Dentre Aquelas Paredes Negras
Resumo: Vamos à Mansão Snape!
Capítulo 6 – Dentre aquelas Paredes Negras.
Os estudantes enchiam o pátio à frente do castelo para irem à Hogsmeade. O sol de Outubro não estava muito forte, um claro sinal que o inverno estava se aproximando. Sol claro significava céu limpo, e prometia um dia animado.
Duas figuras encapuzadas andavam juntas. Elas iam pelo pátio, permitindo que os outros estudantes passassem por eles. Para um observador casual, eles estavam apenas andando devagar. A verdade é que eles estavam se posicionando de modo a escapar do grupo de estudantes assim que fossem esquecidos no meio da animação e tivessem sidos deixados para trás.
“Estou dizendo, Severo,” uma das figuras encapuzadas exclamou. “Eu não vôo em vassouras, hipogrifos, testrálios, tapetes voadores nem com pózinho de fada [N/T: ‘de pirlimpimpim’]
A figura mais alta envolveu a outra com o braço. Puxando-a mais para perto, ele sussurrou quietamente no ouvido da outra.
“Não me provoque!” veio um grito em resposta. “Você não pode treinar uma Quimera para fazer isso... pode?”
Severo Snape pegou a mão de sua companheira e eles saíram do caminho. Eles desceram um barranco gramado, que davam para uma loja de Hogsmeade, a Dervish e Banges. Quando estavam afastados seguramente do caminho, ele envolveu os dois em sua volumosa capa negra, como uma sombra.
“De modo algum! Você vai nos estrunchar!” falou uma voz em pânico.
Eles desaparataram com um rápido ‘CRACK’.
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Os pés de Hermione pousaram com um abafado THUNK no chão. Ela foi subitamente acometida pela náusea e pelo enjôo de Aparatar a dois. Snape ajudou-a a se firmar antes que ela caísse. Olhando ao redor, ela viu que eles estavam numa fábrica abandonada. Velhos maquinários jaziam abandonados no vasto empoeirado espaço aberto.
“Gostei da decoração que você fez aqui,” ela brincou, com os pulmões cheios de poeira.
Snape riu. “Bem vinda, minha querida, ao legado de Tobias Snape,” ele disse, subindo por uma antiga escada de acesso. “A Fábrica Snape fica a quatorze milhas oeste de Manchester. Construído por meus ancestrais trouxas em 1811, durante a era de ouro da manufatura do algodão. Algodão natural era entregue aqui dos cinco continentes para serem limpos, tecidos e vendidos através de navios pelo Canal de Manchester para as Américas do Sul e do Norte, Índia e Meio Oeste. A fábrica fechou há vinte anos. Meu pai acabou-a em dívidas e estupor alcoólico; ele morreu falido e amargo.”
Severo pulou graciosamente da escada para o chão e guiou Hermione para um portal arqueado alto que servia de janela.
“Lá fora,” ele disse, indicando fileiras de casas de tijolos vermelhos escurecidos, “é tudo que restou do que uma vez foi um subúrbio industrial lotado, duzentas casas dilapidadas. Houve uma época em que cada ocupante dessas casas acima dos seis anos trabalhava e provavelmente morria nesta fábrica. Apenas algumas dessas casa continuam ocupadas por ex-trabalhadores esperando por Deus.”
“Tem uma vila Snape ao norte de Yorkshire. Tem alguma coisa a ver com algodão?” Hermione perguntou, lembrando da história que havia lido.
“A três milhas de Bedale, não muito longe de Moors,” Snape confirmou com a cabeça. “Principalmente indústria algodoeira. Um ramo da família – o meu – afastou-se e se realojou aqui, em Lancashire, onde era mais prático para contruir uma fábrica em grande escala. Eles precisavam estar a apenas alguns dias de viagem do Câmbio Algodoeiro em Manchester, via Rio Irwell – ali.” Ele apontou para uma estreita linha d’água além das casas.
“E onde é a sua casa?” Hermione perguntou. “Certamente que não é a fábrica em si, é?”
“Não. Esse coisa fantasmagórica é obsoleta. Foi meu playground na infância. Fiz minha primeira mágica aqui. Ninguém mais ousaria entrar, a estrutura é muito insegura. O piso é do tipo meio instável de algumas escadas de Hogwarts, exceto que um movimento aqui levaria você a cair de cinco andares.”
Hermione parou bruscamente.
“Siga-me, passo a passo; levarei você até lá embaixo,” ele disse, guiando-a por uma rampa de madeira que servia de acesso. “Tudo o que meu pai deixou para nós, além desse monstruoso elefante branco, foi uma casinha de um dos operários.” Ele ajudou-a a descer cuidadosamente de uma escada para outra. “Minha mãe e eu moramos aqui. É uma casa de dois cômodos em cima e dois embaixo, mas serve ao seu propósito.”
Ela olhou suspresa para Severo; ela havia esperado uma mansão bruxa com uma biblioteca majestosa e pelo menos um elfo doméstico.
Hermione olhou para onde eles estavam descendo. Era como um museu abandonado; nada havia mudado desde o ultimo dia de trabalho. Cartões de ponto cobertos por décadas de poeira, enfiados de qualquer jeito numa prateleira na parede.
“Você não podia apenas sacudir a varinha e ajeitar tudo isso?” ela perguntou enquanto eles continuavam a descer.
“Mágica dessa escala seria notada. O Ministério estaria aqui logo após o ultimo Scourgify e antes do primeiro Reparo.”
Severo levou Hermione pelas portas da fábrica para uma rua estreita. Ele virou à esquerda e andou para uma casa com varanda. Era uma casa suficientemente apresentável por fora. A maioria das casas da rua tinham janelas penduradas e estavam em estados diferentes de decrepitude.
“Bem vinda à Mansão Snape, em toda sua glória palaciana,” Severo disse com um sorriso afetado e bateu à porta.
Enquanto esperava que a porta abrisse, Hermione olhou para o chão. Um retângulo de concreto fora construído ao lado da porta e era decorado com um fino trabalho em metal, uma lembrança da época próspera destas ruas decadentes. No topo do arco da frente da casa, abaixo de muitas camadas de tinta branca, a data 1811 era visível, cada número forjado individualmente. Fora de cada uma das casas havia outros retângulos de concreto, que pareciam lápides em miniatura, epitáfios de milhares de operários do passado e de uma fábrica há muito esquecida.
A porta foi aberta por uma senhora de jeito severo em roupas trouxas, o cabelo que estava ficando grisalho preso num apertado coque. Alguns fios de cabelo estavam soltos, amenizando suas feições angulosas. A pele pálida dela e o nariz adunco não deixavam dúvida quanto a de quem ela era mãe. Se Snape tivesse quarenta anos e fosse mulher, ele seria exatamente assim.
A mulher olhou surpresa para os visitants. E então falou num tom baixo e cuidadoso. “Severo, querido, diga que você não foi expulso.”
“Não, Mamãe, certamente que não. Talvez pudéssemos continuar a conversa lá dentro? Nós não iríamos querer fofocas dos vizinhos.”
Hermione sorriu ao pensamento de vizinhos fofoqueiros; tudo que ela havia visto tinham sido casas abandonadas.
A porta foi totalmente aberta e eles entraram diretamente numa pequena sala de estar, limpa e bem cuidada, mas sem iluminação natural. Um sofá modesto, uma poltrona que não combinava e uma sólida mesa de centro ficavam no centro da sala. A mobília era velha, mas limpa e funcional. A luz do teto era um candelabro. Aparentemente, a casa nunca tivera eletricidade nem mesmo luz a gás instalados. As paredes, ao invés de terem papéis de parede ou pintura, tinha rachaduras e marcas dos papéis que foram removidos.
“Sente, minha querida, por favor sente,” disse a mãe de Snape, apontando o sofá para Hermione. Satisfeita que sua visita estava confortável, ela sentou-se na poltrona. Ela olhou para Snape, que estava encostado na parede ao lado da lareira. “Severo, sua amiga é, hum, da escola?”
“Sim, Mamãe, ela é uma bruxa,” ele respondeu a pergunta indireta.
A mãe dele relaxou visivelmente e virou-se para Hermione. “Desculpe, querida, tenho vivido entre os trouxas há muito tempo. Estou desacostumada que outras bruxas venham aqui.”
“Mamãe, essa é Hermione, minha namorada,” Severo disse, lembrando-se que deveria fazer as apresentações.
‘Tecnicamente, sou a noiva dele’, pensou Hermione, mas achou que a mãe dele já havia tido surpresas suficientes para uma manhã. “Prazer em conhecê-la, Sra. Snape,” ela disse respeitosamente.
“Ah, minha querida,” veio a resposta da mãe dele, a voz dela soando muito mais calorosa. Pensar que o filho estava trazendo a namorada em casa apelava para seus sentimentos maternos. Ele tinha quase dezoito anos e aquela era a primeira garota por quem o filho dela havia demonstrado interesse. Ele passava a maior parte de seu tempo com aqueles garotos adolescentes – ‘lendo Shakespeare’. Internamente, a Sra. Snape estava se congratulando e dando nomes aos seus netos.
Ela olhou para o filho. ‘O Diretor sabe que vocês estão fora da escola?”
“Sim,” ele replicou honestamente, dando uma resposta curta para não mentir intencionalmente.
“Muito bem, farei o chá. Tirem as capas, os dois, para parecer que vão ficar,” ela mandou e saiu para a cozinha.
Esperando que a mãe saísse, Severo ficou em frente da lareira. Ele se apoiou contra o estreito console de tijolos vermelhos, com os braços cruzados, olhando especulativamente para Hermione. “Você está… desapontada?” ele perguntou, a voz não mais que um sussurro.
“Com relação a quê?”
“Esses arredores decrépitos. Imagino que você estivesse esperando algo… melhor.” A voz dele soou acusadora.
“Sejam quais forem as concepções erradas que você possa ter sobre mim, Severo Snape, eu posso assegurar que eu não tenho nenhuma idéia pré-concebida sobre a casa da sua família e certamente não julgo as pessoas pelos bens materiais,” ela disse indignada.
Ele olhou incrédulo para ela e soltou o fôlego, mas antes que pudesse responder, a mãe dele retornou carregando a bandeija de chá. Hermione notou que sua visita havia tirado dos armários a melhor louça chinesa, que estava sendo manejada cuidadosamente por sua dona, sem apertar demais para não quebrá-la.
Segurando a xícara e o pires como se fossem feitas do mais fino Limoges, Hermione delicadamente bebeu o chá enquanto escutava a mãe de Severo falando. Bem, ‘fazer sala’ seria mais apropriado.
“…e os seus pais, estão bem? Esqueci o que você disse que eles fazem. Comerciante de algum tipo, não é?”
“Fabricantes de varinhas,” ela mentiu quietamente.
“No atacado ou no varejo?” perguntou a mãe dele.
‘Continue, Hermione, a mentira só vai ficando maior,’ a consciência dela sussurrou.
“No varejo. Eles têm uma loja em Paris, a 'Baguette Magique'. É na Alameda Perpetu, uma caminhada de um minuto do Châtelet-Les Halles.”
”Ah, vendeur au détail. Uma profissão que exige tanta dedicação,” a Sra. Snape disse condescendente. Ela tinha o ar de uma pessoa cuja posição havia caído muito em relação ao que ela estava acostumada.
“Sim, eles são muito dedicados e trabalhadores,” Hermione concordou, falando a verdade dessa vez. Hermione estava aliviada por não ter que explicar como era o trabalho de dentistas trouxas. Apesar de ambos os Snapes parecerem estarem precisando de check-up dentário e de uma intensa sessão com um ortodontista.
Felizmente, a mãe dele mudou de assunto. “Devo dizer, Severo, que você está mais corado desde o último verão. Acho que exercícios podem ser benéficos. Você tem se exercitado regularmente?”
Hermione engasgou com o chá, e um jato de líquido morno saiu por seu nariz, fazendo-a tossir alto.
Ignorando a falta de modos, a Sra. Snape continuou. “E seu cabelo está mais brilhoso, querido. Sem dúvida que é por influência sua, Hermione?
Hermione assentiu, incapaz de falar. Imagens de Severo ‘se exercitando’ no banheiro dos Monitores ameaçavam fazer seu riso mal contido explodir.
Severo demonstrou um autocontrole muito melhor; ele permaneceu sério e apenas deu um gole no chá enquanto tentava parecer calmo. O que o traía eram os ombros; eles tremiam numa gargalhada silenciosa.
***************
Hermione aprendeu algo muito importante durante a visita à casa de Severo: a mãe dele adorava o chão que o filho pisava. Depois de confirmar que o filho não havia sido expulso da escola, os olhos dela mudaram de inquisidores para adoradores do filho, com a afeição aparente em cada palavra dela. Ela parecia satisfeita com a primeira namorada do filho, apesar das maneiras desta à mesa, e fez a promessa de ensiná-la a jogar Gobstone na próxima visita.
Eles haviam se despedido afeccionadamente, no meio da tarde. Os adolescentes, já com as vestes de gala de Severo, aparataram de volta a Hogsmeade antes que a ausência deles fosse notada. Hermione levou Severo ao Três Vassouras para uma cerveja amanteigada. Ela admitia que sentar-se com ele num pub era uma de suas fanatasias que seria satisfeita.
Wilkes e Avery se juntaram a eles no pub. Os quatro sentaram-se e conversaram sobre outros alunos, os professores e a festa de Halloween no próximo sábado. Uma tarde típica: cervejas amanteigadas em Hogsmeade com futuros Comensais da Morte. Wilkes era muito engraçado quando você realmente conhecia ele. Ele fazia uma imitação hilária do professor Slughorn.
Depois da quarta rodada de bebidas, ele jogaram um joguinho de tentar adivinhar qual seria a forma animaga do outro. Os palpites para Hermione foram para algum felino. Wilkes, um rottweiler. Avery seria uma leopardo ou piranha, as opiniões estavam divididas. O mais divertido foi tentar adivinhar o animal alter-ego de Snape. Wilkes disse corvo, Avery sugeriu um cisne mudo – Snape quase se engasgou com a bebida ao ouvir isso – Hermione insistiu num morcego, o que nenhum deles achava engraçado, mas ela riu tanto que quase deslizou para baixo da mesa. Snape manteve-se alheio e recusou-se a identificar seu posível animago, dizendo que isso revelaria muito dele.
“Isso acima de tudo: sejais verdadeiro a ti mesmo.” Hermione citou de Hamlet, beijando Severo no queixo para acalmá-lo. Apoiando a cabeça no ombro dele, ela inalou a fragrância dele e desejou nunca ter que sair do lado dele.
***************
Na noite antes do Halloween, Hermione não dormiu muito. Era sua última noite com Severo e ela queria saborear cada momento. Uma única vela estava acesa sobre seu criado-mudo. Suas emoções confusas mantiveram-na acordada e seus sentidos devoravam cada partícula daquele jovem homem maravilhoso e sensual que estava segurando-a nos braços.
Ela correu as pontas dos dedos pelos ombros dele e traçou um caminho pelo braço dele. A pele dele, morna e convidativa, não notara seu toque. Quando ele exalou longa e vagarosamente, o hálito que saía de seus lábios entreabertos cheirava a uma mistura de torradas e caramelos tostados. O peito dele subia e descia ritmadamente. Hermione ficou curiosa com relação ao corpo coberto dele e vagarosamente levantou e puxou o lençol, deixando este cair ao lado de uma das coxas dele. O abdomen dele era liso, com músculos definidos. Quando ela passou os dedos pelo umbigo dele, ele tremeu de leve. Reagindo por conta própria, o membro agora flácido dele começou a avolumar-se. Cativada por essa reação involuntária, Hermione saiu dos braços de Severo e lentamente deslizou pela cama até que sua face estivesse a apenas centímetros da virinha dele.
Os pêlos escuros e encaracolados dele resistiram ao toque da mão dela. Esticando um dedo, ela alisou a base do pênis dele; ele se moveu de novo. Severo mexeu-se um pouco, então ela parou a mão. Olhando para o rosto adormecido dele, ela esperou até que a respiração dele voltasse a se aprofundar. O pênis dele agora estava quase todo ereto. Hermione sorriu fracamente ao se incliner e tocá-lo com a língua. Lentamente, ela lambeu, trabalhando ao redor da cabeça. As coxas dele relaxaram e um breve gemido veio do fundo da garganta dele. Ela deu uma risadinha e explorou com a língua a pequena abertura na cabeça do pênis dele; tinha um gosto um pouco salgado. Ele estava totalmente ereto, e Hermione teve que se ajeitar na cama para manter o contato. Pegando-o na boca, sugando gentilmente, ela deslizou os lábios para cima e para baixo pela pele dele, finalizando com um beijinho cada volta. Ela moveu a cabeça de modo a olhar o rosto dele enquanto trabalhava. Um par de olhos escuros completamente abertos observavam-na. Ele estava acordado.
“Continue… sua bruxa maliciosa e imoral,” ele disse asperamente, a voz rouca do sono.
Repousando as mãos na parte interna das coxas dele, ela passou a boca pela ereção dele. Lambendo, provocando, chupando-o profundamente, ela teve ânsias, mas segurou-as tirando rapidamente o membro da boca.
Os quadris de Severo subiram de encontro à boca dela, silenciosamente pedindo mais. Quando os músculos faciais dela começaram a doer em protesto, ela se ajoelhou entre as coxas dele e esfregou os seios agradavelmente na ereção dele. Ele se sentou, levantou-a pelos quadris e posicionou-a, empurrando pela abertura dela enquanto guiava a mão dela para segurar a base de seu pênis.
“Guie-me para dentro,” ele conseguiu dizer.
Ela obedeceu, movendo-o por suas dobras. Ele a preencheu lenta e completamente, com o corpo dela ajustando-se ao tamanho dele e ao novo ângulo. Severo soltou um gemido gutural. A cabeça dele encostada no travesseiro enquanto o corpo dele reagia à sensação de Hermione envolvendo-o. Ele soltou um longo suspiro de prazer antes de começar a mover-se dentro dela. As mãos dele seguravam firmemente os quadris dela, levantando-a levemente a cada investida. As mãos de Hermione estavam no peito dele e seu prazer aumentava quando ela contraía os músculos internos. Automaticamente, ele aumentou o ritmo. Ele grunhiu, o corpo brilhando de suor, os ombros saindo do colchão quando ele se tensionava. Ela encostou os mamilos no peito dele, o que gerou um delicioso abandono. Contorcendo-se num êxtase delicioso, ela chegou lá, mandando ondas de choque de prazer pulsante para as entranhas dele. Ele abraçou-a fortemente enquanto explodia no orgasmo. Apertando-a, ele gemeu intermitentemente em total prazer e satisfaçãoo.
Abraçando-a contra o peito, ele acomodou-se ao lado dela na cama. Eles se completavam harmoniosamente. A vela quase exausta estava quase se apagando. Severo enterrou a ponta do nariz dele no cabelo dela, tocando o couro cabeludo e inalando o cheiro dela.
“Eu nunca deixarei nada de mal acontecer a você,” ele disse. “Você é minha, agora e para sempre.”
Ela abraçou-o mais forte, amando cada pedacinho dele.
A voz dele soou brincalhona, “Que tal sairmos para nos casarmos? Tenho certeza que poderemos organizar uma rápida cerimônia no escritório do Diretor. Você estará livre na Terça?”
“Bem, Severo,” ele replicou no mesmo tom. “Quatro dias é muito pouco para que eu consiga um vestido preto perfeito para um evento tão gótico. Ninguém poderia esperar que ‘A noiva de Snape’ aparecesse de branco, não é?”
“Deus não permita,” ele disse com uma risada. “Eu esperaria uma coroa de flores da noite e um bouquet de beladona, pelo menos.”
“E um vampiro como padrinho?”
“Ah, mas os vampiros deixaram o solo da ilha há mais de um século atrás. Será que um fantasma seria suficiente?”
“Ache um fantasma inteligente o suficiente para fazer um discurso como padrinho e eu me casarei com você, meu Príncipe Negro,” ela disse, aproveitando o calor seguro dos braços dele.
“Assim será,” ele respondeu do sono.
A vela tremulou e apagou; o sono gradualmente tomou conta deles.
***************
Alvo Dumbledore, Diretor.
Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts.
Senhor,
Encontrei um modo de voltar ao meu próprio tempo.
Hoje, na Noite de Todas as Almas, o equinócio mágico, conseguirei voltar pelo portal do tempo.
Não posso dizer o que o futuro guarda para o castelo e seus habitantes, pois isso traria tanto a salvação para algumas pessoas quanto muitos problemas e conseqüências terríveis.
Voltarei no tempo discretamente. Se alguém perguntar, por favor, diga que fui ao dentista.
Fielmente sua,
Hermione Granger.
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N/A:
Baguette Magique = Varinha Mágica;
Agradeço muito a Gardengirl, minha Beta (em inglês). E também a Chartreuse pelas revisões de madrugada. Wartcap.
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