Capitulo 4

Todos já estavam dormindo quando Hermione saiu, não foi fácil achar a capa do Harry, afinal, os poucos pertences que ele conseguira recuperar estava espalhados no chão. Ela saiu fazendo o menor barulho possível, pois não queria acordar ninguém. Pensou em Snape durante todo o caminho até a casa dos Gritos, “Ele é inteligente, forte, elegante, e aquele cabelo liso e negro... nossa, eu estou apaixonada por ele. Eu não acredito que fui me apaixonar logo por quem eu nunca vou ter!”.

Entrou na casa com a varinha na mão, queria estar preparada para qualquer evento surpresa. Quando entrou no quarto viu Snape sentado na cama, estava lendo um papel, não tinha percebido que Hermione estava ali, “ai ai, como ele é lindo, poderia ficar o resto da noite olhando para ele” mas existe uma guerra lá fora e ela não podia ficar parada.

-Estou aqui professor.

-Não me chame assim, você sabe que não sou mais seu professor. Demorou bastante, precisava se arrumar tanto Granger?

-Desculpe Sr. Snape, eu tive que esperar o Harry dormir para poder...

-Desculpas não vão mudar seu atraso Granger. Sente-se, temos muito que conversar.

Hermione pegou uma cadeira e sentou-se na frente do professor, mas não muito perto, não queria sentir o seu perfume, que, ela percebera agora, a deixava mais fascinada pelo seu antigo professor. Foi só depois de acomodada que ela percebeu que havia sangue no chão abaixo do professor, ela ergueu seus olhos e parou na perna dele, onde tinha um enorme corte e marcas de dentes, um cachorro talvez, mas um bem grande.

-Tudo bem professor? – disse ela ainda olhando para a perna do professor. Ele seguiu os olhos dela.

-Claro, alguns lobisomens se descontrolaram na reunião hoje de manhã, mas, acredito que o Sr. Malfoy esteja pior do que eu.

-Não seria melhor de você...

-Não preciso de palpites de nenhuma sabe-tudo, entendida srta? Ou tenho que repetir mais uma vez?

-Não professor, desculpe – sussurrou Hermione cabisbaixa.

-Vamos ao que realmente importa. Lord das Trevas está muito desesperado para pegar o Sr. Potter que está cometendo vários erros. Mandou todos os seus comensais procurarem o Potter, e fez com que os lobisomens e gigantes vigiassem Hogwarts. Por isso os lobisomens estão bravos, eles querem matar, mas o Lord das Trevas quer achar o menino-que-sobreviveu. Ele está vulnerável agora, você tem que convencer Potter a ataca-lo.

-Mas quando? Harry não se considera preparado.

-Ele nunca estará preparado Granger, ele é só um garoto. Ele tem que atacar agora.

-Mas e se...

-Srta Granger, coisas ruins acontecem o tempo inteiro. Chama-se destino, e o Potter tem que enfrentar o dele. Se ele ficar parado, o Lord das Trevas irá encontra-lo, ai será pior.

-Eu vou tentar falar com ele. Mas, você tem que me prometer que vai dar um jeito nessa perna.

-Como? Eu já falei para a srta que...

-Assim como você não é mais meu professor, eu não sou mais a aluna indefesa, Senhor Snape. Essa perna pode inflamar, você tem que fazer algum feitiço rápido, senão...

-Senão o que senhorita? Posso não ser mais se professor, mas ainda sou mais experiente e querendo ou não, sou mais esperto que você. Agora, saia daqui e vá convencer o Potter a lutar.

-NÃO

-Como?

-Enquanto o senhor não prometer eu não saio daqui.

-Mas que ousadia. Falar assim com alguém que tem uma marca negra no braço. Não tem medo do que possa te acontecer.

-Eu não tenho medo do senhor. Eu confio em você.

Por um momento Snape ficou em choque.

-Você confia em mim?

-Se não confiasse você acha que eu estaria aqui?

-Você só acredita em mim por que escutou aquela conversa que eu tive com Alvo antes de ele morrer.

-Não professor, eu sempre confiei no senhor, mesmo antes de ouvir aquilo.

Snape estava perplexo, fizera tudo para aquela garota odiá-lo, mesmo antes de saber que a amava. Não queria demonstrar seu amor para uma sabe-tudo da Grifinória, então a tratou tão mal quanto os outros alunos. Mas agora ela dissera que sempre confiou nele.

-Não, você não confia não!

-Por que não confiaria, se você fosse ruim já teria me matado agora. Mas não o fez, por que você é bom.

“Que se dane a idade” pensou Snape pegando Hermione pela nuca e puxando seu rosto para perto do dele e encostando seus lábios nos dela.

“Ele me beijou” pensou Hermione, respondendo ao beijo dele, seus lábios eram macios e quentes, e a mão que segura sua nuca fortemente a deixava ainda mais apaixonada por aquele homem. Mione levantou sua mão para acariciar o rosto dele, depois rodeou o pescoço dele com seus braços, unindo-se mais ao corpo dele. Snape desceu suas mão até o casaco que ela vestia, abrindo todos os botões, depois tirou-lhe a blusa, e, quando ela estava com a parte de cima do corpo totalmente despida ele jogou-a na cama.

Quando eles acordaram ainda era noite.

-Hermione, eu prometo, agora vá falar com Potter, quero casar-me com você na paz. Sem Lord das Trevas. Vá.

A garota levantou-se e se vestiu.

-Te amo Severo – disse antes de sair porta afora.

Demorou uns dois meses para que Harry Potter tivesse derrotado Voldemort. E mais 3 semanas até que todos os comensais fossem presos. Nesse meio tempo Hermione conseguiu convencer a todos que Snape era inocente. Depois de 2 anos de casados eles tiveram seu primeiro filho, Artus Snape.

-Espero que não seja o ultimo – disse Snape.

-Nem eu – falou Mione, dando um beijo em Snape.

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