A vida noturna de Londres
Cap 4 – A vida noturna de Londres
- Então Deli você vai poder ir, ou não? – Gina estava deitada na poltrona com o telefone pendurado. – Mas você tem que ir, é a primeira saída do Draco. – ela escutou um pouco – Ótimo, traga a Kim também. Então a gente se vê mais tarde. Tchau.
- É então, elas vão? – pergunta Karen entrando na sala enrolada na toalha.
- Vão. Agora só falta eu me arrumar. Cadê o Draco?
- Ta lá dentro, acho que ta mexendo no Laptop dele. – fala Karen.
- Hum... E você, já sabe o que vai vestir?
- Sim, já ta lá na minha cama.
- Ok, não esqueça de chamar o Blaise.
- Já chamei. – a loira abriu um sorriso largo – A gente vai se encontrar aqui, mais tarde.
- Ta, agora eu vou lá.
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Meia hora depois, Gina saia de seu quarto. Os cabelos ruivos estavam presos em um rabo de cavalo, ela usava uma calça de couro preta bem colada, e um espartilho vermelho com laços nas costas na cor preta. Nos pés ela calçava botas de cano longo também negras.
Gina foi até a sala, onde Karen estava sentada no sofá fechando a sua sandália prata, ela usava uma minissaia preta com uma blusa prateada brilhante de alças, cuja parte da frente era presa à parte de trás por meio de tiras.
- E então, cadê seu maninho? – pergunta Gina.
- Não o vi desde que chegamos. – fala a loira levantando os olhos – UAU! Isso que é produção.
- Obrigada. – fala Gina dando uma volta em torno de si – Você também ta um arraso. – fala a ruiva piscando o olho.
- Eu não estou um arraso, eu SOU um arraso.
- Ok, eu vou lá dentro.
Gina saiu para o corredor, o salto da bota ecoando no piso de madeira corrida, ela parou à porta do quarto do loiro e bateu.
- Pode entrar! – o loiro gritou de dentro do quarto.
Gina abriu a porta e se deparou com as costas nuas de Draco, que estava remexendo nas gavetas da cômoda.
- E então bonitão, já está pronto? – pergunta a ruiva.
- Quase.
Draco virou-se de frente com um frasco de perfume nas mãos, ele estava só com uma calça jeans, sem camisa e com os cabelos molhados caindo sobre os olhos, uma visão de tirar o fôlego, e foi o que aconteceu com a ruiva.
- Nossa você ta linda. – fala Draco admirando-a.
- O - obrigada. – fala ela corada.
- Eu já termino, só falta a blusa. – fala ele voltando a se virar e guardando o perfume.
- T-tudo, bem. Eu só vim saber a que pé andava. – fala ela recompondo a compostura. – Sabe como é, queria ter certeza que você não iria fugir. – falou ela dando um sorrisinho de lado.
- Não se preocupe, eu não perderia isso por nada. – fala ele dirigindo um largo sorriso para ela.
- Ótimo. Estamos te esperando lá na sala. – dizendo isso ela sai do quarto.
Cinco minutos depois Draco sai de seu quarto abotoando a camisa verde-escura, quando se depara com Gina no meio do corredor de olhos fechados e com a respiração ofegante.
- Gina, você está bem? – pergunta ele preocupado.
- S-sim. – fala ela sobressaltada. – Por quê?
- Sei lá, você tava ofegante e com uma cara estranha.
- N-não foi nada. Vamos!
- Vamos.
Os dois foram até a sala, onde Karen falava ao celular com alguém.
- A gente já pode ir? – pergunta a loira colocando a mão no bocal.
- Sim. – fala a ruiva.
- Ótimo. Blaise, a gente ta descendo agora. – ela voltou a falar no telefone – Ta, beijo, tchau. – Vamos então.
- Era o Zabinne no telefone?
- Sim, ele ta me esperando lá embaixo.
- Ele também vai? – pergunta o loiro meio irritado.
- Vai, por quê?
- Por nada. – fala ele entre dentes.
- Ou gente, vamos para com isso agora mesmo e sair, temos um longa noite pela frente. – fala Gina se interpondo entre eles.
- Está bem. – fala Draco dando uma última olhada na irmã, antes de virar as costas.
Os três saíram do apartamento e entraram no elevador. Ao saírem do prédio, Zabinne esperava em frente ao prédio, ele estava encostado em uma moto preta, e abriu um sorriso ao avistar a loira. Ele vestia uma calça jeans e uma blusa branca de botões. Quando Karen se aproximou dele eles trocaram um rápido selinho.
- Olá Gina. – falou o negro com a voz grave.
- Oi. – falou ela dando um beijo no rosto dele.
- Olá Draco.
- Zabinne. – Draco respondeu com um aceno de cabeça.
- Bom Gina, é melhor você ir na frente. Só você e a Deli conhecem o caminho pra boate.
- Ok. Hei, onde você está indo Draco?
- Pegar o carro.
- A gente vai na minha moto.
- Você tem uma moto? – pergunta o loiro incrédulo.
- Claro, como acha que eu e a Karen nos locomovemos?
- Sei lá, vocês tem carros.
- É. – fala ela dando de ombros – Mas uma moto dá mais status quando se trata de caçar gatinhos. – fala ela dando um sorriso safado.
- Oh meu Deus, por que foi que eu perguntei.
- Porque você é um curioso. Agora vem. – Gina puxou-o pela mão de volta para dentro do prédio.
Na garagem, ela se dirigiu até uma Honda prata. Ela subiu na moto e vez sinal para que ele se acomodasse no local atrás dela e lhe deu um capacete preto enquanto colocava o próprio capacete prateado. Quando os dois estavam devidamente acomodados Gina fez menção de ligar a moto.
- Sabe Draco, não precisa ter medo de segurar a minha cintura. – fala Gina com ar divertido, por trás do capacete.
- Ah claro. – fala Draco constrangido segurando a cintura dela.
Gina sentiu a mão dele numa parte descoberta de sua cintura, mas nada disse. Ligou a moto e os dois partiram. Após maiôs ou menos meia hora dirigindo, eles chegaram na parte mais badalada de Londres, em frente à uma boate de letreiros luminosos com os dizeres “Odd’s & Even’s” . Gina parou sua moto em uma das vagas reservadas, e instruiu Blaise a fazer o mesmo.
Agora os quatro estavam de frente à entrada da boate, onde dois grandes homens brancos vestidos de terno preto controlavam quem entrava, e uma longa fila rente à parede se estendia quase dando a volta no quarteirão.
- Olá Joe. – Gina cumprimentou um dos guardas, ele tinha um cavanhaque negro, mas era careca, como o outro.
- Oi Gina. Chegaram cedo hoje.
- Sim, viemos trazer o irmão da Karen e o Blaise, nosso colega de trabalho.
- Uhum.
- A Deli já chegou?
- Não.
- Ta. A gente pode entrar?
- Claro. Você quer que eu de algum recado a ela?
- Quero sim. Diga a ela pra me encontrar no mesmo lugar de sempre.
- Está bem. Nos vemos mais tarde. – falou ele abrindo a porta para que eles entrassem.
- Tchau.
O grupo entrou. A boate era escura e inúmeras pessoas dançavam na pista. Num canto rente à parede havia uma escada que dava acesso à varias mesas no andar de cima e à uma espécie de lanchonete, ambos com vista para pista de dança. Ao lado da escada havia um bar com um conglomerado de gente parado à espera de suas bebidas.
Gina conduziu o grupo para perto do balcão, onde um barman moreno agitava bebidas.
- Oi Gina, faz tempo que você não vem aqui. – grita o barman em meio ao barulho.
- Eu tenho tido alguns problemas no trabalho e meio tempo tem andado reduzido. Mike, este é o Draco e aquele o Blaise.
- Prazer. – gritou o barman. Os outros dois somente acenaram com a cabeça. – E então, o que vão querer?
- Só cerveja, para todos. – grita Gina.
- Aqui estão. – o barman coloca quatro garrafas de cerveja no balcão e as abre.
- Valeu Mike. Quanto?
- Essas são por minha conta. - grita o moreno com um sorriso sedutor.
- Brigada. – grita ela dando um beijo no rosto dele.
- E então, quando é que você vai me dar uma chance? – pergunta ele preparando um drink para outro cliente.
- Já disse que você é só meu amigo. – ela diz sorrindo. – Agora eu vou lá pra cima esperar a Deli quem sabe ela não te dá uma chance hoje. – fala a ruiva sorrindo e piscando um olho.
- Eu não a quero, eu quero você. – ele ainda grita antes dos quatro desaparecerem na multidão.
Os quatro andam por um tempo no meio da multidão, em direção à escada. A música alta ensurdecendo os ouvidos deles.
- Você conhece um bocado de gente. – Draco grita de repente.
- A Gina conhece todo mundo. – grita Karen rindo.
- Pois é eu já namorei o dono desse lugar, daí vem o fato deu conhecer os seguranças. E o Mike eu conheci na faculdade, ele também tinha começado jornalismo, mas aí desistiu.
- Ah.
Os quatro subiram as escadas e logo acharam uma mesa colada à parede de vidro que isolava o barulho da pista e dava visão para tudo que rolava lá embaixo. Gina e Karen sentaram-se no canto, uma de frente à outra, Draco ficou ao lado de Gina e Blaise ao lado de Karen. Mal eles se sentaram e uma garçonete com um micro vestido verde apareceu montada em patins.
- Oi meninas, namorados novos? – pergunta a garçonete de cabelo castanho-acobreado.
- Sim e não. – fala Gina sorrindo.
- Eu e o Blaise estamos juntos. – falou Karen indicando o negro – O Draco é o meu irmão. Mas só. – fala Karen colocando a mão possessivamente na coxa do negro.
- Sei. Vocês vão pedir alguma coisa?
- Não, pegamos umas cervejas com o Mike.
- Ah ta, saquei. Com uma concorrência dessas, fica difícil. Bem, se precisarem de mim eu to por aí.
- Pode deixar.
- A propósito, meu nome é Cicy. – fala ela piscando o olho para Draco e saindo em seguida.
- Cicy, isso lá é nome de gente? – comenta Draco sarcástico.
- É lógico que isso é um apelido Draco, é o apelido da mamãe. – fala Karen revirando os olhos.
- O nome dela é Cicely. E afinal ela não é feia, porque não investe? – fala Gina se arrependendo logo em seguida.
- Não, ela me pareceu muito... sei lá, não gostei dela. Aí, o que ela quis dizer quando se referiu “concorrência”?
- É que a primeira rodada, o Mike sempre me dá de graça.
- Você já sabia que não ia desembolsar nada?
- Claro, eu não sou boba nem nada.
Poucos minutos depois duas mulheres se aproximam da mesa, ambas sorrindo. A primeira de cabelos loiros e curtos usava um vestido tomara-que-caia roxo que ia até a metade de sua coxa, e a segunda de cabelos negros, usava uma calça jeans escura e uma blusa azul que demarcava os seios e ficava rodada, como uma saia, logo embaixo.
- Oi garotas, vão nos apresentar os bonitões? – falou a loira.
- Oi Deli, oi Kimmy. – fala Gina se levantando, gesto que foi repetido pelos demais – Estes são Draco e Blaise. Garotos, estas são Delihla – ela indicou a loira – e Kimberly.
- Prazer. – falou Draco sem desgrudar os olhos do corpo de Delihla, que ignorava.
- Prazer. – falou Blaise embasbacado com a beleza da loira.
- Bom gente, agora que todo mundo chegou vamos pra pista de dança, ou o quê? – fala Gina animada.
- Vamos claro. – fala Delihla tomando frente no grupo.
Os seis voltaram a descer as escadas em direção à pista de dança.
- Então Gininha, o que houve com o Harry? – pergunta Delihla.
- Terminei com ele. – fala ela sem demonstrar sentimento.
- Minha nossa, coitado do garoto, ele te amava.
- Amava uma ova, quem ama não age do jeito que ele agia.
- E o que ele te fez? – pergunta ela meio maliciosa.
- Eu realmente não quero falar sobre isso agora, se quiser depois pergunta pra Karen. – dizendo isso ela dá as costas para a loira e embarca na pista de dança, se movimentando conforme a musica.
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- Ufa, cansei. – fala Gina se jogando uma cadeira perto do balcão, e logo sendo seguida de Draco. – Duas cervejas Mike.
- Aqui estão. – fala o moreno colocando duas cervejas no balcão.
- Oh Gininha, já cansou? – ironizou Draco utilizando o mesmo tom de voz de Delihla, que havia pronunciado aquela pergunta a pouco tempo.
- Cala a boca Draco. – fala Gina dando um grande gole em sua cerveja.
- Então, qual é a bola da vez de Deli? – pergunta o barman limpando alguns copos.
- Ela ainda não escolheu sua vitima. – fala a ruiva sombriamente.
- Que história é essa? – pergunta Draco.
- Quando a viúva negra escolhe sua presa, já não há mais chance, o espécime macho esta fadado a morrer nas mãos de sua amada. Então a viúva copula com o macho e depois mata-o, a sangue-frio. – fala Gina com os olhos arregalados e a expressão séria.
- V-vocês não estão falando sério, ou estão? – pergunta Draco um tanto assustado.
Nesse momento Gina e Mike começam a ir escandalosamente, fazendo Draco relaxar.
- Viu, eu te falei que ele ia acreditar. – fala Gina sorrindo triunfante e estendendo a mão para receber o dinheiro da aposta.
- É, parece que você estava certa. E com esse vai-se a vitima de número 30, Draco Malfoy. – fala Mike puxando um caderno debaixo do balcão e anotando o nome do loiro. - A propósito, seu dinheiro. – ele estende algumas notas de 5 para Gina.
- O que foi isso? – pergunta Draco claramente confuso.
- Certa vez, eu comparei a Deli à uma Viúva Negra, já que ela ta sempre com um cara diferente por noite e no dia seguinte ela o dispensa. Então eu e o Mike inventamos essa pequena peça, sempre que a gente vê alguém claramente atraído por ela, a gente fala isso. Até hoje, todos caíram.
- Eu tenho pena deles. Eu não estou atraído por ela.
- Isso, eu já percebi, aliás, você é um dos poucos que não cede aos encantos da misteriosa Delihla. Mas com você a gente vez só para pregar uma peça mesmo.
- Ah ta.
- Gininha, quanto tempo você não me prestigia com a sua companhia. Como você está? – um homem que não aparentava mais de 30 anos abraçou e beijo a ruiva.
- Estou Frank, e você?
- Bem melhor agora. Quem é o seu amigo?
- Esse é Draco Malfoy, Draco esse é Frank Lancaster, o dono de tudo isso aqui.
- Prazer. – disseram os dois homens se apertando as mãos.
- Então Gina, se divertindo? – pergunta Frank
- Muito, como sempre.
- Ótimo, gosto de ver meus clientes satisfeitos. Agora eu tenho que ir. A gente se vê por aí.
- Tchau Frank.
- É ele? – pergunta Draco depois que o homem se afastou.
- É ele o que?
- É ele que foi seu namorado?
- Bem, se ele é o dono do lugar, e eu namorei o dono do lugar, se conclui...
- Nossa vocês parecem ser amigos.
- E somos, digamos que isso nunca foi um problema pra mim.
- Se você está dizendo...
- Vem tão chamando a gente. Vamos dançar.
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Eram 4hs da manhã quando Gina, Draco, Karen e Blaise atravessavam aos trancos e barrancos o corredor do andar onde ficava o apartamento das duas jovens. Eles estavam tão bêbados que voltaram de táxi e largaram as motos no estacionamento da boate. Gina se apoiava em Draco quando algo esparramado no corredor provocou a queda dos dois jovens, foram parar no chão.
- Aí! – a coisa esparramada de um gemido de dor ao sentir os dois caírem por cima dele. – Gina?
- Hã? Hei você parece o Harry, oi Harry. – falou Gina tolamente tentando focalizar o moreno.
- Gina, o que aconteceu com você?
- Nada Harry, por que você ta perguntando isso? – pergunta Gina se levantando meio trôpega e precisando se apoiar no moreno.
- Você está bêbada.
- Euuuuuu, nããããããããããão.
- Está sim, aliás, todos vocês estão. Nem sei como conseguiram chegar até aqui. Cadê as suas chaves Gina.
- Heeeeei, eu não vou te dar as minhas chaves.
- Ótimo. Karen pode me dar as suas ou você consegue abrir a porta.
- Toma. – Karen jogou as chaves desajeitadamente para Harry.
- Valeu.
Harry abriu a porta do apartamento e conduziu os quatro pra dentro do apartamento. Conseguiu fazer com que os quatro se estirassem nos sofás da sala e foi até a cozinha e preparou uma xícara de café bem forte para eles. Também dissolveu um pouco de sal de frutas em 4 copos para eles.
- Vamos vocês tem de tomar tudo.
- Mas isso tem um gosto horrível. – reclamou Karen como uma criança.
- Vamos vocês tem que tomar.
Depois de fazer cada um dos quatro tomar o café e o remédio, era hora de outra batalha ser travada: colocá-los na cama. Com paciência digna de Jô, Harry jogou água gelada no rosto de cada um deles de forma que eles ficassem lúcidos o suficiente para trocar d roupa, exceto Blaise que não tinha roupa para trocar. Depois os convenceu a vestirem-se e irem dormir.
Passava das 6h da manhã quando ele conseguiu terminar, exausto ele se jogou num dos sofás da sala e adormeceu quase instantaneamente.
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N/A: Na boa, será que da pra vcs comentarem. Ñ to pedindo mto, só um comentário ja me deixa feliz. Ok? Bjos
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