2. Notícias.



O garoto acordou com batidas frenéticas de algo em sua janela, levantou-se e foi ver o que era, constatou então que se tratava de uma coruja das torres que lhe trazia uma carta. Pegou os seus óculos e ainda meio sonolento leu a carta. Não acreditou. Releu. Estava dormindo. Snape havia lhe escrito uma carta justificando-o o que aconteceu. O garoto atônito também não havia acreditado que ele mencionara o nome de sua mãe, e de seu pai.
No momento seguinte pegou um pergaminho e sem saber o que escrever, devido a grande raiva que sentia daquele homem que havia acabado de lhe escrever uma carta muito sem sentido. Então com uma idéia na cabeça, escreveu para Rony, seu melhor amigo, ele iria o entender.
“ Ronald,
acabo de receber uma carta muito estranha de Snape, acho que você vai se chocar com o que nela está escrito, mas não dá para lhe contar através de pergaminhos, é muito esquisito. Quando for para o casamento de Carlinhos te conto, ok?
Abraços, Harry Potter.”
O rapaz leu e releu a carta várias vezes para ver se estava legal, então já sem escolhas, libertou Edwirges e lhe entregou o pergaminho.
Sabia que Rony iria ficar curioso, mas com esses tempos perigosos não poderia dar muitos detalhes, então já sem sono foi para a cozinha ver se conseguiria comer algo em paz.
Harry havia passado noites em claro pensando na morte de Dumbledore, era sua culpa o fato do ex-diretor de Hogwarts não estar mais entre eles, se o garoto soubesse realizar feitiços mentais talvez conseguisse salvá-lo, mas então ás vezes ele pensava no que o diretor lhe disse quando fazia o primeiro ano. “Para uma mente bem-estruturada a morte é apenas a grande aventura seguinte.” Isso o fazia sentir mais seguro diante daquelas pessoas que deixaram saudades e mais do que isso deixaram grande parte deles mesmos lá bem juntinho dele.
Então Harry desceu a escada em direção a cozinha, ao chegar lá ouviu tia Pentunia chorando com o rosto escondido entre os braços.
Sem saber o que fazer o garoto, paralisado foi tentar ajudar sua tia, mesmo que a odiasse, ela continuava sendo sua tia.
Sentou-se a seu lado e tentou puxar conversa.
-Você está sem sono?-perguntou sem saber o que dizer.
A mulher se assustou com a indesejável visita, então apenas respondeu secamente:
- Não é da sua conta.
-Me desculpe- disse Harry percebendo que a tia era a mesma de sempre.
Após dizer isso, ele pegou o copo se dirigiu à geladeira e se serviu de um copo de água. Depois se retirou sem dizer uma só palavra ouvindo apenas os soluços frios e distantes de tia Pentúnia, apesar da grande aversão que sentia pelos Dursley, o garoto estava muito aflito diante das expectativas de uma crise nas vésperas de sua despedida.
Passado algum tempo desde que chegara ao quarto, uma pequena coruja entrara pela janela já aberta de seu quarto: era a segunda coruja já recebida naquele dia. Harry pegou o pergaminho e percebeu que a carta havia sido escrita antes de Edwirges ser mandada, portanto ainda não era a resposta do bilhete que enviara.
“ Ao Harry,
desculpe-me ter demorado tanto para lhe dar notícias, mas é que aqui em casa nosso tempo está muito apertado com a proximidade do casamento de Carlinhos.
Então não deu tempo de encomendar seu presente de aniversário, foi mal cara, mas quando você tiver aqui eu te dou teu presente. Por enquanto se contente com o convite para passar o resto das férias aqui n’A Toca. Amanhã papai, Fred e Jorge irão ai pra te buscar, ou seja você vai passar seu aniversário aqui em casa, isso é claro se você quiser, mande a resposta ainda hoje ok?
Um abração,
Rony.”
Harry mal podia acreditar na hipótese de passar o seu aniversário longe da casa onde passou toda sua infância tão difícil. Sem nem pensar duas vezes, o garoto pegou o mesmo pergaminho que seu amigo havia escrito e escreveu no verso:
“Claro que sim!!!” E enrolou-o na perninha de Pinchintinho depois de alimentá-lo adequadamente e despachou-o para A Toca.

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