Rotina de Sábado



O Marido Ideal.
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Cap. Um - Rotina de Sábado
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Ela abriu a janela naquela tarde, suspirando, voltou sua atenção para a pequena rua que morava, um condomínio fechado no Sul de Londres, as casas muito parecidas... Seu refúgio, naquela manhã de sábado algumas crianças já gritavam pelas ruas, brincando, mas ela achava isso saudável e até necessário.
Apertando o nó do robe azul claro fechou a cortina de seda e voltou sua atenção ao quarto; a cama ainda desarrumada, as roupas que usara no dia seguinte em cima da poltrona, jogadas de qualquer forma, pelo cansaço que sentira ao chegar em casa, nunca em sua vida pensara que ser advogada lhe daria tanto trabalho assim, mal sabia como estava enganada...
Já deveria ter se acostumado com a rotina, afinal, estava no ramo há cinco anos! Mas era difícil, principalmente quando seu sucesso vem tão rápido – no caso dela.
Hermione Granger começou a advogar assim que saiu de Oxford e em menos de dois anos havia se tornado muito bem sucedida (e famosa...), digamos que para ela isso não foi uma surpresa. Jane Granger – sua mãe – é uma famosa atriz da Inglaterra e seu pai havia sido elegido Primeiro Ministro a dois anos atrás, inevitável não dizer que a pequena Hermione (filha única do casal) sempre fora alvo de flashes.
Seus aniversários sempre foram um verdadeiro sacrifício, sempre com grandes seguranças barrando suas amigas e amigos, os namoradinhos sempre se viam intimidados para convidá-la a um cinema, show ou algo assim.
Mas ela não podia negar que sempre fora amada e – quase sempre – preservada, Jane e Richard amam a filha demais e sempre respeitaram suas decisões.
Hermione foi até o banheiro e abriu a torneira da banheira, lentamente. Dirigiu-se até a cozinha enquanto a banheira enchia, descongelou um pedaço de torta doce e preparou uma xícara de café bem forte – aprendera a amar na época de faculdade, onde tinha que ficar até altas horas estudando para uma prova.
Esperava o café esfriar um pouco e, enquanto isso, ia até o jardim apanhar o London Times.

- Bom dia, senhorita Granger! – um menino disse-lhe.

- Oh, olá Tommy, como vai sua mãe?

- Ótima... – ele olhou para os lados – Bem, papai combinou de ir andar de bicicleta comigo agora e...

- Bom passeio – Hermione desejou, apanhando o jornal.

- Obrigado.
A mulher voltou para a casa e jogou o jornal na mesa, e, enquanto mordia um pedaço da torta, o telefona tocou.

- Sim? – Hermione atendeu.

- Senhorita Granger? – era Mag, sua secretaria particular, a coitada trabalhava seis vezes por semana cinco horas por dia e tinha dois filhos e um marido. Três filhos, como costumava brincar.

- Diga Mag – disse arrumando os cabelos em um coque frouxo.

- O Senhor Robie ligou, disse que está tendo problemas com o The Sun novamente, disse que... – ela parou um instante – partiria para a agressão física caso o homem resistisse em lhe perseguir com perguntas incoerentes.

Conhecendo bem o cliente, Hermione tinha certeza que não foram bem esses termos que Robie Ylank – seu cliente há dois messes, um famoso cantor americano, que vivia se metendo em encrencas com os jornais e revistas de tablóides – usara.

- Tudo bem, eu enviarei um e-mail ao The Sun resolvendo o caso, ok? – Ela deu um gole no café. – Mais alguma coisa?

- Logo depois que a senhorita saiu sua mãe ligou, perguntando se vai a Homenagem A Rainha, hoje à noite, disse que os convites estão com ela.

- Tudo bem, eu ligo mais tarde para ela.

- E Hanry Polter ligou, perguntando se poderia defender uma causa por ele.

- Hanry? – ela disse, franzindo a testa.

- Sim, o jornalista!

- É Harry. Harry Potter, aquele que faz documentários?

- Oh, sim, isto, aquele alto, com os olhos ver...

- Documentários? – ela disse, sorrindo e acabando com o pedaço de torta.

- Sim, para a BBC, sobre política e historia.

- Ligue para ele e dê meu celular, falarei com ele.

- Sim, hmm, é só, por agora, senhorita...

- Obrigada Mag. – ela disse – Bem, vejo você na segunda, tire o resto do sábado de folga, okay? Eu resolvo tudo por aqui e à tarde eu dou uma passada no escritório.

- Oh, muito abrigada, Senhorita Granger. Bom dia.

- Bom dia.

Hermione desligou o telefone e leu o jornal, minutos depois se levantou de ímpeto.

- A banheira... – disse, correndo em seguida até a sua suíte.
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Essa é a caixa postal do celular de Hermione Granger, deixe seu recado!”.

- Ah, olá. Bem, meu nome é Harry Potter, estou ligando para falar-lhe sobre um caso que é um pouquinho complicado, espero que possa me ajudar, bem, deixarei meu telefone, se puder me retornar, eu agradeço, se não, ligo novamente mais tarde. Até.

O homem apertou o botão do telefone o desligou, no mesmo instante um ruivo entrou na sala, Harry sorriu.

- Bom dia, não sabia que estava aqui...

- Sabe como é, Harry – ele coçou a cabeça – Lilá brigou comigo novamente, será que poderia passar alguns dias aqui, até ela desistir dessa bobagem?

Harry franziu a testa.

- Tanto faz, - ele disse – Fique, mas limpe o que sujar e arrume o que desarrumar.

- Obrigado. – ele comentou, em seguida olhou para o moreno a sua frente – Vai filmar hoje?

- Sim, oh, no centro de Londres, contar uma historia que ocorreu lá há alguns anos...

- Não sei como consegue! – o ruivo comentou – Você vive numa correria, sempre filmando, viajando, escrevendo...

- Eu não sei o que faria, há coisas muito monótonas, como comentar jogos de Futebol... – ele disse faceto.

- Hey! Isso é bem legal, e eu gosto...

- Eu sei, eu sei... – ele disse, apanhando o suéter que havia em cima da mesa e as chaves do carro e de casa. – Estou indo, se sair, leve a chave que está na porta.

- Tudo bem.

Harry riu e dirigiu-se até elevador do prédio, quando este chegou, adentrou e deparou-se com uma mulher loura junto com um rapaz de feições boas e alegres.

- Olá Luna, Neville – ele disse simpaticamente.

- Boa tarde Harry... – ele respondeu, enquanto a mulher fazia um aceno. – Indo trabalhar?

O moreno sorriu.

- Sim, nosso dever, não?

- Oh, absolutamente – o homem concordou.

- E vocês?

- Ah, estamos indo ao médico – a mulher disse, colocando as mãos no ventre – Saber o sexo do bebê.

- Oh, mas que ótimo! – Harry comentou sorrindo e abrindo a porta do elevador desejou: – Boa sorte!

- A todos nós – Neville comentou.

Harry abriu a porta do carro, simples e sofisticado, e entrou, enquanto pensava na família de Neville, ele havia presenciado desde o flerte que o homem disse que havia dado a ‘loura que conhecera no trabalho’, até o casamento e agora um filho...
De pensar que quando o conhecera – há seis anos, quando comprara o apartamento – o homem não passava de um colunista de jornal solitário.

- Yeah, I’m a lonely man – escutou quando ligou o rádio.

- Sim, eu sou – disse sorrindo fracamente.

*****


Olááá!

Bem, há quanto tempo, han? Bem, espero que tenham gostado desse capítulo, essa é minha fic UA, pode parecer que eu tenho prática – como já ouvi de uma amiga minha -, mas não, comecei a escrever agora (mas já venho lendo a m bom tempo...), enfim espero que tenham gostado e que comentem.
Obs. Eu achei meio estranho o Harry como documentarista, mas foi a única coisa que pude pensar!

Obs 2. A fic “Depois do fim” foi atualizada, espero que passe lá!

Obs 3. Não atualizei a “Inevitável” porque ‘perdi’ o capítulo no computador, mas reescreverei e postarei, okay??

Obs 4. Postei uma Shortfic, “O que eu queria dizer...”, passe lá pelo amor de Deus e comentem!

Beijos e Abraços!

Mimy**

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