei vê-lo. E assim que tiver certeza que — mais uma vez, leitor, o novo Ministro pronunciara o nome de Você Sabe Quem — Aquele Que Não Deve Ser Nomeado não oferece mais nenhum tipo de perigo à população bruxa, renuncio o cargo em nome de Cornélio. E peço que ninguém tenha medo de falar o nome dele. Dizer Voldemort é bem mais seguro e encorajador a todos que, se um dia necessitarem, lutarem contra Volde-mort.”
Qualquer coruja ao novo Ministro da Magia deve ser enviada a: Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, diretoria.
O Profeta Diário traz um novo guia de proteção anti-Comensais da Morte nas páginas 03—16.
A íntegra da entrevista dada pelo novo Ministro da Magia ao Profeta Diário pode ser lida nas páginas 17—21.
Alvo Dumbledore pede para que qualquer bruxo que saia na rua carregue sua varinha, ela pode ser útil para salvar vidas bruxas e trouxas e também pede para que a qualquer acontecimento fora do normal, o Ministério da Magia deve ser avisado imediatamente.

— Olhem, Dumbledore também está lendo o jornal. E a cara dele não é nada boa — apontara Rony.
— Também não é para menos — disse Hermione e Harry concordou. Ele estava chocado com o que acontecera. — Chefe da Ordem da Fênix, diretor de Hogwarts e agora, Ministro da Magia. Ele vai acabar enlouquecendo.
— Só espero que Voldemort tenha logo um fim — disse Hermione. — Francamente, não agüento mais.
“Só de pensar em tudo o que já passamos por culpa dele, fico até cansada.”
— E não é pra menos — disse Rony. — Pior será se pensarmos no que ele ainda pode fazer.
— Ai, Rony. Por favor! Poupe-nos de tanto sacrifício — disse Hermione coçando a sobrancelha. — E o pior é que não aparece ninguém realmente capaz de por um fim nele. Dumbledore é brilhante e tudo o mais, mas ele não toma uma posição direta.

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