O Passar dos Meses



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Hermione chorou por meses após a partida de Ron, não somente pela saudade. Não, mas também porque, algumas semanas depois, descobriu que estava grávida. Normalmente o casal usava contraceptivos, mas desta vez foi diferente. Foi mais emotivo, com lágrimas, desespero e amor entre os dois Gryffindors, que todo o pensamento lógico desapareceu.

A idéia de uma gravidez não planejada não passou pela cabeça dela por mais ou menos um mês. Ela estava tão triste com a partida de Ron que não conseguia pensar em outra coisa a não ser ele. Foi quando contou a Ginny sobre a maravilhosa despedida, que a ruiva perguntou, “Vocês usaram o feitiço contraceptivo?”

Duas horas depois e uma poção caseira revelou o que Hermione temia. Ela estava grávida.

Ginny foi a única pessoa a quem Hermione contou sobre a gravidez a princípio. Ela tinha que tomar algumas decisões sobre o futuro, e como em um exame, queria respostas para as inúmeras perguntas que sua família faria.

A primeira seria, obviamente, ‘você vai tê-lo?’ A resposta para essa pergunta abriria um leque de novos questionamentos. Hermione concluiu que havia três opções: adoção, aborto ou ter o bebê.

A primeira opção abriria várias portas para a criança e lhe daria pais carinhosos que não tivessem 18 anos e que pudessem dar toda a assistência a um bebê. Porém, quando pensava em adoção, ela lembrava de sua bisavó, que fora adotada por uma família trouxa, após nascer em uma família bruxa. Sua bisavó nunca conheceu magia até completar 11 anos e Hermione não gostaria que o mesmo acontecesse com seu filho.

Aborto foi considerado, mas daria margem para muitos “e se?” Se Hermione não tivesse essa criança, ela poderia progredir no Ministério. Ela iria começar a trabalhar no Departamento de Catástrofes e Acidentes Mágicos em Outubro e poderia até chegar a Chefe do Departamento, o cargo mais importante.

Entretanto, por mais que pensasse em não ter o bebê, não conseguia imaginar sua vida sem ele. Hermione sempre quis ter filhos, ainda mais após ver o quão felizes os Weasley eram juntos e admirava Molly por todo o seu trabalho. Ela amava demais Ron e pensou se essa não seria sua única chance de ter um filho com ele. Amores adolescentes são muito bons, mas durariam a vida toda? Ela não conseguia imaginar construir uma família com outra pessoa que não fosse ele.

A última opção a assustava demais. Hermione fez uma lista de razões para não ter o bebê, organizando por opção e codificadas por cores, mas na hora da decisão, o único ‘pró’ da lista bateu todos os ‘contras’.

Pró: Porque eu quero tê-lo.

Os livros sempre foram os amigos de Hermione e figuras históricas, seus companheiros. Ela nunca sentiu necessidade de mais nada. Seu sonho era obter seu máximo, sendo filha única e isolando-se na escola trouxa, fez isso com ela. Mas agora... agora ela tinha amigos, muitos amigos e um bebê a caminho. Sonhos mudam, pessoas mudam.

Muitas mulheres têm filhos e iniciam mais tarde sua vida profissional. Ela poderia fazer isso. E sendo inteligente como era, Hermione sabia que poderia começar no momento que quisesse e provavelmente até chegasse ao cargo que ela queria. Ser mãe não a impediria.

Contou aos seus pais sobre a gravidez e como esperado, questionaram sobre o pai. Hermione nunca contou a eles sobre seu namoro com Ron. Eles sempre pensaram que, assim como Harry, ele fosse apenas um amigo da filha. Para eles, Hermione ainda era uma garotinha. Sua garotinha. E a garotinha deles era uma boa menina; melhor aluna da classe, monitora - chefe em Hogwarts; uma pessoa que não precisava de um namorado quando tinha inúmeras portas abertas para ela.

Seus pais não ficaram zangados, apenas preocupados em relação a quais seriam seus planos. O dia do “exame” havia chegado e Hermione tinha decorado as respostas para todas as perguntas que lhe seriam feitas.

Ela iria ter o bebê. Hermione pensou muito sobre o assunto, perguntou a opinião de Ginny e finalmente decidiu seguir seu coração. Explicou a seus pais que a família era muito importante para ela e que faria o que sentia ser o melhor.

Hermione sempre planejou ter filhos e sabia que um dia teria que abrir mão do trabalho para isso, e isso significava que poderia ser mãe primeiro e então, quando a criança estivesse maior, ela poderia iniciar sua carreira e não teria que parar no meio do caminho - a menos, é claro, que tivesse outro filho.

Outra preocupação era quanto aos planos de moradia da garota. Sabendo o quanto Hermione amava o Mundo Bruxo, os Granger preocupavam-se se ela iria preferir viver lá ao invés do Mundo trouxa - estavam certos. Hermione explicou que por mais que amasse os pais, sentia que, como ia ter uma criança com poderes mágicos, seria melhor que ela nascesse no Mundo Bruxo.

A garota não soube nada sobre esse excitante mundo por 11 anos e desejava todos os dias que o tivesse conhecido antes. Havia tanta coisa que queria aprender, e poucos livros para ajudá-la.

Freqüentemente sentia-se enciumada, aborrecida e até mesmo triste quando ouvia seus amigos Puro-Sangue, como Ron, Neville, Luna e Ginny conversarem sobre magia e a educação que tiveram. Seu filho sairia na frente. Seus pais respeitaram suas decisões e pediram para que a filha avisasse quando o bebê nascesse. Hermione concordou e assegurou seus pais que ficaria bem e manteria contato. Então partiu para sua nova casa: A Toca.

O que Hermione mais temia era contar a Sra. Weasley que ela seria avó. Considerava Molly como uma segunda mãe, que cuidava dela tanto quanto de qualquer um de seus filhos. Quando Hermione lhe deu a notícia, ficou desapontada com o filho e a namorada, mas após uma longa conversa com Arthur, o casal ofereceu sua casa à ela, caso desejasse ficar lá.

Hermione não tinha o que pensar sobre o assunto. Sabia que morar na Toca seria perfeito tanto para ela, quanto para a criança. Ter Molly como exemplo ajudaria Hermione a aprender como ser uma boa mãe.

Os Weasley disseram para Hermione se sentir como se estivesse em sua própria casa. Ela seria tratada como adulta, o que significava que podia usar o Flú sem ter que pedir permissão, contanto que contribuísse com o pó que usasse. Poderia pegar o que quisesse na geladeira e lhe deram seu próprio quarto.

Os gêmeos haviam saído de casa para morar em um apartamento em cima da loja de logros no Beco Diagonal, então Hermione ficou com o quarto deles. Percy também havia deixado o ninho, casando com Penelope Clearwater, mas Percy não permitiu que tocassem em seu quarto. Isso por causa dos seus prêmios de Hogwarts.

O quarto precisou mais do que tirar alguns tapetes e arrumar as coisas de Hermione. Em uma tarde, com a ajuda de Ginny, eles pintaram as paredes e Arthur concertou todas as rachaduras que encontraram. Em pouco tempo, o quarto estava irreconhecível e em nada lembrava o antigo quarto dos gêmeos. As paredes agora eram brancas, com pequenas varinhas e ovelhas pintadas no teto. Uma cama de casal, providenciada por Arthur, substituía o velho beliche. O toque final foi a estante de livros que Hermione trouxera de casa e estava cheia com seus livros favoritos, uma mistura de títulos trouxas e bruxos, indo de Louisa May Alcott à J. Murray.

Molly achou um antigo berço para pôr no quarto, o qual serviu perfeitamente a ela por muitos anos; serviria também para o bebê de Ron e Hermione.

Quanto ao emprego no Departamento de Catástrofes e Acidentes Mágicos, que estava à espera de Hermione, ela passou um dia de outono escrevendo uma carta ao seu quase-chefe, explicando sua situação. Não seria fácil trabalhar e tentar cuidar de uma criança, Molly sugeriu que ela cuidasse do neto enquanto Hermione trabalhava, mas a morena não aceitou. Ela queria contribuir com alguma coisa na casa; pagar pela comida, aluguel, roupas do bebê e outras coisas mais que fossem necessárias para a criança.

Os Weasley eram tão bons com ela, e Hermione não poderia deixar Molly fazer mais por ela. Após algumas corujas entre a jovem futura mamãe e seu chefe, eles chegaram ao acordo de que Hermione trabalharia em casa. Se ela queria trabalhar no Ministério, era isso que ela ia fazer - trabalhar no Ministério. Não havia razão para que ela não pudesse trabalhar em casa e mandar os documentos ao escritório via coruja.

Hermione teria uma conversa rápida com seu chefe todas as manhãs, através da lareira, e sendo quem era, rapidamente terminaria qualquer trabalho que lhe fosse dado e com o padrão de qualidade Hermione. Este acordo foi ótimo para a garota, que combinou com Molly, que enquanto trabalhava, a matriarca Weasley olharia o bebê até que terminasse.

Claro que seria cansativo cuidar de uma criança e trabalhar, mas Hermione dava conta de estudar e tirar notas boas em Hogwarts, mesmo sem dormir muito e com o tempo isso melhoraria.

Molly também a lembrou que tinha que tomar uma decisão: poderia contar a Ron sobre o bebê, ou esperar até que ele voltasse da América. Se ela contasse, provavelmente ele voltaria para casa para ficar com ela e a criança, o que ela mais queria. Porém, se ela contasse e ele voltasse para casa, ele estaria jogando sua vida fora, coisa da qual se arrependeria e culparia Hermione para sempre.

Para piorar as coisas, ela vinha tendo pesadelos, sonhos de como seria seu futuro com Ron caso lhe contasse. Ele estava gordo, careca e emburrado o tempo todo, a odiava, a culpava por arruinar seus sonhos. Hermione não sabia exatamente o que os sonhos significavam, já que havia abandonado Adivinhação antes de chegarem ao capítulo sobre interpretação de sonhos. Explicou-os a Ginny, que disse que geralmente os sonhos são mensagens da nossa consciência.
Isso era tudo que Hermione precisava saber para tomar sua decisão.

‘Não posso contar a ele. Simplesmente não posso. Não irei.Ele não vai ficar tão zangado assim, vai?’

Era muito difícil não mencionar seu estado nas cartas que escrevia para Ron. Quando ele perguntava se havia alguma novidade, ela respondia apenas com um “não”. Hermione também garantiu que todos que mantinham contato com Ron, prometessem que não contariam nada a ele. Seria muito pior se ele soubesse por terceiros.

Imaginou se Ron perceberia algo pela falta de detalhes sobre a vida pessoal dela. Ela escrevia mais sobre seu trabalho e o que havia feito no Ministério durante a semana. Ron contava tudo sobre o treinamento de Auror e sobre as perigosas tarefas que tinha que realizar, as quais pareciam menos perigosas do que as que Harry lhe contava.

As primeiras cartas foram longas e cheias de amor e saudade de ambas as partes, mas nos últimos meses elas se tornaram menores e poucos comentários românticos eram escritos. Logo passaram a ser breves e mais sobre trabalho e amigos. Uma das cartas, endereçada a Hermione, dizia:


Hermione,
Terminei o treinamento básico ontem, fui muito bem. Começo o nível 1 nessa Segunda, não vejo a hora.
Harry manda um “oi”.
Ron



Cartas como essa, davam forças para que Hermione não respondesse coisas como, “Oh, que bom, Ron. À propósito, eu estou esperando um filho seu.” Quando as cartas eram mais românticas, era difícil. Mas ultimamente, qualquer pergaminho recebido havia se tornado mais formal, era mais fácil de escrever.

A pressão acabou em uma manhã de Fevereiro, quando Hermione recebeu a última carta, a maior em meses.


Querida Hermione,

Como vão todos? Espero que estejam bem. Harry eu estamos bem. Harry finalmente começou a relaxar, ele acha que é o mais pressionado de todos. Disse a ele o que você falou de todos nós estarmos sendo pressionados nesse treinamento, e que ele não foi o único que lutou contra um Bruxo das Trevas - ok, ele foi o único que lutou contra Você-Sabe-Quem, mas mesmo assim...

Estamos chegando ao final do primeiro trimestre, isso quer dizer que depois do primeiro exame, teremos um mês de folga. Alguns amigos nos convidaram para passar duas semanas no Canadá, não é demais? Lá tem uma pequena vila bruxa, para onde todos os Aurores em treinamento vão para relaxar. Eu preciso de um descanso; esse primeiro trimestre está sendo puxado.

O Harry te falou do encontro que ele teve semana passada? Ele foi pro centro com uma garota chamada Misha. Mas não deu em nada, ele disse que não rolou química.

Acho legal o Harry ter encontros, não é? Ele namorou a Luna por um ano, e nesse período, apesar de ter sido bom, nenhum deles teve experiência do que estava pelo mundo, sabe? Luna nunca teria encontrado Neville, por exemplo.

Na verdade é por isso que estou escrevendo... treinar na América e levar uma vida tão boa é incrível, nunca me diverti tanto! Mas sinto que não estou agindo corretamente, e que estou quebrando alguma regra quando saio com as garotas daqui.

Acho que é isso que estou tentando dizer; talvez nós já tenhamos levado nosso relacionamento até onde podemos nesse ponto de nossas vidas. Você está a milhas de distância de mim, e relacionamentos já são bem difíceis sem toda essa distância entre o casal.

Acho que deveríamos dar um tempo, pelo menos até eu voltar à Inglaterra.

Sempre te amarei, Hermione.

Ron xx



A carta estava borrada e a última linha estava meio tremida. Hermione ficou arrasada e um pouco aliviada ao mesmo tempo. Ela repetiria ‘foi melhor assim’ até que as lágrimas secassem.

O que Hermione mais temia era que Ron voltasse e não quisesse voltar com ela. Até lá ela teria uma criança pequena para cuidar, e a criança iria precisar do pai.

Pensou em escrever para Ron, dizendo que estava grávida, mas todas as vezes que começava a escrever, lembrava da carta que ele havia mandado, dizendo o quanto estava gostando do treinamento.

No dia 21 de Maio, Molly levou Hermione para o St Mungo’s, usando a Chave Portal para Nascimentos, onde Hermione deu a luz à uma linda garotinha após sete horas em trabalho de parto. O nome escolhido foi Hannah, a menina tinha cabelos vermelhos escuros e finos e grandes olhos azuis, que davam indícios que iriam se tornar castanhos com o tempo.

Hermione tinha um incômodo sentimento em sua mente, que martelava para a garota escrever para Ron e contar tudo a ele. Quando Ginny terminou Hogwarts no início de Julho, ajudou Hermione, escondendo todas as penas e pergaminhos da casa. Livre da escola, Ginny arrumou um emprego no Pasquim, ao lado de Luna, que agora dirigia a questionável revista após a aposentadoria de seu pai. Ginny, sendo a artista que era, projetava as capas e fazia muitos desenhos engraçados. Hermione, por outro lado, tirou um mês de licença para cuidar da filha, e teria seu trabalho enviado por corujas, uma vez que ela estivesse recuperada - e com seu sono em dia.

Conforme Hannah crescia, Hermione se sentia pior. O tempo passou muito rápido, e não demorou muito, Hannah já estava dando risadinhas, sentando sozinha e engatinhando pela Toca. E a cada dia ela se parecia mais com Ron, com suas sardas e belos cabelos ruivos. Aos dez meses, já andava e balbuciava palavras, como ‘ma-má’.

Hermione sabia que esconder Hannah de Ron tinha sido a coisa certa a fazer - Ron precisava terminar seu treinamento, e a paternidade poderia esperar - mas ela não conseguia deixar de se sentir culpada.

Na festa de 1 ano de Hannah, Hermione estava se sentindo pior do que nos outros dias. Até começou a escrever uma carta para Ron antes de cair no choro. Hannah animou-a colocando as mãos no rosto da mãe e dizendo, “Ma-má, fiki filiz!”

No início de agosto, Molly recebeu uma carta de Ron, informando que ele e Harry voltariam para casa em algumas semanas. Quando Hermione soube da novidade, passou semanas escrevendo e reescrevendo um discurso contendo tudo o que precisava falar a ele, incluindo como contaria e uma lista de perguntas que ele poderia fazer.

Assim como os exames de Hogwarts, o dia da volta de Ron chegou rapidamente e de repente, Hermione estava acordando no dia com o qual vinha temendo há meses.

Ela rolou na cama e se esticou, sendo acordada por um barulho no quarto, que indicava que sua filha estava acordada e pronta para o café da manhã. Desceu da cama, vestindo seu roupão lilás. Hannah estava sentada, olhando curiosa para a mãe, batendo a mamadeira nas velhas barras de madeira de seu berço.

Sorrindo para a filha, Hermione a tirou do berço e lhe deu um beijo. Na parede próxima a elas havia uma foto de Ron. Hermione achava que se Hannah o visse todos os dias, não estranharia o homem que chegaria à Toca naquele dia.

“Bom dia, Ursinha.”

“Dia,” respondeu Hannah, rindo. “Dia, dia, dia!”

Hannah ainda não falava muita coisa, mas gostava de repetir o que os outros falavam. Portanto, palavrões eram proibidos na casa. Aos quinze meses, além de repetir frases, os cabelos da menina estavam ficando cheios, embora o tom vermelho estivesse se tornando como o dos Weasley.

Hermione calçou os chinelos e desceu para a cozinha, onde encontrou Ginny.

“Bom dia, Hermione,” disse, enquanto a amiga sentava a Weasley mais nova na cadeirinha alta.

“’Dia,” Hermione respondeu bocejando.

“Com medo?” perguntou a ruiva, sorrindo fracamente enquanto mexia o café.

Hermione sorriu de volta, apreensiva. “Apavorada.”

Foi até o armário e pegou uma lata de mingau para Hannah e uma tigela. Enchendo a tigela com leite, sentou-se ao lado da menina e começou a lhe dar.

“É compreensível,” disse Molly, quebrando outro ovo para Hermione na frigideira. “Os meninos chegarão às duas horas, então certifiquem-se de que estarão prontas nesse horário. Ron pode estranhar o fato de ter poucas pessoas para recebê-lo, mas vai entender quando vir Hannah.”

Molly colocou os ovos no prato com o bacon, para sua filha e Hermione.

“Obrigada,” agradeceram as duas.

“Contar ao Ron não deveria ser assim... tão difícil,” disse Hermione, erguendo as sobrancelhas. “Pronta para conhecer o papai, hoje, Hannah?”


Hannah olhou para a mãe e sorriu. “Pa-pá!” disse. Hermione brincou de “Peguei seu nariz” com Hannah até que a menina pedisse por mais comida.

Duas horas aproximava-se rapidamente e Hermione não poderia estar mais nervosa. Decidiu usar o cordão que Ron lhe dera no seu aniversário de 16 anos. Olhando-se mais uma vez no espelho, desceu com Hannah e a deixou na sala com alguns brinquedos. A sala ficava fora do campo de visão da cozinha e da sala de estar, onde Hermione daria a notícia a Ron antes de apresentá-la a ele.

Beijou Hannah na testa e dirigiu-se para a cozinha onde esperaria juntamente com Molly, Arthur e Ginny. Duas horas... alguns minutos se passaram, até que Hermione notou o famoso relógio Weasley mudar o ponteiro com o rosto de Ron de ‘Viajando’ para ‘Casa’. Respirou fundo e fitou a lareira, de onde surgiu uma chama verde e um homem de cabelos negros e rebeldes surgiu.

Harry não havia mudado muito na opinião de Hermione. Seus cabelos estavam mais bagunçados do que nunca e seus olhos possuíam um brilho diferente. Hermione imaginou que ele estivesse mais bronzeado, mas não; a única diferença era que ele parecia mais maduro e relaxado. Ela abraçou forte o velho amigo que se afastou quando a lareira tornou-se verde novamente.

No momento em que pôs os olhos em Ron, seu coração acelerou. Ele estava mais alto e seus cabelos mais compridos. Ele enrolava perto das orelhas. As sardas nunca lhe pareceram tão bonitas antes em seu rosto levemente bronzeado. Ron sorriu para Hermione e ela sentiu como se não houvesse mais ninguém na sala.

Mas aconteceu uma coisa que a fez empalidecer.

A lareira tornou-se verde novamente e segundos depois, uma mulher adentrou na cozinha da Toca. Seus cabelos castanho-claros estavam presos em um coque e ela olhava ao seu redor com um caloroso sorriso em seu belo e jovem rosto. Virou-se para Ron, que acenou-lhe antes de virar para a família.

“Queria lhes apresentar a Miranda,” disse. “Ela é minha namorada.”




N/T : Pô, que sacanagem essa do Ron... Terminou com a Mi por carta e arranjou outra namorada. E ainda a levou pra conhecer a família... aff... stress, stress, stress.

Bem, lá na parte em que eles estão arrumando o quarto pra Mi, são citados dois autores, Louisa May Alcott e J. Murray. A primeira é (quer dizer, foi) uma escritora americana, e dentre suas obras está Little Women, que foi adpatado para os cinemas em 1994, com o título de Adoráveis Mulheres (muito legal). O outro eu não faço idéia (hehe- o único Murray que conheço é um autor de livro de microbiologia, argh!). Procurei, mas apareceram milhares de J. Murray... deve ser algum escritor bruxo...

Que fofurinha a Hannah, né? "ma-má, fiki filiz...". Otiiii coisinha fofa. **aperta as bochechas da Hannah** E ela é geminiana que nem eu, e nasceu no mesmo dia que o meu pai... O que isso tem de importante?? Bah, esqueçam...

No próximo capítulo, encontro entre pai e filha. Como será que o Ron vai reagir?? u-uh... Não percam!!!

Bye

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