Visita Inesperada

Visita Inesperada



Capitulo 2 – Visita Inesperada

Ele a olhava com certa surpresa também, a garota estava toda molhada, e a blusa que vestia estava revelando parte de seu corpo. Um belo corpo, tinha que admitir.
-Tomando banho com roupa Granger? Está ficando louca ou é um costume dos trouxas fazerem isso? – disse sorrindo pelo canto da boca.
-O que quer? – perguntou sem ligar para o comentário ácido dele.
-Noticias da Ordem. – e viu que ela continuou olhando para ele – Posso entrar ou perdeu a educação?
-Entra. – e deu passagem para que ele entrasse, fechou a porta e sem olhar para ele se dirigiu para o banheiro novamente – O que é? – berrou do banheiro.
-Termine o que faz que falarei. – disse o mais seco que conseguiu.”Tenho cara de quem vai ficar gritando recados agora?!”
Ela tirou a roupa molhada antes que ficasse doente, colocou seu roupão e foi até a cozinha. Pegou um maço de cigarros que estavam na mesa e foi para a sala. Viu que ele continuava em pé esperando por ela.
-Senta aí. – apontou o sofá para ele e se sentou na poltrona que ficava de frente para o sofá. Ascendeu um cigarro e sorriu para ele quando ele fez cara de nojo – Qual é o recado?
-Bom, receio que estávamos enganados sobre o a morte de Narcisa Malfoy. – viu Hermione se mexer na poltrona, fora aquela bruxa que matara seus pais.
-Então, onde ela está? – perguntou meio sem paciência.
-Não sabemos ao certo. Mas temos quase certeza que está por perto, quer saber quantos membros ainda temos na Ordem.
-Aliados só um. – e olhou com certo ódio para ele.
-Não tenho que provar minha lealdade para você, Dumbledore confiava em mim. É só o que importa.
-Claro. – disse apagando o cigarro e se sentindo com uma certa fraqueza. “Não comi nada. Besta, agora fica passando mal. E com ele para assistir.”
-O que tem? – disse olhando a garota que do nada havia ficado pálida.
-Nada. Se preocupando com minha saúde outra vez? – e riu se levantando com dificuldade – Posso até achar que está gostando de mim. – e riu da cara que ele fez. Deu dois passos em direção a cozinha mais no terceiro sentiu a perna ficar bamba e tombou, mas foi aparada por duas mãos fortes.
Ele a segurou e a olhou nos olhos. “Merlin, o que esses olhos tem de tão especial?” pensou ele enquanto olhava nos olhos dela e ela nos dele. Hermione sentiu um arrepio na espinha e tremeu de leve.
-Comeu algo hoje, Granger?
-Não. Mas já estou bem. – e se levantou saindo dos braços dele – Vou comer algo. – e se virou indo na direção da cozinha, parou na porta e se virou olhando para ele – Quer algo?
-Não, obrigado. Bem, já me vou. – e foi até a cozinha seguindo ela que quando ouviu o “não” se virou e entrou na cozinha sem ouvir o resto. Viu a garota no chão da cozinha e correu até ela – Mas o que você tem, hein? - e segurou uma das mãos dela.
-Nada. – disse soltando sua mão da dele e o olhando com certo receio nos olhos – Posso me cuidar.
Ele levantou e a olhou tentando se levantar sozinha, quando na terceira tentativa ela caiu e fechou os olhos fazendo uma careta de raiva ele perguntou com sarcasmo:
-Acabou a palhaçada? Posso ajuda-la?
-Pode. – disse contrariada. Esperou que ele a pegasse pelas mãos, mas sentiu um dos braços dele passando por suas costas e o outro debaixo de seus joelhos. Ele a pegou no colo e a levou até o sofá. Ela segurou seu pescoço e quando ele a colocou no sofá seus rostos ficaram pertos novamente, igual a noite passada. Hermione respirou fundo e seu rosto se descontraiu, algo naquele rosto a deixava assim. Ele sentiu o peso daquele olhar e por mais que sua consciência gritasse para que saísse dali ele permaneceu, estava gostando de vê-la de perto.
-Está melhor? – perguntou ele sem afastar o rosto do dela, mas sentiu que as mãos dela se soltaram do pescoço dele.
-Sim. Obrigado. – e olhou para o roupão que mostrava sua roupa de baixo ainda molhada. O arrumou e percebeu que ele não a tinha visto daquele jeito.
-Pois bem. Já me vou. – e virou na direção da porta mas sentiu que ela segurou sua mão – Sim?
-Não comente o que aconteceu aqui com ninguém, por favor? – pediu ainda segurando a mão dele.
-Sim. – e sentiu que ela puxava sua mão devagar para que ele se aproximasse dela novamente. “Merlin essa garota ainda vai me trazer problemas.” Seus rostos ficaram próximos e ela disse baixo para ele:
-Eu quero dizer sobre as minhas molezas. Não conte para ninguém sobre elas. – e o olhou nos olhos.
-Teria algo mais para se contar além disso, Srta Granger? – e viu que o rosto dela ficou um pouco vermelho. Se afastou e foi até a porta, a abriu e olhou para ela – Boa Noite, Srta Granger. – quando estava saindo pela porta ouviu ela dizer:
-Hermione.
-O que disse? – colocando a cabeça para dentro para escutar melhor o que ela disse.
-Me chame de Hermione. – ele assentiu e fechou a porta.

Gina estava sentada dentro do carro de Harry, e conversavam quando olhou para a porta de seu prédio e viu Snape sair de lá.
-Snape? O que ele estava fazendo em casa? – disse mais para si do que para Harry.
-O que? – perguntou Harry.
-Vi Snape saindo do meu prédio. – e olhou para Harry que sorria para ela.
-Não devia ter deixado você beber aquele tanto de vinho. – viu que ela fez cara de brava e sorriu para ela.
-Está dizendo que estou alterada? – perguntou cruzando os braços.
-Um pouco... O que Snape estaria fazendo no seu apartamento? Ainda mais com Mione lá? – e viu Gina sorrir.
-Bem, é verdade... Mas que eu vi ele, eu vi.
-Tá bom. – e se aproximou dela – Você realmente me esperou todos esses anos?
-Sim. - ele sorriu e a segurou pelo rosto. Se beijaram, os lábios dela estavam quentes e ele aprofundou o beijo.

“O que está acontecendo comigo?” pensou Mione comendo um prato com várias comidas diferentes que havia conjurado.
Terminou a refeição, colocou o prato no chão ao lado do sofá e se esticou. Olhando para o teto viu as duas cenas em que os rostos dela e Snape se aproximaram. “Merlin, o que diabos está acontecendo? Não posso estar atraída por ele”. Quando estava para dormir ouviu batidas fracas na janela, olhou e viu uma coruja.
Abriu a janela e pegou a carta que ela trazia no bico, fez um carinho nas penas molhadas dela e a viu partir. Sentou no sofá novamente e examinou a carta, não havia nada escrito por fora, mas estava bem lacrada. A abriu e leu:

"Granger
Sei que não me deve favores, mas preciso de sua ajuda. Estou em grande perigo, receio que Voldemort não era a última ameaça. Estou na Casa dos Gritos, por favor venha.
D.M."


Ela leu duas vezes para ver se realmente tinha lido direito. “Draco Malfoy pedindo ajuda?”. Ponderou todas as possibilidades, armadilha, verdade, brincadeira sem graça... Mas sua consciência venceu, iria lá. Tomou um banho rápido, se trocou, pegou a varinha e saiu do apartamento parando no corredor, já que não se podia aparatar ou desaparatar de dentro do apartamento por causa dos feitiços que ela haviam feito.
Subiu o primeiro andar da Casa dos Gritos em silêncio, estava toda escura, olhou no primeiro quarto e nada achou, seguiu pelo pequeno corredor, foi quando sentiu que alguém segurou sua boca. Deu uma cotovelada na barriga da pessoa que a segurava e se virou com a varinha apontada.
-Malfoy?
-Granger. – disse sem fôlego.
-O que quer?
-Preciso de sua ajuda.
-Porque? – ainda apontando a varinha para ele.
-Minha mãe está louca.
-Não vi novidade na noticia. – e riu do próprio comentário.
-Você não entendeu. Ela vai atrás de vocês na sede da Ordem. Ela descobriu aonde é!
-Como?
-Alguém de dentro contou.
-Era só isso? – disse, mas em sua cabeça a palavra Snape piscava como letreiro luminoso em letras enormes.
-Não. Preciso de um lugar para ficar.
-Se vira. – guardou a varinha e já ia indo embora.
-Por favor. – ela parou e olhou para ele com certa surpresa. “Malfoy pedindo ajuda? Minha ajuda?”. Sua consciência ganhou outra vez.
-Tudo bem. Se for uma armadilha te mato com minhas próprias mãos.
-Certo. – ela colocou a mão no ombro dele e desaparatou para seu apartamento.
Gina subiu e ouviu vozes dentro de seu apartamento, abriu a porta e quase gritou.
-Oh, olá Weasley. – disse Mione que entregava um cobertor e travesseiro para Malfoy.
-O que ele faz aqui? – disse entrando e fechando a porta. Mione contou o ocorrido e ela disse – E você confia nessa história dele?
-Ela vai me matar se for mentira. – disse Draco olhando para ela.
-Não será só ela. – disse a ruiva e foi para seu quarto.
-Ela não vai mesmo com a minha cara.
-O que queria, Malfoy? Você já abusou demais com todos nós, só podíamos odiar você. – e se virou saindo da sala.
-Vou provar que sou justo de confiança. – e viu ela se virar e o examinar. “Ele realmente mudou. Pelo menos está tentando.” pensou ela.
-Segundas chances existem. – e foi para seu quarto.

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