Seguindo viagem

Tchimitchanga: O Mundo Perdido

Capítulo 4 – Seguindo viagem

O silêncio reinava no aposento. Após ter contado toda a história, Willow saíra para buscar lenha, e deixara o grupo pensando, absorvendo a idéia de que não estavam ali apenas por acaso.

Como ninguém falava, Hermione resolveu discutir o assunto.
- Bom, a história que ela contou é realmente impressionante – como ninguém se manifestou, ela continuou – a filha dela, a caixa com a profecia... Isto aqui nada mais é que o mundo antes da bruxaria existir – ela fez uma pausa – se bem que eu nunca ouvi falar de um lugar chamado Tchimitchanga...

Os outros não falavam nada. Gina ainda se encontrava envolta pelo braço de Draco, com a cabeça encostada no ombro dele. Como se acordasse de um transe, Rony, que estava de frente para o casal, levantou e berrou:
- Malfoy, solte a minha irmã agora!
Os outros também acordaram de seus pensamentos e a tensão se instalou no ar. Rapidamente, todos levantaram inclusive Draco e Gina, que continuava próxima do loiro. Este deu um sorrisinho de escárnio, antes de falar:
- E quem você pensa que é para mandar nela, Weasley?
- Ora, seu...! Eu sou irmão dela, meu dever é protegê-la de coisas como você! – disse o ruivo, já com o rosto completamente vermelho.
Hermione interveio:
- Rony, acalme-se, por favor! Tenho certeza de que há uma explicação racional para isso...
- Racional, Hermione? – era Gina quem falava – de racional nisso, não tem nada. Acontece que eu e o Draco estamos juntos, e não vai ser o Rony que vai impedir isso!

Ao ouvir as palavras de Gina, Harry e Hermione ficaram boquiabertos, Luna olhava sonhadoramente para a cena e Blaise e Pansy davam risinhos de satisfação. Ver um Weasley brigando com outro era tão divertido...

- Vocês...! Eu...! – Rony gesticulava palavras, sem conseguir formar uma frase. Quando conseguiu, sua voz veio impregnada de fúria – vocês não podem ficar juntos! Eu proíbo!!!
- O dia que algo que você disser fizer efeito em mim, Weasley, o céu cairá em minha cabeça. – disse Draco, com desdém.
- Seu desgraçado...!
O movimento foi rápido. Num instante, Rony voou para cima de Draco, acertando-lhe um soco, sem dar tempo para ele reagir. No outro, o pé de Gina acertava o rosto de Rony, que no impulso, caiu longe.

A cena parecia ter corrido em câmera lenta. A perna de Gina voltou ao lugar, e seu rosto mostrava o quão enfurecida estava. Seus olhos brilhavam de uma maneira perigosa, como se pegassem fogo.
- Não se atreva – ela falava pausadamente – a tocar em meu namorado. – frisou as últimas palavras.

Agora a surpresa era geral. Uma coisa era os dois estarem dando uns amassos, a outra ela assumirem compromisso.
Draco olhou para Gina com os olhos arregalados. Namorados? Não que ele realmente tivesse algo contra, mas, mesmo que tivesse, não seria louco de discutir com a garota, que estava perigosamente mais vermelha que o normal. Eram namorados e ponto final, não era ele que ia desdizer a ruiva.

Willow voltou da floresta carregando alguns pedaços de lenha e algumas frutas. Chegou a tempo de ver o rapaz ruivo no chão e os outros olhando surpresos para a cena. Sem entender o que se passava, achou melhor interromper os jovens antes que acontecesse algo em sua casa.
- Trouxe para vocês algumas frutas – foi dizendo ele, colocando-as junto com outras que já haviam em uma fruteira em cima da mesa – achei que, a essa altura, estariam com fome.

A velha senhora não errou; a barriga de todos roncavam, sem comer nada a mais de vinte quatro horas. E foi esse fato que fez todos esqueceram o ocorrido e irem abastecer seus estômagos, como se nada tivesse acontecido agora a pouco.

Quando todos já estavam satisfeitos, Blaise olhou pela pequena janela que havia no aposento e viu que o sol já se punha no horizonte. Comentou seu pensamento em voz alta:
- Não temos onde passar a noite.
Os outros olharam pela janela também e concordaram com o sonserino. Por sorte eles haviam encontrado uma caverna da última vez, mas não teriam essa mesma sorte de novo.
- Oh, não se preocupem! – disse Willow, enquanto ia até um baú e pegava alguns panos – eu tenho tecido o suficiente para vocês montarem uma barraca e dormirem perto da cabana, onde é mais seguro.

Todos assentiram. Não queriam abusar da hospitalidade daquela senhora, mas eles estavam de mãos atadas em vários casos e era ela quem podia ajudá-los.

Os oito levaram algum tempo para montar as barracas. Decidiram montar duas: uma para os rapazes e outra para as garotas. O problema foi na hora de irem dormir.
- Eu me recuso a dormir na mesma barraca que essa doninha! – falou Rony por entre os dentes. Ainda não esquecera do ocorrido e do golpe que levara da irmã; sua bochecha esquerda estava dolorida e inchada por conta do chute que tomou.
- Como se eu quisesse ficar debaixo do mesmo teto que você, Weasley. – disse o loiro, com seu jeito sarcástico.
- Ah, pelo amor de Merlin, parem vocês dois! – interferiu Hermione – ninguém aqui é uma criancinha para ficar com essas discussões infantis! Estamos perdidos no meio do nada, envolvidos em uma profecia e não fazemos idéia de como voltar para o nosso mundo. É bom vocês começarem a se aceitar, desde já! – terminou ela, com seu ar mandão.
Os dois permaneceram calados e depois viraram-se em direções opostas, soltando um muxoxo. Hermione revirou os olhos e entrou na barraca das garotas, que já estavam lá dentro.

Os rapazes resolveram fazer o mesmo. Rony decidiu dormir no canto dessa vez; não queria correr o risco de ser rolado para fora da barraca. Quase como num acordo silencioso, Draco ficou na entrada, o mais afastado possível de seu “cunhado”.
- Aff, podendo estar rodeado de mulheres, estou deitado com um bando de machos... – falou Blaise, enquanto se acomodava no chão.
Draco o olhou pelo canto dos olhos e não comentou nada. Adoraria estar com Gina como na outra noite; dormir com ela em seus braços fora uma experiência incrível, e que adoraria repetir. Mas, pelo visto, não seria possível. Não naquela noite, pelo menos.


Gina encontrava-se em sua barraca, já com as outras garotas deitadas. Também optara por ficar na entrada, caso se sentisse abafada. Ficou um bom tempo pensando em tudo o que estava acontecendo. Não imaginara que iria parar num mundo desconhecido e nem que faria parte de uma profecia. Fogo e Gelo... O que a profecia queria dizer?
Quando já estava cansada de pensar, resolveu sair da barraca para tomar um ar puro. Qual não foi sua surpresa ao notar que outra pessoa já fizera isso antes...
- Alguém mais não conseguiu dormir por aqui? – disse ela, divertida, enquanto se aproximava de seu loiro.
- Senti algo faltando ao meu lado. – ele falou, enquanto a puxava para um beijo.
Quando terminou, se afastou um pouco e encarou a ruiva.
- Namorado, hein? – disse ele, levantando a sobrancelha do olho esquerdo, a olhando de maneira divertida.
Gina ficou meio desconcertada antes de falar.
- É, bom, hum... Eu não pensei na hora, só disse... Quer dizer, se você não gostou tudo bem, eu...
Draco começou a rir e ela o encarou, sem entender.
- Sabe, é a primeira vez que uma garota me pede em namoro, e não o contrário – disse ele, ainda rindo.
A ficha caiu para Gina e ela ficou vermelha, olhando para baixo.
- Bom, tecnicamente nós ainda não somos... Sabe, oficialmente namorados... – disse ela, num sussurro.
- Bom, então deixe eu acertar isso – falou ele, ficando sério de repente – Guinevere Weasley, quer namorar comigo?
Gina levantou a cabeça tão rápido que fez-se um estalo. Logo em seguida, levou a mão ao pescoço, fazendo um careta.
- Ai, tá doendo... – choramingou ela.
Draco começou a rir novamente, enquanto aproximava-se dela por trás e começava uma massagem pelos seus ombros e pescoço. Enquanto o fazia, dava leves beijos pela nuca de Gina, deixando-a louca.
- Melhor agora? – perguntou ele depois de alguns minutos de massagem, fazendo a garota voltar á realidade.
- Hum... Muito melhor...
- Você ainda não respondeu minha pergunta... Guinevere. – ele falou o nome dela com aquela entonação que ela adorava, no pé de seu ouvido. Não agüentando, ela virou-se para ele, encarando-o.
- Eu preciso responder ou posso demonstrar?
Draco fingiu pensar antes de responder.
- É, sabe como é, demonstração é bom, mas ouvir um “sim” não iria me matar... – ele falou, brincando, fazendo a ruiva rir.
- Sim, seu bobo... – ela falou, se aproximando dele e puxando-o para um beijo, o primeiro oficial como namorados.

Ficaram abraçados se beijando durante um tempo, e depois se sentaram em um tronco de árvore que havia ali perto. Gina encostou a cabeça no ombro de Draco e ele passou o braço em volta dela. Os dois encaravam as estrelas no céu, que pareciam iluminar todo aquele lugar.
- Se eu não estivesse perdida e contra a minha vontade aqui – a ruiva falou – de repente eu estaria gostando dessa aventura.
O loiro olhou para ela, antes de falar.
- Você é muito confusa, srta. Weasley – falou ele, divertido – e adora se meter em encrencas!
- Eu? – ela fez uma cara de sonsa – eu não me meto em encrencas!
- Não? Ter enfrentado seu irmão e colocado meu pescoço em jogo não é uma encrenca?
Ela fingiu-se de ofendida.
- Ok, se eu receber um beijo agora, vou fingir que não ouvi isso.
O loiro riu antes de puxá-la para perto, encostando os lábios dela nos seus. Toda vez que se beijavam, Draco sentia a mesma sensação: como se algo estivesse se revirando dentro dele, como se tudo à sua volta tivesse parado e só existisse eles dois.
Quando o beijo começou a ficar mais quente, foram interrompidos por alguém.
- Hum-hum! – alguém pigarreou atrás deles.
O casal se separou e olhou para a pessoa. Hermione estava parada, os olhando com cara feia.
- O que faz acordada, Granger? – perguntou Draco, já voltando à sua expressão de sempre.
- Ia perguntar o mesmo a você, Malfoy – disse ela, sem se abalar – Gina, pelo amor de Merlin, você deveria estar dormindo!
A ruiva ia falar algo, mas Draco respondeu por ela.
- Não é da sua conta o que ela faz ou deixa de fazer, Granger.
A morena sacudiu a cabeça.
- Céus, Gina! Você ainda vai me contar o que te fez começar a namorar o Malfoy, porque é absolutamente impossível aturá-lo tanto tempo!
A ruiva deu um risinho e Draco a olhou de cara feia, porque havia ficado ofendido.
- Nós nos entendemos, Mione. – limitou-se ela a responder.
A morena sacudiu novamente a cabeça antes de voltar pra barraca.

- Acho que ela está certa... Eu deveria estar dormindo. – disse Gina, depois que a garota se fora.
- Não... Você deveria estar aqui comigo, como está agora. – disse Draco, com convicção, arrancando um sorriso da ruiva.

Ficaram juntos um bom tempo, até Gina finalmente convencer Draco de que eles deveriam ir dormir. Ambos estavam muito cansados, e provavelmente se cansariam mais ainda quando acordassem. Draco foi para sua barraca à contra gosto e Gina foi para a dela rindo. Quando se deitou, não pode evitar um sorriso nos lábios ao pensar em seu loiro...


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Tochas queimavam nas mãos da multidão. Toda a aldeia estava reunida na praça, gritando. Valchok, o chefe da aldeia, estava em cima de um barril, tentando sobrepor sua voz à da multidão.
- Como líder da aldeia, digo que devemos proteger nossas famílias! – gritava ele, sendo apoiado pela multidão – não importa o que aquela bruxa tenha dito antes de morrer, nós não vamos deixar ninguém estragar nossas vidas!

As pessoas gritavam em sinal de concordância.
- Eu digo... – ele olhou em volta - que devemos matar todos eles! – berrou Valchok, enquanto todos continuavam gritando em sinal de apoio.

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O dia amanheceu e logo todos estavam acordando. Willow já havia ido na floresta buscar mais frutas, enquanto eles se lavavam no rio.
Enquanto comiam, a velha senhora se pronunciou.
- Escutem... Eu não posso lhe dar as respostas que tanto querem... Mas eu sei de um lugar onde vocês poderão encontrar. – todos olharam para ela – minha filha costumava ir até a Montanha da Lua fazer suas pesquisas. Se existe um lugar que pode ter respostas para vocês, é lá.

Ela virou-se, apontando para um morro que se via a uma distância considerável.
- Devemos ir para lá? – perguntou Blaise, olhando para o grupo.
- Bom, é a nossa única pista, não é? – falou Harry – talvez lá nós descubramos como sair daqui.

Ninguém discordou, e logo eles se despediram de Willow e continuaram seguindo pelas margens do rio, em direção à montanha. Levaram algumas frutas com eles, caso sentissem fome.

Foi uma longa caminhada. Rony se recusava a falar com Gina, que agora andava de mãos dadas com Draco sem ligar para o que os outros fossem pensar. O grupo seguiu em silêncio, todos com a expectativa de voltar para casa.
Ao chegarem perto da montanha, a água do rio ficava mais fraca e logo eles podiam ver que a foz da água vinha da própria montanha.
Olharam em volta e viram uma entrada para o que parecia ser uma gruta.
- É seguro entrar ali? – perguntou Pansy.
- Não temos escolha, não é mesmo? – respondeu Blaise.

A gruta estava escura, mas eles continuaram adentrando por ela.
- o que eu não daria para ter minha varinha aqui... – reclamou Hermione.
- Ei, vejam! – apontou Rony – parece que tem luz ali!

Eles andaram mais depressa e depararam-se com uma abertura maior. Harry, que estava à frente, parou de andar. Eles estavam agora no interior da montanha. Lá no alto, havia uma abertura por qual entrava a luz do dia. Embaixo, havia um lago que cintilava com a luz e refletia por toda a caverna. As pedras pareciam azuis com o reflexo da água, dando a idéia de que tudo estava iluminado.

- Onde estamos? – perguntou Draco.
- Acho que estamos no interior dessa montanha. – falou Hermione – mas aqui não parece ter nada demais...
- Que droga! – falou Pansy, com raiva – o que vamos fazer agora? Aquela velha enganou a gente!

Luna se sentiu incomodada. Desde que entrara ali, ouvia algo a chamando. E agora, esse algo falava para ela ir até o lago. Quase contra sua vontade, ela obedeceu. Foi descendo a pequena ladeira que os separava da água e aproximou-se da beirada.
- Luna! – chamou Gina – o que você está fazendo?
- Eu não sei... – respondeu ela, com seu ar avoado – tem algo me chamando...
Quando ela pôs seu pé dentro do lago, a água começou a brilhar. Sem controle de seus corpos, os jovens sentiram-se sendo puxados por uma força até a beirada da lagoa.
- Mas o que diabos está acontecendo? – perguntou Draco, com raiva.
- Eu não sei! – respondeu Gina – Luna, o que está acontecendo?
A loira não respondeu. Continuou de costas para todos, andando até o meio do lado, onde a água batia em sua cintura. Levantou então seus braços e uma nova luz surgiu, agora em volta dela. Logo, todos foram envolvidos por uma luz também.
- Tem algo em sua testa! – falou Harry para Hermione, que estava mais perto dele– tem um símbolo brilhando!
- Na sua também! – disse ela, e tentou olhar em volta – todos estão marcados com um símbolo!
Suas vozes foram abafadas tamanha a intensidade da luz.
Antes que alguém pudesse dizer mais alguma coisa, outra força os envolveu e em instantes, todos sumiram dali, deixando o lago vazio como antes.



... Fim do capítulo 4 ...


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N/A: E aí povo!!!!!

O q acharam do cap???? Terminei numa parte chata, né? Só pra deixar vcs curiosos!!! ;P
Eu sei q tá pequeno e tá chato, mas eu não estou com muita vontade de escrever hoje... Apesar de eu estar cheia de idéias, elas não querem se agrupar para eu poder escrever xD

Será q nossos heróis conseguiram voltar para casa? Acho q tá mais q óbvio q não, não é mesmo? xD

Próximo cap, a emoção finalmente vai começar!!! As cenas q todos com certeza estão esperando para ver finalmente estão próximas!!!!

E o q foi aquela voz chamando Luna? Que luz foi aquela que os envolveu? Essas respostas vão esperar um tempinho antes de ser respondidas!!!


Bom, DEIXEM COMENTÁRIOS!!!!

Bjinhos!!!!

(¯`•._.•[ Princesa Chi ]•._.•´¯)

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