O céu da madrugada
13. O céu da madrugada
Antes que Draco pudesse se dar conta, já havia chegado o dia de cumprir mais uma de suas detenções com a professora Sprout. Encaminhou-se para a estufa, cansado do serviço que nem sabia qual seria, e ficou bastante surpreso quando abriu a porta. Ali estava uma das últimas pessoas que esperaria encontrar: Neville Longbottom.
- Ah, Draco, que bom que você chegou - disse a professora, sorrindo para ele. - Vamos começar agora mesmo...
- Longbottom está aqui. - disse Draco, acenando com a cabeça na direção de Neville, sem realmente olhá-lo. Se o gordinho precisava falar com a Sprout, ele não ligaria em atrasar sua atividade. Aliás, qualquer coisa seria bem-vinda nesse sentido.
- Claro que está, ele vai nos ajudar. - respondeu a professora, completamente indiferente à expressão de dúvida que surgira no rosto de Malfoy. - Como eu já lhe adiantei, Draco, hoje nós iremos extrair algumas partes de uma planta-animal bastante rara; partes estas que serão depois enviadas à Madame Pomfrey para a fabricação de algumas poções específicas. Obviamente, esta atividade não se destina ao curso regular de herbologia, de modo que convidei o Neville para nos ajudar. Ele é um dos melhores alunos da turma e seguramente o mais interessado - disse ela, sorrindo afetuosamente para o menino, que ficou bastante envergonhado -, seria um desperdício ele perder esta experiência. Além do mais, iremos mais depressa do que somente em dois.
Draco quase não pôde acreditar. Ele daria quase qualquer coisa para se livrar daquele pepino, e o Longbottom estava ali espontaneamente. Espontaneamente. Mas como era idiota.
Bem, azar dele. Por menos interessante que fosse a idéia de ficar a tarde toda com aquele gorducho na estufa, pelo menos o trabalho poderia acabar antes. Era alguma coisa. Soltou o ar em uma clara expressão de sua opinião a respeito daquilo tudo e foi até a bancada aonde iria trabalhar.
A professora Sprout já havia espalhado alguns instrumentos por cima dela, mas o objeto de estudo não estava aonde pudesse ser visto. Draco logo descobriu por que, quando Hagrid entrou trazendo consigo uma caixa de onde saía um tentáculo familiar. Ele parecia triste.
- Olha, você não vai machucar o meu bebê, não é? - perguntou ele à mulher. - Quer dizer, eu sei que ele é uma planta, mas... mas ao mesmo tempo, não é... ele é um animalzinho que precisa de carinho e... e... eu gostei bastante de tê-lo comigo... deu tanto trabalho para conseguir um para a escola, tive que ir em um monte de lugares, e depois que ele caiu no chão ainda levou tanto tempo até ele se tornar afável de novo... a gente acaba se envolvendo com eles nessas situações... - ele parecia a ponto de chorar. - ele... eu não quero que ele sofra...
- Hagrid, homem, compostura! - disse a professora Sprout, energicamente. - nós não iremos torturar a pobre planta!
- Sei - disse ele, olhando desconfiado para os objetos pontudos sobre a bancada.
- Garanto que, se fizermos direito, não acontecerá nada. E eu até a devolvo para você depois, se isso o fizer feliz.
- Mesmo? - perguntou Hagrid, parecendo mais animado.
- Sim, claro - respondeu a professora. - eu tinha a esperança de poder manter o exemplar na estufa para ao menos mostrar aos alunos... mas tudo bem, tenho certeza que você o manterá vivo. E eles sempre podem dar uma olhada na aula de trato das criaturas mágicas, de toda forma. -concluiu ela.
Hagrid pareceu contente com a resposta. Dirigiu-se à porta da estufa mais sorridente, lançou algumas recomendações e ameaças caso algo acontecesse ao "seu precioso" aos dois estudantes e foi embora.
A professora Sprout logo começou o trabalho com eles, ensinando-lhes como fazer, aonde cortar, que precauções tomar. E, enquanto trabalhavam, tagarelava sem parar sobre a dita-cuja. Disse que a planta se chamava "Vrisea Splendens" e era uma das mais fascinantes criaturas de todo o mundo bruxo, visto que reunia em si mesma caracteristicas vegetais e animais ao mesmo tempo. Ninguém conseguia chegar num acordo sobre o que ela realmente era, ou as suas origens ou razões de ser assim. Contudo, sabiam que era um exemplar especialmente eficiente para proteção de locais e valores (quando bem treinada, coisa que não era das mais complexas) e, além disso, possuía propriedades curativas das mais diversas, se soubessem como utilizar.
Neville parecia encantado em escutar aquela conversa, em uma atitude completamente oposta à de Draco, que tentava compreender como exatamente alguém poderia gostar tanto de ficar ouvindo aquele tipo de coisa enquanto tinha que se concentrar em raspar folhas, prensar tentáculos para que não se fechassem em proteção ao centro, de casca mais mole (que deveria ser perfurada), e tentar cortar gravetos espinhosos. A planta não parava quieta, e Draco não se sentia muito à vontade de ficar mexendo nela com aqueles objetos cortantes. As imagens de Ewan caído no chão lhe vinham à mente frequentemente, e ele estava apavorado com a idéia de que aquele troço pudesse se irritar com ele e resolvesse repetir a façanha.
A tarde foi passando e, de alguma forma, foram conseguindo encher frascos com líquidos viscosos estranhos, folhagens que Draco podia jurar que não existiam ali antes e pedacinhos de alguma coisa que cheirava como cravo-da-índia. A professora Sprout parecia bastante satisfeita, e os dispensou.
Draco mal podia conter sua felicidade em ir embora dali, se afastando o quanto antes daquela planta, animal, que fosse! Daquele treco esquisito. Estava caminhando, quando gelou. Alguma coisa o segurava pelo tornozelo. E ele conhecia muito bem aquela sensação. Era um tentáculo. Era aquele tentáculo.
- P-profes-sora - disse ele, quase em um murmúrio apavorado. Não teve tempo para pensar que Neville ainda poderia estar por perto; ele estava pensando naquele dia tenebroso de tanto tempo atrás.
A professora Sprout olhou para ele. Havia um outro tentáculo indo em direção ao rosto de Malfoy, e ela não pode conter um risinho.
- Ora ora, parece que ela gostou de você!
- Não tem a menor graça - disse Draco, misturando rispidez com um indisfarçável horror. - Tire esse negócio de mim. Agora.
- Não, Draco, ela realmente gostou de você. Da maneira como lidou com ela (e que estranho, eu apostaria tudo no Neville!). Vê, ela não está agressiva. Ela não está te segurando para impedir que escape com o objeto que ela estava guardando... ela está te chamando. Ela quer te dar um presente. Anda, vire para ela. - disse a professora, com vontade de rir da expressão de Malfoy.
Ele não estava com a menor vontade de fazer aquilo, mas o segundo tentáculo tocou-lhe a nuca e, envolvendo seu rosto, tentou fazê-lo se virar.
- Está bem, está bem! - disse ele, assustado, e virou-se para o vaso.
Um terceiro tentáculo veio em sua direção, fez uma reverência e, a seguir, estendeu-se na direção de Draco como um namorado faria ao convidar sua dama para um passeio. A ponta do tentáculo abriu-se e, de dentro dele, saiu uma espécie de galho estranho, seco, torcido. Deste galho, brotou um cabo que terminava em uma bolinha compacta e castanha. Era horrível.
- Pegue-a, colha-a! - sussurrou a professora Sprout, indicando o broto. Draco obdeceu-a. - Agora, ande, tome o tentáculo e dê um beijo nele...
- O QUÊ?? - berrou Draco.
- Anda, você me ouviu, faça isso, ou ela pode se ofender. Faça como se o tentáculo fosse a mão de uma garota.
Ele preferia dar uma machadada na planta, mas a palavra "ofender" fez com que mudasse de idéia. Ewan ainda estava no hospital... tomou o tentáculo com cara de nojo e, de alguma forma, encostou seus lábios ali por meio segundo. Ficou grato ao perceber que, ao menos os tentáculos o haviam soltado, e foi correndo em direção à porta, antes que eles mudassem de idéia.
A professora Sprout foi atrás dele, dizendo que não precisava ter corrido, e felicitando-o pela honra de ter ganho aquele presente.
- Isto aqui? É, realmente, nunca ganhei nada melhor - disse ele, sarcástico, olhando aquele estranho broto que colhera. - Não sei o que faria sem isso.
- Toque a esfera com a ponta do dedo. - ensinou a professora.
- Toque você - respondeu ele, irritado, estendendo o objeto para ela. - Não faço questão desta porcaria, pode ficar.
- Eu adoraria, Draco, mas ela foi entregue à você. Mais ninguém pode fazê-la desabrochar. E, sem desabrochar, ela é inútil. Não serve nem como madeira.
- Mas afinal, o que é isso? - perguntou ele.
- Uma parte da raiz, da própria estrutura da Vrisea Splendens.
- Uma raiz? Espera aí, você disse que isso DESABROCHAVA. - disse Draco, sem entender nada.
- Certamente. Vrisea Splendes, talvez por sua parte animal misturada, ninguém sabe ao certo, floresce nas raízes. Mas quase ninguém consegue olhar uma de suas flores... especialmente fora da Bavária.
- O que tem a Bavária?
- É a terra natal dessa espécie. O clima, a temperatura, a umidade, tudo isso auxilia a que ela floresça para o público... e mesmo assim, é raro. Fora do país, quase impossível. Considere-se feliz por ter ganho uma raiz de tubérculo da Bavária...
- De quê?
- É o nome popular da Vrisea Splendens - disse a professora Sprout, com simplicidade.
- E POR QUE DIABOS TIVE QUE CHAMÁ-LA DE VRISEA A TARDE TODA? - disse Draco, irritadíssimo.
- Por que é a denominação correta. - respondeu a professora, em um tom irritado. - E não se pode falar assim com seu professor, Malfoy. Trinta pontos a menos para a Sonserina por sua insubordinação, e dê-se por feliz que eu não piore sua detenção. Até semana que vem. - disse ela, taxativamente, expulsando-o da estufa.
Draco não se sentia triste em ir embora, de modo que odiou ouvir a voz da professora chamando-o novamente, pouco depois.
- Esqueci que prometi deixar a Vrisea aos cuidados do professor Hagrid. Draco, leve-a até lá. - disse ela, entregando-lhe a planta e virando-lhe as costas antes que ele pudesse responder qualquer coisa.
Caminhar até a cabana do gigante nunca foi tão penoso. Isso porque a plantinha era pesada, era grande, não parava quieta um segundo e, além de tudo, Malfoy morria de medo dela. Especialmente de deixá-la cair no chão. Demorou um bocado, mas ele chegou lá. Entregou-a o mais depressa que pode e foi embora correndo, aliviado. Livre.
Já era quase noite àquela altura, mas Draco não estava preocupado. Não poderiam puni-lo por estar do lado de fora se o pegassem; não quando a causa daquilo era uma tarefa de detenção. Estava se dirigindo ao castelo, feliz porque não precisaria trabalhar mais até o dia seguinte, quando alguma coisa chamou a sua atenção. Um feixe de luz prateado, cambaleante, pro lado da estufa de herbologia. Ficou intrigado, e decidiu ver o que era.
Ao aproximar-se dos fundos da construção, percebeu que a luz, na verdade, não vinha dali, mas de mais adiante. Foi caminhando até lá, já desconfiando da origem do facho. Suas suposições estavam corretas: o que quer que estivesse acontecendo, era no portal das almas da turma de Runas Antigas.
Draco pulou as sebes que o separavam do local, e deparou-se com um corpo caído no chão. O corpo de Luna Lovegood. Uma sacola estava também estendida, e dela haviam caído diversos objetos, armações e lentes - o telescópio de Luna, que jazia destruído. Uma das lentes estava refletindo a luz da lua, e essa era a origem daquele estranho facho. Draco chutou essa lente específica, sem perceber, ao se abaixar junto da garota.
- Luna? - disse ele, virando o rosto dela para cima. - Luna?
Ela parecia inconsciente, mas estava respirando. Não havia sinal de sangue em parte alguma, nem de nenhum animal que a pudesse ter atacado. O que teria acontecido? Draco estava pensando nisso quando ouviu a voz da menina.
- Hmmm - fazia ela. - eu... eu... minha nossa, Draco... - disse ela, com voz sonolenta, abrindo os olhos. Parecia estar começando a focar a visão. - você...
- O próprio. Mesmo porque, não há espaço nesse mundo para que outro como eu possa existir. - respondeu ele, naquele seu tom especial de "chega de papo". - Que aconteceu? - perguntou.
- Eu... eu vim aqui... para... olhar o céu, sabe... hoje é o dia em que Mercúrio está mais perto da Terra, mas... acho que... acabei desmaiando... ou então tropecei e bati a cabeça, não me lembro - disse Luna, embora sua voz parecesse um tanto hesitante na segunda afirmativa.
Luna tentou se sentar. Respirava fundo.
- Ah não! - disse ela de repente. - Meu telescópio! Ele... ele quebrou... - Luna estava muito triste quando disse aquilo.
- Por Merlim, Lovegood. É um artefato idiota.
- Mas vai demorar demais até mercúrio estar perto da Terra de novo! Tinha que ser hoje... - disse ela, com uma voz decepcionada. - Talvez dê pra consertar - disse, esperançosa, indo reunir as peças. - Sim, sim, não deve ser complicado, basta...
Mas Luna não chegou a concluir a frase, porque cambaleou e achou melhor sentar-se, antes de cair de novo.
- Sabe, Lovegood, cair no chão sozinha não é muito normal. Nem mesmo para você. Talvez devesse dar uma olhada nisso. - disse Draco, indo em direção ao telescópio destruído.
- Bem... preciso ir no Hospital logo, coisas do papai... talvez eu peça para olharem isso também. Embora eu já desconfie do que seja...
- Seu pai no Hospital de novo? A saúde dele deve estar excepcional. Ele não se cuida? - perguntou Draco.
- Claro que sim! Meu pai está tão saudável quanto poderia. - respondeu Luna, sorrindo. - Draco, pode ir embora. Eu estou melhor. Volto daqui a pouco. - disse ela, mais animada. De fato, seu rosto estava um pouco mais corado do que quando se encontrava caída no chão.
- NUNCA me diga o que fazer - respondeu ele, áspero. Jogou os pedaços do telescópio aos pés de Luna. - Quero ver você consertar isso.
A menina pegou algumas peças e tentou repará-las, mas era difícil naquela completa escuridão. Além de tudo, aparentemente a magia que usara nas lentes estava interferindo no "reparo" simples.
- Oh, acho que não dá - disse ela, desapontada. - Bem, ninguém há de morrer por isso...
- Lovegood, eu sei que você gosta de ser positiva, mas isso é ridículo. Você nem tentou direito - disse Draco, agachando-se junto dela. - Está bem, deixe-me ver isso. Não existe nada que eu não possa fazer.
Luna fez um "lumus" com sua varinha, e deixou Draco tentar trabalhar. Estava confusa. Uma parte dela se sentia feliz por não estar ali sozinha, por estarem lhe designando algum tipo de atenção, fosse como fosse. Mas uma outra estava desconfiada, triste e na defensiva. Quer dizer, era Draco. Ela conseguiria, simplesmente, ignorar o que acontecera na Biblioteca?
Ela tinha ficado triste com aquela história do Hospital, mas havia desculpado o menino. Quer dizer, as pessoas erram, não é...? E Luna sabia, sabia que era considerada meio estranha. Tinha ficado chateada, claro, quem não ficaria? Mas conseguira desculpá-lo, ao vê-lo no palco. E então... bem, então, acontecera aquilo tudo. De novo. Luna não estava brava com Draco, só estava com medo de deixar que ele a ferisse de novo. De que criasse nela novas expectativas. Talvez ela simplesmente não devesse deixar. Assim, não se machucaria mais. Ela não merecia, não é?
Draco estava praguejando contra o que quer que Luna tivesse feito naquele telescópio, porque não estava conseguindo arrumar com a velocidade que pretendia.
- Talvez a gente deva ir embora... - arriscou Luna.
- Pode ir, se quiser. Eu não vou ser humilhado por um aparelho trouxa.
Luna pensou em ir embora, mas não o fez. O telescópio era dela, de qualquer forma. Cerca de quarenta minutos depois, Draco virou-se para ela, triunfante.
- Aqui está! Consertado, maior, melhor e mais prático. Só não deu pra lançar o feitiço especial, porque as lentes iam se arrebentar. - disse ele, ajustando alguma coisa no telescópio. Já era noite aberta. - Venha ver!
Luna se aproximou e vagarosamente pôs-se a vasculhar o céu com o aparelho consertado. Ficou chocada.
- Merlim, Draco! Você... você... é mercúrio, ali! Ali, do ladinho! E você deixou meu telescópio com nível de embaçamento zero! Eu nunca consegui fazer isso... Olha, dá quase para atravessar a camada de nuvens... é... é fantástico! Eu... nem sei o que dizer, eu... obrigada! Muito obrigada! - dizia Luna, em êxtase, brincando com o aparelho.
- Sim, eu sei. Segredo de Galileu - disse Malfoy, convencido. - Precisa ver Marte. Nunca mais será a mesma coisa de antes, depois que olhar do meu jeito.
- Não sei se vou poder... Marte não vai estar visível antes das duas e meia...
- Tem alguma coisa para fazer? - perguntou Malfoy, pegando Luna de surpresa. Não, na verdade, ela não tinha...
Acabaram ficando ali, explorando o céu por toda a madrugada, com o aparelho novo que Malfoy criara. Draco realmente conhecia muito sobre o cosmos, e presenteava Luna com fatos e explicações que ela jamais sonhara que existissem. Ajustava o telescópio de modo que ela via coisas que nunca antes tinha desconfiado que pudesse ver. Era fascinante.
- Espere mais quinze dias, até passar o cometa. Não será perfeito, mas garanto que, com esse telescópio, você poderá vê-lo bem melhor do que antes. - disse Draco, a certa altura da madrugada.
- Draco... está tentando me impressionar? - perguntou Luna, desconfiada.
- Deuses, Lovegood, não. É a última coisa que eu pretendo - disse ele, embora não se sentisse tão certo. - Em todo caso... é bom saber que estaria funcionando.
Luna tentou conter um sorriso.
- Bem, obrigada... creio que poderei considerar ver o cometa como cumprir em partes minha meta setenta e quatro.
- Falando nisso, qual é a número um? - perguntou Draco.
Mas Luna balançou a cabeça.
- Isso eu não posso dizer. Não a você, pelo menos.
- Minha número um seria "sair da Inglaterra". - disse Draco. - Ou talvez "matar o santo Potter", mas acho que a primeira é mais divertida.
- Não é muito complicado de conseguir – respondeu Luna, distraída, olhando para o céu. – o que eu me pergunto é o que você quer quando vai a qualquer lugar... essa sim é a pergunta certa.
- O que isso quer dizer? – perguntou ele.
- Que você pode fazer o que quiser. – disse ela, sem olhá-lo. – Quando sair da Inglaterra, ou mesmo que não saia. Seja lá o que for... eu sei que você consegue, Draco. Qualquer coisa. Isso, se realmente quiser.
- E o que você vai fazer ao sair de Hogwarts, Luna? – perguntou Draco, tentando evitar o embaraço. Desde quando ele se sentia embaraçado com aquele tipo de coisa? Desde quando ele ficava pouco à vontade quando alguém demonstrava confiança nele? Não recebera isso a vida toda?
- Não sei. – disse ela, com simplicidade. – Não penso muito nisso, na verdade.
- Está brincando! A senhorita “lista-de-vida”? – perguntou Draco, rindo.
- Bem, não tento planejar TUDO. Uma coisa são o que não quero deixar de fazer antes de partir, outra completamente diferente é planejar o que estarei fazendo daqui a dez anos. – respondeu Luna, mais séria. – Nesse caso, prefiro... esperar, para ver o que acontece. Sabe?
Draco não soube o que responder, pensando naquilo.
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Tcharã!
Um capítulo, bem... enorme... ai, desculpem!
Não era pra ter ficado tão grande, mas o pedaço da detenção acabou ficando bem, BEM MAIOR do que eu queria! T____T"
Eu ainda queria colocar mais coisinhas D/L nesse capítulo, mas estava tão grande que eu tomei vergonha na cara e deixei um pouco pro capítulo 14.
Originalmente, eu tinha previsto a fic pra ter uns 18 capítulos, mas pelas minhas contas vai ter mais... pelo menos uns 20, mas eu apostaria nuns 23 ou 25... aimeumerlim, vai ficar enoooormeeeee!!!!!!!
Espero que ninguém desanime de ler... ó_o' ...
A história do Draco e da Luna até dá pra encurtar, mas eu vou precisar de mais capítulos pra fechar as pontas soltas (explicar como a Luna conseguiu os bulbos raros, tirar o Ewan do Hospital... tá tudo planejado!!!!!!!!!!) ... espero que a história continue interessante até lá!
E, bem... vou ver se publico o 13 junto com o 14... quem sabe dá, né? (POSTERIORMENTE: OBA! DEU!)
Beijinho pra todo mundo que lê voyeurmente a fic...
... e, claro, aqueles mais especiais ainda:
pra Mari, pra Nath (Fênix) e pra Lorena, minha tríplice querida que acompanha a fanfic desde os primórdios;
pra Evelin, que voltou pra ler a fic e disse que gostou (fico feliz, muito, muito feliz!!!!!!! Você nem sabe!!!)
pra Bruna, que também deu uma lidinha e achou legal ^__^~
Tipo, obrigada, meninas!! Muito, muito, muito!!! Pelo apoio, por lerem, por criticarem, por tudo!! Mesmo!!
Não seria a mesma coisa sem vocês ^___^ !!
Espero que eu consiga manter o pique sem decepcionar ninguém ^^ ...
Beijinho, amores =*
Ah sim... menções honrosas aparecerão de novo, só ter oportunidade ^_~
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