A Ordem de Fênix



Encostou na cabeceira da cama e puxou-a para deitar-se em seu peito, acariciando seus cabelos e vendo deliciado os olhos dela pesando devido o cansaço. Nem pensou em perguntar se ela dormiria com ele, não queria que ela fosse embora. Queria apenas senti-la em seus braços. E com um suspiro cansado deixou-se adormecer.


Cap 10
A Ordem de Fênix


Lupin havia marcado a reunião da Ordem por volta das 15h, pois tinha certeza de que todos estariam realmente sãos depois da festa do casamento.
Na A’Toca, o dia começou por volta das 10h da manhã, com a Sra Weasley preparando o café e o Sr Weasley arrumando algumas coisas que haviam ficado nos jardins.

Os garotos foram os últimos a acordar, e após tomarem o café, encontravam-se no quarto de Harry, decidindo o que seria dito nessa bendita reunião.
- Eu acho que podemos começar de uma maneira mais abrangente e sentir a reação das pessoas, e só então contar mais detalhes sobre as hipóteses e as nossas suspeitas. – Hermione disse tentando desanuviar o ambiente.
- Eu também acho, considerando o fato de que a mamãe vai pirar quando souber dos inferis, pagamento de sangue, liquido venenoso enlouquecedor e tudo o mais que aconteceu naquela caverna. Ela vai adorar saber que o Harry passou por tudo isso. – Ron concordou com um tom irônico.
- Ta tudo bem... – Harry respondeu, de maneira um pouco distante. Ele estava pensativo desde que acordará.

A decisão de dividir o fardo que carregava, para assim obter ajuda na caça aos horcruxes o preocupava. Com certeza todos sem exceção entrariam de cabeça na estória, e não poupariam esforços para ajudá-lo, mas o seu medo era de o quanto custaria isso.
Pela experiência na caverna para pegar o medalhão, ele teve consciência do quão vil era a mente de Voldemort, os feitiços de proteção eram extremamente nocivos e esse foi um dos principais motivos de não sair somente com Rony e Hermione. Sabia por experiência, que eles não pensariam duas vezes antes de darem suas vidas pela dele, e vice versa. Não se daria ao luxo de perdê-los assim. Preferiu contar com a ajuda de pessoas mais experientes para ajudá-los, nem que para isso tivesse que revelar um segredo dele e de Dumbledore.
Dumbledore.
Se ele estivesse vivo tudo seria tão mais simples... sentia muito a sua falta, mas tentava não pensar muito nisso...- foi acordado de seus devaneios por uma voz doce e um toque delicado em seu rosto.
- Harry? Está tudo bem, querido? – era Gina que desde que acordaram percebeu que o namorado havia se fechado em seu próprio mundo, mas até aquele momento tinha achado melhor deixa-lo com seus pensamentos. Mas eles já estavam há 20 minutos falando sem parar e Harry não tinha prestado atenção em uma única palavra.
- Sim, estou apenas pensando... - ele respondeu voltando sua atenção para ela.
- Vai dar tudo certo, você vai ver... não se preocupe...estamos todos juntos nessa.- ela disse sorrindo.
- Ok. O Harry já voltou do planeta Harry – e eu sinceramente acho que não adianta nada a gente ficar tentando descobrir como eles vão reagir a essas novidades, então acho que podemos aproveitar que falta uma hora pra reunião, e descermos para esperar pelo horário da chave de portal lá no jardim. - o ruivo se manifestou, e todos concordaram.

Neville e Luna tinham partido pela manhã, mas ficou combinado que voltariam mais para o fim das férias para ficar com os amigos.
Ara, Carlinhos, Fleur e Gui já tinham ido para o Largo Grimald, ajudar a preparar o lugar para a reunião.

Com a morte de Dumbledore, Lupin era o novo guardião do segredo e todos os feitiços de proteção tinham sido reforçados, incluindo a lareira que havia sido lacrada.

Dobby e Wink estavam no largo desde a semana anterior, tentando a todo custo transforma-la em um lugar habitável, e uma das primeiras providências de Dobby, foi retirar todas as cabeças de elfos do corredor.

Tinham enfeitiçado uma das salas em uma sala de reuniões imensa com uma mesa oval no centro e a pedido de Lupin, arrumaram quartos para todos os membros da Ordem, que ficavam lá por longos períodos, ou seja: os Weasley’s, Harry, Hermione, Tonks e Lupin. E mais um monte de quartos de hospedes.

A casa agora estava mais clara, mais limpa e até poderia se pensar em morar por ali. Tinha uma biblioteca que deixaria Hermione encantada, e a cozinha, muito bem equipada estava totalmente aos padrões de Molly. Lupin e Tonks já estavam instalados lá desde que resolveram ficar juntos. Harry havia dado a Remus todo o poder em relação à sede, sugeriu até em dá-la para o lobo, mas esse não aceitou.

O dinheiro usado tinha sido uma outra surpresa, uma carta de Dumbledore deixada sobre sua mesa no escritório em Hogwarts, dizia que ele deixava boa parte de seu ouro para a Ordem, assim como algumas propriedades, em diferentes lugares do mundo. E também deixava claro que Harry era quem tomaria as decisões sobre o futuro da Ordem.
Mais uma responsabilidade para o menino-que-sobreviveu.

Ao chegarem ao largo, os garotos foram recepcionados por Dobby e logo foram percebendo as diferenças. Para alívio de Harry que achou que voltar aquela casa seria um martírio, estava até sendo agradável fazer aquele tour pelo casarão com Dobby tagarelando sobre as mudanças e tudo o mais. Quando chegaram ao terceiro andar, o elfo parou em frente a uma porta.
- E esse meu amo Harry Potter, é o seu quarto – Dobby disse fazendo uma reverencia exagerada e abrindo a porta do quarto.
- Nossa, é enorme – Ron disparou ao entrar.

O quarto era realmente grande, tinha uma ante-sala espaçosa com lareira, uma confortável escrivaninha perto da janela, estante com livros, poltronas parecidas com as da sala comunal e um tapete felpudo, na parede do fundo havia uma porta central que levava para o quarto com uma cama de casal de dossel no centro, um banheiro no canto esquerdo e um closet ao lado do banheiro.
Mas o que mais chamou sua atenção foi um quadro de Sirius colocado encima da lareira. E foi exatamente em frente a ele que Lupin achou Harry enquanto os outros exploravam o quarto.

- Ele passava quase o tempo todo de olhos fechado. Mas em uma das vezes que estava acordado e acompanhando a mudança, me pediu para que o colocasse no seu quarto. Quem sabe agora sabendo que você está por aqui ele não se anima. – o lobo falou colocando a mão sobre o ombro do garoto.
- Eu não sabia que o Sirius tinha um quadro – Harry falou vagamente tentando controlar suas emoções.
- É tradição entre as famílias “puro sangue”, reproduzirem em quadros como esse seus membros, para que assim depois de sua morte, eles continuem fazendo parte “ativamente” das famílias. Nós achamos no sótão, acho que quando ele brigou com a família eles retiraram todos os quadros dele da casa. Tem mais dois, um está na sala de reunião ao lado do de Dumbledore e o outro no escritório que eu estou usando para fazer pesquisas.
- Hum...e ele pode mesmo conversar comigo, digo...me dar conselhos e essas coisas?
- Não sei se conselhos, mas com certeza, todas as coisas que a pessoa sabia até sua morte, o quadro também sabe, então ele pode compartilhar experiências...
- Remus...é...meus pais não tinham um quadro? – o lobo o encarou por alguns minutos antes de responder.
- Lilian não, por ser nascida trouxa e por ter partido cedo, mas Thiago provavelmente possuísse um, mas no devido tempo, o encontraremos. – foram interrompidos por Ron, Hermione e Gina que se colocou ao lado do namorado, cumprimentou Lupin e pôs-se a observar o quadro.
- Ele já apareceu? – ela perguntou para Lupin.
- Já, mas se mantém dormindo quase o dia todo, acorda de vez em quando durante a noite.
- Ele deve ter gostado da faxina - Ron constatou – Nem parece mais a “a muy amada casa dos Black”.
- Ele deu bastante palpite mesmo, e quase enlouqueceu o Dobby e a Wink, os mandando colocarem fogo em todos os quadros. Mas eu já tinha falado que íamos apenas remove-los e coloca-los no sótão.
- Sr Black, queria que Dobby colocasse fogo em tudo... muito insistente, e ficou bravo quando eu disse que não podia. – o elfo dizia chacoalhando a cabeça para enfatizar o que dizia. - Foi ele que escolheu o quarto do meu amo e da Whezzy dele.
- O meu? Mas eu não vou ficar no de sempre, junto com a Mione?
- Não Gina, agora todos tem seus próprios quartos, com exceção dos gêmeos que quiseram um quarto conjugado. – o lobo explicou sorrindo – Venha, o seu quarto é aqui em frente, o do Ron, é o do lado e o da Mione enfrente ao dele. Achamos melhor deixa-los próximos, pra evitar que vocês ficassem andando pela casa sem necessidade – ele disse quase gargalhando do tom avermelhado que os quatro se tingiram.
- A mamãe não vai gostar disso – o ruivo murmurou.
- Ela já sabe...protestou um pouco no começo, mas depois viu que era melhor. Vocês tem um imã que faz com que fiquem juntos 24h por dia, se tentássemos separar vocês, seria pior.

Remus abriu a porta do quarto e deixou que eles entrassem. O quarto era um pouco menor que o de Harry, era uma suíte também, pintada e decorada em branco com alguns detalhes em vermelho, uma cama de viúva no centro e ainda uma escrivaninha e uma poltrona de leitura. A ruiva ficou maravilhada, o quarto era bem maior que o seu na A’Toca, e os móveis eram lindos, foi ao banheiro e deu um grito de alegria quando viu a banheira, uma banheira só dela.
- Ah Lupin obrigado, é lindo.
- Agradeça ao Dobby, ele não deixou que ninguém ajudasse no quarto de vocês quatro. – o lobo respondeu e imediatamente a ruiva se agachou em frente ao elfo e deu-lhe um beijo na face. Dobby arregalou os olhos e começou a chorar copiosamente, dizendo coisas como “eles são tão bons pro Dobby”...” a menina Whezzy merecia muito mais”, mas antes que ele pudesse se agarrar as pernas da ruiva, Hermione disse que queria ver seu quarto e o de Ron também.

O quarto de Hermione era do mesmo tamanho que o de Gina, decorado em branco e lilás e tinha uma das paredes forradas de livros. O que fez com que os olhos da morena brilhassem de contentamento. Já o de Ron, era igual ao delas, decorado em branco e laranja, com pôsteres do Chuddley Cannons espalhados em uma das paredes.

Depois de algum tempo explorando a sede, eles se dirigiram para a sala de reuniões, e lá Harry pode ver o outro quadro de Sirius “dormindo”, assim como pela primeira vez via o quadro do diretor acordado.
- Olá Harry, estava me perguntando quando você iria aparecer. – o diretor disse olhando para ele com um ar divertido. Harry ficou alguns minutos sem reação, e só recobrou a habilidade de falar, quando sentiu a mão da namorada apertar a sua.
- Olá Professor...fico feliz de o senhor estar conosco.
- Eu também meu rapaz. Vejo que você tomou decisões difíceis nessas férias.
- É...tomei, só espero que sejam as certas...
- Confie em você Harry. Eu confio e sempre confiei... – o diretor falou fazendo com que o coração de Harry se apertasse um pouco mais.
- Eu também. - Harry escutou a namorada sussurrar em seu ouvido, no que o diretor piscou para ela.

Sentaram-se e aguardaram para que todos se acomodassem. Além dos Weasley’s, Tonks e Remus, Moddy, Shackelbolt, estavam presentes os mais velhos membros da Ordem, e alguns professores de Hogwarts que estavam dispostos a ajudar para que a escola fosse reaberta Hagrid, o Prof. Flitwick, Prof. Slughorn, Madame Pince, Madame Pomfrey e Profª Sprout.
Remus começou a reunião, falando da importância em aumentar as forças da Ordem, recrutando novos membros e ensinando os mais jovens a se defenderem. Explicou a todos que Dumbledore havia dito em documento que deixava as decisões sobre a Ordem nas mãos de Harry, fato que arrancou muxoxos da Sra Weasley e um olhar irritado da Profª McGonagoll, e que havia sido Harry quem tinha convocado a reunião, fazendo assim com que toda a atenção voltasse para o garoto.
- É...bem...boa tarde a todos. – ele disse se esforçando ao máximo em se acalmar. – Antes de qualquer coisa, agradeço a confiança do diretor em mim – disse olhando para o quadro que apenas piscou-lhe em resposta - Mas creio que as decisões em relação à Ordem devam ser tomadas por todos nós. A sede será comandada por Remus Lupin, como já ficou claro a todos e creio que ele está fazendo um ótimo trabalho por aqui. – constatou no que todos concordaram.
– Eu, Ron e Hermione, temos um assunto um pouco delicado para dividir com vocês, e peço que nos ouçam com muita atenção. – e assim, eles despejaram todas as informações que tinham sobre os horcruxes, os possíveis objetos usados para produzi-los e o mais difícil, suas supostas localizações. – não deram muitos detalhes, como Hermione havia sugerido e todos escutaram sem interrompê-los uma única vez. Então, quando finalmente terminaram as explicações, um silêncio incomodo se instalou na sala, até que McGonagoll, que desde o começo da narração se revezava em observar os garotos e o retrato do diretor, resolver se pronunciar.
- Era isso que vocês estavam fazendo naquela noite, não é? – ela perguntou, mas para espanto de todos, ela encarava o quadro e não os garotos.
- Sim minha cara Minerva, sim. – Dumbledore respondeu calmamente.
- E você não tinha a menor intenção de me comunicar que estava levando o garoto para caçar essas coisas? – ela perguntou novamente, esquecendo-se que estava em meio à pelo menos 30 pessoas.
- Não, não tinha. – ele respondeu, soltando um longo suspiro – Eu o fiz prometer que não tentaria nada tolo e ele cumpriu, ou pelo menos tentou.

Nessa hora, o estômago de Harry se comprimiu e seus olhos marejaram. Dumbledore havia o impedido de salvá-lo, forçando-o a cumprir o prometido.
- Porque não me disse Alvo? Eu poderia ter ajudado, eu poderia ter ido com você, no lugar do garoto. Você não tinha o direito de submetê-lo a isso, ele já tem tanta coisa para se preocupar, e isso... isso é muito cruel... – e todos se espantaram, pois a imagem imponente de Minerva McGonagoll se desmanchou em lágrimas.
- Minerva, ele precisava saber com o que ia ter que lidar, ele precisava entender o quão vil um bruxo pode ser para conquistar o que quer...
- Você não entende, não é Alvo. Eu prometi...eu jurei... – ela disse aos prantos, sendo amparada por Molly – Eu prometi a menina que nada de mal aconteceria a ele, e desde que o reintegramos ao mundo bruxo, ele vem passando por provação atrás de provação... você não tinha o direito de colocar mais isso sobre sua responsabilidade.
- É o destino dele Minerva, tente entender. – Dumbledore tentou mais uma vez, com o ar cansado.
- Não, não é...o destino dele é casar com uma bela mulher, me dar bisnetos e ser feliz em paz, esse é o destino dele. – ela gritou em resposta. Sem se dar conta das palavras que tinha acabado de dizer.

Bisnetos?

Essa palavra soou como um alarme na cabeça de Harry.
- Como assim bisnetos? – foi à primeira coisa que saiu de sua boca, no mesmo momento em que os mais velhos abaixavam a cabeça derrotados e Minerva arregalava os olhos, percebendo o que acabara de fazer.
Mas antes que qualquer outra coisa fosse dita, Lupin interrompeu a reunião pedindo a todos que fossem para a copa tomar um café, ficando apenas McGonagoll, Harry e Gina que foi impedida por Harry de sair.
- Professora, a senhora disse bisnetos? – Harry tentou mais uma vez, com a voz tremula. Ela demorou um pouco para responder, mas recompondo-se, levantou de onde estava colocando-se em uma cadeira ao lado de Harry.
- Não Harry, eu não sou sua avó...pelo menos não de sangue. – ela suspirou, olhou mais uma vez para o quadro do diretor que sorriu em apoio – Eu era madrinha do seu pai, madrinha de casamento de seus pais e...sou sua madrinha. – ela disse esperando pela explosão do garoto.

Madrinha.

Sua professora de transfiguração era sua madrinha. Como? Quando? Quer dizer, porque nunca soube disso??? Tantas coisas passavam por sua cabeça, eram tantas perguntas não sabia nem o que dizer, há uns minutos atrás estava furioso por estarem falando dele como se ele fosse uma criança e não soubesse se defender, e agora descobria que sua professora de transfiguração que o acompanhava desde os onze anos, era sua madrinha, era o mais próximo de uma família que ele poderia ter.
- Porque nunca disse nada? – ele murmurou, fazendo um esforço descomunal para que aquelas palavras saíssem de sua garganta.
- É muito mais complicado do que você pode imaginar, Harry – ela respondeu arrasada pelo estado do garoto.
- Pois tente nos explicar professora, estamos aqui para tentar entender. – a ruiva se interpôs, vendo que o namorado não conseguiria mais falar.

- Quando você nasceu, seus avós já tinham falecido e eu fazia meio que o papel de mãe para o Thiago, ajudei a Lilian durante a gravidez e me sentia responsável por vocês. Quando soubemos da profecia, eles decidiram que eu seria sua madrinha junto com Sirius, o Thiago costumava dizer que tudo de errado que o Sirius te ensinasse eu teria que corrigir - disse sorrindo com a lembrança – No dia do ataque eu tinha saído a poucos minutos da casa de vocês, iria me encontrar com Dumbledore e depois voltaria para ficar com você enquanto seus pais fossem receber instruções na Ordem. Estávamos juntos quando soubemos do ataque e...eu não pude fazer nada para impedir. – ela disse com os olhos cheios de água.
- Você não poderia ter feito nada Minerva. – Dumbledore lembrou-a.
- É madrinha, a senhora não poderia ter impedido...a culpa foi minha – uma voz rouca se pronunciou pela primeira vez, assustando a todos e fazendo um sorriso aparecer nos lábios do diretor.
- Sirius!!! Ah meu filho, não diga bobagens – Minerva disse entre lagrimas, mas com um sorriso nos lábios.
- Madrinha? Você é madrinha dele também? – a ruiva perguntou ao mesmo tempo em que sentia a mão do namorado apertar ainda mais a sua.
- Olá Harry, como você está? – Sirius se dirigiu ao afilhado de forma carinhosa.

Harry, não sabia o que fazer com tantos sentimentos conflitantes, tinha vontade de gritar todas as injustiças de o privarem do contato familiar que poderia ter desfrutado, se de repente tivesse sido criado pela madrinha. E ao mesmo tempo estava feliz por estar conseguindo conversar com três pessoas que eram sua família, apesar de duas delas já estarem mortas. Ficou um tempo de cabeça baixa, tentando controlar a respiração e colocar as idéias no lugar.

- Estou bem Sirius, apesar de não saber muito bem o que está acontecendo agora. - disse fitando o padrinho. – Senti sua falta.
- Vejo que você ganhou o coração da ruiva, eu ficava me perguntando quando você ia deixar de ser tão tapado e perceber que um Potter que se preze tem sempre uma ruiva teimosa por perto.
- É eu demorei, mas enxerguei... - ele respondeu sorrindo e piscando para a namorada. – Mas então, a senhora também é madrinha do Sirius? – ele perguntou para a madrinha, um pouco mais leve.
- Não, eu que tinha inveja do seu pai e chamava seus avós de pai e mãe e a Minerva de madrinha. – Sirius respondeu divertido.
- E eu sempre gostei, querido. – a professora respondeu sorrindo.

- Eu sei que vocês têm muito que conversar, mas acho que o Harry está esperando por algumas explicações – interrompeu o diretor.
- Bem, onde estávamos...a sim, o ataque. Assim que soubemos, fomos todos para lá, e encontramos tudo destruído. Dumbledore pediu para que Hagrid te tirasse de lá no mesmo instante em que Sirius chegava de moto e corria para ver seus pais, pouco se importando se estávamos lá ou não. Na ocasião ele já sabia da traição de Pettigrew por Bellatrix que fez questão de lhe contar pessoalmente e sem dizer nada para nós, o que foi um erro, ele ofereceu a moto para que Hagrid te levasse para algum lugar seguro e aparatou. Depois disso, ele foi preso e decidimos que seria mais seguro que você fosse para a casa de sua única parente de sangue viva.
– Eu me transformava e fazia vigília na porta daquela família trouxa todos os dias e até cheguei a brincar com você quando você era criança, eu era um dos gatos de Arabela, por isso ela te chamava para ir a casa dela sempre que podia. Eu não podia te levar para ficar comigo, não seria seguro, mas muitas vezes tive vontade de te tirar de lá.
- E porque não me contou quando eu fui pra Hogwarts? – Harry perguntou fazendo um esforço descomunal para não soar rude.
- Foi um erro, eu sei. Mas como eu chegaria pra você, um garoto assustado de 11 anos, que passara o diabo na casa dos tios e que ainda precisaria voltar para lá todos os verões, e diria ”Olá eu sou Minerva McGonagoll, sua madrinha, mas que não posso ficar com você, pois não é seguro”. Eu não teria como te explicar, não naquele momento, e com o passar dos anos, nós percebemos que você era muito parecido com o seu pai, e se eu dissesse alguma coisa, você iria se revoltar ainda mais e faria o inferno para que eu o levasse a morar comigo. Não que eu não quisesse, era o que eu mais queria, mas mesmo depois de “morto”, Voldemort continuava atrás de você, bem debaixo dos nossos olhos, e nós achamos melhor que você continuasse indo para a casa dos seus tios. Quando soube da sua amizade com os Weasley’s, meu coração se aliviou um pouco, pois Molly iria com certeza fazer de tudo para que você se sentisse bem e nós duas atormentávamos o Alvo a deixar que você fosse o mais rápido possível para A’Toca.
- Quando Sirius voltou, eu pensei que enfim as coisas iriam melhorar, e que eu poderia junto dele, acabar de te criar. Mas então aconteceu tudo aquilo no Torneio, e mais uma vez achamos melhor que você continuasse onde estava. Depois veio a batalha no Ministério e nós perdemos Sirius...não queria que isso acontecesse com você e era exatamente para onde as coisas estavam se guiando. Você soube da profecia e explodiu o escritório do diretor. Quando te vi daquele jeito não soube o que fazer, achei que você não ia conseguir se recuperar, e decidi que se um dia isso tudo acabasse, eu lhe contaria e pagaria para ver a sua reação.
- Acredite Harry, eu posso ter sido covarde, mas eu não conseguiria dizer não a você e eu teria que fazer isso na maior parte do tempo. Seu pai e essa peste – disse apontando para Sirius, que sorria marotamente – Conseguiam me convencer o tempo todo, e o que estava em jogo não eram seus caprichos, e sim a sua vida. Por isso, me perdoe. – ela disse soltando um longo suspiro e debruçando-se sobre a mesa.

O que dizer? O que pensar? Harry não soube em que momento começou a chorar, mas o fazia e há algum tempo. Estava com o olhar perdido e tentava a todo custo entender as razões da mulher a sua frente ter feito tudo aquilo. Ela fez a mesma coisa que Dumbledore, o privou de informações para protegê-lo.
Até que ponto isso era errado?
Ele tinha uma madrinha esse tempo todo, e não sabia, mas se soubesse o que ele teria feito?
Ele não conseguiria dizer nada a esse respeito, naquele momento, precisava pensar e tentar absorver todas essas informações, pois desconfiava que tinha muito mais a ser dito. Viu quando Gina conjurou dois copos de água, oferecendo um para McGonagoll e o outro colocou a sua frente antes de carinhosamente passar a mão sobre seu rosto, limpando as lagrimas que caiam.
- Meu amor, beba um pouco de água e tente se acalmar. Você não precisa resolver nada agora, e acho que os outros não se incomodariam se você fosse se deitar um pouco, o que acha? – ela disse perguntando silenciosamente a professora se havia algum problema.

Harry, pegou o copo de água e bebeu um gole. Respirou fundo e levantou o rosto, encarando a madrinha.
- Tudo bem se nós conversarmos depois? Eu não estou conseguindo agora. – perguntou quase num murmuro.
- Oh querido, claro que sim. Suba e descanse, quando se sentir pronto é só me procurar. – ela sorriu triste para o garoto – Mas Harry eu gostaria que você soubesse que eu sempre te amei como se fosse realmente meu neto. – ele apenas assentiu e puxando a namora pela mão saiu em direção ao seu quarto.

Quando saíram pela porta, Ron e Hermione estavam aflitos esperando por eles, mas antes que começassem o bombardeio de perguntas, Gina pediu para que não o fizessem naquele minuto e pediu para que avisassem aos outros que eles não voltariam para a reunião. Mesmo contrariados, eles deixaram pra depois e seguiram para a copa.

A reunião continuou sem eles, mas a atenção de alguns já não estava somente no que era dito naquela sala. Rony e Hermione, tentaram esclarecer quase todas as dúvidas da melhor maneira possível, e contaram com a ajuda de Dumbledore e Slughorn, esclarecendo alguns pontos. Mas Lupin resolveu dar a reunião como encerrada e marcar uma para o dia seguinte. O que foi aceito por todos.

Enquanto estavam na copa o Sr e a Sra Weasley junto com Lupin deram uma versão resumida da estória deixando todos atônitos.
- Porque tudo tem que acontecer com ele? Não é possível, deve ser alguma maldição...- Ron resmungou enquanto amparava Hermione que caiu no choro, aflita pela reação de Harry.
- Ele vai enlouquecer Ron...ele vai enlouquecer. – a garota resmungava abraçada ao namorado.
- Fiquem calmos, o Harry vai precisar de vocês calmos, ok. – Lupin falou tentando acalma-los.
- É, a Gina ta lá com ele, vai ficar tudo bem, vocês vão ver. – Carlinhos disse enquanto dava tapinhas nas costas do irmão caçula.

Subiram para o quarto de Harry em silêncio, chegando ao quarto Gina ajudou-o a tirar os sapatos e a jaqueta e fez com que ele se deitasse na cama, mas quando fez menção de sair ele puxou-a para junto de si.
- Fica comigo...eu preciso de você...- ele murmurou assim que colocou-a deitada sobre seu peito. Gina não disse nada, apenas beijou-lhe a palma da mão e deixou-se ser abraçada por ele.
Permaneceram assim durante um bom tempo, nenhum dos dois dormiu e Harry fazia o possível para se controlar e colocar as idéias em ordem, e chegar a alguma conclusão...
- O que você acha de tudo isso? – ele perguntou de repente.
- Se eu te disser que entendo um pouco as atitudes dela você vai achar estranho? – houve um silêncio incomodo em que Gina levantou o olhar para ver as reações do namorado.
- Eu era tão descontrolado assim?
- Pensa assim...você não tinha maturidade o suficiente para aceitar as coisas, e você realmente ia fazer todas aquelas coisas que ela disse que você ia fazer...você é meio cabeça-dura, meu amor...você explodiu a sala do diretor. Não ia adiantar muito ela te contar e você ter que continuar na casa dos seus tios...você não ia aceitar isso e era capaz de brigar com a sua madrinha por causa disso, alias, eu acho que você ia brigar com todo mundo por causa disso.
- Eu não sei o que fazer, quer dizer, eu sei o que fazer, mas não sei...eu não posso simplesmente aceitar e fazer de conta que já sei disso a anos e está tudo bem...
- Ninguém espera que você faça isso Harry, afinal de conta você é um Potter e a ruiva ai tem razão...um perfeito cabeça-dura – Sirius que a algum tempo observava o casal resolveu se pronunciar, fazendo-os sentar na cama e procurar de onde vinha a voz. – A Minerva sabe que não vai ser fácil assim, aliás todos nós sabemos.
- Eu ainda acho que vocês deviam ter me contado antes, mas acho que entendo o porquê de não faze-lo.- murmurou amuado fazendo o retrato do padrinho rir abertamente.
- Ela sofreu muito por você esse tempo todo...fazer o papel de anjo da guarda para os Potter é uma missão quase impossível, você deveria saber disso. Eu e seu pai deixamos ela com boa parte daqueles cabelos brancos, mas tenho certeza de que todo o restante foi você e ela realmente era incapaz de dizer não a nós, dava até dó Harry, ninguém resistia a nossa cara de cachorro pidão, mas com ela a gente abusava. Até relaxar detenção ela já relaxou pra gente, quer dizer, ao invés de limpar o banheiro dos monitores ela fez a gente ficar fazendo nossos deveres acumulados na sala dela...ela não fez por mal Harry.- ele disse por fim em um tom mais brando.
- Eu realmente não acho que ela tenha feito por mal, mas entenda Sirius...é muita informação...eu preciso de um tempo pra pensar...colocar as idéias no lugar.
- Ok, então vou acalmá-los lá embaixo e dizer que vocês não descem mais hoje. Se quiserem alguma coisa pra comer, chamem o Dobby, eu volto aqui mais tarde.
- Não Sirius!!! A minha mãe vai me matar se você disser que eu vou passar a noite aqui com o Harry – Gina disse apreensiva, não que ela não quisesse, mas todos os irmãos estavam na casa além de seus pais.
- Deixa comigo foguinho, eu falo que vou ficar de olho e que o Harry ta precisando muiito de você – e ele saiu dando uma piscadela marota pro afilhado.
Os dois riram e se aconchegaram mais um ao outro, Harry estava encostado na cabeceira da cama e Gina estava entre suas pernas com as costas sobre o peito do garoto que lhe abraçava possessivamente.
- Eu to precisando muito de você mesmo. – ele sussurrou no ouvido da garota provocando uma onda de arrepios que não passou despercebida por ele.
- Eu sei que está – ela respondeu em um suspiro – Quer conversar? –ela disse brincando com os dedos do namorado que estavam pousados em sua barriga.
- Acho que não – ele respondeu entretido em uma mecha do cabelo ruivo sobre seu peito.
- Quer comer alguma coisa? Faz tempo que a gente comeu, eu acho que estou com um pouco de fome.
- Pode ser. – estranhando a forma monossilábica que o namorado se comunicava, ela resolveu se virar para encará-lo e viu que ele estava com um ar sereno, mas longe, muito longe dali.
- Vou pedir alguma coisa pra comer. Porque você não vai tomar um banho enquanto isso? Ajuda a esfriar a cabeça.
- É acho que sim...mas você vai ficar aqui e me esperar, né?
- Eu estava pensando em ir pro meu quarto e tomar um banho também, e falar com o Ron e a Mione, eles devem estar preocupados...
- Não. Peça para o Dobby pegar roupa pra você e tome banho aqui...eu não quero...eu quero que você fique aqui comigo...por favor...depois a gente chama o Ron e a Mione, mas só depois... – ele disse isso em um sussurro sentido, que apertou o coração da ruiva.
- Tudo bem...tudo bem, calma meu amor...eu vou até meu quarto enquanto você toma banho, pego minhas coisa e volto pra cá. Eu vou preparar um banho de banheira pra você, o que você acha? Vai te ajudar a relaxar você vai ver.
Gina foi ate o banheiro e preparou a banheira, tomando cuidado em colocar sais de banho relaxantes, o cheiro era realmente bom e ela tinha certeza de que ia ajudar, quando saiu do banheiro encontrou Harry na mesma posição que ela havia deixado, sentado na cama com o olhar vago, e isso fez com que ela se sentisse muito mais aflita do que antes. Que droga! Tudo tinha que acontecer com ele?

- Venha Harry, o seu banho está pronto. Vou chamar o Dobby, você quer alguma coisa em especial?
- Não, o que você pedir está bom...
- Então venha, e não precisa ter pressa...aproveite o seu banho – ela disse puxando-o pela mão pra dentro do banheiro, deu um beijo no namorado e virou-se para sair, mas Harry puxou-a de volta e abraçou-a com tanta urgência que Gina até se alarmou.
- Eu te amo muito...obrigado – ele sussurrou e beijou-a como se fosse perde-la em algum momento. Gina sorriu ainda com os lábios colados ao do namorado. Após alguns minutos eles se desgrudaram e ela sorrindo apenas disse que já voltava.

Fechou a porta do banheiro e chamou por Dobby, pedindo uma comida leve, suco de abóbora e chocolate, que Harry adorava. Pediu também para que Dobby falasse com Molly e pedisse uma poção relaxante para ajudar o namorado. Dobby atendeu a todos os pedidos exageradamente e arrumou ainda uma pequena mesa para duas pessoas na ante-sala do quarto de Harry enquanto Gina ia até seu quarto pegar uma troca de roupa e suas coisas para o banho. Quando voltou, o namorado ainda não tinha saído do banho e Dobby estava acabando de arrumar algumas flores na mesa, enquanto discutia alguma coisa com o quadro de Sirius.

- O que aconteceu?
- Oh senhorita, Dobby trouxe tudo o que a senhorita pediu para meu mestre Harry Potter, mas mestre Sirius insiste para que eu entre no banheiro e espie o mestre Harry, mas Dobby não pode espiar o mestre. É muito feio espiar o mestre, Dobby não pode fazer isso.

Enquanto Dobby falava, Sirius girava os olhos exasperado e Gina ia aliviando a expressão em seu rosto, até que por fim sorriu e afagou as orelhas do elfo.

- Não se preocupe Dobby, eu mesma vou ver como ele está – e se dirigiu para a porta do banheiro – Harry? Está tudo bem? – esperou por alguns minutos e não obteve resposta. – Harry? Posso entrar?- não obteve resposta novamente, olhou para Sirius e ele fez um gesto com a cabeça indicando para que ela entrasse.

Levou a mão à maçaneta um pouco temerosa do que poderia encontrar, bom na pior das hipóteses, ela veria ele nu...não que isso fosse ruim, mas com platéia, era realmente embaraçoso.
Ao abrir a porta foi presenteada com uma bela visão de seu amado adormecido com a cabeça apoiada em uma toalha enrolada à borda da banheira. Parecia um anjo, tão tranqüilo e tão absurdamente belo. Estava coberto de espuma até a altura do peito que subia e descia em movimentos lentos. Sorriu e voltou alguns passos apenas para dizer a Dobby e Sirius que ele havia adormecido.
Entrou no banheiro tomando o cuidado de encostar a porta atrás de si, sentou na borda da banheira e ficou admirando cada detalhe daquele rosto lindo. Ajeitou a franja que caia sobre os olhos fechados e sem conseguir se controlar, roçou os lábios ao do namorado que abriu os olhos ao sentir a suavidade do toque. Ele piscou algumas vezes e sorriu ao se dar conta da situação, ela sorriu de volta e continuou brincando com os lábios do namorado por algum tempo.
- Você adormeceu... – ela sussurrou acariciando o rosto dele com a pontinha do nariz
- Foi...
- Parece um anjo...tão lindo...
- Eu gostaria muito que você pudesse entrar aqui comigo...
- Eu também...mas acho melhor não...o Dobby e o Sirius estão lá fora esperando por nós...
- Humm...que pena...eu realmente gostaria disso – e sem esperar pela resposta substituiu a caricia de lábios por um beijo avassalador, que por muito pouco não fez com que a ruiva mudasse de idéia e entrasse dentro daquela banheira no mesmo instante. “Incrível como esse garoto consegue ser persuasivo quando quer.”
- Harry...- ela sussurrou quase sem força – É melhor eu ir...pra você...poder se vestir...
- Espera...mais um pouquinho...
- Se...eu esperar mais um pouquinho...eu vou acabar...entrando ai com você...
- É...essa...a idéia...
- Não...Harry...não faz isso comigo...eu preciso...você precisa se vestir... humm... – ela resmungou ao mesmo tempo em que ele levantava uma das mãos que estava dentro da água e enlaçava sua nuca para aprofundar novamente o beijo e se assegurar de que ela não iria a lugar algum. Mas como tudo que é bom dura incrivelmente pouco, Dobby, a mando de Sirius bateu na porta, interrompendo o beijo para alívio da ruiva e frustração do moreno.

Sirius gargalhou ao ver a cara da garota assim que ela saiu do banheiro.
- Vai me azarar ou agradecer por ter interrompido a “conversa” de vocês?
- Agradecer...seu afilhado sabe mesmo como conseguir o que quer...por Merlim!!!
- Esse é o pequeno Pontas!!! – Sirius respondeu só sorrisos, ao mesmo tempo em que Harry saia do banheiro acompanhado de Dobby, que estava preparando o banho da ruiva a pedido de Harry.
- Qual o assunto? – ele perguntou ao ver a vermelhidão no rosto da namorada e se aproximando para abraçá-la. Sirius alargou ainda mais o sorriso, mas Gina se antecipou a ele na resposta.
- Nada não...eu vou tomar o meu banho. – ela respondeu sem encarar o namorado – Eu separei a sua roupa Harry, está em cima da cama – e se trancou no banheiro tentando a todo custo tirar aquela imagem de Harry apenas com a toalha amarrada na cintura...não que ela já não tivesse visto antes, mas só de pensar no que poderia ter acontecido se eles não fossem interrompidos...aff...dava um calor...”banho frio...eu preciso de um banho frio...ele ainda me mata...escuta o que eu estou dizendo” – ela resmungou antes de mergulhar na banheira.


N/A – Eu sei, eu sei...(abaixa a cabeça e se rente à avalanche de reclamações pela demora)...me desculpem...
Pensem assim: o Cap. 10 já saiu...agora é só esperar pelo 11!!!!
Não funcionou!!! Ouchh!!!! Tentarei ser mais rápida...prometo.
Ok, quero opiniões sinceras sobre o capítulo, deixem o rancor de lado e me ajudem com o meu filhote.
Agradeço imensamente à Gina W Potter, Guil_Potter, Tonks&Lupin, Mimi Potter, Carolina Villela Good God pelas reviews.


Obrigado

Bjs a todos e até mais.











Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.