O ATAQUE DA SERPENTE
O ATAQUE DA SERPENTE
O pequeno Tom era diferente de qualquer outro garoto de sua idade.
Ele tinha nove anos, era alto, magro e muito bonito, mas diferentemente de qualquer menino dessa idade não tinha amigos, não gostava de se misturar com outras crianças, era fechado e raramente demonstrava emoção. O mais estranho talvez fosse que ele não fazia questão de nada disso, parecia muito bem sem amigos, sem brincadeiras e tendo como maiores companheiros os livros.
Mas para os adultos, principalmente os professores da escola primária da vila, Tom era um menino maravilhoso, estudante exemplar, leitor voraz e sempre muito educado.
A única coisa que deixava os adultos meio confusos com Tom era a capacidade de o menino envolver-se com pequenos incidentes. Muitas crianças demonstravam medo de Tom, diziam que ele não era normal.
Idéias malucas de crianças. - pensavam os adultos.
Era dia na pequena cidade de Small Vilage. Um dia quente e muito bonito, e os alunos da escola primária se preparavam para o piquenique anual que a escola oferecia.
_ VAMOS! FILA ÚNICA! AQUI! NA MINHA FRENTE! – gritava quase louca a professora.
Depois de muito trabalho, a professora Mary conseguiu colocar os alunos no ônibus, que partiu para o bosque, onde seria realizado o piquenique.
Tom ia sentado na última poltrona do ônibus, sozinho e lendo. Se tivesse escolha teria ficado no orfanato, até mesmo isso seria melhor do que ficar com todos esses idiotas. Pelo menos tinha levado um livro – pensava o menino.
O bosque era razoavelmente bonito, muitas árvores, ar fresco e um pequeno riacho.
Tom sentou-se à sombra de uma árvore, pretendendo passar lá todo o irritante dia.
-Não, Tom! Hoje não é dia de estudar! Você já faz isso a semana toda. Por que não vai brincar um pouco com os outros meninos?
- Ah! professora... não gosto... esses garotos não vão muito com a minha cara, nem eu com a deles, prefiro ler. – Disse Tom contrafeito
- Bobagem menino! Ao menos vá dar uma volta! Aqui é que você não fica!
Contrafeito, o garoto se viu obrigado a deixar o livro de canto, mas certamente não iria nadar com as outras crianças.
Saiu vagando pelo bosque, perdido em pensamentos, que muitos achariam extremamente complexos para uma pessoa tão jovem, foi sendo guiado pelos próprios pés.
- ``Anda como humano, mas pensa como nós...”
- ``Quem disse isso?’’ – Perguntou Tom, procurando em volta pelo dono da voz invisível.
- ``Você fala como eu!’’
-``Lógico que falo! Onde esta você?’’ – Não era fácil assustar Tom, mas ele demonstrava um pequeno tremor na voz.
-``Aqui em baixo.’’
Tom olhou para a grama e se deparou com uma cobra de porte médio.
Realmente, pela primeira vez na vida, deu razão aos outros garotos. Certamente ele estava ficando louco, cobras não falam! Como podia estar conversando com uma!?
- Como eu consigo te entender? – Indagou o menino, tentando retomar o controle da situação.
- Não sei, é a primeira vez que converso com um humano.
-Você disse que eu penso como você?
- Ah sim... você é humano, mas parece uma cobra... Por isso te respeito.
-PIROU DE VEZ RETARDADO!? ELA PODE TE MORDER! – gritou Bob, um menino que vivia implicando com Tom e acabara de chegar ao local.
- Não entendo o que ele disse, mas posso machucá-lo, se você quiser, ele não me parece muito legal. – Sibilou a cobra para Tom, ao ver a cara de ódio do garoto.
- Adoraria...
Rapidamente a cobra deu o bote, abocanhando o braço direito de Bob.
- Infelizmente não sou venenosa, mas certamente ele se machucou... Melhor eu ir agora, não quero que venham me caçar. Adeus menino que fala com serpentes.
- ELE FALA COM COBRAS! EU VOU MORRER!!! ELA ME MATOU! SOCORRO!! ELE É LOUCO!!! – Bob saiu correndo e gritando à procura de ajuda.
Tom voltou pra onde estava o resto dos alunos remoendo-se de felicidade, havia controlado uma cobra!
Descobrira um dom único, o qual o tornara ainda mais superior a todos os outros, pois superior sempre fora.
Rapidamente a professora reuniu todas as crianças no ônibus, a contra gosto de todas, exceto Tom. O ônibus partiu direto para o pequeno hospital da cidade.
Lá chegando, depois de deixar Bob sobre os cuidados médicos, a professora Mary chamou Tom para uma conversa.
- Tom, Bob me disse que você estava presente na hora em que ele foi mordido. É verdade?
-Sim...
- Ele disse também que você teve algo a ver com isso..
-Algo a ver? Com o ataque? Como o quê? – perguntou com a cara amarrada.
-Bem, ele disse que foi você quem fez a cobra mordê-lo... – disse Mary, com uma voz de quem não acreditava no que estava dizendo.
- Professora, como eu poderia fazer a cobra mordê-lo?
- Verdade, seria impossível... Ele disse que você consegue falar com as cobras... – a professora riu - Vê se pode! – Comentou a professora achando ainda mais engraçado depois de ouvir as próprias palavras.
¬¬- Claro que ele provavelmente imaginou isso com o pânico... – disse aparentemente tentando se convencer - Está certo, Tom. Pode voltar para o orfanato com o resto das crianças. Tenha um bom resto de tarde, espero que tenha gostado do passeio, apesar de tudo.
- Ah, sim... Adorei o passeio – disse Tom pensativo.
....
O orfanato onde Tom morava era pequeno e nada agradável. Era mantido pela prefeitura da cidade, que era muito pobre, e por isso, a casa era velha e feia. Além disso, as crianças eram obrigadas a usar um uniforme feio e sempre velho, uma espécie de bata cinza. O orfanato dependia de doações de pessoas generosas, o que não era abundante na pequena cidade.
Devido ao fato de o local ser tão pequeno, as crianças dormiam todas juntas em dois pequenos quartos, um masculino e um feminino. S situação poderia ser um pouco melhor, afinal havia um quarto onde uma criança dormia sempre sozinha, o quarto de Tom. Entretanto, as crianças preferiam dormir apertadas a ter que compartilhar o quarto com o garoto maluco, como era conhecido Tom.
Já era noite e todas as pessoas do orfanato dormiam ou se remexiam em suas camas. Todas, menos uma: um garoto, que estava em seu quarto, com a luz apagada, olhando para o teto e pensando.
Tom sempre se sentiu superior. Sabia que tinha algo de diferente dos outros garotos, e agora havia descoberto que não era apenas a inteligência. Desde muito jovem sonhava com o poder, sonhava que dominava o mundo, sonhos extremamente impróprios para alguém de tão pouca idade.
Tom lia muito. Lia para a escola, por que gostava e porque buscava na leitura e nos estudos uma maneira de melhorar sua vida. Sempre ouvira que quem fosse inteligente seria alguém na vida, e ele realmente queria ser alguém. Inteligência ele tinha de sobra.
Lia também porque tinha a esperança de descobrir nos livros o porquê de ser tão diferente.
Apesar de saber muito sobre Matemática, Geografia, Inglês e as matérias gerais da escola, a preferida do pequeno Tom sempre fora História. Contudo, o que mais o deixava frustrado era que, apesar de muito saber sobre Roma, Grécia, Aristóteles, e muitos outros pontos da história mundial, não sabia quase nada sobre a sua própria história. Não sabia de onde viera, quem eram seus pais, e por que não os tinha com ele.
Soube pela Senhora Cole que sua mãe aparecera em uma noite chuvosa, à porta do orfanato. Recusara-se a aceitar ajuda de um médico. Tivera o filho e logo depois morrera. Não sabia seu nome, sua idade e nem de onde viera.
A única coisa de seu passado que conhecia eram os nomes do pai de sua mãe: Servolo e o nome de seu pai: Tom.
Tom odiava seu nome. Era um nome comum, que o tornava apenas mais um. Ele buscava ser único e respeitado, e sabia que o melhor meio de ser respeitado é sendo temido.
N.A Putz... escrever uma fic eh bem mais dificil do que eu imaginava... mas to tentando...
ta ai o primeiro cap, espero que gostem, q votem e que comentem, afina, agora entendo o pq dos autores pedirem tanto isso... iuheuihuihe
eh isso ai... logo mais o segundo cap estara on..
ahh se alguem puder me mandar uma lista com nomes de cidades e de pessoas eu ficaria mto agradecido euheuiheuihe afinal, BOB, MARY, Small Vilage iuehuiehuiehuiehuiehueih o falta de imaginacao maldita a minha heim! ieheiuhiuehiuehe
abracos
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