A Festa
Título original: Daddy
Autor: Blondebouncingferret
Classificação: PG-13
Gênero: Romance/ Drama
Disclaimer: Nada do universo Harry Potter me pertence. É tudo da JK Rowling.
A música vinha de um CD player modificado magicamente e ecoava pelo jardim da Toca, que havia sido ampliado. Uma mesa comprida, uma versão menor daquelas usadas em Hogwarts, estava encostada na cerca de madeira que demarcava o jardim. Na mesa havia pratos com os mais diversos tipos de comida, jarras com bebidas e um enorme bolo de cerveja amanteigada com cobertura de chocolate.
De um lado a outro do jardim havia uma faixa, feita por Ginny Weasley, onde se lia “Parabéns Ron e Harry!” A faixa flutuava, balançando levemente pela brisa da noite.
Durante todos os anos que a família Weasley tem vivido naquela casa, o jardim sempre esteve cheio, tendo sido a cerca concertada várias vezes.
Esse era o lugar onde Charlie Weasley mantinha seu coelho de estimação, Hoppy, em uma casinha nos fundos do jardim, sob o salgueiro. Também era o local onde Percy Weasley se refugiava para ler, enquanto os gêmeos aprontavam com o irmão mais novo, Ron. Ron, que naquele tempo mal conseguia dar alguns passos antes de cair, era o alvo preferido das brincadeiras dos gêmeos.
Foi também o local onde a pequena Ginny Weasley nasceu, durante um dia de verão em que a Sra. Weasley disse ao marido que não conseguiria chegar ao St. Mungo’s a tempo. Após seis filhos, o sétimo nasceu sem muita agitação.
Para alguém de fora era óbvio porque o jardim estava sendo usado para uma festa naquela noite de Agosto. Ele sempre era usado para festas ou reuniões, e esta era muito especial. O filho mais novo da Sra. Weasley, Ron, que havia completado 18 anos em Março, estava indo, junto com seu melhor amigo Harry Potter, para a América, fazer um treinamento para Auror.
Era para ser uma noite feliz para Ron, que pôs um sorriso falso no rosto para agradar seus amigos e familiares. Todos estavam orgulhosos dele, não somente por ter sido monitor-chefe em Hogwarts e ter recebido dois prêmios por Serviços à Escola (um em seu segundo ano e outro no sexto), mas também por ter feito algo mais significativo do que jogar Quadribol profissional.
Por que Ron não estava tão feliz? Duas palavras: Hermione Granger. Hermione foi a única garota que Ron amou. Eles estavam namorando desde o sexto ano, e todos pensavam que ficariam juntos para sempre.
Ron também pensava.
Entretanto, o destino tem várias maneiras de mudar a vida das pessoas. Dois anos era muito tempo, especialmente para Ron e Hermione. Eles nunca haviam ficado tanto tempo longe um do outro durante esses sete anos, e no sétimo ano, a relação deles tornou-se mais forte devido ao ataque de Voldemort à escola. Ron havia unido sua vida à de Hermione, e terminar não era uma opção. Seria doloroso demais. Decidiram continuar juntos, ambos imaginando que um relacionamento a distância não seria tão difícil.
Ron caminhava entre os convidados na esperança de encontrar Hermione. Ele não a via desde o início da festa e ela havia dado a desculpa de que iria dar uma olhada na cozinha com a mãe dele. Ron estava ficando preocupado. Hermione não havia saído do seu lado desde que ele fora aceito no Programa de Auror e agora, faltando menos de um dia para sua partida, ela escondera-se.
Ron varreu a área à sua frente, esticando o pescoço para ter uma visão melhor do jardim. Colidiu com algo macio que murmurou um “Oomph”. Virou-se e constatou que era Neville. Este estava com Luna Lovegood, cuja usual expressão sonhadora não mudou quando viu o ruivo.
“Hey, Ron, parabéns!” disse Neville, pegando a mão de Ron e dando um firme aperto.
“Obrigado. Hey, ouvi dizer que você também merece os parabéns” respondeu, referindo-se ao fato de Neville ter sido aceito na escola Medi-Bruxa.
“É, obrigado,”murmorou Neville, corando. “Nunca imaginei que fosse conseguir” adicionou, modesto.
“Eu sabia que sim”, disse Luna em seu tom sonhador, cheio de orgulho.
“Por que você ia todos os dias ao St. Mungo’s tentar descobrir se eu havia entrado.”
“Verdade, mas meu pé esquerdo me dizia que você conseguiria”, disse Luna, pegando a mão de Neville e apertando gentilmente. Os dois estavam namorando há alguns meses e Ron nunca os tinha visto tão felizes.
Deu a desculpa de que os veria mais tarde e continuou procurando por Hermione. Talvez ela tivesse ido embora. Ele a ouviu chorando no quarto de Ginny na noite anterior; talvez aquilo fosse demais para ela. Porém, uma vozinha na mente de Ron dizia que Hermione era uma Gryffindor e os Gryffindors eram corajosos.
Seus pensamentos sobre o paradeiro de Hermione foram interrompidos quando ele notou que os convidados estavam indo em direção à mesa de comidas, de onde ouviu uma leve tossida. Ele também foi em direção à mesa, desviando dos convidados com um “com licença”. Ao chegar à frente da multidão, viu sua mãe lá, radiante.
A Sra. Weasley, ao notar a presença de Ron, afastou os cabelos grisalhos dos olhos e chamou a atenção de todos.
“Eu gostaria de dizer o quanto estou orgulhosa do meu filho Ron, e de Harry”, disse maternal. Ron corou e virou-se para Harry, que olhava para o chão, como se houvesse algo fascinante nele.
“Todos nós estamos orgulhosos deles,” continuou a Sra. Weasley, o olhar cheio de orgulho. “E eu, nós” parou, incapaz de continuar devido às lágrimas que escapavam de seus olhos.
“Acho que o que a mamãe está tentando dizer,” Fred disse alto, “é que está na hora do bolo!”
“Uhuuuu!” George e Ginny gritaram de algum lugar na multidão.
A Sra. Weasley serviu um pedaço de bolo à Ron, e ele agradeceu antes de dirigir-se ao salgueiro. Sentou-se, colocando o prato de papel em seu colo, enquanto espetava um pedaço da sobremesa com o garfo de plástico.
Ele estava lá, apreciando seu bolo, quando uma sombra se formou sobre ele. Erguendo os olhos, viu Ginny sorrindo para ele. Sentou-se ao lado de Ron na grama. Ginny iria começar seu último ano em Hogwarts em Setembro, como monitora. Lambendo os lábios, Ginny passou o dedo pelo bolo de Ron, certificando-se de pegar o recheio e passou no nariz o irmão. Ele sorriu e olhou para o chão, ainda sorrindo.
“Valeu,” disse, voltando a olhar para Ginny. “Hey, gostei do seu cabelo,” acrescentou ao notar que o cabelo de Ginny estava mais curto e com um penteado diferente.
“Obrigada, Tonks que fez,”
“Onde está Tonks, por falar nisso?” Ron perguntou, comendo outro pedaço de bolo.
“Ela foi ajudar Fred e George com a última invenção. Eles estão fazendo um doce que muda a sua aparência. Tudo o que você tem que fazer é comê-lo e pensar em como você quer ficar.”
“Parece mais útil do que aquele doce que te provocou bolhas por uma hora,” disse Ron, rindo.
“Eu gostei do Bubble-Gum, era divertido”, protestou. “Mas voltando ao assunto, eles acham que se usarem um pouco do sangue da Tonks, pode ajudar.”
“Ela vai deixar eles enfiarem uma agulha nela? Ninguém é tão idiota a esse ponto.”
“Ela mesma providenciou o sangue, ela não é tão idiota assim,” Ginny respondeu, encostando-se na árvore e pegando um pouco da cobertura do bolo de Ron.
“Você está bem?” Ron perguntou, ao ouvir Ginny suspirar baixinho.
“Estou, é que... vai ser estranho ficar em Hogwarts sem você, Harry e Hermione lá,” confessou.
“Você ainda tem a Luna.”
“É verdade,” disse, levando o dedo mais uma vez ao bolo de Ron e lambendo-o. “Mas é que... vou sentir sua falta.”
“Eu também, Gin. Mas vou sempre te mandar uma coruja.”
“Promete?”
“Prometo”, jurou. Ginny sorriu e pegou mais um pouco de cobertura.
“Você veio aqui pra me dizer isso ou porque queria comer bolo?”
“As duas coisas,” respondeu, lambendo o dedo.
O céu estava escurecendo; as estrelas brilhavam ao redor da lua prateada. As velas em torno do jardim estavam se apagando, indicando o final da festa. Ron franziu o cenho. Havia falado praticamente com todos os convidados e ainda não havia sinal de Hermione.
A Sra. Weasley estava retirando os pratos da mesa com o Sr. Weasley, que estava encarregado dos copos. Fred estava nos ombros de George- ou era George que estava nos de Fred- ajudando Ginny a retirar a faixa, em uma aposta que ela disse que eles não conseguiriam fazer aquilo sem magia.
Ron encostou-se na porta dos fundos, assistindo a tudo aquilo com uma expressão divertida no rosto. Riu quando um dos gêmeos caiu, fazendo o outro cair sobre ele, com a faixa na mão.
“Há!” Fred disse triunfante.
“Você nos deve dez sickles!” disse George, massageando suas costas.
Ginny revirou os olhos. “Vou pegar o dinheiro no meu quarto,” respondeu, balançando as mãos enquanto passava por Ron. “Está tudo bem?” perguntou quando percebeu a presença do irmão.
“Hãm?” perguntou Ron, voltando a realidade. “Ah, sim, estou.”
“Você está tão mal quanto Hermione,” disse Ginny, abrindo a porta e entrando na cozinha.
Ron agarrou seu pulso. “Hermione? Você a viu?”
Ginny respondeu, franzindo o cenho, “Sim, ela está no seu quarto com dor de cabeça. Estou surpresa que você ainda não foi vê-la.” E com isso, Ginny foi procurar sua caixinha de dinheiro.
Seu quarto. Por que ele não pensou em procurá-la lá? Ela já havia dito que no ano anterior que se sentia mais segura no quarto dele, nos braços dele. Naquele ano eles perderam a virgindade um com o outro, ambos sentindo-se mais seguros e felizes do que nunca.
Ron subiu a escada de dois em dois degraus, correndo para seu quarto. Assim que chegou na porta, girou lentamente a maçaneta, entrando no quarto.
Em todos esses anos em que Ron viveu na Toca, seu quarto foi uma das coisas que nunca mudou. As paredes ainda eram pintadas com um violento tom de laranja e cobertas por pôsteres do Chudley Cannons, o time de Quadribol preferido de Ron. O aquário, que antes abrigava um sapo, agora estava vazio, os antigos livros da escola estavam jogados sobre o baú.
A respiração de Ron parou em sua garganta quando viu Hermione sentada na cama, de frente para a janela. Sua cabeça estava abaixada e ela chorava silenciosamente. Ron tossiu e ela se virou. Seus olhos estavam vermelhos e seus cabelos estavam presos, para não caírem nos olhos.
“Oh, Ron, oi,” disse, com a voz fraca.
“Hey, como você está?” Ron perguntou, sentando-se ao seu lado.
“Estou feliz por você,” respondeu forçando um sorriso. “Realmente estou. Te desejo toda a...” Ron pôs o dedo em seus lábios, para que se calasse. Ela fechou os olhos e beijou o dedo dele, lágrimas se formando em seus olhos.
“Está tudo bem, Hermione, dois anos passam rápido,” disse carinhosamente. Não estava exatamente mentindo, mas dizer isso em voz alta dava mais confiança a Ron sobre o novo capítulo em sua vida.
Hermione abriu os olhos e afastou as lágrimas. “São setecentos e trinta dias”, informou quase inaudível.
“Quando você coloca as coisas dessa maneira, parece muito tempo, mas você pode ir me visitar e iremos nos escrever sempre.” Ele sorriu esperançoso.
“Todos os dias?” Hermione perguntou, enxugando os olhos com as mãos.
“Sim, todos os dias.”
“Mesmo que demore alguns dias para a coruja chegar à América e voltar?”
Ron sorriu. “Sim”, sussurrou, dando um beijo na bochecha de Hermione. “Vou partir amanhã de manhã. Vamos fazer essa noite valer a pena.”
Aproximou-se dela, passando as mãos em sua cintura e ela enlaçou seus braços no pescoço dele. Ron inclinou-se e beijou Hermione suavemente enquanto desabotoava sua blusa, retirando-a e jogando no chão.
Hermione gemeu e aproximou-se mais de Ron, pressionado seus seios contra ele, sedutoramente. Ron tirou a camisa rapidamente, e a deitou. Postou-se sobre ela, movimentando-se enquanto se beijavam, fazendo com que ambos gemessem.
Fogos de artifício encheram o céu com as cores do arco-íris, com os Weasley e Harry gritando e brindando no jardim. Ninguém imaginava o que Ron e Hermione estavam fazendo no quarto. Ninguém imaginava as conseqüências, que mudariam as vidas daquele jovem casal para sempre.
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Beleza, galera??
Mais uma fic na área!! Espero que gostem, esse é o tipo de fic que eu mais gosto...
Então, comentem e votem bastante. E solicitem para que o comentário seja enviado pro meu email, ok?
Bjão e até o próximo capítulo.
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