Pequeno deslize, trágicas cons

Pequeno deslize, trágicas cons



N/A: fic inspirada em “curtindo a liberdade” e “o guarda-costas”.

“Curtindo a vida.”
Por: Oráculo.

Capitulo 1 – Pequeno deslize, trágicas conseqüências.

A música alta em outra ocasião a teria irritado completamente, mas naquele momento só queria que a música aumentasse mais e mais, assim não teria chance de voltar a pensar naquele assunto incômodo. Nunca tinha estado numa boate antes e aproveitaria o máximo possível aquela noite de liberdade total.

Aquela era a melhor noite de toda sua vidinha previsível e segura. Sem seus pais pegando em seu pé, sem Lupin e Tonks a vigiando onde quer que fosse, e depois relatando tudo para seus pais. Nessa noite deixaria de ser Gina Weasley a filha do Ministro, para somente ser Gina, a garota que estava em busca de aventura e romance, um verdadeiro romance.

Após seu pai, Arthur Weasley, se tornar o Ministro da Magia, sua família recebia constantes ameaças, muitas vindas dos seguidores de Voldemort, mas a maioria vinha em forma de protestos do alto escalão bruxo que achava uma vergonha o Ministro ser tão aficionado por trouxas. Depois dele ter aceitado o cargo, sua vida e de seus filhos tinha virado um verdadeiro inferno.

Toda essa perseguição acabou deixando seus pais um tanto quanto paranóicos no que dizia respeito à segurança e bem estar da família. E Gina, como sendo a caçula acabou ficando com a pior parte. Tinha em seu pé vinte e quatro horas por dia dois seguranças particulares Tonks e Lupin. Não que eles fossem horríveis, mas convenhamos, ter duas pessoas que brigavam o tempo todo no seu ouvido e te seguindo por todos os lados era totalmente arrepiante.

Mas naquele momento nada importava, nada nem ninguém a irritaria, aquele era seu momento. Eram apenas Gina Weasley e seus melhores amigos, Collin Creevey e Luna Lovergood. Sem repórteres inventando mentiras capengas nem seus seguranças. Se soubesse que era tão divertido curtir a vida, teria feito isso há muito tempo.

Os três amigos se encontravam no meio da pista de dança da boate mais popular e luxuosa de toda a Inglaterra. Collin e Luna dançavam praticamente colados, apesar da música ser bem dançante e do calor insuportável que fazia, sendo praticamente impossível ficar tão perto assim de alguém. Mas vai entender um casal apaixonado.

Gina sorria abertamente para os amigos, que finalmente resolveram ouvir os conselhos da ruiva e namorarem. Estavam juntos há três meses, mas quem não os conhecesse poderia dizer sem a menor sombra de dúvida que eles estavam juntos há séculos.

Desviando a atenção do momento fofo entre os amigos, não pode deixar de notar uma bruxa que tinha no máximo trinta anos dançar espalhafatosamente junto a um homem que parecia ligeiramente envergonhado.

Seu sorriso foi morrendo aos poucos, tinha a impressão que conhecia aquela mulher de algum lugar. Aqueles cabelos azuis não lhe eram estranhos. Olhou para a esquerda e percebeu que algumas pessoas a olhavam de forma estranha, como se a estivesse vigiando. Balançou a cabeça afastando tal pensamento. Ele não seria capaz de quebrar a promessa.

Mas aquela sensação não foi embora, só aumentou quando se dirigiu ao bar para comprar água e notou que mais duas pessoas a olhavam discretamente e cochichavam entre si. Pegou não muito delicadamente a garrafa d’água da mão do garçom, jogou a moeda no balcão e foi ao encontro dos amigos.

- Inacreditável. Ele fez de novo! – disse se metendo entre os amigos.

-O que você disse? – gritou Luna, que estava completamente surda. Aquele som alto estava começando a afetar a audição da garota.

-Ele me paga! – esbravejou ignorando completamente a pergunta da amiga. Gina saiu como um raio da pista de dança, deixando os dois amigos sem entender nada.

Estava completamente transtornada; seu pai prometera que aquela noite não teria ninguém a vigiando. Como fora idiota ao acreditar nele. O local estava abarrotado de aurores incumbidos da segurança e proteção do bem estar da família Weasley.

Mas dessa vez seu pai querido teria uma surpresa, uma péssima surpresa. Mas antes teria que arrumar uma maneira de sair despercebida da boate. Olhou pela última vez o casal estranho dançando, e comprovou que eles não a viram sair.

Ótimo, aquela seria a oportunidade perfeita. Andava de costas, sem tirar os olhos dos dois, colidiu com um homem alto e forte.

-Desculpa. – Prontamente tratou de se desculpar. Não seria boa idéia irritar um homem mais forte e que tinha vários centímetros a mais que ela.

-Só se eu te pagar um drinque, gracinha. – disse o homem alisando o braço da ruiva. A garota faltou se derreter toda. Aquele rapaz era realmente muito bonito e estava para sua felicidade lhe dando bola.

-Desculpa outra vez. Mas eu tenho que sair daqui. – disse se xingando mentalmente por não aceitar o convite do rapaz.

-Tudo bem. Mas se você quiser uma carona. – disse totalmente prestativo. Queria dar pulos de felicidade. Tinha arrumado uma maneira de se mandar rapidamente daquele lugar.

Sorriu grata, aquele homem gostoso seria seu passaporte para a liberdade. E que passaporte. Pegou na mão do desconhecido e saíram correndo da boate. A música dançante acabou e deu lugar a uma romântica, onde de acordo com o que o DJ tinha acabado de anunciar, seria apenas para os casais apaixonados.

A mulher de cabelos azuis e crespos parou abruptamente e olhou nos olhos do homem que a acompanhava timidamente na pista de dança. Desviou o olhar ligeiramente vermelha e olhou de relance para os casal de amigos que acompanhava a ruiva. Os dois continuavam ali, dançando grudados, naquele momento seria impossível dizer quem era quem. Tudo certo, os dois continuavam ali, mas estava faltando alguém.

Subitamente levou as duas mãos a cabeça. Por Merlim, estavam perdidos.

- Lupin, ela sumiu! – gritou desesperada.

- Estamos perdidos! – Lupin procurava angustiado sua varinha, naquelas vestes ridículas que Tonks o forçara a vestir. Pois se quisessem vigiar Gina sem serem reconhecidos por ela teriam que se disfarçar. E aquelas vestes horríveis infelizmente faziam parte do plano. Finalmente conseguiu acha-las e os dois foram procurar a ruiva fujona.


Gina corria alegremente de mãos dadas com Hus Hus, o homem que acabara de conhecer na boate. Os dois foram em direção ao estacionamento onde estava o carro dele.

- Pronto, princesa. Estamos a salvo. – disse apontando para o conversível vermelho a frente deles. – Pra onde a Senhorita deseja ir?

- Pra onde você for. Apenas me tire daqui. – O moreno sorriu abertamente, abriu a porta do lado do passageiro para que a ruiva entrasse. Deu a volta no carro e entrou; quando estava prestes a dar a partida varias vozes gritaram ao mesmo tempo.

- Parados. – Hus Hus olhou para fora e viu que seu carro estava cercado por pessoas vestidas de negro, todas com suas varinhas apontadas na direção dos dois.

Gina cerrou os dentes e baixou a cabeça. Seu sangue fervia; será que não podia nem dar uma volta com um amigo que aqueles palhaços apareciam para estragar a festa? Quando chegasse em casa acertaria as coisas com seu pai. Como odiava ser tratada como criança.

-Gina, você está bem? – perguntou uma velha voz conhecida da garota ao abrir a porta e a puxar para fora do veículo.

- Infelizmente, Ninfadora querida. – foi a vez de tonks cerrar os dentes. Como odiava ser chamada pelo primeiro nome, e a ruiva sabia. Estava fazendo aquilo de pura implicância.

- Você não devia ter fugido com um estranho. – disse Lupin interrompendo o momento de carinho entre as duas, que se olhavam ferozmente.

- E vocês deveriam tomar conta de suas vidas, não? – cruzou os braços e bufou. Enquanto os três “conversavam” os outros aurores tratavam de arrastar junto deles o novo amigo da ruiva.

-Ordens do Ministro, são ordens. – Gina dizia palavrões em voz baixa enquanto se posicionava para aparatar junto aos seus seguranças. Nunca fora tão humilhada em toda sua vida. Passara a maior vergonha na frente daquele gatinho e ainda pra melhorar seu dia vários fotógrafos estavam ao redor deles. Lupin ordenou que tomassem todas as câmeras fotográficas e apagassem as fotos da ruiva fugitiva. Na manhã seguinte seu pai a mataria por tanta exposição.


¨¨¨¨¨¨ * ¨¨¨¨¨¨


Sentia-se tão nervoso; aquele característico friozinho na barriga incomodava. Não que nunca tivesse comandado uma equipe de aurores antes, mas aquela missão era especial, muito especial. Se tudo saísse como o planejado daqui a algumas horas estaria descansando numa rede à beira da praia. E levaria de brinde uma medalha de ouro por serviços prestados ao Governo.

Após meses de cansativas e algumas vezes frustrantes buscas, os aurores já haviam mandado para Azkaban diversos comensais que infelizmente não fizeram o favor de morrer na Guerra há quatro anos atrás. Porém, um em particular estava dando um certo trabalho para eles.

Mas esta noite, após três meses de investigações, ele havia conseguido localizar aquele perigoso foragido.

- Aguardem meu sinal. – disse olhando para todos os homens que o acompanhava. – Quando eu mandar, entrem e o encurralem. Dessa vez sem erro.

Olhou para o homem baixo a sua esquerda e este confirmou que o feitiço anti-aparatação estava executado. Este feitiço impediria que o fugitivo desaparatasse em um raio de um quilometro daquela casa velha.

Contando até três o comandante ordenou que seus homens invadissem a casa. Prontamente correram em direção a entrada, um deles mandou pelos ares a porta principal. Outros dois invadiram pela porta dos fundos.

Buscaram atentamente o primeiro andar e nada encontraram. A casa estava completamente vazia, só restavam poeira e teias de aranha. O responsável mandou que os aurores ficassem lá enquanto que ele vasculharia o segundo andar. Subiu de dois em dois degraus.

Tinha certeza absoluta que aquele comensal estava lá. Não poderia ter se enganado. Não queria. Precisava pegar aquele desgraçado de uma vez por todas; seu trabalho e reputação dependiam daquela captura.

Caminhou lentamente sem fazer qualquer barulho; indo em direção a única porta daquele andar. Bastante cauteloso, encostou-se na parede no fim do corredor ao lado da porta trancada. Pode escutar claramente o ruído de algo sendo arrastado pelo chão de madeira velha.

O infeliz estava lá, mas estava fugindo. A não, não escaparia outra vez, não. Sem cerimônias explodiu a porta em mil pedaços. O homem que estava no cômodo pulou de susto. Mas logo se recuperou e com o pé empurrou para dentro da lareira o resto do malão que estava pra fora.

Maldição. Tinha verificado mais de mil vezes se aquela espelunca possuía uma lareira conectada a rede-de-flú, mas não possuía nenhum registro. Lareira ilegal. Como não pensara naquela possibilidade antes. Que ingênuo.

Quis bater sua cabeça na parede desgastada até não agüentar mais. Como fora burro, estúpido, tapado. Pensava em outros adjetivos carinhosos para si, mas precisava se concentrar no comensal que estava prestes a escapar do que em sua estupidez. Era um auror experiente e muito competente, com não pensara naquela possibilidade antes.

- Olá auror. Até que fim me achou. – O auror nada disse, apenas continuou olhando para o comensal de maneira mortal. O qual foi correspondido a altura ágil comensal.

- Preparado para receber seu tão esperado beijo do dementador? – O comensal apenas ergueu uma sobrancelha e apoiou o braço na lareira.

- Ora, ora, Malfoy. Adoraria ficar e tomar um chá, mas tenho compromisso. – dizendo isso, sacou sua varinha e antes que Draco pudesse se defender, fora acertado em cheio por uma azaração bem executada, que o lançou impetuosamente para fora do cômodo.

Seu corpo bateu com violência contra a parede no fim do corredor. O comensal riu pra valer se jogando para dentro da lareira e gritando algo incompreensível.

Draco levantou-se com dificuldade. Sua têmpora latejava dolorosamente.

- Desgraçado! – gritou com toda sua força.

Como pudera se deixar levar pela emoção. Malfoys não agiam conforme seus sentimentos e aprendera outras formas de se controlar na Academia de Aurores, não sabia o que tinha lhe dado para agir daquela forma. E agora, mais do que nunca estava totalmente ferrado.

Só conseguia pensar em sua carreira, manchada para sempre por aquele pequeno deslize. Seu nome seria motivo de piada tanto no Ministério como em todo o mundo mágico. Sua carreira como auror estava acabada para sempre.


(Continua...)

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N/A: Olá, outra fic minha. Meu Deus, eu num consigo terminar nada!!!!!! Essa é minha terceira fic incompleta... Só quero ver se darei conta de terminar todas!!!!!!!!
PS: Fic não betada!

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