O primeiro dia
Cap. Três.
O primeiro dia.
“Isso é um rubi? Verdadeiramente um rubi?” Fleur e Angelina admiravam a beleza do anel de Gina.
“Sim! Draco me deu esta aliança de noivado por que disse que combinava com os meus cabelos...” Comentou indiferente.
“Um verdadeiro cavalheiro!” Comentou a loira da França.
“Realmente!” Concordou Angelina “Fred só me dá roupas sujas e logros desde que nos casamos!” Completou enquanto dava uma espiada para o marido que “conversava” com Draco rodeado por Rony, Jorge, Gui, Carlinhos, e o senhor Weasley.
“Você teve sorte sabe?” –Começou Fleur- “Nós chegamos a pensar que você não suportaria o acontecido de dois anos atrás!” Ela parecia não ter segundas intenções, mas Virgínia sabia que Fleur não era nada inocente.
“Nós ficamos muito chateadas pelo acontecido!” Angelina tentou contornar a situação.
“Oh Sim!” –Continuou Fleur- “Ficamos realmente preocupadas que você se tornasse uma daquelas titias sem graça e gordas que passam os finais de semana jogando paciência com um monte de gatos pela casa!”.
“Que ótima idéia de mim mesma, Fleur!” Retrucou Gina realmente afetada pelo comentário.
A loira estava para soltar mais um comentário quando foram interrompidas por risadas do lado de fora e então a porta se abriu revelando Harry e Hermione.
“Seu pesadelo chegou!” Murmurou Draco sádico enquanto abraçava a cintura da mulher.
Ela estava realmente começando a se perguntar o quanto amava ou odiava esses contatos.
“Eu encaro isso como um desafio!” Retrucou de sorriso matreiro enquanto deixava a xícara de chá que tomava em cima da mesa e entrava na fila para cumprimentar o casal.
“Gina!” Hermione tinha a visto e caminhava em sua direção com um sorriso genuíno de felicidade.
“Olá Hermione!” Comentou abraçando a amiga e sofrendo um conflito interno de sentimentos.
“Quanto tempo!” Falou visivelmente emocionada apertando a amiga mais contra o peito em um pedido de desculpas silencioso.
E Gina pela primeira vez não soube o que fazer. E foi salva por Harry que havia chego.
“Gina!” -Exclamou sem jeito- “Que bom que venho! Como está?”
“Maravilhosamente bem ainda seria pouco...” Sorriu marota.
Potter engoliu em seco.
“Já conhece meu noivo?” E então puxou Draco.
“Malfoy?” Exclamaram o casal em uníssono totalmente incrédulo.
“Granger... Potter!” Cumprimentou formal.
E então ele fez a única coisa que ela não esperava. A abraçou por trás lhe dando um beijo no pescoço.
E ela se segurou para não cair.
“Não sabia que estava namorando ele, Gina!” Harry havia se pronunciado com uma entonação estranha.
Ciúmes?
“Somos pessoas reservadas, Potter!” Concluiu Draco.
Harry iria fazer mais algum comentário, mas Molly Weasley havia puxado Gina pelo braço.
“Eu acho que seria melhor que vocês subissem e arrumassem suas coisas! Devem estar precisando descansar da viagem!”.
“Onde Draco irá ficar mãe?” Perguntou a ruiva.
A senhora Weasley deu um sorriso cúmplice.
“Com você é lógico!” Respondeu.
Virgínia arregalou os olhos com a simples idéia de dividir a mesma cama com o Sonserino.
“Você nunca deixou nenhum namorado dormir comigo mamãe!” Argumentou de forma calma tentando persuadir sem demonstrar que não queria Draco consigo.
Afinal... No fundo ela morria de medo do que poderia acontecer tendo o loiro tão perto de si.
Balançou a cabeça tirando esses pensamentos.
A bondosa senhora sorriu.
“Os tempos mudaram Gina! Além do mais não creio que seja seguro deixar Draco no quarto dos gêmeos não é mesmo?”.
Gina respondeu com um sorriso amarelo.
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“Eu realmente tive uma fase florida!” Falou Gina corada assim que ambos entraram no seu antigo quarto.
“Uma decoração um tanto antiga Weasley!” Comentou Draco afetadamente enquanto analisava as paredes com flores cor de rosa.
Ela riu divertidamente. Malfoy havia aberto sua mala e a desarrumava separando todas as suas roupas.
“Me desculpe!” Começou ela.
O loiro a olhou sem entender.
“Eu sei que isso pode parecer meio surreal, mas eu definitivamente não deveria ter lhe chantageado!” Falou.
“É uma atitude um tanto grifinória!” Exclamou irônico, ela não entendeu. “Pedir desculpas, ruiva...” completou.
Ela sentiu borboletas no estômago ao escuta-lo lhe chamar de ruiva, e não pensou que poderia se sentir tão estranha perto de Malfoy.
“Eu precisava disso! Não poderia me mostrar fraca diante de todos... Você pode entender?” Perguntou.
Draco a olhou.
“De certa forma...” Falou simplesmente.
Ela se sentou na cama dando um suspiro cansado.
“Talvez isso não seja um verdadeiro sacrifício para mim!”. Falou ele subitamente fazendo-a olhar.
“Obrigada!” murmurou sincera.
Ele não respondeu. Apenas deixou-a sozinha enquanto ia ao banheiro.
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“Você!” Fred Weasley havia chamado Draco Malfoy enquanto aproveitava para encurrala-lo no corredor.
“Weasley!” Respondeu o loiro secamente enquanto olhava para os lados analisando as possibilidades de sair vivo do que poderia vir.
O ruivo sorriu maldosamente. E para o espanto de Draco, Rony e Jorge se juntaram ao irmão.
“Eu sempre pensei que coragem fosse o dom da Grifinória!” Jorge havia começado um tanto provocativo.
“Mas podemos ver que você não tem noção do perigo em namorar a nossa irmã e ter vindo na casa de sete ruivos que lhe odeiam!” Rony tomou a palavra, estava realmente se divertindo muito.
“Eu sempre gostei de desafios...” Ele havia alfinetado, e realmente Draco Malfoy não tinha noção de perigo ao se perceber encurralado por três Weasleys nervosos e ciumentos.
“Virgínia já sofreu muito...” Fred havia se aproximado ainda mais do Sonserino e lhe apontava o dedo indicador. “É bom você não magoa-la ou irá se arrepender amargamente do dia que sua mãe te colocou no mundo...”.
“Eu não a magoaria...” Malfoy poderia dizer que havia dito aquilo por saber do perigo da situação, mas algo dentro dele, algo que ele nunca havia admitido, lhe dizia que talvez não seria capaz de magoa-la.
“Tem algo acontecendo aqui?” Carlinhos havia aparecido e olhava levemente curioso para a cena que acontecia no corredor.
“Claro que não Mano!” Rony havia dito.
“Estamos apenas dando as boas vindas Weasley para o nosso futuro cunhadinho!” Completou Jorge.
“Tenho certeza que Gina iria aproveitar muito mais de Malfoy se vocês o deixassem vivo!”. Carlinhos estava divertido.
“Claro!” Assentiu Fred e então deu espaço para que o loiro saísse, mas não sem antes lhe lançar mais um olhar ameaçador.
“Aproveite a estadia Malfoy!” Provocou Rony ao ver o loiro desaparecer na curva do corredor.
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“Aconteceu alguma coisa?” Gina perguntara ao ver o Sonserino entrar no quarto.
“Seus irmãos...” Ele a olhou “Isso responde a sua pergunta?”.
Ela riu.
“Eu acho que eles já lhe deram as boas vindas...” Comentou distraidamente.
“Eu não me surpreenderia se eles colocassem veneno de rato no meu café da manhã...”.
“Eles têm formas mais doloridas de tortura, Doninha!” E então piscou para ele de maneira marota.
O loiro não soube dizer o que acontecera naquela hora. Mas foi evidente que ele ficou completamente desconcertado com um mínimo gesto da garota. Como isso poderia ser possível? Como ele mesmo poderia estar admitindo para si que aquela ruiva começava a despertar uma sensação estranha?
“Draco?” Ela havia caminhado até ele e balançava a mão na frente de seu rosto.
Ele pareceu despertar de seu devaneio.
“O que foi?” Perguntou mais ríspido do que pretendia.
“Você ficou mudo de repente! Pensei que os gêmeos tivessem aprontado alguma...”. Ela estava visivelmente... Preocupada?
“Não foi nada!” Retrucou levemente interessado.
Ela pareceu suspirar aliviada, e então completou maliciosa.
“Ótimo! Eu realmente não saberia o que fazer com um cadáver no meu quarto!” E então dando mais um sorriso saiu do aposento deixando um loiro abobado para trás.
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