Mistério - 1ª parte.

Mistério - 1ª parte.



- Mistério??? – perguntou Sirius intrigado
- É meu amigo... Um grande mistério, por sinal... – disse Adrean, começando a caminhar pela beirada da praia deserta – Olhe Sirius, não quero que essa história, Lenda, chame-a como quiser, não quero que ela Interfira de maneira alguma sobre sua missão... Tanto que, pelo que tanto ouço sobre a família Black... Vcs não se impressionam muito fácil não é mesmo?
Sirius se lembrou dos anos em que passou na “mui antiga e nobre mansão Black”, seu estomago deu uma guinada incomoda ao lembrar dos gritos vindos do porão, do piano que sua mãe tocava nos dias frios, da escuridão... Da solidão... De Bellatrix...
- De certo modo... – disse ele, tentando tirar novamente a imagem da prima da cabeça... Pq raios ela lhe dava tantos calafrios???
- Como eu esperava... – disse Adrean, sorrindo – Bem... A família Rose é uma família até hoje coberta de segredos e mistérios... O que sei sobre eles ainda é apenas uma lenda, uma historia pra dormir... Embora seja muito provável que tudo isso tenha de fato acontecido, Uma família antiga e rica, como vc mesmo deve saber, sempre tem seus “Pequenos Segredos”... Creio que a maioria dos bruxos de idade mais avançada como eu conhece a Historia dos Rose, ou melhor... A Lenda Da Rosa Negra... – disse ele, casualmente – É uma historia bem...Longa. Interessantemente Longa, diga-se de passagem... – disse ele sorrindo
- Bom, como vc mesmo disse, só saímos amanhã. – disse Sirius dando de ombros
Adrean sorriu
- Bom, tudo começou a uns 4 mil anos a.C., no Egito Antigo. Diz a lenda que o rio Nilo, Fonte de vida para todo o Egito, já teve em suas águas pedras preciosas de extrema importância... Opalas, Diamantes Draconianos, Rubis Puro-Sangue... Pedras com propriedades mágicas poderosas, e bem... Vc é estudado, deve saber o estrago que um Diamante Draconiano pode fazer em mãos erradas... – Sirius assentiu, obediente. Adrean Continuou – Diz a lenda que o Nilo, produziu uma liga diferente de Cristal, uma cruza entre uma Turmalina Da Noite e um Rubi Puro-Sangue, uma Pedra Negra de Brilho constante e poderes inigualáveis, Uma Pedra Chave.
- Pedra Chave? – perguntou Sirius – Capaz de guardar poder acumulado, vc diz?
- Exatamente. Uma pedra que, passada de geração em geração, acumula os poderes do dono anterior e os guarda, até finalmente ser aberta. – Explicou o homem sabiamente
- E... O que abre uma Pedra Chave? – perguntou Sirius, ansioso
- Ninguém sabe... – respondeu Adrean - Cada Pedra Chave tem sua essência, sua magia. Cada uma acumula um tipo de poder, e se abre com um outro tipo. – disse Adrean – Veja por exemplo, pouca gente sabe que a Opala é uma Pedra Chave que acumula poderes relacionados aos segredos do universo, do destino, poderes relacionados a Sabedoria. Uma Opala, se vc reparar bem, parece conter todo o universo dentro de si, milhões e milhões de pontos brilhantes, parecidos com as galáxias e estrelas. Até hoje não se descobriu como abrir uma Opala. Creio eu, que este, é um segredo que acabaremos por descobrir sem intenção, quando menos esperarmos e quando a Pedra achar que seria propicio se revelar. Acho que a Opala de Merlin é a mais antiga de todas... – disse arqueando as sobrancelhas

Ele parou por um momento em que Sirius processou todas aquelas informações e se viu completamente perdido. O que Pedras Chaves e Egito tinham a ver com o segredo dos Rose? Adrean pareceu adivinhar seus pensamentos.

- Sei que deve estar se perguntando aonde toda esta historia sobre Pedra Chave se encaixa, o que acontece é que, a Pedra foi achada, 5500 anos depois, em uma ruína egípcia abandonada, por um mascate espanhol qualquer, em viajem pelo Egito. Este a vendeu para um joalheiro trouxa muito famoso, dando nome a Pedra de “La Rosa Negra”. Vendeu-a por não menos que algumas moedas de prata, dinheiro trouxa da época, bobagem. A Pedra foi lapidada e transformada no colar mais caro da Espanha. Ornamentado por brilhantes e em uma bonita corrente de prata, a Pedra transformada em colar, era a mais cobiçada jóia de toda a Europa. O joalheiro recebia propostas constantes em milhões e milhões de peças de ouro. Nada. Passou oitenta anos de sua vida com a Pedra em sua loja, guardada a sete chaves. Ele dizia que nenhuma das propostas sequer chegava perto do que valia sua pequena Rosa Negra. – disse Adrean. Sirius começava a achar a historia realmente interessante – É claro, Até o dia em que um estranho chegou a cidade de Madri, sede da loja. Ninguém sabe o que aconteceu, sabe-se que o joalheiro fugiu horas depois da carruagem do encapuzado sair sacolejando e desaparecer na estrada. A única coisa que foi achada em sua loja foi uma moeda do tamanho de uma tampa de barril, toda em ouro e com inscrições estranhas, que ele provavelmente esqueceu.
- Um galeão? – perguntou Sirius, incrédulo
- Exatamente. Ele a vendeu para um bruxo. – disse Adrean – Pettilier Rose. O patriarca da família Rose. É claro que nem o joalheiro e nem Pettilier sabiam que o colar tão almejado era de fato uma Pedra Chave, mas... Bem, depois de Pettilier ter comprado o tal “Dark Rose”, como foi rebatizada a pedra, os homens da família começaram a morrer assim que tinham um herdeiro, muito precocemente diria eu. A Pedra foi passada de anos em anos, e em menos de 200 anos chegou até a quinta linhagem. Nacyus, filho de Theodore Rose, perdeu o pai aos cinco anos e se sentiu bem familiarizado com a sina da família. Sabendo de seu possível futuro, queria ter um sentido em sua vida. Nacyus era bem esse tipo de garoto que acabou de sair de Hogwarts já a fim de salvar o mundo, sabe? Sempre muito inteligente, Introvertido, misterioso... Passou a vida toda em busca do antídoto para o Néctar do Ciúme, o único veneno em que um benzoar não funcionaria. Pesquisou os ingredientes do veneno, substancias que o anulariam, chegou a fazer experiências em si mesmo, completamente apaixonado pela causa, até hoje não se sabe o por que, embora digam que seu pai havia morrido por isso, não há provas. Bom o fato é que ele Conseguiu, finalmente, achar um anulador para as lagrimas de basilisco, o único entre os ingredientes que ele ainda não anulara. Erva de Gabriel. Uma planta que crescia nos pântanos da Transilvânia em que as flores roxas abriam apenas no solstício de Verão, exatamente a meia noite. Era necessário o néctar dessas flores e, somente ele, anularia as lagrimas da cobra rei. O homem não pensou duas vezes, viajando na mesma noite para Transilvânia em busca das flores. Três meses se passaram, e Nacyus voltou. Com olheiras profundas e branco como a morte. Mas com as pequenas em mãos.
Vendeu o antídoto, enriqueceu ainda mais a família, realizou-se. O Soro salvou muitas pessoas e até hoje salva. Ainda hoje usam, o chamado “Soro do Perdão” no Sant Mungus, acho eu... porem dizem que nunca mais Nacyus foi o mesmo... por que? Outro dos “pequenos mistérios das família Rose.”

- Ok. – disse Sirius devagar - O “Dark Rose”, o colar que agora está em posse de Voldemort, é uma Pedra Chave muito poderosa. Até ai... eu entendi, Agora, por que ele precisaria da menina, a tal ultima Rose, pra qualquer coisa? – perguntou Sirius, tentando organizar os pensamentos, o que aquele momento, estava se fazendo meio complicado.
- Diz o encantamento: “Somente o mais puro dos sentimentos poderá então libertá-lo”. O que vai ser libertado é o poder acumulado, o que pode libertá-lo é o sentimento. É obvio que se fala de amor... mas, a família Rose tem mais um pequeno segredo. Nacyus nunca teve um herdeiro legitimo... – disse Adrean, pesaroso.
- Mas, algo não bate aí, Adrean. – disse Sirius confuso. Aquele era o momento e tirar as duvidas, e ele tinha varias. – De onde tiraram este encantamento? Por que Nacyus iria guardar a Pedra? E se ele era tão inteligente, por que nunca quis saber como abri-la? E afinal, se ele não teve herdeiros legítimos ele seria o ultimo dos Rose, e não a tal garota que eu tenho de buscar! E afinal, ele não morreu nunca? – disse Sirius coerentemente.

Adrean sorriu bondosamente.

- Vou responder uma pergunta de cada vez, ok? Vou te pedir que apenas ouça... se não, vai ser difícil vc entender onde quero chegar e onde que vc tem que chegar... – disse ele, as grossas sobrancelhas negras arqueadas

Sirius apenas assentiu com a cabeça, abrir a boca era soltar mais uma enxurrada de perguntas.

- De onde saiu o encantamento e por que Nacyus guardou a pedra...? – repetiu ele, coçando a barba Negra - Bem, Nacyus, ao descobrir que o colar era de fato uma Pedra Chave, fez a grande besteira de deixar suas anotações na biblioteca, onde todos poderiam ver. A noticia vazou, e vc não tem idéia do quanto vale uma Pedra Chave... ainda mais de alguém do gênero dos Rose. A casa foi invadida varias vezes, mas nunca acharam o Dark Rose. Nacyus, vendo o legado de sua família em perigo, guardou-o a sete chaves ou melhor, a sete encantamentos... o encantamento é antigo, e só pode ser quebrado com o sangue da família, pelo menos... é o que diz a lenda... – disse ele dando de ombros – Por que ele não quis abri-la...? Ora! Razões pessoais. Orgulho, diria eu... Achava-se tão capaz que não precisaria de qualquer outro meio pra acumular poder ou ser poderoso...O que acaba sendo uma meia verdade... – disse ele como se explicasse a uma criança por que raios dois mais dois seriam quatro – Agora, o mais interessante... Se ele viveu para sempre? Digamos que, aquilo que ele buscou por toda a vida, acabou por mandá-lo a um fim...

Sirius o olhou intrigado, era claro que não entenderá bulhufas. Adrean riu.

- Agora, a parte épica da historia... – disse ele sorrindo – Poucos sabem, mas na noite em que Nacyus se aventurou pelas floretas da sombria Transilvânia, encontrou em seu caminho companhias, um tanto, desagradáveis... ele foi parado por um clã vampírico das redondezas, The Blood Busters...

[FlashBack]

Nacyus andava atento pela floresta enlameada, pelos seus cálculos já deveria estar a poucos quilômetros do Pântano Cinza, lugar que os moradores do vilarejo próximo deram certeza de que encontraria a pequena flor, mas que o aconselharam veementemente de manter distancia. O sol se punha com uma rapidez assustadora para um solstício de verão, e ficava cada vez mais difícil enxergar o que viria a frente ou o que ele deixara pra trás. Um barulho atrás de uma das arvores e Nacyus se virou instintivamente, com a varinha apontada, receoso.

- Com medo, estranho? – disse uma voz macia vindo de trás de Nacyus, que se virou mais uma vez.
Um homem de cabelos até os ombros estava encostado despreocupadamente em uma das arvores. Branco como um fantasma e de olheiras profundas, vestia uma capa preta que esvoaçava com a brisa noturna. Ele despetalava completamente uma pequena margarida branca.

- Quem é vc? – bradou Nacyus com a varinha ainda apontada pro estranho. O homem sorriu mostrando caninos estranhamente pontiagudos. Pontiagudos de mais...
- Quem sou eu...? – repetiu ele devagar, jogando o resto da pequena margarida no chão.
- A pergunta não seria que somos nós? – disse uma outra voz vinda do meio das arvores.

Mais oito ou nove homens saíram do meio da floresta, todos pálidos como a morte, de dentes pontiagudos e olheiras profundas. Em suas capas uma insígnia prata e vermelha reluzia dois B’s ornamentados. Nacyus reconheceu o emblema de um de seus livros e gelou. Vampiros.
- O... O que vcs querem? – perguntou Nacyus na defensiva, eles eram muitos, mas não viera até ali pra simplesmente servir de jantar pra ninguém.
Os vampiros riram gostosamente, o maior e de aparência mais burra gargalhou grotescamente. Devia ter uns dois metros e pesar uns duzentos quilos, Nacyus não daria metade dele.
- Seu sangue! – bradou um deles parando de rir abruptamente, saltando pra cima de Nacyus com os dentes a mostra.

Não houve tempo pra reação, Nacyus apenas desferiu feitiços para todos os lados, sem mira alguma. Estuporou dois deles e conseguiu prender no galho de uma arvore um terceiro, até ser atingido com uma força na cabeça e dependurado pela capa. O maior deles prensava Nacyus contra um enorme carvalho, e já colocava os caninos de fora quando alguém gritou do meio das arvores.

- Parem! – disse uma voz feminina.

Do meio da vegetação saiu uma mulher encapuzada, que com um simples gesto, fez o brutamontes cair no chão. Ela parecia furiosa.
- Solstício de verão seus idiotas! E o jejum Dos Treze?! – gritou ela – Vcs deveriam ser sacrificados por seu desrespeito as tradições!
Nacyus escorregou pelo tronco e caiu o chão com um baque surdo mas nenhum Deles pareceu ver. O vampiro de cabelos compridos tomou a frente.

- Ivynes, ele está na floresta...! Nossa floresta! - disse ele parecendo igualmente zangado - O que quer? Que os camponeses comecem a entrar aqui e fazer o que bem entenderem?! – disse o homem apontando para Nacyus ainda encostado a arvore, aparentemente desacordado. – Se ele sair vivo daqui, nossa reputação será manchada!
- E se vc matá-lo, Gregori, não vai ter mais a reputação que tanto se gaba... pois cadáveres não possuem reputação! – disse a mulher ainda encapuzada, com tom de quem termina uma conversa. – Thunder!- disse ela se dirigindo ao brutamontes ainda no chão – levante daí! Carregue-o até a minha casa. Veremos o que meu Pai tem a dizer sobre este assunto... – Thunder se levantou imediatamente, colocou Nacyus nas costas, e saiu pela fresta em que Ivynes entrara, sendo seguido por ela.


=*=

N/A: Nusss... =X
Vampires! Vampires!
Primeira parte... Ufff.. entregue.
Segunda parte... Quase pronta... só não pus as duas por que falta alguma coisa na segunda parte que ainda não descobri. mas assim que eu saber, ela vai tar ai só pra vcs!

leiam, e comentem... eu gostei bastante... Mas... ahhh! e vcs?

Kisses and hugs...

=**

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