Sr. e Sra. Granger Weasley
Capítulo IV
Sr. e Sra. Granger Weasley
"Faz realmente um bom tempo que eu não pego nesse pequeno diário. Para falar a verdade, faz anos que ele anda esquecido na gaveta do meu criado-mudo. Desde que eu me formei em Hogwarts que nenhuma palavra, nenhum fato ou nenhum sentimento foi expresso nessas folhas, já um tanto amareladas por causa do tempo.
Aquela foi, definitivamente, uma ótima fase de minha vida. Foram Anos Dourados, durante os quais conheci meus melhores amigos, adquiri conhecimentos profundos, fui condecorada, consegui respeito, e saí de lá de cabeça erguida, rumo a um futuro brilhante. Este que eu desconhecia e até duvidava que fosse acontecer, já que, de acordo com o Rony, naquela época, eu tinha ‘um rolo grotesco cujo nome era – Há Vida Após Hogwarts?’, e temia mais do que tudo que eu fosse rejeitada em qualquer uma das profissões que eu pretendia seguir, ou em qualquer coisa que eu fosse fazer.
Hoje, seis anos depois, eu me sinto praticamente realizada. Fiz vinte e quatro anos há pouco menos de uma semana, fui promovida ao cargo de Juíza Principal do Ministério da Magia, estou grávida de dois meses do meu... bem, do meu segundo filho. E, para completar, em algumas horas estarei me casando. Ou melhor, em algumas horas de atraso estarei me casando com o grande amor da minha vida: Meu Tchutchuco, Rony Weasley!
E isso, meu casamento, é um motivo muito grande para eu estar nervosa. Mais nervosa do que no baile de fim de ano, na formatura em Hogwarts... na verdade, o meu nervosismo agora nem se compara... meu coração parece querer saltar do peito, palpitando mais do que eu consigo agüentar... chegando a doer algumas vezes, demonstrando a minha insegurança com relação a essa situação...
Não me sinto insegura quanto ao amor de Rony, claro que não. O amor dele já está mais do que provado, e eu acho que esta é uma das poucas certezas que tenho na minha vida. A minha insegurança é algo que eu não consigo explicar, não tem motivo para existir... mas existe... então, vou escrever sobre outra coisa.
Bem, minha vida. Muito rapidamente, simplificando seis anos, desde que eu saí da escola, até chegar aqui, nesse quarto de hotel, me arrumando para ir para o meu casamento, tentando me acalmar enquanto escrevo algumas linhas com uma terceira pena encantada, já que as duas anteriores quebraram-se antes de escreverem cinco linhas.
Apesar de todas as minhas insistências a respeito da futura carreira de Rony, acabei por me contentar que nem sempre ele faria o que eu quisesse, ou o que eu recomendava. E digo: as teimosias do meu tchutchuco nos rendem calorosas brigas...
Assim que saímos da escola eu tentei convencê-lo de que ‘goleiro de time de quadribol não é uma carreira de futuro’. Aliás, eu vinha batendo nesta tecla já há muito tempo, desde que ele recebera aquela proposta para goleiro titular do Chudley Cannons Júnior.
Bem, tudo o que eu tentei para fazê-lo desistir foi em vão. E eu tentei muito, diga-se de passagem. Fiz até greve de sexo e tudo. (Nota: greve que durou menos de dois dias, porque eu cedi àquele maldito jantar romântico que ele me ofereceu, à luz de velas, comida francesa e vinho... e um maldito homem lindo e maravilhoso que me faz tremer apenas com o olhar dele...e que através de seu beijo me faz desvanecer em seus braços...).
Rony tornou-se goleiro do time Júnior e, dois anos depois, ele foi convocado pela seleção principal do Chudley, e hoje ele é o capitão do time. O fato é que não só ele tornou-se jogador de quadribol. Harry fora chamado para ser apanhador de um time novo, criado logo quando nos formamos. Se eu bem não estiver enganada, o time dele chamava-se Fire Fiddles.
Até hoje o time existe, mas Harry abandonou-o um ano depois, logo quando a Gina se formou na escola, e os dois resolveram freqüentar o curso de formação de Aurores. Harry e Rony até jogaram juntos certa vez.
‘Juntos’, diga-se, quer dizer ‘seus times se enfrentaram em um jogo não amistoso de quadribol’. Foi realmente engraçado ver Harry e Rony serem levados para a enfermaria, às turras, porque Harry apanhou o pomo na frente de Rony, impedindo-o de fazer uma defesa e, de quebra, ganhando o jogo por míseros dez pontos de diferença. Eles ficaram quase uma semana sem se falarem...os cabeças duras...
Bem, hoje Harry e Gina são Aurores, têm um filhinho de quatro anos, Haley Weasley Potter, que sempre os acompanha nas missões, e parecem (e acredito, são) muito felizes.
Rony está em negociações para passar o Chudley Cannons para o seu nome, e adquirir direitos sobre ele. Além de todos os direitos que Rony tem sobre a sua imagem veiculada por meio de roupas, bonés, bonecos de quadribol, livros, propagandas e todo o resto...
Eu entrei para o Ministério, tentando carreira judicial. Admito que fui recusada a primeira vez, por falta de experiência no ramo e tudo, mas depois que consegui espaço no Ministério, minha carreira deslanchou.
Há dois anos eu fui morar com o Rony, numa casa em Godric’s Hollow. Aliás, aparentemente todos os Weasley se mudaram para a vila. A não ser o Sr. e a Sra. Weasley e Percy, logicamente.
Engravidei cerca de dois meses depois mas, talvez, não fosse realmente para dar certo. Era um menino, eu descobri isso logo no quinto mês. Chegamos realmente perto, e o nosso bebê parecia realmente saudável e perfeito.
-‘Há bebês que são grandiosos e sublimes demais para esse mundo, Mione. E o nosso bebê era um deles. Perfeito demais para viver entre seres tão imperfeitos e obtusos como nós.’- foi o que Rony me falou. Aliás, a parte de palavras belas e reconfortantes eu deixo para encargo dele, que até hoje conseguiu dar conta do recado muito bem.
Durante algum tempo eu fiquei inconsolável, por causa da perda do meu neném. Até entrei em depressão. É uma sensação horrível para qualquer mãe perder um filho. E comigo não foi diferente.
Mas então eu vi que havia pessoas ao meu lado que precisavam de mim, e que eu necessitava da companhia delas. Aos poucos eu voltava a ser como antes, a mesma Hermione de sempre: apaixonada pelo trabalho, alegre e mandona, apaixonada pelo meu tchutchuquinho...
Há pouco mais de um mês Rony me pediu em casamento. Não que ele não tivesse proposto isso antes, porque ele tocou no assunto bem no início do nosso namoro, ainda em Hogwarts. Mas dessa vez havia sido um pedido oficial, com direito a anel de noivado, flores, champanhe, morangos, e uma bela, maravilhosa, inesquecível noite de amor, numa ilha paradisíaca, totalmente deserta, e linda o bastante para eu me apaixonar mais ainda pelo Rony..."
Então, a terceira pena quebrou-se, e Hermione sentiu novamente suas mãos tremerem, desejando que uma pena nova (e mais resistente) surgisse de lugar nenhum para que ela voltasse a escrever.
-Mione, faz o favor e larga esse diário...e vem terminar de se arrumar, sim?- Gina mandou, sem desviar a atenção do espelho.
-Gina- Hermione, então, viu a mulher ruiva virar-se e fitá-la com uma expressão curiosa- Não me olhe assim...- Gina sorriu e fez um gesto displicente com a mão.
-Oras, mulher, foi você quem me chamou. E eu não tenho culpa se você está nervosa.- Hermione suspirou longamente. Suas mãos começaram a suar, e ela sentia o nervosismo crescer mais e mais dentro de si.
-Gina...- ela chamou novamente e, antes que a ruiva pudesse falar qualquer coisa, ela prosseguiu- como é se casar?- Gina teve que se segurar para não rir, e Hermione percebeu isso ao contorcer o rosto numa expressão indignada.
-Mione, eu nunca me casei.- Gina sentou-se ao lado da amiga, tomando-lhe as mãos num gesto de carinho- digo, não propriamente dito.- Hermione abriu um meio sorriso- você sabe, Mione, Harry e eu nunca gostamos de coisas muito espalhafatosas.
-Mas você deve saber como é se casar, não? Mesmo não tendo se casado...
-Então botemos assim- Gina mirou a varinha para o espelho do outro lado do aposento e invocou-o para perto delas- eu moro com o Harry desde que saí do colégio. Eu tinha 17 anos, e ele 18, éramos crianças ainda, e meus pais relutaram muito... você deve se lembrar...
-É, eu me lembro bem de como seus pais receberam a notícia de que você e Harry iriam morar juntos.
-Bem, pois é, você pôde perceber todo aquele drama do meu pai, em fazer o Harry provar que realmente me amava e que merecia ficar comigo. Quero dizer, meu pai se trancou no escritório com o Harry e o Rony e os três apostaram ‘Quem consegue beber mais WizardWhisky – Harry Potter, prove que sua vassoura suporta todo o potencial da Gininha’- Hermione riu com gosto da imitação que Gina fez do pai.
-Tadinho do Harry...
-Pois é, você bem viu o estado lastimável que ele saiu do escritório pela manhã. Quero dizer, ele deve ter ficado bêbado por no mínimo três dias depois, e o pior, não queria me deixar em paz... aliás, dependendo do ponto de vista, esta foi a melhor parte. O fato é que naquele dia o Harry bebeu seis litros de WizardWhisky, dois a mais que meu pai. E olhe que o meu pai é que nem um Re’em para beber Whisky, você viu que ele sequer cambaleou com aqueles quatro litros...
-E o Rony, pobrezinho, capotou durante quatro dias por ter bebido três litros e meio.- Hermione comentou, divertida.
-Bem, o Harry conseguiu provar que me merecia e nós fomos morar em Godric’s Hollow, na antiga casa dos Potter. Este, Mione, foi o casamento que eu conheci. Não teve festa, nós apenas fomos morar juntos, e estamos lá até hoje, quase seis anos depois. Tivemos um filhinho, meu bebezinho,... e somos felizes...- Gina terminou com um suspiro.
-Haley é uma criança de sorte, Gina, por ter você e o Harry como pais. E creio que ele será um Auror tão bom como vocês dois, bem, ele acompanha vocês de perto, não é?
-Ah, Haley é especial, Mione. Ele faz coisas que normalmente uma criança da idade dele nem pensaria em fazer. Bem, ele tem pais Aurores atuantes, afinal...- Gina sorriu para a amiga e depois levantou-se, estendendo a mão para que Hermione se levantasse também.
Gina colocou Hermione na frente do espelho e sorriu-lhe, ao que ela retribuiu, fitando os olhos castanhos da amiga pelo reflexo.
-Você está linda, Mione.
Hermione olhou-se atentamente no espelho. Seu vestido, tomara-que-caia, branco caía-lhe até os pés. O tecido era mais apertado ao busto e seguia-se solto, em saias rodadas, até o chão. Não era cheio nem muito formal, como geralmente as noivas tradicionais usavam. Na verdade, aquele vestido era perfeito, mas apenas para Hermione Granger.
Seus cabelos alourados caíam soltos pelos ombros, em cachos bem definidos e leves, dando-lhe um ar jovial, para não dizer angelical.
-E você está pronta para o seu casamento.- Gina passou o olhar em Hermione- Aliás, quase pronta.- ela apontou a varinha para o alto da cabeça da amiga e conjurou uma bela coroa de rosas, discreta, simples e perfeita, como todo o conjunto.- Agora sim, está perfeita!
-Será que ele vai aparecer?- Mione perguntou, insegura. Gina deu com as mãos.
-Você está se parecendo com uma Weasley agora, sabia? Teimosa e insegura!- Gina pegou sua bolsa e retirou de lá um pequeno aparelho, que se assemelhava a um celular trouxa. Hermione franziu o cenho.
Gina digitou uma série enorme de números e letras no mini teclado do aparelho, que vibrou por alguns segundos antes de começar a flutuar. De repente, uma tela semi transparente surgiu em frente a Gina e Hermione e nela, surgiu Harry.
-Oi, amor.- Harry falou, com um tom malicioso- Oi, Mione. Pronta para o casamento?- Hermione ainda olhou desconfiada para a tela à sua frente.
-Harry, o Rony tá aí?- Gina perguntou, estendendo a mão para a tela e acariciando o rosto ‘virtual’ do marido, que meramente sorriu-lhe, dengoso.
-Ele está aqui há exatamente- Harry olhou o relógio, parecendo analisá-lo- quatro horas, cinqüenta e três minutos e onze...doze...treze...catorze...quinze... bem, você entenderam, segundos... o coitado está desesperado, pensando que a Mione não vem... ele já até pensou em fazer um daqueles feitiços de procura, para se certificar de que a Mione não tinha sido raptada ou algo do gênero.- ele disse com graça- parece que ele esqueceu que uma Auror está ao lado dela...- Harry suspirou.
-Obrigada, amor da minha vida...- Gina terminou a conversa de um jeito meloso, dando um beijo apaixonado na tela, no lugar em que a boca de Harry estava. A cena parecia, no mínimo, estupidamente engraçada. E quando Gina se separou da tela, esta desapareceu.
-O que foi isso?- Hermione apontou para o aparelho que ainda flutuava na frente de Gina.
-Um Transmissor Atemporal Holográfico de Partículas Humanas Virtu-Reais Anti-Rastreamento- ela disse tudo isso numa rapidez que assustou Hermione- ou simplesmente TAHPHVRAR.- completou com um sorriso.
-Seja lá o que for isso, eu vou querer um igual pra eu falar com o Rony...
-Sem problemas, eu consigo dois pra vocês.- Gina apontou mais uma vez a varinha para Hermione, e retocou a maquiagem dela e depois a sua própria- Sabe, Mione, não é querendo te apressar, mas já te apressando, você está quase três horas atrasada para o seu casamento.
Hermione viu todas as cabeças do jardim d’A Toca se virarem para ela no instante em que ela saiu da limusine. Sentiu-se corar intensamente.
Os jardins da casa estava maravilhosamente decorados com motivos florais. Havia arcos de flores por todos os lados, inclusive arcos que se entrelaçavam no caminho do tapete vermelho até o altar.
Mais atrás, próximo à casa principal, estavam mesas de jardim, todas circundadas com flores brilhantes e coloridas, além de abóbadas sobre estas com arranjos coloridos e flores que caíam em cascata, fazendo sombra às mesas.
Do outro lado do jardim, no lugar do campo em que os meninos costumavam jogar quadribol, quando ainda adolescentes, encontrava-se uma pista de dança, e também uma enorme placa com os dizeres ‘Recém-Casados, Sr. e Sra. Granger Weasley’, e a forma fantasmagórica dos adolescentes Rony e Hermione mostrava-se dançando de um lado para outro, ao som da marcha nupcial.
Era uma imagem, no mínimo, cômica, e que provavelmente havia sido planejada pelos gêmeos Weasley.
Ela viu um garotinho de cabelos negros e olhinhos verdes e brilhantes correr até ela e entregar-lhe um buquê de rosas brancas e, entre elas, um bilhete que ela leu rapidamente:
"Você é o brilho dos meus olhos. Te Amo!"
Ela abaixou-se rapidamente perante Haley Weasley Potter, dando-lhe um beijo estalado na bochecha.
-A senhora está linda, Tia Mione.- ele disse, com a vozinha doce e infantil.
-Obrigada, meu querido.- ela sussurrou, vendo Haley seguir para o colo de Gina.
Hermione suspirou, pondo-se novamente de pé. Olhou em volta, ainda vendo todas as cabeças viradas para ela. Sentiu alguém segurar carinhosamente seu braço, e só então percebera que era seu pai. Ela sorriu-lhe e beijou-lhe amorosamente os lábios.
-Estás perfeita, minha filha. Aliás, és perfeita.
E então ela olhou para Rony. Ele fitava-a como se apenas ela existisse em meio a todas aquelas três centenas de convidados. Os olhos dele brilhavam como nunca ela havia visto e, provavelmente, os seus próprios brilhavam com a mesma intensidade.
Seu pai levou-a até o altar, a passos calmos e demorados demais. Vagarosamente ela viu Rony aproximar-se, ou ela aproximar-se dele. E então ela viu a mão erguida dele, e mecanicamente ela estendeu a sua, e apenas as pontas de seus dedos se tocaram.
Um toque mínimo, mas intenso o bastante para que os fizesse sentir seus corpos estremecerem. Rony puxou-a para si, abraçando-a pela cintura e colando seus corpos o máximo que pôde.
Sem esperar muito, beijou-a, com a toda a paixão que um beijo poderia suportar, com todo o amor que ele sentia por ela.
E Hermione sentiu-se desvanecer no beijo dele. E sentiu-se enfraquecer em seus braços. E a única força que ainda lhe restava era a força do amor que ela sentia por ele, impressa naquele simples gesto.
-Arhan...- alguém pigarreou ao lado deles- Eu ainda não dei autorização para que o senhor beijasse a noiva, Sr. Weasley.
Rony e Hermione riram, ainda com os lábios colados, e logo depois olharam para o celebrante do casamento.
-Desculpe, senhor, mas permita-me que eu celebre este casamento e diga ao Rony o quanto eu o amo.
Rony franziu o cenho, e Dumbledore, o celebrante, apenas afastou-se dos noivos, postando-se entre os convidados. Hermione alteou a voz, de modo que todos os convidados a pudessem ouvir. Então, quando ela já ia começar a falar, Rony a interrompeu:
-Desde já, Mione, saiba que eu te amo e que eu te aceito como minha mulher, para sempre, na saúde e na doença, na pobreza e na riqueza, na alegria e na tristeza e em todo o resto, até que a morte nos separe, não, até que a morte nos leve para um outro plano, um plano eterno.- ele falou rapidamente, fazendo-a sorrir, divertida.- Eu te amo.
Ele apanhou duas alianças douradas no bolso, botando uma delas no anelar esquerdo de Hermione. O anel prata, que ele lhe dera depois da primeira noite de amor deles, ainda mantinha-se no outro anelar.
Ela não desviava o olhar do dele em um segundo sequer. Ou mesmo pensava em desviar. Hermione apanhou a aliança que Rony lhe estendia e botou no anelar esquerdo dele. E, à medida que ela terminava de botar o anel no dedo dele, seus rostos se aproximavam mais e mais, e seguiam-se as palavras dela:
-Brigamos pelas mesmas coisas... Discutimos nossas diferenças... Nos arranhamos como gato e rato.- ela suspirou- Caprichosamente permitimos que o silêncio cale nossos lábios. Inventamos separações, fingimos lágrimas... Orgulhosamente, disfarçamos a saudade e esbarramos na solidão... O ciúme clama por justiça e igualdade, tolo, ignora a razão. Não compreende que todas as nossas briguinhas esquentam e enlouquecem o nosso coração. Somos uma só alma e nem mesmo todas as nossas divergências são capazes de calar nosso prazer e cumplicidade. E a cada dia, hora, minuto, segundo, TE AMO, TE AMO, TE AMO, MAIS E MAIS. Aconteça o que acontecer, que passem as estações, você é o único homem da minha vida, vivo por você, e para você. Eu te aceito como meu marido, para sempre, na saúde e na doença, na pobreza e na riqueza, na alegria e na tristeza e em todo o resto, até que a morte nos separe, não, até que a morte nos leve para um outro plano, um plano eterno. Eu te amo.
Rony sentia a respiração pesada de Hermione misturar-se à sua. Os olhos dela brilhavam e transbordavam de amor, bem como os dele. Alguns minutos se passaram, e eles apenas ficaram olhando-se.
-Sabe, o senhor já pode beijar a noiva, Sr. Granger Weasley.
Rony deixou que seus olhos se fechassem logo depois que as pálpebras de Hermione se fecharam. Caprichosamente eles permitiram que o amor selasse os lábios deles, num beijo terno e apaixonado. O primeiro como marido e mulher, o primeiro de todos os outros que se seguiriam a partir dali.
-Eu os declaro marido e mulher...- Dumbledore finalizou.
Rony apossou-se do microfone e subiu na primeira mesa que encontrou. Apanhou uma rosa da cascata sobre a abóbada e apontou-a diretamente para Hermione. Então, com uma voz desafinada e engraçada, ele começou a cantar:
-Meu amor...só há você na minha vida...a única coisa que está certa! Meu primeiro amor, você é todo suspiro e todo passo que dou. E eu quero dividir todo o meu amor com você, e todo o resto que eu fizer! E os seus olhos, eles me dizem o quanto você quer, ah sim, você será para sempre, Meu Eterno Amor...!- Rony deu uma piscadela para a mulher e jogou-lhe a rosa. Hermione apanhou-a com agilidade e deu um beijo em suas pétalas- Dois corações... dois corações que se tornam um. Nossas vidas estão apenas começando... e para sempre eu terei você em meus braços... bem... eu não resisto ao seu charme... porque você significa o mundo para mim, e eu sei que eu encontrei em você, Meu Eterno Amor... Eterno Amor...!
Rony apanhou mais uma rosa e depois saltou da mesa, correndo até Hermione e enlaçando-a pela cintura, aproximando seu rosto do dela, fitando seus olhos.
-E sim, você é única. Porque não, eu não vou negar que este amor eu tenho aqui dentro- ele botou a mão dela sobre o peito dele, e ela sentiu o coração de Rony palpitar com força- E eu o darei todo para você, Meu Amor... Meu Amor... Meu amor... Meu Eterno Amor...
Rony terminou com um sorriso e, em seguida, levou seus lábios de encontro aos de Hermione, num beijo doce, calmo e apaixonado. Ela sentiu a língua dele procurar pela sua de um modo paciente, sem pressa, apenas sentindo um beijo bem diferente dos que eles costumava dar.
Uma fina chuva começou a cair sobre eles, trazendo-lhes lembranças perfeitas de um passado que já se ia distante, mas que jamais seria esquecido. Era algo como se a chuva estivesse presente em cada momento importante da vida deles, o primeiro beijo, o baile de formatura, o pedido de casamento, o próprio casamento... e até momento tristes, como a perda do bebê, alguns anos antes...
Quando eles se separaram, sorriram e coraram, percebendo então, a intensidade do amor que eles sentiam. Foi então que ele levou a rosa que estava em sua mão até a boca, dizendo entre dentes:
-Vamos dançar tango, minha querida!- numa voz sedutora, e os dois postaram-se para dançar um belo tango...
Rony apanhou a mulher no colo, fazendo-a soltar um gritinho surpreso. Ele atravessou a porta do quarto com ela nos braços, seguiu para a cama e botou-a sobre os lençóis de seda. Afastando-se em seguida para trancar a porta.
Assim que Rony se virou de costas para Hermione, ela teve uma bela (e tentadora) visão da bunda dele, ainda coberta pela calça social da cerimônia, mas que deixava mostrar sua forma arredondada ou, em palavras diretas, sua forma sexy e gostosa.
Antes que ele se afastasse o bastante dela, ela apertou seu traseiro, fazendo-o cair na gargalhada.
-Nós teremos a noite toda para isso, Sra. Tchutchuca Granger Weasley...- ele falou malicioso, e ela riu, jogando-se de costas na cama, com os braços abertos.
-A vida toda, Sr. Tchutchuquito Granger Weasley...- ela suspirou. Fechou os olhos e sentiu-se mais feliz do que jamais pensara em estar.
Ela sentiu o cheiro de rosas invadir-lhe as narinas e só então percebeu que havia pétalas das mais diversas flores voando ao redor do quarto. Havia pétalas brancas, rosas, azuis, vermelhas, amarelas... além de diversas velas também, em lugares estratégicos do aposento, e em formatos variados, como corações e anjos, com chamas intensas que deixavam o quarto com um clima confortável e uma atmosfera, no mínimo, tentadora e excitante.
Alguns segundos depois ela sentiu o peso de Rony sobre o seu corpo. Ele ia, lentamente, tocando-lhe o corpo por cima do vestido de noiva, até tocar-lhe o seu colo, seu pescoço e seu rosto, passando os dedos levemente pelos lábios.
-Você é linda, Mione...- ele sussurrou, levando sua boca ao ouvido dela e mordiscando-lhe o lóbulo da orelha, de um jeito provocativo- E eu te amo...e nunca vou me cansar de repetir isso...
Ele sentiu as mãos dela deslizarem até o cinto de sua calça, na tentativa de tirá-las o mais rápido que pudesse. Rony barrou as mãos dela, ouvindo-a reclamar, indignada.
-Deixa que eu te toque...- ele falou, ajoelhando-se no chão e observando Hermione ainda deitada na cama.
Ele começou com toques sutis, aparentemente sem intenção nenhuma. Tocava-lhe por cima do vestido, como se quisesse sentir a seda macia deste. Logo depois ele passou a mão por baixo da saia, tocando as pernas de Hermione, sentindo-a estremecer com os movimentos leves e carinhos dele.
-Eu não consigo resistir a esse charme todo...- ela murmurou, com a voz trêmula, ainda sentindo os dedos de Rony tocarem sua pele sob o vestido, subindo lentamente por sua coxa.
Hermione sentou-se na cama e puxou Rony para que alcançasse sua boca, num beijo apaixonado e provocante, demonstrando o quanto ela o queria. Ela o fez tirar a gravata, e logo depois ela mesma tirou a camisa de botões dele, abrindo-a de um modo violento, fazendo os botões misturarem-se às flores e velas que voavam pelo quarto.
-Uhh... ela ficou violenta...- ele comentou, de um jeito malicioso, sentindo-a girar sobre o corpo dele, fazendo-o ficar por baixo.
-Você não sabe o quanto...- ela apenas sussurrou, transmitindo toda a excitação que sentia através de sua voz falha.
Vagarosamente, e de um jeito tentador para Rony, ela levou a mão às costas, descendo o zíper do vestido de casamento. Logo depois desceu as alças muito lentamente, sentindo as reações imediatas de Rony sob si. Parou a meio caminho, sorrindo maliciosa ao ver o marido morder os lábios. Ela sabia que ele estava se segurando, tentando se controlar.
-Mi... por favor...- ele disse ofegante e suplicante- não seja tão má comigo...- ela sorriu, um sorriso um tanto maníaco, e depois saiu de cima de Rony e sentou-se na cama. Rony olhou indignado para ela- O que você pensa que está fazendo?
-Sabe o que eu estava pensando?- Rony não respondeu. Estava indignado demais com a atitude da mulher para proferir alguma coisa- Que este quarto, mesmo sendo de um hotel trouxa, nos oferece tudo o que queremos ou desejamos. Quero dizer, acabou de aparecer morangos, leite condensado e calda de chocolate... só porque eu desejei isso... você provavelmente deve ter providenciado isso... bem, o fato é que tudo apimenta mais a nossa noite de núpcias, você não acha?
Rony olhou-a curioso, sem entender muito do que a mulher acabara de dizer. Foi então que ela apanhou os recipientes metálicos que tinham calda de chocolate, leite condensado e morangos. Encantou-os para flutuarem ao redor dela, quando ela voltou a ficar por cima dele, com uma perna de cada lado de seu corpo.
-Você já imaginou- ela lambuzou o dedo indicador na calda de chocolate- um beijo sabor chocolate, morangos e leite condensado?- e, então, levou o dedo aos lábios dele, melando-os com o chocolate, impedindo-o de lamber. Logo depois pegou um morango, mergulhando-o no leite condensado, botando parte dele na boca e abaixando-se para que ele pegasse a outra.
O gosto do morango misturou-se ao leite condensado e logo à calda de chocolate dos lábios dele, e então, ao beijo apaixonado e erótico que ela lhe dera em seguida.
Rony levou as mãos ao vestido semi aberto dela, e baixou as alças, descendo-o até a cintura. Desejou, mais do que tudo, ter uma varinha em mãos para simplesmente fazer aquele tecido imprudente sumir do corpo de Hermione de uma vez por todas. A varinha, então, aparecera de lugar nenhum, e ele agradeceu pela grandiosa idéia que tivera para enfeitiçar aquele quarto como a velha Sala Precisa de Hogwarts.
O vestido sumiu instantaneamente, e deu a Rony uma bela visão do corpo da mulher. E o seu próprio corpo reagia mais violentamente agora.
Hermione sentiu as mãos de Rony passearem por suas costas, agora nuas, e arrepios crescentes percorreram a sua espinha, fazendo-a tremer. Ela sorriu, sentindo, mais do que nunca, as reações do marido às suas provocações.
Rapidamente ela sentiu que Rony girava sobre o seu corpo, deixando-a, dessa vez, por baixo. Com um toque de varinha, as calças dele desapareceram, e também qualquer pedaço de tecido que ainda cobria o seu corpo e, posteriormente, o corpo dela.
-E você, meu amor- ele disse. Agora era a vez dele provocá-la- já sentiu o gosto de morangos, chocolate e leite condensado, juntos aos meus beijos em seu corpo?- a reação dela foi fechar os olhos e morder os lábios, seguido de um suspiro profundo.
Rony passou o dedo no leite condensado e passou nos lábios dela, do mesmo modo que ela fizera com ele. Pegou um morango e dividiu rapidamente com Hermione, junto com um beijo, dessa vez mais calmo do que ela lhe dera. Logo depois ele voltou a lambuzar o dedo no leite condensado e na calda de chocolate, passando então, pelo seu pescoço, beijando-o em seguida, o colo e a curva dos seios.
A sensação dos lábios de Rony em seu colo e seios, limpando a calda de chocolate e o leite condensado que ele passara ali, não podia ser comparada a nenhuma outra que ela já sentira. Era diferente de todas as outras vezes que ele fizera a mesma coisa (mas sem a calda e o leite condensado)... era algo inexplicável... algo sublime e forte demais...
Foi então que os recipientes metálicos desapareceram, dando lugar a uma fina chuva, dentro do quarto, cujas gotas, geladas, brilhavam, e quando batiam nos corpos daqueles dois amantes, fazia-os estremecerem com o contraste brusco. Ambos haviam desejado chuva naquele momento, apenas por saberem o que ela significava para eles...
"É interessante como o Rony gosta da chuva. Até hoje eu nunca descobri um motivo sequer que explicasse essa adoração dele por ela. Bom, talvez uma única explicação: o nosso primeiro beijo.
E depois deste vieram tantos... e ainda virão... mas isso só depois que Meu Maridinho Tchutchuco decidir sair da chuva com os nossos filhinhos tchutchucos... Eu já disse pra ele que não é bom deixar a Heather e o Jimmy debaixo dessa água toda...
Mas ele não me ouve. Ele diz que todas as pessoas deveriam experimentar, algum dia, tomar um belo banho de chuva. Rony disse que ela traz amores, algo como ‘através da chuva’ todos encontrarão a solução de seus problemas... quero só ver se uma gripe ou uma pneumonia nos meus filhos será a ‘solução de algum problema’.
Daqui da varanda do nosso quarto eu posso vê-los, os três, correndo de um lado para o outro, junto com o Zeus, o nosso cachorro. Eles parecem bem felizes..."
-Hei, meu amor!- Rony apareceu de repente atrás de Hermione, abraçando-a. ela protestou um pouco, sentindo a água do corpo dele molhá-la.
-Rony, você está todo molhado!- ela deu um tapinha no ombro dele, fazendo-o rir.
-Vamos lá para baixo?- ela fez que não com a cabeça. Ele sorriu, repetindo o gesto dela- Ah, vamos sim!- abraçou-a, dando-lhe um beijo apaixonado e aparatando com ela para debaixo da chuva.
-Ronald Bilius Granger Weasley!- ela ralhou com ele, fazendo-o rir junto com os filhos.
Rony agachou-se próximo aos filhos, a garota de quatro anos e o garoto de seis, sorriu para eles e para a mulher e falou:
-Eu já disse que você três são as pessoas que eu mais amo nessa vida?- os três sorriram- Vou contar uma história para vocês, agora, certo?- Hermione franziu o cenho, recebendo um olhar carinhoso de Rony.
-Qual o título, papai, qual o título?- Jimmy pulava de um lado para o outro, enquanto Heather subia no colo do pai. Rony deu um beijo rápido na filha e pareceu pensar um pouco.
-O título?- ele perguntou. Olhou para a Hermione, deu um beijo apaixonado nela, ao que os filhos protestaram, e depois continuou- O título é "Through The Rain"...
"Certo... eu estou totalmente molhada... o Rony foi botar a Heather e o Jimmy para tomarem um bom banho quente, para eles não ficarem gripados ou algo como isso... e eu espero realmente que eles não peguem uma pneumonia...
Eu acabei de tomar um belo banho de chuva com o meu marido, os meus filhos e o nosso cachorro... e também acabo de ouvir uma bela história de amor que o Rony contou. Era a nossa história de amor, a qual ele intitulou de ‘Through The Rain’, e então eu descobri porque ele tem uma fixação por chuva.
Quero dizer, eu também tenho uma grande admiração pela chuva. Ela esteve presente em momentos muito importantes da minha vida. O meu primeiro beijo foi na chuva. Durante a minha primeira vez estava chovendo. Quando o Rony me pediu em casamento. Quando nos casamos. Na noite de núpcias. No nascimento da Heather e do Jimmy... quando eu perdi meu bebê. Quando o meu pai morreu.
Mas o que Rony sente pela chuva parece-me bem mais forte... e ele tem toda uma história com ela. E eu, bem, eu tenho toda uma história com o beijo dele... porque foi através do beijo dele que eu efetivamente me declarei apaixonada pelo meu tchutchuco... entenda-se: permanentemente e eternamente apaixonada.
Através de seu beijo senti-me desvanecer completamente, senti-me fraca como se não fosse capaz de suportar tal sentimento, tão grandioso e por tantos anos acumulado e preso dentro de mim.
E eu queria apenas libertá-lo, e demonstrá-lo para Rony. Demonstrei, claro, ao passar dos anos, através não só de beijos, mas também provocações, brigas, tapas, expulsões do quarto, greves de sexo, gritos, somado a tentativas de sedução, reconciliação, desculpas, empurrões para a cama, sexo, palavras de amor... e até hoje, e para sempre, demonstro e demonstrarei..."
Rony entrou no quarto, já tirando a blusa molhada e desabotoando a calça. Viu a mulher guardar o diário na gaveta do criado-mudo e só então virar-se para ele.
-As crianças já estão dormindo.- ele disse- Você ainda escreve, é?- ela sorriu.
-Às vezes.- ela passou o olhar pelo corpo seminu do marido. A água escorria pelo seu peito, e sumia quando tocava a calça semi aberta dele. Instintivamente ela passou a língua sobre os lábios- Você não escreve mais?
-Algum dia vou publicar o meu diário, para que todos saibam sobre o amor do Sr. e da Sra. Granger Weasley.- Rony passou a mão nos cabelos e logo depois no peito, secando algumas gotas de água, apenas para provocar a mulher, que não segurou um suspiro.
-Eu não me oponho.- ela falou num fio de voz, sem tirar os olhos do peito dele, descendo por vezes até a calça, fazendo-o rir, satisfeito.
-Então você não se opõe a ir para o banheiro comigo, não é?
Ele pegou uma toalha no armário e amarrou-a à cintura, logo depois retirando a calça que vestia e a roupa íntima. Hermione olhou indignada para o marido reagindo exatamente como ele previra a respeito da provocação.
Hermione levantou-se da cadeira e passou direto por ele, até o banheiro. Rony sorriu, mais divertido ainda, e seguiu a mulher. Assim que entrou, fechou a porta atrás de si, e trancou-a.
"Ela é absurdamente linda em toda a sua perfeição e magnitude. Não há como definir o que eu sinto por ela ou o que eu vejo nela. Apenas em olhá-la eu me sinto pleno, e extasiado... algo inexplicável...
Passamos por momentos gloriosos e dolorosos. Juntos, sempre. Em tantos momentos importantes vimos chuva cair sobre nossas cabeças e, misteriosamente, levar nossos problemas e tristezas para longe, aliviando nossas almas de um peso que provavelmente não conseguiríamos suportar, fazendo nossos corpos suspirarem, por vezes buscando as forças que as dores nos fizeram perder...
Enfim, através da chuva fomos nos conhecendo, e nos amando mais e mais. Éramos, e ainda somos, dois jovens amantes, em busca da eternidade inexistente. Eternidade essa que é considerada única para demonstrarmos todo o nosso amor. Tempo infinito, perfeito para este sentimento tão sublime que preenche nossos corações e transborda nossas almas.
Através de nossos beijos, provocantes, quentes, maliciosos, eróticos e, sobretudo, excitantes e apaixonados, mantemos o nosso amor vivo, queimando em chamas inapagáveis, eternas enquanto durem, ou seja, eternas para sempre.
Desconhecia meu lado romântico. De minha boca saem palavras que, quando eu era criança e em parte de minha adolescência, eu acreditava serem ridículas, para não dizer patéticas. Digo, há poetas por aí que escrevem e, por isso, declaram-se poetas. Porém, há poetas que amam, e sentem as palavras com o coração e a alma e se dizem, humildemente, que não são poetas, e sim, apaixonados.
Apaixonados pela vida, pelos amigos. Eu sou apaixonado por tudo isso, mas acima de tudo, amo minha mulher, Hermione Jane Granger Weasley, e meus filhos.
E por mais que eu tente encontrar, não há razão que explique o amor. Porque deste sentimento pouco se sabe e entende, e muito se sente. Digo por experiência própria. Quando se ama abandona-se a razão e o pensamento lógico. É preciso ser estritamente sentimental, e jamais reprimi-lo.
‘As Sem-Razões do Amor – Para Minha Tchutchuca
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
Mesmo que sempre saibas sê-lo.
Basta que existas em meu ser
E habites meu coração.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
E com amor não se paga.
Amor é dado de graça
É semeado no vento,
Na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
E a regulamentos vários
Eu te amo porque não amo
Bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
Não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
Feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte
E da morte vencedor,
Por mais que o matem (e matam)
A cada instante de AMOR’
Eu a amo porque a amo. Eu a amo porque eu não amo demais a mim. A amo porque quero amá-la. A amo mais do que tudo. Pronto. E ponto final."
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