Cartas na Mesa!!!
Hermione hesitou um pouco, mas acenou positivamente e se reaproximou da mesa.
- Venha Cá! – Melissa pegou pela mão de Hermione e a puxou a colocando de frente para a bacia. A imagem da garota refletiu no liquido azul e ela a encarou confusa. Melissa continuou. – Se concentre e não desvie os olhos do liquido certo?
-Certo. – concordou ela mirando o liquido que continuou parado por alguns segundos e logo depois como se fosse a tela de uma televisão redonda começou a transmitir imagens, primeiro de Hermione e seus pais em uma praia maravilhosa de Orlando. Na volta ao hotel; onde estavam hospedados passando as férias de verão, o carro dos pais de Mione foi interceptado, por cinco caras em motos pretas, que lançaram algum u feitiço nos três e levaram Hermione com eles. Algumas horas, ela não soube exatamente quantas, havia acordado e se encontrava em algum lugar muito escuro. Apenas a chama tremula de uma velha acesa em um canto iluminava precariamente o lugar. De repente um baque surdo, e Hermione pode vê que a sua direita se encontrava uma porta. Com a varinha em punhos o homem dizendo o feitiço “lumus” ilumina um pouco mais o lugar. É ai que a garoto reconhece a pele clara, os longos cabelos loiros e as feições irritantemente confiantes de Lucio Malfoy. O Homem veio caminhando lentamente até ela, no rosto um sorriso demonstrando profunda satisfação. Hermione se viu apavorada.
- Onde estão meus pais? – foi a primeira coisa que se preocupou em perguntar quando a cabeça parou de girar e ela conseguiu ficar em pé.
- eles estão bem longe daqui... – respondeu frio, sua voz ecoando por todo o quarto.
-O que você quer? Por que estou aqui? – perguntou segurando as lagrimas.
-Bem Senhorita Granger, eu quero que você me explique agora tudo sobre Zillan.
-O que? Eu não sei quem é Zillan. – respondeu sincera.
-Não se faça de idiota! – Lucio levantou a voz e foi se aproximando dela que tremeu. – Seu nome está no livro sua Sangue Ruim desgraçada! Me diga agora como liberta-lo e sua morte será rápida e indolor.
-Eu juro que eu não sei do que você esta falando! – ela agora não conseguia conter as lagrimas.
-Tudo bem. Talvez algumas horas com fome e frio refresquem a sua memória.
Ele se dirigiu a porta e saiu. Mais uma vez o local se encheu de escuridão.
Hermione não sabia se era noite ou dia, pois o quarto não tinha nenhuma janela ou fresta que a luz do sol pudesse se apresentar. Ela caiu no choro e dormiu, não soube por quanto tempo ficou desacordada, mas sentia seu estomago se corroendo de fome. Mais algumas horas se passaram, além da fome e sede ela também sentia muito frio. Uma fresta na porta foi aberta, e um prato de comida foi empurrado para dentro. Sem se importar com o que era a garota comeu desesperadamente e bebeu o liquido frio que acompanhava o prato. Alguns dias se passaram; dois ou três nas contas de Hermione, quando Lucio a fez uma nova visita.
-Como esta se sentindo Granger? Pronta para abrir a sua boquinha?
-Me deixa em paz seu maníaco. – ela falou se esquivando dele. – Me deixe ir embora... ou me mate de uma vez.
-Não antes de você me dizer o que eu quero saber. – ele falou com a mesma voz fria da primeira vez.
-Eu já disse que EU NÃO SEI DO QUE VOCÊ ESTA FALANDO! – ela grita ainda se afastando dele.
-Hum, pois muito bem! – Ele sorriu maldosamente. – Foi você mesma que pediu. – e tirou a varinha de dentro das vestes apontando na direção dela. – Cruc... - Não conseguiu terminar o feitiço, pois nesse instante a porta se abriu e mais alguém entrou na sala. Hermione pode reconhecer a figura de Draco Malfoy.
-Pai, deixe-me tentar. – ele se dirigiu ao pai ignorando a presença dela.
-Pois muito bem. – Lucio falou se virando e saindo.
-Draco por que estão fazendo isso comigo? – ela perguntava se mantendo o mais longe possível dele.
-Camla Hermione. – ele falou se aproximando dela e a tocando de leve.
- NÃO ME TOCA!!! – ela gritou histérica – Não me toca! – e mais uma vez foi caindo no choro.
Draco não resistiu e a abraçou.
-Eu vou te ajudar. Eu estou aqui para ajudar você.
A garota não resistiu ao abraço, e se sentiu segura ali nos braços de Draco. – Não se preocupe eu vou te tirar daqui.
Ela apenas balançou a cabeça positivamente e ouviu o plano de Draco.
Mais um dia se passou no confinamento de Hermione e na noite do 5º dia Draco foi a resgatar. Ele entrou sorrateiro e tirou ela da “jaula”, ao sair ela pode perceber alguns homens caídos. Eles estavam em algum tipo de masmorra fria e mal iluminada. Draco segurava a mão da garota firme e dos dois corriam. Atravessaram uma porta que foi dar em uma espécie de jardim, logo um barulho invadiu o local. Draco parou de repente:
-Eles estão vindo! Vá, eu não posso mais seguir, atravesse aquele portão e lá alguém estará esperando você. – Draco já ia voltando quando Hermione o interceptou.
-Por que está me ajudando? – Ela perguntou o encarando.
-Por quê?! – Draco gaguejou – Porque é a coisa certa a fazer... E eu... É melhor você ir.
-Certo! – ela falou já correndo. – Obrigada! – ela se virou, e nessa hora um feitiço a atingiu, e a ultima coisa que viu foi Remo Lupin a carregando.
As lembranças agora estavam claras na mente de Hermione. As imagens da bacia haviam sumido, mas a garota ainda observava esperando por mais.
-Acabou? – perguntou finalmente.
-Sim! – respondeu Melissa.
-Mas, e depois disso tudo eu não lembro como voltei para casa ou o que aconteceu nesse meio tempo?
- Oh! Sim, claro! – Melissa falou as encaminhando aos antigos acentos. – Depois que Remo a resgatou, a levou para minha casa, e lá cuidamos de você. Descobrimos que o que havia a atingido era um feitiço temporário de memória, e graças a ele não iríamos poder te explicar nada, mas que tínhamos que de qualquer forma deixar o Livro das sombras sob seu poder. A levamos para casa e descobrimos que a memória de seus pais também tinham sido alteradas e eles agora pensavam que você tinha voltado das suas férias. E foi mais ou menos isso que você também acreditou!
-agora tudo esta claro! – Hermione falou com um leve tom de agradecimento na voz. – Eu achei que estava ficando louca. – concluiu.
- Espero ter realmente ajudado, mas agora você sabe toda a verdade, você deve ter noção da responsabilidade que cai em suas costas.
-Sim... – ela responde firme. – com toda certeza eu tenho.
-Bem, em breve nós guardiões faremos uma reunião, eu a avisarei quando for a hora.
-esta certo! – ela falou já se preparando para sair.
- Ah, hermione! – Melissa a chama a atenção. – é importante ressaltar que isso precisa continuar sendo um segredo.
-Não se preocupe! – E ela se retira de uma vez da sala.
***************************************
Ainda ponderando tudo que tinha sido revelado Hermione caminhava completamente distraída, segurando firme o livro da sombras contra o peito. Ela caminhou novamente até o dormitório decidida a não assistir aula nenhuma, quando Harry a interceptou.
********************************
Harry e Rony caminhavam sorrateiros embaixo da capa da invisibilidade. Seguiram o caminho até a ala hospitalar decididos a conversar serio com Hermione sobre tudo aquilo que estava acontecendo com ela: 1º o sumiço repentino na primeira semana de aula, depois todas aquelas outras esquisitices, quando estavam bem próximos da entrada viram a porta sendo escancarada por Lucio Malfoy que arrastava Draco pelo braço sem nem olhar para o rosto dele. Harry e Rony se entreolharam confusos. O que Lucio estaria fazendo ali àquela hora da noite? Resolvera segui-los. Draco estava sendo praticamente arrastado pelo pai. Eles seguiram até a entrada da estufa e lá Lucio jogou Draco contra um tronco de arvore que estava por perto. Ele olhava irritado para o filho, seus cabelos um pouco desalinhados e sua voz esganiçada:
-eu disse para você conseguir o livro Draco. E até agora você só me veio com desculpas! Onde esta o livro seu imprestável eu o quero agora!
-eu não si pai. – Draco respondeu frio.
-Não sabe? É só isso que tem a dizer? – o homem perguntou quase gritando.
-É. – Draco respondeu sem emoção.
- Pois, o que você conversava com aquela sangue ruim? – Draco... – ele voltou ao seu estado normal.
-Nada importante...
-Nada importante. Vejo que você esta precisando de um castigo para lembrar de coisas importantes.
Lucio falou já buscando a varinha dentro das vestes. Harry e Rony se entreolharam mais uma vez, em duvida se ajudavam ou deixavam o circo pegar fogo.
Resolveram por ajudar, Draco Malfoy era um idiota, mas não era mais odioso que seu pai. Quando Harry se preparava para acertar Lucio ouviu passos vindos da direção do castelo e pode reconhecer Snape que veio marcar presença na pequena reunião de “comensais”, como pensou Harry.
- Hora, hora Malfoy, o que faz aqui nos terrenos da escola tão tarde? – Snape se dirigindo a Lúcio. – E você Draco, não sabe que é proibido, terei que descontar alguns pontos da Soncerina por esse descuido.
- Ora meu caro Snape. – Lucio adquiriu um falso ar simpático. – Nós estávamos apenas tendo uma pequena conversa de pai e filho. Não é Draco?
-Claro! – Respondeu o garoto cínico.
-Isso não justifica sua falta Malfoy! Foi muita sorte não ter sido outra pessoa a os encontrar. – Snape falou adquirindo o mesmo ar de Lucio.
-Mas é Claro! Eu já estava mesmo indo, depois continuamos a nossa conversa. – falou o homem lançando um olhar duro para o filho. – Até breve Severo.
-até! – respondeu ele encarando o outro.
Lucio lançou mais um olhar significativo para Draco e caminhou até os portões de saída.
- Vamos Draco! – Snape o chamou batendo em seu ombro.
- Obrigado professor! – Draco caminhou de volta calado.
Harry os acompanhou com o olhar até eles entrarem no castelo, virou para Rony e esse ainda estava observando o caminho que Lucio Malfoy havia tomado.
- Acho que a conversa com Hermione vai ter que esperar um pouco mais. Agora preciso falar com outra pessoa. – Harry se pos a caminhar sendo seguido por Rony.
- Espera Harry. Aonde você vai?
- Vou falar com Dumbledore.
-Dumbledore? Mas o que ele tem haver com isso?
- Você não escutou o que eles conversaram Rony? É algo relacionado a Hermione.
-Como você sabe?
- Ufii...Você lembra do livro das sombras da Hermione?
- Lembro.
-Eu tenho quase certeza que Lúcio estava se referindo a ele, o que eu não sei é o que de tão importante tem naquele livro, mas eu vou descobrir. – Harry concluiu determinado.
*******************************************************************
Agora Hermione e Harry estavam nas arquibancadas do campo de Quadribol, até o momento Harry não havia dito uma palavra. Sentaram-se e por alguns segundos Harry olhou Hermione profundamente, em seguida falou um pouco vacilante:
- Eu já sei Mione!
- Já sabe o que? – ela perguntou confusa, pega de surpresa pela afirmação.
-Tudo. Eu já sei de tudo que esta acontecendo com você. – ele fala sem a encarar.
- Do...do que é que você ta falando Harry? – ela pergunta confusa, tentando disfarçar qualquer tipo de aflição que a atingisse sua voz.
- Ora vamos Hermione! – Harry a encarou serio agora. – eu sou seu amigo ou não sou/ Eu sei desse maldito livro das sombras e de todo o resto da historia, até porque eu também faço parte disso.
- Mas como? Quem te contou?
-Ontem quando eu e Ron íamos falar com você na enfermaria, vimos Lúcio Malfoy e Draco saindo de lá, resolvemos segui-los; porque era muito suspeito o Lucio por aqui. Então nós escutamos uma conversa sobre você e o tal livro que Lúcio quer muito.
-E o Draco? O que aconteceu com ele?
-Nada, ele esta bem. Snape apareceu bem na hora.
-Na hora de Que???
-Ah Hermione! – Harry exclamou irritado com a preocupação da garota com Draco.
- Desculpe. Continue.
-Daí, eu fui falar com Dumbledore, depois de muita enrolar ele me contou tudo com relação ao tal do Zillan e a historia toda. É por causa do meu livro que tudo isso esta acontecendo.
-Ah Harry, que bom que você já sabe! – ela fala se jogando nos braços do garoto. – Eu já não estava mais agüentando tanta aflição.
-Tudo bem, agora eu também to nessa. – ele fala retribuindo o abraço e acariciando os cabelos dela.
-E o Rony? Ele também sabe?
-Não, mas eu não sei se vou conseguir deixar ele de fora. – Harry sorriu cúmplice para com o amigo, Hermione também sorriu e se afastou um pouco de Harry.
-Bem e agora o que vamos fazer? - ela pergunta tentando não parecer que esta fazendo uma pergunta com segundas intenções.
- Bom...- Harry sorri malicioso. – Eu posso te dar muitas sugestões.
A tentativa da garota havia falhado aquele não era mais o Harry garotão de antigamente.
- Você não existe Harry! – mais uma vez eles se abraçaram e ficaram nas arquibancadas contemplando o por do sol que parecia muito mais bonito para Hermione aquela tarde.
NA: Gente Millllllllll desculpas pela demora...Tipow eu andei com muitos problemas ultimamente e não tive tempo pra fic...Prometo que agora ela sai!!!!!
Beijãoooooooooo
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!