Revelações de um Passado...
N.A.: Olá gente ^ ^
Estou aqui mais uma vez, um tanto atrasada... Hehehe... Mas, estou né?
Eu quero pedir desculpas a todas (os) que lêem OMdS, por meus atrasos. Mas, garanto que não faço por mal.
Gente, eu amo essa fic!!! Por mais, viajada que ela seja às vezes, hehehe, eu amo escreve-la. E ela uma das coisas com que mais me importo e me dedico.
O problema é que o tempo para mim tá corrido e curto. Mal dá para atualiza do jeito que atualizo. Escrever OMdS é um crime para minhas notas e para minha saúde o.O É, pois é.
Só que é um crime que cometo com maior prazer ^ ^
Principalmente por ter leitoras tão atenciosas como vocês!!!
Por isso, estou aqui. Para pedir desculpas, e me justificar.
Eu posso atrasar... Mas, larga... NUNCA!!! Hehehehe...
Ok. Já me expliquei... Agora vamos ao capítulo... Que devo dizer... Não é um dos meus favoritos.
Escrevi ele todo em um dia praticamente ^ ^’
Então, não ficou exatamente como eu queria, mas... Espero que gostem.
Como sempre... Vamos aos agradecimentos... E depois... Aproveitem!!!
HEheheheh... ^ ^
AGRADECIMENTOS
Bella Malfoy: Oi ! Nossa... Que bom que gostou. Eu fico hiper feliz!!! Desculpa, pela demora * autora envergonhada * Eu sei que sempre digo que não vou demorar... E acabo demorando. Desculpa!!! Desculpa!!! Mas, olha com demora ou não o cap novo ta aí. Hehehe... xD Espero que goste!!!^ ^ Kisses... E até a próxima ;*
hgranger : Ah, brigada * autora vermelha * Menina, você não sabe o trabalho que deu, para achar a música desse cap o.O Ainda bem que todo mundo gostou ^ ^ Ficou a cara do Draco, mesmo né? HEhehe A atualização já ta aqui cheia de D/H, e esperando um novo comentário seu ^ ^ Espero que goste tanto desse cap, como gostou do anterior ^ ^ Valeu pelo carinho... Kisses ;***
Sirius Wolf : Oi ^ ^ Ai, que bom que você ta gostando da fic. Eu adorei escrever a cena do “Piiiiiii!!!” Huahuahuahua... xD
E é verdade... Valeu para Hiorrona!!! Ela virou muito minha amiga sabia? Coitada!!! Huahuahua... xD
Valeu pelo coment Thi ^ ^ Espero que curta o cap... Kisses ;*
Srta. Granger Malfoy : Ah, valeu migah!!! Que bom que gostou! * vermelha * Duas vezes??? Você teve essa paciência? Huahuahua... xD Ah, eu também achei a parte do abraço TUDO!!! Se o Draco dissesse aquilo pra mim * autora viaja * Ahh... Abafa!! Hehehe Obrigado por todos os elogios. Fico até sem graça de ter o meu trabalho reconhecido por uma autora tão boa como você ^ ^ Te adollu muito... E amei o seu último cap! Mione arrasou! Heheheh... Kisses ;***
LuanaH² : * autora chega de cabeça baixa, escondendo a face corada * Oi! Nossa... Não sei nem o que dizer. Fico muito... Muito... Mas, muito feliz mesmo, de saber que você gosta tanto de OMdS ^ ^ Destaque??? Ah... Assim você me deixa sem graça ^ ^ Também tô com dozinha do Malfoy aliás, quem não tá não é? Coitado. Aquele Voldmort só ferra as idéias! Afff! ¬¬ Aliviada... Tá todo mundo assim. Huahuahua... Tadinho do Rony * autora faz cara de piedade * Acho que ele só tem uma fã nessa fic. Hehehe... xD O Harry com a Gina com certeza * autora concorda feliz * O Rony com a Luna... Não! Provavelmente ele fica com a Mione. * autora sonha * Mas, não se preocupe, J.K é J.K... OMdS é outra história. * autora se corrigi diante do medo * Hehehe... ^ ^’ Ah, valeu mesmo! E sim, eu sou sua fã! Você é uma das fã mais participativas de OMdS!!! Menina... Eu te adoro!!! Hehehe... ^ ^ Beijão? Hum... Tá mais próximo do que imagina. Huahuahuahua... Continue mesmo passando por aqui. Adoro responder seus coments ^ ^ Kisses... E até a próxima ;***
Christine Martins : Ai, que bom que você amou tudo ^ ^ Fico muito feliz!!! Esses também foi um dos meus capítulos favoritos! Espero que goste desse também ^ ^ Kisses... E continue comentando ;****
Lola_pottermaniaca : Oi migah ^ ^ Que pena que não viu os vídeos * autora entristece * Mas, que bom que curtiu mesmo assim. Fico hiper feliz!!! * autora abre largo sorriso * Obrigado pelos elogios. Também adorei sua fic ^ ^ Tomara que curta esse capítulo. Vou ficar esperando um coment seu ^ ^ Kisses... T+ ;****
Laís Potter Black : Oi menina... Sumiu!!! Hehehe... Tô com saudade ^ ^ As monitorias vão sem bem... Hum... Interessantes! Huahuahuahua... Você vai gostar! Tenho certeza ^ ^ Curta o novo cap... Vou ficar esperando um coment seu ^ ^ Kisses... T+ ;***
_}i{_Laura_Malfoy_}i{_ : Oi Laura!!! Minha amiga mais discreta... Depois, da Cíntia é claro. Huahuahuahua... xD Foi nada não. Eu tava zoando ^ ^ Lembrando de nosso amado professor, agora? Que isso? Saudade? Huahuahuahua... xD O que você vai fazer??? o.O E por que precisa da Gi??? Olha, lá hein? * olhar de ameaça * A Dinorah hiper gente boa... Eu gosto dela! Heheheh... ^ ^ Nossa... Essa fila tá cumprida!!! Maior do que de leitoras que querem me matar! Huahuahua... xD Hum... Minerva, hein? Velhinha esperta. Huahuahua... xD Não tenho mais nada a declarar quanto aos Weasley, você e todo mundo tá contra eles * autora fecha a cara * Faz outra sim! Todo mundo adorou! ^ ^ Ah... Ele tava demais em “O Retorno”, né? * autora viaja * O Rony poderia pensar nisso sim * autora os defende novamente * E além do mais, o Draco não planejou aquilo... Simplesmente, surgiu a possibilidade ^ ^ Não dou o Draco não!!! Huiahuahuahua... xD É ele não lembrou você na biblioteca... Você é mais folgada ... ¬¬ Eu demorei! Hehehe... Sorry * vergonha * Ahhh... Bem... Deixa quieto, né? Você sabe como é difícil ser eu? Huahuahua... Dá um desconto! ^ ^’ Te adollu amigah ^ ^ Kisses ;****
taaa_hp : Ah, brigada! Nossa... Eu fico muito feliz que tenho gostado do cap. Finalmente, um que realmente agradou. Hehehe... ^ ^ Quanto ao clipe... Foi erro da autora ...¬¬ Ele não é meu não ^ ^’ Esqueci de por os créditos * vergonha da burrice * Mas, vou por nesse cap ^ ^ Mesmo, assim não deixa de ser incrível , o vídeo, né? Adorei ele!!! ^ ^ Não se preocupe com Draco e a Mione... O amor deles é entre tapas e beijos. Já vieram muitos tapas. Logo, virão... Os beijos! Huahuahua... xD Valeu pelo carinho , viu fofa ? ^ ^ Kisses ;***
Candy BB : Muito obrigado, Candy ^ ^ Eu fico contente de saber que você gostou de OMdS! E olha, sua curiosidade será saciada... Esse capítulo é bastante revelador o.O Hehehe... E não se preocupe com Mione e Draco. Logo, logo eles se entendem ^ ^ Kisses... Brigado pelo carinho ;***
s2• ♥*KARYNA_DRACO*♥• s2 : Hehehe... Oi Karyna ^ ^ Ele tá aqui olha! Desculpe a demora, tempo corrido...¬¬ Espero que goste! Comentam ai, viu? Adoro seus coments ^ ^ Kisses ;***
hiorrana : Hiorrana!!! Minha amiga do S2 !!! Que bom te ver por aqui! Mesmo que seja para me ameaçar ...¬¬ Huahuahuahu... xD Conversar com a Laura??? NUNCA!!! Ela já viu seu coment, e já me perguntou! Por favor não faça isso!!! * autora implora piedade * Ah... Quanto a chantagem... Eu já atualizei! Agora, cadê o cap??? ...¬¬ Acho bom correr em dona Hiorrana. Senão eu pego avião e vou lá para Porto Alegre aprende uns golpes com a Nandinha! Hehehehe... xD Mione... Ficar com o Draco? Hum... Vamos dizer que num futuro não tão distante. Hehehe... * se esconde em baixo da mesa para não morrer * Também te adoro muito amiga!!! Você já mora no meu S2 Você e Nandinha são muito especias! Adoro vocês!!! ^ ^ E olha, por amor a minha vida... Já atualizei! Agora a pergunta é... Você tem amor a sua??? * olhar assassino * ATULIZA!!!! Heheheh... Kisses ;****
Lola_pottermaniaca : Hehehe... * autora envergonhada * Ta atualizada já ^ ^ O beijo do Draco e da Mione? Será que já ta aqui? Dá uma lida para conferir. Heheheh ^ ^ Eu não gosto de te fazer sofre, miguxa. Mas, é que a coisa tá brava por aqui também ...¬¬ Não é só a vida da Mione que é difícil não! Hehehehe... xD Eu li att! AMEI!!! Você tá arrasando!!! Parabéns! Kisses ;***
Bella Malfoy : Já postei Bella ^ ^ Desculpa, a demora. Espero que goste do cap! Kisses ;***
Sonekinha_89 : Eu também adoro a sua! E adorei a att. ^ ^ Só não gostei daquele amigo da Mione! Garoto mais tapado! Afff! ¬¬ Eu já comentei lá... Então... ATUALIZA!!! Hehehe... Bjos lindah ^ ^ T+ ;***
Srta. Granger Malfoy : Ah, nem demorou tanto assim , né? * autora tenta * Ai, não liga para ele não!!! Não suporto aquele loiro azedo ¬¬ Sabe, às vezes fico me perguntando como Draco Lindo Perfeito Malfoy é filho daquele crápula! Afff! Ninguém merece ¬¬ Hehehe... Nem precisa mais espera. O cap já ta On ^ ^ E não foi o meu coment que foi perfeito, foi o seu cap!!! Esplêndido ^ ^ Vê se att logo, viu? Te adollu ^ ^ Kisses ;***
Gi.Black : Gi??? o.O * autora vê sem acreditar * Gi!!! É você mesmo! HEhehehehe... xD Dois caps??? Mais é folgada mesmo ¬¬ O primeiro cap é seu!!! E nem adianta fugir da responsabilidade, viu? * aponta o dedo na cara da amiga * Pois, bem... Pode sair daí de baixo... Eu acho. Hehehehe... xD Migah... Eu sei * autora envergonhada * Também fiquei com muito dó do Roniquinho * sussurra para as outras leitoras não ouvirem * Mas,olha... Foi questão de segurança. Se eu não desse uma vantagem para o Draco nesse cap, depois do mô beijão que a Mi e o Ron deram no cap 4... EU IA MORRER!!! o.O Você entende, né? ^ ^ Cobra verde??? O.O Torce para ninguém ter visto isso!!! Hehehe... ^ ^ E eu não copio as suas falas... Elas são da Gina. Se vocês são a mesma pessoa, eu não posso fazer nada! Vocês são idênticas... Principalmente, no quesito zoadoras e convencidas! HauahuHauhau ... xD Te adoro menina ^ ^ Kisses ;*** E escreve o nosso capítulo!!! AGORA!!! ¬¬
_}i{_Laura_Malfoy_}i{_ : Hum... Olá, Laurinha ^ ^ Capítulo mais D/H? Por que todo mundo me pede isso? * autora se questiona * Ahhh, é! * tem uma idéia * É por que a fic é D/H, não é mesmo? ^ ^ Hehehe... Fica calma Laura. As cenas estão por vir. Ok? E eu já atualizei!!! Não precisa gritar! Hehehehe... TE ADORO!!! ^ ^ Kisses ;***
Bella Malfoy : Olha só... Prometido e cumprido ^ ^ Nem precisou cobrar, né? Espero que goste ^ ^ Kisses ;***
Gi.Black : Nossa... É a Gi de novo. Viva e sem ferimentos ainda por cima!!!! A não ser pelo pé ^ ^’ Hehehe... Zoera ^ ^ Você acha que a Laura faria essa maldade com você? * autora pensa : “É talvez fizesse!” * Hehehehe... ^ ^ E não mude mesmo! Só não me pede mais R/H... AS MENINAS ME MATAM!!! * autora vê um grupo se aproximando e pôs se a explicar * R/H só leve agora!!! Bem leve!!! Calma!!! Calma!!! Vou dar uma chance para o Draco agora, gente calma!!! O problema é com ela ali, olha!!! Ela que não gosta do Draco! Chamou ele de cobra verde!!! E DE TRASTE!!! * as leitoras desviam a atenção de mim. Miram Gi com olhares assassinos * Gi... Acho que não vai dar para você ler o cap hoje. Acho melhor você.... CORRER!!! Hauhauahuahuahuaha... xD TE ADORO MUITO!!! Minha beta... Amiga... Irmã... Minha tudo!!! HEhehe... Kisses ;***
Lola_pottermaniaca : HEhehe... Já ta atualizada fofa ^ ^ Foi mal a demora ^ ^’ Espero que goste do cap! Kisses ;***
hiorrana : Hio!!! Oi!!! Sim, sim! Eu quero matar vocês! HuahauHAuahua... Mas, não é de curiosidade não. É porque simplesmente... VOCÊ E NANDINHA NÃO POSTAM!!! Aff, viu?! ¬¬ Quanto a vc vir até aqui... Eba!!! Eba!!! Quanto a vc trazer Comem Sais... SOCORRO!!! SOCORRO!!! Quanto ao Draco ser seu.... HAuahuaHUAhaUAhua... Nem falo mais nada, que é para não agravar seu estado de saúde! ¬¬ Bem... Como eu gosto da minha vida... Apesar, dela não ser a mais fantástica do mundo... KKKK... Ai tá o cap ^ ^ Espero que goste. Agora, sabe de uma coisa que eu sei que vc não vai gostar... DA MINHA MÃO NO SEU PESCOÇO, O PRESSIONANDO!!!! QUE HISTÓRIA É ESSA DA FOTO SER BONITA??? o.O Ok! Ok! Eu sei que eu concordei ^ ^’ Mas, eu tava achando que você tava falando de outra coisa... Outra pessoa!!! Aquele lá é horrível!!! Bicho feio!!! Sem graça!!! E irritante!!! MORTE A ELE!!! HauHAuahuahua
E até daqui um mês, né? * saio correndo para não morrer *
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Capítulo 07 – Revelações de um Passado... Propostas de um Futuro.
A manhã surgiria calma e ensolarada. Embora a noite tivesse sido sombria e perturbadora.
Era o início de tudo, embora o ano estivesse chegando ao fim.
Era o primeiro dia em Hogwarts, para todos os alunos. O primeiro ano de aula, para muitos.
A primeira hora do dia, do último ano de Harry, Rony, Draco e tantos outros.
E Hermione... Seria a primeira a acordar.
- Oh, Merlin. Por que isso sempre acontece comigo? – ela resmungou irritada, ao ver que o breu da madrugada ainda cobria seu quarto. – Será que nunca mais dormirei decentemente? Grrr!
Ela se jogou ao travesseiro, e olhou ao redor.
O silêncio era quase absoluto. Todas dormiam tranqüilamente.
Lilá algumas vezes resmungava algo inaudível, e Parvati fazia barulhos com a garanta.
Mas, nada mais atrapalhava a quietude.
A castanha mirou o teto, entediada. Tinha certeza que seu acordar súbito tinha um motivo. Tinha certeza que era culpa de um de seus estranhos sonhos... Mas, o que acontecerá dessa vez?
Ela se acomodou propositalmente, tentando relaxar. Quem sabe com a cabeça fria, ela pudesse se recordar?
Fechou os olhos e respirou profundamente.
Logo, imagens lhe sucederam.Embora, eles fossem reais demais, para serem apenas um... Sonho.
- Deixa que eu te ajudo com isso.
- O que está fazendo aqui?
- Nos vemos outra hora, quem sabe.
- Vamos para minha casa!!!
- Voldmort ficou furioso. Estava decidido a acabar com todos os Malfoy da face da Terra, para se vingar do fracasso de meu pai. Foi então que a proposta apareceu...
- Se desejar pode ficar está noite conosco.
- O que?
- Nem sonha Granger.
- Quem é você para me falar de sinceridade?
- Patética... Eu??? Ora, Malfoy... E você???
- Umff... É sempre você não é Granger?
– Está disposto a mudar Malfoy? Disposto a largar o seu passado podre?
- Estou.
– Todos acreditam na palavra de Harry. A Ordem inteira estaria disposta a te dar um voto de confiança, se ele lhes dissesse que podem.
- VOCÊ QUER ME POR NA ORDEM??? Isso é...Loucura!!! Lá não é o meu lugar!!!!
- E onde é??? Ao lado dos Comensais??? Perto das pessoas que te traíram e querem te matar???
- Não sei! Desde quando você se importa?
- Eu também não sei.
- Preciso de algumas respostas. Por que está fazendo isso?
- Isso o que?
- Me ajudando
- Malfoy???
– Desapontada?
– Eu pensei em agirmos por impulso. Quero dizer, será muito mais sincero.
- Minha proximidade te incomoda Granger?
- Deveria incomodar a você, não é Malfoy. Ou esqueceu que sou sangue-ruim?
- Sabe que no momento...Eu não estou ligando muito para isso.
– Acho melhor você levantar Malfoy!!!
- Não foi você mesmo que disse para agirmos por impulso?
- Sr.Weasley? Ron?
- MALFOY????
- Você está bem?
- Estou. Não se preocupe
- HERMIONE... É O MALFOY!!! NÃO PODEMOS CONFIAR NELE!!!
- Então, confie em mim.
- Seu namoradinho chegou para acabar com a nossa diversão
- Pare com a palhaçada! Ron não é meu namorado e... Quem disse que estávamos nos divertindo???!!!
- Você dirá que veio me pedir ajuda.
- COMO É QUE É???
- Eu amo vocês.
- Ora, nós também te amamos querida
- Ficaremos a sua espera o ano todo, minha menina.
- Adeus.
- O que Malfoy faz aqui, pai?
- Eh... Ele foi capturado?
- Hermione querida...
- Malfoy é um de nós agora.
- Mas, como???
- Fred... Traga as Orelhas.
- Eu aprendi, com uma das pessoas mais sábias que conheci... Que todos merecem uma chance.
- MALFOY VAI FICAR!!!
- O que você fez à Mione?
- Eu não fiz nada à ela.
- Mentira!!!
- Quem é você para falar de educação? Crime, então? Nem vamos comentar!!!
- Ahhh... Estou cansado, Granger. Tem como implicar comigo, amanhã?
- Não vim implicar... Só queria saber se está bem.
- Hermione, espera.
- Você me chamou de Hermione.
- Seria assim tão ruim? Se tivéssemos mais intimidade.
- Mione!!! Você não vem dormir?!
- E ainda me perguntam por que eu odeio os Weasley.
- Boa noite... Hermione.
- Está morto!!! Morto!!!
- Quem??? O que houve???
- Eu não sei!!! Não pude ver o rosto!!! Está morto!!! Morreu... Por mim.
- Harry! Estava com saudades!
- Ela trouxe o Malfoy para nossa casa.
- O QUÊ???
- VOCÊ ESTÁ DO LADO DE MALFOY????
- EU ESTOU DO LADO DE HERMIONE!!!
- Eu não tenho dono!!!
- Não tem mesmo?
- Malfoy! Hermione! Que bom que já estão aqui! Eles chegaram!!!
- Você vai dizer a eles o que me disse, vai esclarecer as dúvidas, explicar seus motivos, dizer que está arrependido, e vai se manter calmo. Isso é o principal.
- Não precisa ficar nervosa. Sou eu quem vai para forca, não você.
- Não brinque com isso Malfoy.
-Professora McGonagall, Malfoy está aqui para... Para pedir perdão. E também para pedir... Uma... Uma chance. De estar ao nosso lado
- E isso... O que Sr.Malfoy deseja, ou que a senhorita quer, Srta.Granger?
- Sou eu quem assim decidiu professora
- Por que não conseguiu cumprir sua missão uma vez que a vida de seus pais dependia disso Sr.Malfoy?
- Porque ele não é um assassino. Foi isso o que o Prof.Dumbledore disse a ele, no dia do ataque.
- Espero que dê o melhor de si, Sr.Malfoy.
- Eu ainda não estou acreditando!!! Você conseguiu!!! Conseguiu mesmo!!!
- Eu sei, Granger. Por isso quero te agradecer também.
- Mione!
- Você e Ron não se resolvem nunca, não é mesmo?
- Eu e o Ron somos amigos, Gina. Nossa relação já foi estabelecida.
- Você precisa mesmo ser responsável por esses dois em tempo integral?
- Não só responsável, por eles. Como agora, responsável também por você.
- Espero que cuide bem de mim, então.
- Eu gostaria muito que você parasse com essas brincadeiras. Elas são muito desagradáveis.
- Sinceramente... Eu gostaria muito que elas ainda fossem só brincadeiras.
- Vou atrás dela assim que sairmos de casa. Vou falar com ela!!! Ela terá que me perdoar.
- Mione?
- Hermione??? O que houve?
- Não foi nada, Ron!!! Nada que lhe faça alguma diferença!!!
- Tudo que desrespeito a você me interessa.
- Terei que vê-los juntos de novo.
- Mione!!! Era de você que estávamos falando.
- O que está dizendo Ron?
- Estou dizendo... Que te amo.
- Eu lhe devo um favor... E nada mais. Isso não quer dizer que somos amigos. E por isso, eu peço... Que não se preocupe comigo. Porque eu farei o mesmo.
- Voltem para Hogwarts
- Hermione e eu estamos namorando
- Eu tenho medo de altura.
– Não vou deixar você cair.
- E então?
- É lindo.
- Nos odiamos a vida inteira. Não é agora que isso vai mudar.
- ABRE ISSO AGORA MALFOY!!! NÃO É ENGRAÇADO!!!
- Eu discordo!
- Hermione?!
- Ron?
- Eu não vou ficar vendo isso.
- Ron!!! Espera!!!
- Eu odeio você.
- Tudo bem. Eu também já te odiei um dia.
- Teve outro sonho?
- Meus sonhos não me machucam!
- Nessa história toda... Eu tenho pena mesmo é do Malfoy.
- Granger?!
- Ahhh... Hoje eu levantei com o pé esquerdo, só pode!!!
- Está tudo bem, Draco? Você se machucou?
- Eu estou bem, Pansy.
– Eu não sei o que está pensando, mas, seja o que for... É isso!!!
- DRACO!!!
- Minha culpa? Foi você quem começou a gritar!!!
- Só porque você começou a me irritar.
- Grr!!! Quer parar vocês dois! Vão acabar criando barraco mais uma mais vez!
- Padma Patil e... Ron Weasley!!!
- Nossa!!! Uma grifinória, um sonserino... Sangue-puro e trouxa. É verdade que a volta do jovem Malfoy, se deve a você jovem donzela?
- Se conhecem?
- Não é problema seu, Granger! Não tente caçar preocupações, ok?
- Draco?! Você... Você... Você está bem!!! Você está salvo!!!
- Isabelle? O que faz aqui???
- Você é Hermione Granger. Foi você quem ajudou o Draco, não foi?
- Você tem noticias dela???
- Não. Sumiu já faz alguns dias
- Você está bem?
- Não adianta, Granger. Não se finja de amiga, agora. Eu jamais lhe darei as minhas fraquezas.
- Não preciso delas. Eu só quero te ver forte... De novo.
- Nós escolhemos o melhor exemplo que obtivemos de solidariedade e união este ano. A Srta. Granger e o Sr. Malfoy.
- Rebaixar??? Não é você que tem pavor de sangue-ruim??? O que Hermione é mesmo, hein, Malfoy???
- Qual é Hermione??? O que te deu para ajudar esse cara? Ele te azarou?
- Não, eu não azarei. Mas, se você continuar a me perturbar... Vou ter que te azarar!!!
- Não ligue, para o que Ernesto disse.
- OK!!! Será que alguém pode me explicar o que tá havendo aqui?
- Não está havendo nada, Pansy. Granger está maluca. Eu e ela já conversamos. Voltamos a ser inimigos de novo.
- Você está errado, Malfoy. Nós nunca deixamos de ser.
Ela abriu os olhos chocada.
Aquilo não era o seu sonho... Era sua vida.
- Como eu fui deixar todas essas coisas acontecerem? – perguntou-se aflita.
Porém, antes que pudesse procurar uma resposta para sua pergunta. Ouviu um baixo estampido, vindo do andar de baixo. Levantou curiosa.
Bichento que a pouco girava de um lado para o outro no tapete, dando baixos ronronados, também se pusera em pé.
Hermione o observou ir em direção a porta do dormitório, e logo depois s encara-la, como se esperasse que a dona a abrisse.
A castanha o mirou pensativa, mas então se levantou. Pôs o robby por cima do pijama e se encaminhou em direção a porta.
Bastou um segundo depois que ela abriu para que Bichento saísse em disparada pelas escadas.
- Hey! O que está havendo? – ela perguntou para bola de pêlos laranja que já sumia de sua vista.
Olhou ao redor. Não havia sinal algum de qualquer outro movimento.
- Ai, Merlin! Da última vez que me vi em algum lugar com o Bichento de madrugada, o resultado foi catastrófico!!! – ela se recordou da noite em que Ron e o Sr. Weasley chegaram até sua casa. – Ok. Vamos lá. O que pode acontecer de mal??? – perguntou a si mesma. – No mínimo deve ser algum pirralho que não sabe que não se pode ficar circulando a noite. – ela refletiu descendo os degraus. – Eu ficaria muito feliz em dar uma detenção se fosse o caso.
A menina desceu as escadas sem muita pressa. Bichento já não dava nem sombra de presença quando ela alcançou o Salão Comunal.
Aliás, não havia sinal de Bichento, nem de mais ninguém. Tudo estava na mais perfeita calmaria.
Ela adentrou o local, com certo receio, estranhando o silêncio.
Podia jurar que ouvirá um baque lá do andar de cima.
Em passos curtos e lentos, ela caminhou pelo salão. Olhando para todos os lados, como se esperasse que algo ou alguém a barrasse a qualquer momento.
E foi isso o que aconteceu.
- AHHHHHH!!! – ela exclamou ao sentir uma mão gelada atingir seu pulso. Mas, logo sua boca fora tampada por outra mão.
- Calma minha senhora! Dobby não lhe fará mal algum. – uma voz esganiçada se identificou por de trás da menina.
- Dobby?Ai, que susto! – a castanha exclamou irritada, assim que o elfo a soltou. – Por que não me disse que era você?
- Me desculpe, amiga de Harry Potter. Dobby não tinha visto a senhorita. – ele disse envergonhado. – Dobby só estava vigiando os dormitórios, como professora McGonagall mandou.
- Vigiando? – Hermione levantou uma das sobrancelhas.
- Sim . Professora McGonagall pediu para que ficássemos de olho em todos os movimentos do castelo. – ele disse com ar de observador.
- E por que isso Dobby?
- Professora, tem muito medo. Medo demais! Do que pode acontecer aos poucos alunos que decidiram voltar.
- Ah... É isso. – Hermione disse entediada. Ela devia ter raciocinado antes.
- Amiga de Harry Potter parece preocupada. Dobby pode ajudar?
A menina o encarou docemente.
- Eu estou bem Dobby, não há com o que se preocupar.
- Dobby acordou a senhorita, não é? – ele disse num misto de vergonha e raiva. – Grrr... Dobby muito feio!!! – ele brigou consigo mesmo, dando um tapa na cabeça.
- Hey!!! Dobby!!! – a castanha o segurou. – Não foi você, ok? Eu só acordei. Não foi nada demais. – ela disse firmemente. - Não ando dormindo direito. – suspirou chateada.
- Problemas com seus sonhos? – Dobby perguntou num sussurro.
Hermione o encarou com os olhos semi cerrados e uma das sobrancelhas levantadas.
- Como sabe Dobby?
- Dobby??? Dobby não sabe de nada! Senhorita! Dobby não sabe de nada! – o elfo exclamou desesperado.
- Ah, sabe sim. – ela o mirou acusadora. – Só me resta saber o que? O que você sabe Dobby?
- Não é nada senhorita! É verdade! Dobby só sabe de seu envolvimento com o amo Malfoy.
- Meu o que??? – Hermione exclamou perplexa. – Eu não estou me envolvendo com Malfoy!!!
- Pobre amiga de Harry Potter. – Dobby a olhou caridoso. – Não sabe no que está se metendo.
- Perai, Dobby. Do que está falando? Eu não estou me metendo em nada. Não estou me envolvendo com Malfoy.
- Está sim senhorita. Mas, é que ainda não percebeu. Ninguém nunca percebe. – o elfo disse desolado.
- O que quer dizer, Dobby? O que você sabe?
- Dobby precisa ir senhorita! Dobby não pode ficar!
- Não Dobby! Você vai me dizer o que sabe.
- Dobby precisa ver as outras salas. Precisa manter tudo em ordem, para a professora McGonagall.
- Dobby volte aqui!
Mas, o elfo sumiu. Em uma camada de fumaça.
Hermione ficou a mirar o local onde o elfo estivera abobada. Estava mais confusa do que há cinco minutos, quando descera as escadas receosa.
Sentou-se, sem nem ao menos perceber a própria ação. Estava por demais desnorteada.
“O que Dobby sabe que eu não sei? O que está havendo?”
- Você está bem?
- AHHHHH!!!! RON!!! Quer me matar? – Hermione exclamou espantada, para um ruivo sonolento.
- Na verdade... Você não é a primeira da lista. – ele disse irônico. – Por que está tão assustada? – ele perguntou curioso.
- Ora! Por que? – ela desconversou. – É óbvio, não é? Eu estava sozinha no escuro, e você aparece do nada!!! Queria o que?
Ron a olhou sem muita alteração. Estava meio dormindo.
- Tem certeza que é só isso?
- Claro. O que mais poderia ser? Eu sou meio medrosa, Ron. Você sabe. Me conhece.
- Eu já não tenho certeza disso. – ele disse com um tom ressentido.
Foi só nesse momento que Hermione notou, que era a primeira vez que o amigo lhe dirigia a palavra, desde a noite em que eles haviam terminado.
- Ron...
- Eu já vou subir. – ele a cortou. – Só desci porque tinha ouvido seu grito. Achei que tinha acontecido alguma coisa.
O ruivo se encaminhou até as escadas, dando as costa para menina, com a face tristonha. Mas, parou quando subia o terceiro degrau. Parecia ter notado alguma coisa.
- Por que você estava gritando? – ele voltou-se repentinamente para garota.
Hermione o encarou abobadamente, procurando uma resposta.
- Ah... Eu? – perguntou sem necessidade. – É porque.... Porque o Dobby me deu um susto, igual você! – ela disse sinceramente.
- Dobby? O que Dobby estava fazendo aqui? – perguntou desconfiado.
- Ora, Ron! Até parece que você não sabe que quem mantém esse lugar organizado são os elfos, escravizados, como o Dobby. – ela disse se exaltando.
- Hum... Ok. Vou dormir. – Ron disse desviando sua atenção.
- Ron! Espera! – a menina lhe segurou a mão. – Precisamos conversa. Por favor? – ela pediu suplicante.
Ron a encarou pesaroso. Embora não se mostrasse muito disposto a ouvir.
- Hermione... – disse lentamente, após alguns instantes. – Não há o que dizer.
- Como assim não há? Você nem ao menos me ouve! Como pode dizer que não tem o que dizer. Você pode não ter. Eu tenho! – a menina disse determinada, soltando o rapaz.
Este se virou para ela, com a expressão um tanto alterada.
- E vai me dizer o que? Que o que eu vi foi um acidente? Que não passou de ilusão de ótica? – ele ralhou nervoso.
- Não foi ilusão de ótica Ronald Weasley! – ela ironizou, também zangada. – Mas, foi sim um acidente. Acredite ou não!
- Ah, é claro que eu deveria acreditar! Até Malfoy disse que foi proposital. – o ruivo soltou sarcástico.
- ENGRAÇADO! ACHEI QUE GOSTASSE DE MIM. E NÃO DE MALFOY! MAS, ESTAVA ENGANADA, NÃO ?! A PALAVRA DELE CONTA QUE MAIS DO QUE A MINHA!!!
Eles já estavam aos berros. E caso, continuassem, logo acordariam todo o Salão Comunal.
- NÃO É QUESTÃO DE CONFIAR EM MALFOY! É QUESTÃO DE QUE EU VI! EU VI HERMIONE! E NADA VAI MUDAR ISSO!
- E O QUE FOI QUE VOCÊ VIU? EU CAI RONY!!! FOI ISSO QUE VOCÊ VIU!!! EU CAÍDA!!!!
- EM CIMA DE MALFOY!!!
- Isso foi mero detalhe!!! EU NÃO FIZ DE PROPÓSITO! JAMAIS FARIA!
- E como é que eu vou saber. ANDA TÃO INTIMA DELE!
- CLARO! MEU MELHOR AMIGO ME DÁ AS COSTAS. TENHO QUE FICAR COM O INIMIGO MESMO!!!
- Harry não lhe deu as costas Hermione. Pode falar com ele quando quiser!
- ESTOU FALANDO DE VOCÊ SEU IMBECIL!!!
- EU NUCA FUI SEU AMIGO HERMIONE!!! NUNCA!!! VOCÊ SABE DISSO!!! TODOS SABEM DISSO!!! UM AMIGO AGUENTA O QUE EU VI! MAS, O QUE EU SINTO POR VOCÊ NÃO É AMIZADE!!! NUNCA FOI. – ele parou por um momento, tentando respirar. – Você já devia saber disso.
Hermione o mirou desolada. Não sabia o que dizer. Ou talvez, tivesse apenas perdido a voz naquele momento. Ron a mirava com a respiração exaltada e o ar de fúria, que diminuía vagarosamente, presente no olhar.
- Ah, tá tudo bem? – Lilá Brown perguntara intrigada, nos primeiros degraus da escada.
Podia se ver alguns rostos perdidos e escondidos pelo Salão, postos a observar.
Era óbvio que ninguém se manifestara porque ambos os envolvidos na discussão eram monitores, e ninguém queria encrencas.
- Mione? Ron? O que houve? Está tudo certo? – Harry aproximou-se dos amigos, desviando de Lilá.
Ron encarou o amigo, depois Hermione. Parecia muito confuso, e mais nervoso do que na última briga que tiveram.
- Está Harry. Está tudo certo. – ele concluiu frio, mirando a menina de ar tristonho. – Fique com Hermione. Ela está precisando de um amigo. Eu não posso fazer mais esse papel.
Sem dizer mais nada,o ruivo pôs-se em direção a escada. Sendo acompanhado pelos olhares curiosos.
Pode se notar os olhos da castanha lacrimejarem. E nesse instante Gina apareceu, como se soubesse que a amiga precisasse de sua ajuda.
Harry ralhou com os demais alunos, para que se recolhessem. Enquanto a ruiva, ajudava Hermione a sentar-se, ainda com um ar chocado. Parecia não conter voz e estar sem expressão.
- O que houve? – o moreno interrogou assim que expulsou os demais.
- Não adianta perguntar, porque ela não vai dizer. Precisa de um tempo. – Gina disse calma, conhecendo o gênio da amiga. – Suba. Veja Ron. Deixa que cuido de Mione.
Ao ouvir as palavras da menina, Harry embora confuso e um tanto preocupado, subiu as escadas atrás do amigo. Dando leves olhadas para trás.
Gina recostou a cabeça da amiga sobre o seu ombro, e pôs-se a acarinhar os fios castanhos da menina.
- Fique calma. E relaxe. – ela disse em consolo. – Não importa o que ele tenha dito, nós três sempre estaremos aqui para você. E essa... É a única certeza que você jamais poderá deixar de ter.
- Hoje é o dia Severo. – a voz rastejante, com o som semelhante ao chocalho de uma cobra, soou aos ouvidos, de Snape.
- Tem certeza Mi Lord? – ele perguntou receoso. – Não crê que...
- Não questione minhas ordens! Mande Ashatan, ir de encontro ao garoto. – ele ralhou com o homem de cabelos sebosos.
- Sim, senhor. Mi Lord. – o vassalo concordou temente.
- Está na hora do jovem Malfoy me pagar sua divida.”
Os raios de Sol lhe tocaram a face pálida sem piedade, incomodando seus sensíveis olhos azuis acinzentados.
Ele os contraiu irritado, mas de nada adiantou. Logo, perdera o sono, e pôs-se de pé.
O dia tinha a aparência serena e feliz, que muitos costumavam desejar para um recomeço. Mas, não fazia diferença para Draco.
Ele não acreditava mais em recomeços.
O loiro arrumou-se e preparou-se para o inicio de mais um diz. Uma nova rotina, embora esta não houvesse de ser melhor que a anterior.
Ele podia prever os cochichos e os comentários maldosos a seu respeito se espalhando por todo salão.
Ouvia-os dizendo que mentia... Enganava... Planejava... Que trairia.
Previa até mesmo a aversão, daqueles que ele achara que teria admiração.
Sim, pois ninguém o admiraria por entrar na Ordem, se para isso ele precisou se amigar de uma sangue-ruim.
Ele seria o assunto do dia... E isso não era bom.
Pronto, ele desceu as escadas com o ar orgulhoso de sempre.
Perdera tudo... Não podia se dar ao luxo de perder isso também.
Não havia quase ninguém no Salão Comunal. Provavelmente já se encontravam na mesa de café.
Ele mirou o quadro de avisos curioso. Era o primeiro dia de aula e ele já estava lotado.
Analisou rapidamente. Havia sugestões de cursos e reforços. Além de atividades extracurriculares e inscrições para Clube de Duelos e Quadribol. Foi passando os olhos pelo mural, procurando algo que lhe chamasse a atenção. Foi quando seus olhos recaíram sobre um dos posts.
AD – Armada de Dumbledore
Em questão de proteção, defesa e também em honra a nosso antigo diretor, Alvo Dumbledore. A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts trás de volta o grupo de prática de Defesa Contras as Artes das Trevas. Dessa vez sobre legalidade e conhecimento da escola, todos os alunos são convidados a participarem do conjunto.
As aulas serão ministradas pelos próprios participantes, sendo apenas supervisionadas pelos professores. Para que não haja acidentes.
Os interessados, procurem ao professor Slughorn, responsável pelas inscrições.
Muito obrigado pela colaboração.
Respeitosamente;
Diretora Minerva McGonagall.
Draco mirou o papel por mais um instante. Era estranho se ver perante essa realidade, e não poder debochar dela. Como era de seu costume.
Ia se por em direção a saída, quando um outro pergaminho lhe chamou a atenção.
Horário de Monitoria
Os monitores das casas : Grifinória, Sonserina, Corvinal e Lufa- Lufa devem comparecer ao Salão Principal hoje, às 22:30. Juntem-se com seus respectivos pares e sigam as instruções a seguir :
• Srta. Abbot e Sr. Goldstein : Salas de Aula.
• Sr. Mcmillan e Srta.Parkinson : Salão e dependências.
• Srta. Granger e Sr. Malfoy : 11º.; 12º. e 13º. andares.
• Sr. Weasley e Srta. Patil : Terrenos externos
O tempo de monitoria se cessa às 23:00 da noite para todos os monitores. Com exceção dos monitores chefes, que deveram comparecer a sala de diretoria ao fim da inspeção.
Agradeço a atenção.
Não se atrasem.
Ass: Diretora Minerva McGonagall.
O loiro suspirou revoltado. Por um momento tentara fingir que tudo o que lhe acontecera, não passara de um sonho. Um confuso e misterioso sonho.
Mas, aquele papel... Aquelas palavras. Lhe obrigavam a aterrissar e se dar contar, de era tudo verdade.
- Draco!
Ele ouviu alguém chamar. Depositou seus olhos pelo largo salão escuro, coberto de verde e prata. E avistou Isabelle vir em sua direção.
- Bom dia! – ela sorriu animada. – Dormiu bem?
- Bom dia Belle. Já animada tão cedo? – o menino riu-se, conhecendo o entusiasmo da prima.
- Ah, é meu primeiro dia. E você sempre falou tanto daqui. Queria o que? – acusou brincalhona. – Quero começar as minhas aventuras também. – a menina sorriu.
- Sei, sei. E pretende fazer o que?
- Eu não sei. – pensou chateada. – Mas, eu vou descobrir. Pode ter certeza.
Draco riu. Era engraçado ver a pequena aspirando encrencas. Quando todo o resto queria, era distância de qualquer uma.
- Ok. Eu tenho. – ele concordou irônico. – Mas, saiba que estou de olho em você, ouviu? Não pense que vai poder fazer qualquer coisa, porque eu não vou deixar. – ele disse sério.
- Ah, como se você pudesse me dizer alguma coisa. – a menina debochou sarcástica. – Esqueceu que me contava todas as suas histórias? Eu sei muito sobre você priminho.
O garoto a olhou com um misto de admiração e espanto. Havia uma verdadeira Malfoy a sua frente.
- Hermione riria muito se contasse tudo a ela. – desatou-se a rir.
- Você está proibida de falar com Granger! – ele pegou a menina pelo braço. - Entendeu? Não quero você perto dela! Está me ouvindo? – Draco disse zangado, assustando a prima.
- Ok. – ela concordou com medo. – Pode me soltar?
Draco percebeu a força que empregava no braço da criança.
- Belle... Desculpe. – ele disse envergonhado e nervoso. - Me desculpe, Belle.
- Tudo bem. – disse esfregando o braço vermelho. – Você não está bem. Está estranho. É por causa de tia Cissa? – perguntou cautelosamente.
- Não é por causa de nada, Belle. Eu estou bem. – cortou o assunto. – Vamos tomar café. Você precisa se alimentar, para fazer suas travessuras.
Isabelle sorriu docemente, e logo os dois se foram em direção ao Salão Principal.
“Ah, claro! Era tudo o que eu queria! Continuem! Falem de mim! EU ADORO SER O CENTRO DAS FOFOCAS! Grrrrr!!!”
Esses eram os pensamentos de Hermione Jane Granger, ao adentrar ao Salão Principal naquela manhã.
Totalmente só, tinha sensação de que todos a encaravam.
Podia ver os sonserinos lhe encarando com desgosto e nojo. Os de Lufa-Lufa com espanto. E podia ouvir, os corvinais falarem dela e de Malfoy. Enquanto os seus companheiros da Grifinória, comentavam seu episodio com Rony.
Aquilo era bastante constrangedor.A cada passo que dava perdia a fome.
Foi então que viu Rony. E dessa vez, não só a fome, mas qualquer outra coisa dentro dela, evaporou.
Deu meia volta na hora, fazendo com que os cochichos se tornassem maiores e mais altos.
Desistirá totalmente de comer, ou de ficar ali. Precisava ir embora.
Estava a virar a porta de entrada, quando trombou em alguém. Mas, não se deu ao trabalho de desculpar –se ou ver quem era o pobre com quem ela colidira.
Simplesmente se porá em passos rápidos em direção a o único lugar onde poderia ter paz.
Caminhou em passos rápidos pelos corredores, com um ar nervoso. Despertava curiosidade em todos que viam. Não só pela forma que a menina aparentava, mas provavelmente, porque todos já deveriam saber dos recentes ocorridos.
A entrada de Malfoy na Ordem... O escândalo no trem... A escala de monitoria.
Enfim... Tudo o que a menina mais queria esquecer.
Felizmente, bastou alguns minutos, e ela adentrou na grande biblioteca, respirando e expirando rapidamente, para tentar-se acalmar.
Lá era o único lugar em que ela se distraia. Fosse lendo ou estudando. De uma forma ou de outra. Ela esquecia de sua vida.
Se encaminhou para o fundo do lugar, passando por Madame Pince sem cumprimentar. Não estava com paciência.
Mirou uma sessão qualquer. Iria pegar o primeiro livro que lhe aparecesse, quando pensou... Sonhos!
Podia ler sobre sonhos! Eles viam lhe sendo bastante úteis no quesito distração. Pensara neles as férias todas, para esquecer de Rony, Malfoy e todo o resto.
E além disso, ela não desistira da idéia de desvendá-los. Eles podiam significar algo. Deviam significar algo.
Ela voltou três fileiras, de onde estava. A procura da seção de misticismo.
Correu os olhos por todos os exemplares, mas nada encontrou.
Havia “Loucos Sonhos” e “Como escolher meu sonho”. Além de “Faça sonhos”. Mas, nada que analisa-se ou explicasse sonhos.
A garota pensou por um instante. Onde poderia procurar?
Não poderia ser em magia... Campo muito amplo. Nem em pragas e maldições. O menino não parecia tão ruim.
Deveria ser em algo mais expansivo. Menos preciso. Foi então que a resposta lhe veio... Veio, mas ela não gostou.
- Adivinhação! – resmungou baixinho. – Que droga! Até meus sonhos, vão me irritar???
Ela pôs se para fora da prateleira. E se encaminhou para quinta a esquerda, onde ficavam os livros do curso.
- Ok! Vamos procurar isso meio rápido. – ela sussurrou par si. – Imagina se alguém me vê, aqui. Que vergonha!
- Acho que você tem motivos maiores que esse para ter vergonha.
A menina deu um pulo leve de susto, se virando para ver quem a surpreendera.
É claro que a resposta não podia ser pior.
- Por que não me deixa em paz ao menos um dia Malfoy?
- Ah, você morreria se isso acontecesse. – sorriu debochado. - E eu já tenho crimes demais em minha ficha. Não quero também assassinato. Já pensou? Matou por ausência. Séria o primeiro caso, onde o culpado não estaria presente.
- Você acha mesmo que é engraçado? – perguntou irônica.
- Não. Mas, eu sei de algo que será. – ele disse animado. – Quando todos souberem de seu súbito interesse em adivinhação.
- Cala a boca, Malfoy! Eu não gosto de adivinhação!
- Está aqui, por que então?
- Porque... Porque... Ora! Porque estou! Não lhe devo satisfações! Eu vivo aqui! A biblioteca é quase minha! Vou aonde eu quiser nela, entendeu? – ela brigou.
- Ok! Ok! – riu-se do nervoso da castanha. – Se você diz.
- E você? O que está fazendo aqui? – perguntou irritada. - Com certeza não está pelo estudo! Acho que tem alergia a livros!
- Como já lhe disse, Granger. Você não sabe nada sobre mim. Portanto, não fale. – ele disse sério. – Mas, sim. Eu não vim atrás de livros.
- Eu sabia. – ela sorriu vitoriosa. – Veio atrás de que, então?
- De você.
A menina gelou.
O que ele estava dizendo? O que ele queria dessa vez?
- O que quer dizer? – ela não evitou em perguntar.
- Vim te dizer que a educação mandou-lhe lembranças.
- Como é?
- Sabe... – ele disse escorando a mão na estante, e ficando mais próximo da garota. - ... Tô começando a achar que você faz de propósito.
- Do que você está falando Malfoy? – ela disse já irritando-se.
- Sempre me acha em lugares desertos, cai em cima de mim, tromba comigo.Isso é tudo necessidade, de se sentir um pouquinho perto de mim, Granger?
- Ora Malfoy! Poupe me de suas asneiras! Eu nem ao menos sei o que está dizendo!
- Esquece fácil o que quer, não é? Acabou te trombar comigo e Isabelle as portas do Salão Principal. Quase caímos no chão. O que não seria uma surpresa... Isso sempre acontece quando você aparece. – ele resmungou mal humorado.
- Ora! A natureza deve estar tentando te mostrar aonde é o seu lugar! – a menina alfinetou. – E além do mais, não acredito que veio até aqui para isso?! Tem mesmo necessidade de arranjar um pretexto para me ver, não é mesmo Malfoy?
- Deixe der ser convencida, Granger. Esse direito é só meu. – ele não deixou-se abalar. – E além do mais, só vim por Isabelle. Ela ficou preocupada com você.
- Preocupada? – Hermione repetiu sem entender.
- Crianças são inocentes, Granger. Ela gostou de você. Mesmo sabendo que você é uma sangue – ruim patética e inútil. Ela não tem culpa, de ser gentil.
- Ah, claro. Eu concordo com tudo o que disse. – a castanha assentiu com um ar irônico. – Isabelle é mesmo inocente e gentil. Afinal, ela gosta e se preocupa com você! E com certeza ela não tem culpa! Nem de ser assim... Nem de ter o sangue dos Malfoy! Com certeza puxou o outro lado da família!
- Você está bem atrevidinha hoje, não é mesmo?
- Eu só quero ficar em paz Malfoy! Se você me fizesse o favor de ir embora! Eu ficaria bastante satisfeita. – ela disse lhe dando as costas.
Ele a puxou rapidamente pelo braço, a encostando contra a prateleira.
- O que houve? – perguntou sério, pondo se de frente a ela. – Por que você está tão nervosa?
A garota estava em um misto de espanto e irritação.
“Ele acha isso divertido???”, perguntou se perplexa com a tendência que o garoto tinha de ficar “perto demais”.
- Por que você se importa? – ela perguntou desafiadora, com um ar sarcástico.
- Responda a minha pergunta, que eu respondo a sua. – ele respondeu no mesmo tom.
- Não tenho que responder nada para você. – a menina bateu no ombro do garoto, e tomou passagem.
Andando pelo corredor, e observando os livros como se o outro não estivesse ali.
- Você está mesmo mal hoje, não é? Está até perdendo a noção do perigo. – ele disse por de trás das costas da menina, que analisava os livros sobre sonhos.
- Ah, perigo? Desculpe, mais eu não estou vendo perigo nenhum por perto. – ela disse retirando um dos livros da prateleira, e analisando a capa... “O Mistério dos Sonhos”.
- Então talvez, fosse melhor eu lhe mostrar. – o loiro disse, arrancado o livro da mão da garota.
Finas faíscas surgiram. Como pequenas brasas de fogueira.
Ambos soltaram o encadernado, e deram um salto para trás, vendo o cair ao chão, com um forte estrondo.
- O que você fez? – Draco perguntou acusador.
- Eu??? Eu não fiz nada! – a castanha exclamou indignada, retirando os olhos do livro, para mirar o loiro perplexa. - Você é que deve ter feito! Mas, nem adianta Malfoy! Eu não fiquei assustada! Isso foi um truque primário! Esperava mais de você!
- É claro que eu faria algo muito melhor! – o loiro concordou. – É justamente por isso que posso afirmar que não foi eu quem fez isso.
- Aham... Eu acredito. – Hermione deu um suspiro entediado.
- Mas, qual é o seu problemas Granger? Acha que só você tem razão, sem...
- O que vocês dois estão fazendo? – Madame Pince se destacou no fim do corredor. – Que barulho foi aquele? E por que há um livro no chão?
- Ah... É....
- Eu o deixei cair. – disse o loiro. Interrompendo a gagueira de Hermione. – Trombei em Granger, e o derrubei.
- Pois, então trate de pegá-lo e pô-lo no lugar. – a mulher ralhou. – E parem com a barulheira. Caso, não tenham percebido, isso é uma biblioteca.
Ela deu as costas irritada.
- Nossa! Que susto ela me deu! – a castanha confessou.
Malfoy riu.
- Tomara que sua vida nunca dependa de uma mentira, Granger. Seria morte na certa. – gargalhou o loiro.
- Você com certeza, ficaria muito feliz. – disse zombeteira.
- Nossa... E me disseram que você não era boa em adivinhação.
- Sem graça. – ela brigou com um Malfoy aos risos abafados. – Pare com isso! Ou Pince vai voltar aqui!
-Ok! – ele se recompôs. – Vamos pegar esse livro e ir embora.
- Pega você!
O loiro a mirou com um sorriso maroto.
- Engraçado... Achei que não estivesse com medo.
- E... Não estou. – a menina tentou. – Mas, Madame Pince mandou que você pegasse. E eu não estou a fim de desobedece – la depois daquela bronca.
Draco a mirou por uns minutos, com um olhar de deboche. Depois, deu um riso meio contido.
- Você sequer consegue uma desculpa melhor? – perguntou irônico.
- Pegue logo a droga do livro Malfoy! – Hermione ordenou irritada.
O garoto pegou o livro no chão, ainda com o sorriso no rosto. Levantou-se, com o livro nas mãos, analisando a capa.
- O Mistério dos Sonhos? Que nome mais ridículo! – ele disse com azedume.
- Dê-me aqui! Não é para você mesmo! – a garota lhe arrancara o exemplar de suas mãos.
- Você vai ler isso? – perguntou perplexo.
- Vou.
- Por que?
- Não é de seu interesse. – ela disse andando ao fim do corredor, com Malfoy nos calcanhares.
- Não é só porque ele tentou nos botar fogo, é? – o garoto perguntou curioso. - Quero dizer... Os livros aqui são estranhos mesmo. Quase todos tentam nos matar. – ironizou. – Lembra dos de seu querido amigo Hagrid? – caiu aos risos.
- Acho melhor calar a boca, Malfoy. Antes, que outra coisa além de um livro, tente te matar.
- Ui. Isso foi uma indireta?
Eles pararam de frente a banca de empréstimos, onde Madame Pince se encontrava com uma larga pena amarela. Anotando... E anotando... As entregas e os atrasos de devolução.
Demorou apenas alguns minutos, para que ela os atendesse.
Mirou Hermione com um semblante preocupado, ao ler o nome do exemplar que menina alugava. A castanha sentiu-se arrepiar.
Entretanto, o locou mesmo assim.
E minutos depois,estava atravessando a porta de saída, para ir de encontro aos corredores de Hogwarts, com Malfoy em seu encalço.
- Você pretende parar de me seguir quando? – a castanha perguntou irritada.
- Deixe de ser convencida Granger. – ele disse entediado. - Temos aula juntos agora. Só estou seguindo o meu caminho. Se infelizmente, você faz parte dele... Eu não posso fazer nada.
- Ah... Mas, você! Grrr! - ela estressou-se. – Foi até a biblioteca, atrás de mim. Agora fica ai... Com esse ego de balão a gás... Só sobe!!!
Draco não pode conter o riso.
- Ficou toda feliz quando me viu, não é? Achou que podia ter esperanças. – disse maroto. - Fique sabendo que vim atrás de você, única e exclusivamente, porque Isabelle me pediu.- disse sério. - Ah, pobre Granger. Como sonha. – concluiu sarcástico.
Hermione o encarou com um olhar assassino. Porém, se conteve para que não houvesse um novo conflito embaraçante entre eles.
- Por falar em sonhar... – o loiro pensou. – Por que a escolha do titulo? – referiu-se ao livro.
- Não é de sua conta. – disse ríspida.
- Está muito educada esta manhã.
- Estou sendo mais do que você merecia.
- Muito zangada com o que lhe disse ontem?
- Ora, até parece Malfoy! Foi a coisa mais sábia que você disse em toda a sua vida.
- Engraçado... Me senti bastante estúpido,quando parei para pensar a respeito.
Hermione parou a frente da porta da sala de Defesa Contra as Artes das Trevas e mirou o loiro interrogativa.
- Mais o que é que você...
- Bom dia, Hermione! – Rony dissera sarcástico, aproximando dos dois, com Harry ao lado.
- Rony...
O ruivo fingiu não ouvir, e passou por eles adentrando a sala. Harry passou logo depois, e balançou a cabeça negativamente, após mirar a amiga.
Hermione entristeceu. Baixou a cabeça envergonhada, vendo os amigos tomarem seus lugares.
- Belos amigos você tem! Lhe deram as costas literalmente!
- Isso só porque eu estou acompanhada de uma cobra venenosa. – respondeu com azedume.
- Se fossem seus amigos de verdade, lhe livravam da cobra. E não a abandonavam com ela.
- ...
Hermione a abrira a boca para responder. Embora, não soubesse o que realmente dizer.
- Ora! Ora! Hermione como sempre chegando cedo. Por que me surpreendo?
Alguém lhe socorreu, sem ao menos se dar conta. A voz era muito familiar, mas mesmo assim ela mal poderá acreditar.
- Professor Lupin? Eu não acredito! O senhor.... – ela não pode terminar a frase, contida em surpresa.
O homem riu.
- Espero que isso seja felicidade, e não lamúrias.
- Ora! Mas, é claro que felicidade. Mal posso acreditar que está de volta. – a menina exclamou feliz.
- Também estou muito feliz, em estar de volta. Embora as circunstâncias não sejam as melhores.
- O que...
A menina não pode concluir. Uma massa de alunos se aproximara dando exclamação de espanto.
Todos ex – alunos do atual professor. Alguns contentes, outros irritados. E muitos... Muitos... Intrigados.
- Vamos entrar! – Draco chamara a menina, que adentrara a sala ao seu lado.
Antes que percebesse, estava sentada ao lado do loiro. Talvez, a confusão momentânea em sua cabeça a tivesse deixado um pouco desnorteada. Assim , que notou o equivoco,levantou-se para tomar outro assento. Mas, não havia mais nenhum vago.
- Acho que terá que ficar aqui mesmo. – o loiro brincou.
- Para alguém que se diz meu inimigo, você gosta de me manter bem próxima. – a castanha alfinetou.
- Nunca ouviu? Mantenha seus amigos perto. E seus inimigos... Mais perto ainda. – ele disse sombrio.
A porta se fechou em um estrondo.
- Bom dia turma! Creio que a maioria já me conhece... Ou me reconhece. – o professor chamou a atenção dos demais. – Meu nome é Remo Lupin e eu lecionei em Hogwarts há três anos atrás. Tive que me retirar do cargo. Por problemas de saúde...
- É... Ele tinha raiva. – zombou um garoto moreno, dos olhos escuros. Usava as vestes de Sonserina.
Seus colegas mais próximos, soltaram pequenos risos. Porém, nem toda turma ouvira.
- É, eu tinha uma leve irritação com meus pêlos. Ficava possesso com eles. – Lupin disse sem nenhum medo aparente. – Acho que é a coisa que mais me irrita em ser um lobisomem.
A turma entrou em murmúrios, e cochichos. Todos comentavam a afirmação explicita do professor.
Aquilo não era mais novidade para ninguém, mas todos se acostumaram com o caso ser sempre abafado.
- Ok! Ok! Todos já sabiam dessa informação. Foram todos meus alunos, e sabem que nunca comi ninguém, portanto... Não se preocupem. – ele disse tentando descontrair, embora alguns tivessem ficado ainda mais assustados. – Ok! Vamos o que é sim novidade! - ele desviara. - Eu lecionarei o ano todo com vocês, entretanto, serei substituído em determinados dias, devido... Bem, eu estarei ausente em algumas aulas. – ele concluiu, sem retorna ao tópico anterior. – Os meus companheiros de ensinamento, ainda não foram ao certo definidos. Provavelmente, nem virão a ser. Vocês conheceram muitas pessoas. Pois, creio que um membro da Ordem vira em meu auxilio a cada ausência. E vira aquele disponível na ocasião.
- Então, todos nossos professores serão da Ordem? – perguntou Blaise Zambini, curioso.
- Provavelmente, Sr.Zambini.- Lupin mirou o sonserino. - Mas, não há necessidade de dizer isto a seu pai. Ele já nos conhece muito bem.
Muitos riram.
- Bem... Mas, continuando.
Hermione observa o professor atentamente. Sequer abrira a mochila e retira o material. De tão absorta. Até mesmo o livro que locara, ainda se encontrava em suas mãos.
Ela sentiu algo lhe aquecendo a palma, algo quente, mas terno.
Soltou o livro com cautela, e mirou a própria mão. Não havia sinal de nada. Marcas, queimaduras... Ou qualquer outra coisa. O livro também, estava intacto.
A garota o encarou por alguns minutos, já não ouvindo as palavras que viam da frente da sala.
A capa vermelho sangue, encadernada em couro, e as letras em cor de ouro, diziam : “O Mistério dos Sonhos.” Parecia um livro comum, embora , Hermione sentisse, que era lago mais.
Ela o abriu com receio, como se esperasse que ele reagisse contra a sua ação. Mas, é claro que nada aconteceu. Folheou a primeira página, e notou a dedicatória... “ Há todos que não transformaram seus sonhos em realidade. E sim que tiveram a realidade em seus sonhos.”
Não havia o nome do autor, ou de mais ninguém.
A garota correu mais uma página, e encontrou o primeiro capítulo.
“ Nós não somos, como todos pensam, donos de todas nossas ações.
Muito menos, de nossos pensamentos... Ou sentimentos.
A verdade, é que a maioria desses, têm vida própria.
Criam por si só, mantém-se por si só... Nós convertem em si.
Por que sonhamos? Já se perguntou isso alguma vez?
Por que diabos, no único momento em que devíamos descansar. Nosso cérebro se ocupa ainda mais com problemas e emoções. Cria sensações, situações... Sonha.
É obvio que se tem este exemplar em mãos, isso alguma vez lhe chamou a atenção.
A pergunta é... Por quê?
O que é o sonho para você?
Um mera criação... Ilusão... Pensamentos desconexos.... Vontades de seu subconsciente.... Reflexos da sua própria realidade... Da realidade alheia.
O que você sonha?
Se está mesmo decido a descobrir... Creio seu desejo de compreensão seja muito grande. Ou talvez, sua sanidade não tenha um nível comum.
A decisão é sua.
Esteja pronto, para ir aonde nunca fora.... Ou aonde, pensou que nunca estivera.
Encontre mais do que tem. Veja mais do que pode...”
- Tenha a vida em suas mãos. Tenha o destino em seu poder.
- Tenha a vida em suas mãos. Tenha o destino em seu poder.
As venezianas se fecharam e se abriram instantaneamente. Trazendo escuridão seguida de luz, em um segundo.
Muitos exclamaram assustados. E poderão se ouvir gritos das meninas, e interrogação dos garotos: “Será um ataque?”
Hermione mirou Malfoy perplexa. Ambos tinham a respiração descompassada, e expressão de espanto absoluto.
A garota abrira a boca, na tentativa frustrada de tentar dizer algo, mas as palavras não saíram.
- Ok! Ok! Se acalmem! – Lupin pediu com autoridade para os demais. – Pode se dizer que isso foi apenas um vento forte. Não tivemos dano algum. Foi apenas uma batida de janela.
- De todas as janelas! – exclamou Dino Thomas, sarcástico.
- E sem um sinal de vento do lado de fora. – acrescentou Lilá Brown assustada.
- Fiquem calmos garotos! Foi apenas um acidente. Não há o que temer. – insistiu o professor. – Vamos dar aula por encerrada para que se acalmem. – ele disse gentil. – Podem sair.
Os alunos levantaram de seus lugares afoitos e fazendo comentários assustados.
Draco e Hermione, porém, ainda estavam parados no mesmo lugar, encarando-se, como se esperassem que um deles desse a resposta para tudo aquilo.
- Vocês estão bem? – uma voz os trouxe de volta a si.
Lupin os encarava com um semblante de preocupação.
Não havia mais nenhum aluno na sala, além dos dois.
- Ah, está professor. Está tudo bem. – Hermione tomou ação pela primeira vez. –Só ficamos um pouco impressionados. – ela disse escondendo o livro no colo.
- Você Hermione? Sempre a achei tão terrena. – perguntou desconfiado.
- Ah, foi só o susto. Já passou. – ela sorriu falsamente. – Na verdade, concordo com o senhor. Deve ter sido um vento seco. O inverno se aproxima, não é mesmo?
- Sim. – o professor concordou com um ar de descrença. – Tem certeza que se sentem bem? – ele mirou Malfoy.
- Temos sim professor. Na verdade, é melhor até irmos. Vamos nos atrasar. – o loiro escapou.
- Você tem razão. Temos que ir. – a castanha concordou, levantando se rapidamente, e pondo o livro por dentro das vestes. – Obrigado, pela preocupação professor. Estamos muito felizes com sua volta. – a menina disse, dobrando a porta.
- Até mais. – concluiu Malfoy, seguindo – a.
Eles seguiram até o final do corredor apressados, e ao contorná-lo, Hermione parou num baque. Fazendo com que o loiro quase colidisse com ela.
- Ok! Ok! – ela disse respirando com dificuldade. – Isso foi muito estranho!
- Que raio de livro é esse Granger?! – Draco a mirou irritado.
- Eu não sei! – choramingou a garota.
- Ah, que ótimo. Isso ajuda bastante. – ironizou.
- Hey! Não venha querer me culpar! – ela reagiu zangada. - Por que estava lendo? Você mesmo disse que era um livro idiota!!!
- Isso não vem ao caso agora! – desconversou. - O que importa... É que alguma coisa aconteceu!
Hermione jogou os olhos de um canto para o outro, tentando pensar a respeito.
O que for aquilo? O que acontecera?
Fora um sinal? Ou talvez, um aviso? Talvez, aquele livro não fosse bom. Talvez, ela não devesse lê-lo. Afinal, ele era de adivinhação. Era óbvio, que traria problemas. E não que os resolveria.
Não era?
- Ai! Não foi nada! – ela tentou convencer a si mesma. – Não foi nada! É isso!
- Como? – o loiro não acreditou no devaneio da menina.
- Não foi nada! Foi um vento forte! Só isso!
- Granger! – ele a pegou pelo o braço com um pouco de força, e a levou até a janela mais próxima. – Há algum vento lá fora???
O sol estava a pino, e parecia que nem mesmo uma folha balançava por impulso de qualquer camada de ar.
A menina engoliu a seco.
- O que foi que aconteceu? – o menino insistiu, soltando a.
- Por que acha que eu sei? – ela perguntou irritada.
- Você é a sabe tudo! Esse é seu papel!
- Ora, Malfoy! Pelo amor de Deus! – ela ralhou zangada. – Será que você não consegue ser maturo nem mesmo numa hora dessas?!
- O que houve?
Uma terceira voz surgiu.
Uma voz fina e gentil, que tinha um tom de curiosidade e preocupação.
- Isabelle? – Draco surpreendeu-se com a visão da prima. – O que está fazendo aqui?
- Eu vim te procurar. – disse naturalmente. - Quando você foi atrás de Hermione, disse que voltava, mas não apareceu. Achei que tinha acontecido alguma coisa.
- Não aconteceu nada. Está todo mun... Quer dizer, está tudo bem.
- Hum... Por que vocês estão brigando então?
Hermione e Malfoy se entreolharam nervosos.
- Bem... Ah, é que...
- Granger e eu sempre brigamos, Belle. É normal. – o loiro disse com ironia, mais para Hermione do que para a pequena.
A castanha a encarou com desdém, revirando os olhos.
- Isso é muito estranho. – a menina refletiu sozinha. – Como vocês são esquisitos. Draco parecia tão preocupado com você hoje, de manhã. Nem tomou café... Agora está, discutindo.
- Ah, é? Malfoy estava preocupado comigo? – Hermione perguntou com sarcasmo e satisfação.
O loiro abaixou a cabeça irritado. E depois, mirou a prima com desaprovação.
- O que foi? – ela perguntou espantada. – É verdade! Depois, que ela trombou na gente. Você nem entrou no salão Principal, foi correndo atrás dela. – concluiu a garota.
- Que engraçado! Eu tinha ouvido uma versão diferente! – Hermione mirou o loiro divertida, enquanto este revirava os olhos, e suspirava irritado.
- Isabelle, você não tem aula agora não? – ele perguntou com azedume.
- Não. Na verdade ninguém vai ter. – ela disse sorridente. – Professora, Minerva chamou todos os professores, para a organização da tal AD. Ninguém terá o segundo tempo, e alguns alunos só terão aula depois do almoço. – ela disse contente.
- Como sabe de tudo isso? – Hermione perguntou intrigada.
- Li no quadro de avisos está manhã. – respondeu satisfeita. - Você estava lá, Draco. Não viu?
- Não. – negou o primo. – Lia outra coisa. – ele lembrou entediado. - Temos monitoria hoje, Granger, às 22:30 temos que estar no Salão Principal.
- Ai! – a menina exclamou, pondo a mão na testa. – Tinha me esquecido disso. – resmungou. – Com que lado ficamos?
- 11º.; 12º. e 13º. andares.
- Ai, que ótimo. – ironizou a garota. – Bem... Terminara as 23:00, certo?
- Não. Na verdade McGonagall quer falar conosco, assim que terminamos.
- O que? – surpreendeu-se a menina. – Por que?
- Eu que vou saber? – o garoto disse sem paciência. – Já disse que esse papel é seu.
Hermione o encarou com desdém e deu um suspiro entediado.
- Ah, ok! Eu não digo mais nada!
- Sabia decisão. – debochou o loiro.
A castanha respirou profundamente, evitando uma possível discussão.
- Vocês sempre são assim? – Isabelle perguntou com uma das sobrancelhas levantadas.
- Ás vezes, pior. – disseram simultaneamente, fazendo com que a menina risse.
- É obvio que, com todo respeito, a culpa é sempre do seu primo. – Hermione se dirigiu a menina.
- Ah, claro. Fui eu quem deu barraco no trem! – ironizou Draco.
- Foi você quem começou!
- Ah, fui eu quem invadiu uma cabine ocupada???
- Por que simplesmente não foi para o vagão de seu ano?
- Por que você não fez isso? Podia tanto quanto eu!
- Opa! Isso vai ser divertido! – exclamou inocentemente a pequena Malfoy.
Hermione e Draco a encararam na hora, sem saber se estavam surpresos ou envergonhados.
- Ou talvez, não seja. – a menina completou vendo os olhares em si.
Os mais velhos riram, sem conseguir evitar. Mas, logo pararam ao ver que tinham a mesma ação.
- Acho melhor, nós irmos andando Belle. – disse Malfoy, desviando se da situação.
- Já? Poxa... Queria falar com Hermione. – resmungou a menina fazendo beicinho.
Mione soltou um sorriso, vendo a doçura da garota.
“Ela é mesmo prima do Malfoy? Não, não pode ser. Hehehe...”
- Granger... – Draco a despertou de seus pensamentos, puxando a para perto pelo braço. – E sei que você vai ler esse livro... E sei que não vai sossegar enquanto não descobrir o que houve. Então, trate de me avisar caso isso me envolva de alguma forma, tá entendo? – ele sussurrou no ouvido da menina, para que a prima não ouvisse.
- Ok, Malfoy! Agora dá para me soltar? – a castanha perguntou incomodada.
- O que vocês tão cochichando ai? – Isabelle questionou.
- Anda muito curiosa, para o meu gosto hein, Belle? – brigou Draco, soltando Hermione.
A menina sorriu marota, sem ligar para o comentário.
- Vamos. Vamos embora. – disse o primo.
- Vai me mostrar Hogwarts, como prometeu? – ela perguntou animada.
- Agora?
- É! Não temos aulas! Vamos Draco! – a menina pediu com meiguice.
- Ai, eu mereço. – resmungou o loiro.
- Hermione me mostra então... Já que é tão chato! – ela mostrou a língua para ele.
- Granger?
- Eu?
Tanto Draco quanto Mione se espantaram.
- Aham. – a menina confirmou. – Você pode, não pode Hermione? Você é legal! – tentou a garota.
- Humpf! Dá para vê que ela não te conhece. – alfinetou Malfoy.
Mione o encarou com azedume, e ele riu com desdém.
- Vamos, sim Belle. Eu te mostro castelo. – a castanha disse firme.
- Sério? – animou-se a pequena.
- Como é? – o loiro questionou.
- Vou levar Belle para um passeio, Malfoy. Será que posso? – Hermione perguntou irônica.
- Pode! Claro que pode! Não pergunte a ele. É um chato. – resmungou Isabelle.
- Há algumas horas atrás era o seu primo favorito. Não era?
- Era. Ainda... É. – a menina disse com tédio. – Mas, está muito chato hoje. Desde cedo. – virou a cara.
- Oh, Merlin. O que fiz para merecer isso?
“Nasceu! Huahuahua...” , Hermione riu por dentro.
- Ok! Belle, eu te levo para ver Hogwarts, ok? – o loiro se deu por vencido.
- Não ! não quero mais ir com você! Agora vou com Hermione!
A castanha sorriu.
- Você não vai com Granger! – brigou.
- Por que? – choramingou a menina.
- Porque... Porque ela tem mais o que fazer. Não pode passear com você.
- Na verdade... Posso sim. Não seria incomodo algum. – a garota, o contradisse. Deixando o irritado.
- Viu? – Belle lhe deu a visão de sua língua mais uma vez.
- Está divertindo muito com isso, não é Granger? – Malfoy a encarou irritado. – Pois, bem. Passeie com Belle. Quero ver se agüenta.
- Eba!!! – festejou a menina.
Draco sorriu maroto, tentando assustar Hermione. E logo, deu as costas. Para ambas as castanhas.
- Vamos, Hermione! Eu quero ver tudo!!! As salas! O jardim! O salões comunais!!! Eu posso ir a Grifinória não posso? Todo mundo diz que não! Mas, eu queria tanto ver!!! Ah, e a Sala Precisa, Mione? Posso te chamar de Mione , não é? Ouvi uma menina ruiva te chamar assim. Draco diz que ela é nojenta. Porque ela é nojenta, Mione?
- Boa Sorte, Granger!!! – Malfoy exclamara dobrando o corredor. E deixando Hermione a sós com Belle.
Ao contrário do que a castanha imaginara ao ver Malfoy lhe dando as costas feliz, Isabelle não dava trabalho algum.
Era muito animada para o ritmo da grifinória, é verdade. Mas, nada que não pudesse ser controlado.
Elas caminharam por toda a escola, atravessando salas, aposentos e finalmente se encontravam nos jardins.
Fora um sacrifício para convencer a menina, que a entrada nos salões comunais era restrita aos pertencentes da Casa. E apesar de todos os seus argumentos, ela ainda teve que prometer apresentar Gina, para que confirmasse se a ruiva era legal, ou não.
- Nossa... Esse lugar é muito legal! – a menina exclamou feliz. – Eu estou adorando o passeio, Mione. Você é muito legal. Papai, sempre diz que os sangues-ruins são imbecis. E eu até concordava, mas... Você é diferente. – sorriu.
- Ora, obrigada, Belle. – a castanha sorriu, com a inocência da menina. - Você também é muito gentil... – “ Ainda mais sendo uma Malfoy.” , Hermione pensou sem maldade. – Bem, estamos quase terminando. Vemos os jardins, e então você entra para almoçar.
- Ok! – Isabelle concordou, parando de repente. – E ali que mora o gigante Hagrid? – perguntou apontando para cabana do próprio.
- É sim. Quer conhece- lo?
- Não,não. Draco me disse que ele é um idiota. – a menina disse com desdém.
- Ora, ele também disse que sou. Mas, você não concorda com isso. – Hermione argumentou.
- Na verdade, não. Draco nunca falou mal de você. – sorriu a Malfoy. – Sempre contou várias histórias, e debochou muito de seus amigos. Mais nunca ouvi uma ofensa a você.
- Sério? – espantou-se Hermione.
- Aham. – confirmou a menina. – Eu costumava irrita-lo com isso. Dizia que ele gostava de você. – caiu em gargalhadas. – Ele sempre se irritava muito com isso. Mas, acho que não era por mal. Talvez, ele tivesse medo que tio Lucius ouvisse nossas brincadeiras. Nem sei o que seria de Draco se isso acontecesse. – o sorriso sumiu.
A castanha tentou processar as informações, mais o semblante triste da menina, fez com que ela deixasse para pensar a respeito depois.
- Sua família não é muito unida, não é Belle? – Mione tentou dizer, sem parecer cruel.
- É. Não, não somos. – consentiu a menina. – Quer dizer... Nos vemos sempre, e... Estamos em tudo juntos, mas... Não sei. Não parecemos muito próximos.
A castanha mirara ela com piedade. Era estranho vê-la com um ar tristonho.
A menina de onze, que parecia ter um ar de sete. Agora, se perdia em problemas adultos.
- Você se sente mal com isso?
- Não. Não mais. Quero dizer... Eu tenho minha mãe... Que é um pouco diferente dos demais. Ela é brincalhona e divertida. Como era tia Cissa. Muda um pouco as vezes. Em determinadas situações. Mas, é sempre muito atenciosa. – sorriu dizendo. – E eu também tenho Draco. Que apesar de marrento, está sempre cuidando de mim. Eu queria poder fazer o mesmo por ele... Mas, não posso. – ela concluiu, diminuindo tom.
Hermione reconhecera aquela expressão. Uma tristeza contida. Já virá a mesma, só que em... Outro rosto.
- Draco ficara bem Isabelle, não há com o que se preocupar. – a grifinória tentou consolar, sem notar o que dissera.
- Hum... Não. Draco pode estar bem agora. Mas, não estava... E acho que não vai ficar.
- O que dizer? – Mione ficou interrogativa.
- Eu pareço criança, Hermione. Mas, não sou. Todos os Malfoys, são obrigados a amadurecer muito cedo... E comigo não foi diferente. – Isabelle disse seca, mas não com crueldade. Já não parecia a menina alegre, que Hermione virá minutos atrás. - É dever de todos nós mostramos força e arrogância, para se dizer auto-suficientes. Temos que criar independência muito rápido... Porque sabemos, que não podemos contar com ajuda... De ninguém.
- Belle...
- Eu sei o que Draco fez... E sei o que o aguarda. Por isso, temo por ele. – a menina interrompeu a castanha, que não sabia mesmo o que dizer. - Não é justo Hermione, ele não merece o que está acontecendo. Ele não é o responsável. Nenhum de nós é. – choramingou a garota, contendo as possíveis lágrimas.
- Belle, não fique assim. Ele terá ajuda... Eu te garanto. – a castanha disse energética, tentando animar a mais nova. – Nós já estamos o ajudando.
- Às vezes, temo isso também. – ela disse, sem que Hermione pudesse entender. – Se fracassarmos Mione... Será ainda pior. – ela disse com a voz fraca. – Sabe qual é o primeiro livro que um Malfoy ganha quando aprende a ler?
A castanha balançou a cabeça negativamente.
- Um manual. Chama-se : “ As Ordens do Sangues – Puro”. Ele nos diz, como devemos nos portar... E com quem não devemos nos relacionar.
Hermione engoliu em seco. Embora não se espantasse com tal informação.
- A maioria das famílias de sangue puro, deserdavam seus herdeiros, que mesclavam. Mas, os Malfoy... Não. Nós não. Nós nos livramos da vergonha. Ou pelo menos, do que chamamos de vergonha. – ela engoliu em seco. E Hermione boquiabriu-se.
Por acaso a menina falava de... Morte?!
- Lembro me que uma vez, Draco e eu fomos até o Beco Diagonal com tia Cissa e tio Lucio, comprar vestes para o Natal. Eu me perdi, enquanto ele olhava os artigos de quadribol. Tio Lucio me encontrou, conversando com um trouxa. Não vi Draco por um mês. E tenho certeza, que ou ele muito apanhou.... Ou nada comeu nesse período.
Hermione ouvia tudo atentamente, e se sentia em obrigação de consolar a menina. Mas, não conseguia dizer nada. – Humpf! Já pensou o que ele faria se visse Draco agora? – a menina forçou um sorriso.
Embora, fosse visível o ar de dor e preocupação que nela pairavam.
Hermione a mirava desconexa. As falas da menina, giravam em sua cabeça. Ele sofriam mesmo, tanto assim?
– Ah... Acho que falei demais.
- Belle... Eu...
- Não conte nada do que eu disse a Draco, ok? Ele me mataria se soubesse que lhe contei suas fraquezas. – a menina revirou os olhos.
- Tudo bem. – a castanha consentiu. – Não direi nada ele.
Isabelle sorriu.
- Vamos continuar o passeio? Estou ficando com fome! – a pequena exclamou como se nada tivesse acontecido.
- Hum... Claro, mas... – Hermione confundiu-se. – Olha, Belle... Eu...
- Sei o que vai dizer. – a menina interrompeu. – Não precisa terminar. Eu sei que quer ajudar Hermione. Mas, não precisa. Você já está. Eu... Eu nunca poderia imaginar Draco tão calmo na situação em que ele está, mas... Com você... Ele fica. – a menina afirmou com um sorriso, fazendo Hermione desviar o olhar. – Isso já é o suficiente.
- Isabelle!!! – uma voz arrastada surgiu a alguns metros.
Logo, as duas avistaram Draco vindo em direção a elas.
- Draco! Meu primo mais querido e divertido! – a menina disse brincalhona. Abraçando o primo, assim que este as alcançou.
- Passou sua ironia para ela, Granger? – ele perguntou intrigado, enquanto era abraçado pela prima.
Em outra situação, Hermione se irritaria, e responderia. Mas, dessa vez... Ela apenas sorriu. Sorriu sinceramente.
- Está tudo bem? – Draco perguntou para as duas, estranhando ambas as reações.
- Ah, tá. – Hermione acordou. – Claro, que tá. Por que não estaria?
- Foi hiper divertido. – Isabelle sorriu para o primo.
- É claro, que foi. – a castanha concordou. – Mas, isso porque você foi comigo. E não com o chato do seu primo.
- Pior. Draco teria reclamado o tempo todo. – a pequena completou.
- Ok! Agora sim reconheço vocês. – ele resmungou.
As duas riram.
Não demorou muito, e Draco e Isabelle adentraram o Salão Principal.
Hermione ficou, não estava com fome. Preferiu ficar só... E pensar.
- Por que Diabos, você não conseguiu, hein? – um homem alto é com um ar raivoso, vomitava palavras cruéis a um pequeno menino, de seus sete ou oito anos.
- Eu não sei! Talvez não tenha aprendido direito! Talvez precise pegar o jeito!
- Talvez??? Talvez??? O que já falei a você sobre dúvidas??? Você é um Malfoy!!! E um Malfoy...
- Não tem dúvidas!!! Eu sei!!! Me desculpe!!!
- Você me envergonha! Cada palavra que diz me prova o quanto fracassei em seus ensinamentos! OS MALFOYS NÃO SE DESCULPAM DRACO! ELE NÃO ERRAM! JAMAIS! ESTÁ ENTENDENDO???
- Estou!!! Estou!!! Me descul...
O homem atingira a face do garoto, com raiva.
- ACABEI LHE DIZER!!! POR ACASO É SURDO???
- Sr. Malfoy... Com licença. – uma das criadas, interrompeu temerosa. - Seu irmão está lá embaixo. Parece que a criança nasceu.
- Hum... – ele a encarou com desgosto. – Tudo bem. Pode ir.
Ele virou se novamente para o jovem, que já estava de pé. Embora a face estivesse vermelha, não havia lágrimas em seus olhos.
- Eu irei ver nosso novo membro. Você fique aqui. – ordenou. –É melhor, que não se aproxime da criança. Talvez ela ainda tenha chance de se um de nós, se você não estragá-la.
A porta fechou em baque, e os joelhos do menino cansaram, o levando ao chão.
Hermione levantara a cabeça de cima do livro. Não podia acreditar, mas... Dormirá!!!
Dormirá fazendo os deveres no Salão Comunal.
“ Mas, ora! O que houve comigo?” , ela tentou compreender .
O dia não havia sido muito cheio. Tivera somente as aulas da tarde. E seu único problema fora aturar o tédio que pairou sobre elas.
Sem Harry e o Rony, as aulas perdiam a graça. Tinha que confessar que dar bronca em ambos, e tentar força-los a se concentrarem nos estudos, era muito divertido. Pelo menos, para ela.
Não tivera também o azar de trombar com Malfoy. Ou com Belle. Fato do qual ela ficou muito agradecida. Uma vez, que não sabia como encarar nenhum dos dois, depois do que ouvira.
Ela ainda estava meio confusa. Com ar meio sonolento, quando finalmente seus olhos recaíram sobre o relógio.Eram 22:15.
Faltavam apenas quinze minutos para a sua monitoria.
- Ah, merda !!! – ela reclamou consigo mesma, enfiando o material na mochila.
Subiu as escadas rapidamente, e depositou suas coisas em sua cama.
Depois, correu até o quadro de saída do Salão.
Não podia se atrasar. Como adormecera???
Provavelmente, teria sido a distração em seus pensamentos.
A história de Isabelle, os risos dos amigos, o gelo de Rony, os comentários maldosos a respeito dela e de Malfoy. Tudo isso a teria a deixado sobrecarregada e nervosa. Sem contar... O livro.
Ainda havia aquilo.
Ela virou o corredor em passos rápidos, quase correndo.
Draco estava ali, e ela pode ver alguém sair em passos rápidos.
- Granger?! – espantou-se o garoto. – Por que não está no Salão Principal?
- Quem foi embora? – perguntou curiosa.
- Embora? – ele disfarçou. - Ninguém foi embora! Você devia ir embora! Temos monitoria, sabia?
- Eu vi alguém indo embora, Malfoy! Não tente me enrolar! Quem era?!
- Ora, Granger! Não me perturbe, Ok?! Já disse que não havia ninguém!
- Eu vi um vulto!!! Quem estava com você???!!! – ela brigou.
- Opa!!! Opa!!! Que isso? Tá com ciúmes de mim, agora. É isso? –ele disse divertido.
- Ora, me poupe! Quero saber, porque já não é hora dos alunos ficarem circulando! Caso você não se lembre, é nosso dever como monitores, evitar que isso tipo de coisa aconteça!
- Ok! Ok! – ele riu. – Se é isso. Então, não se preocupe. Ela não estava infligindo a lei... Lhe garanto.
- Ela? – Hermione repetiu sem notar. – Era Parkinson?
- Isso também faz parte da sua responsabilidade? – ironizou.
Hermione o encarou com raiva.
- Estou perguntando, porque só ela poderia. Porque é monitora. Qualquer outra teria que ser punida.
- Está doida para punir qualquer uma que se aproxime de mim, não é? – ele disse com um sorriso.
- Ahh.... Não vou nem falar nada! – a garota exclamou com raiva, indo em passos rápidos ao fim do corredor.
O loiro riu. Porém, o sorriso desapareceu de sua face pálida, assim que ele notou o caminho que a castanha tomava.
- Hey! Aonde vai? – ele perguntou a alcançado.
- Aonde vou? Como assim aonde vou? Vou para o Salão Principal oras! Temos monitoria.
- Nossa monitoria é nos andares de cima. – o loiro advertiu.
- Mas, nossos companheiros esperam nossas instruções. Esqueceu?
- Eu já falei com eles. Eles já foram monitorar!
- Sério? – Hermione perguntou espantada, parando momentaneamente.
- Claro. Por isso ainda estava no corredor. Estava indo te procurar. Porque você era a única que não havia chegado.
A menina o mirou embaraçada.
- Você não está mentindo, está? Porque se estiver...
- Granger! Por favor! Não comece! Que motivo eu teria para mentir?! Levaria tanta bronca quanto você, esqueceu?
- Ah, é! É verdade! – a menina refletiu.
- Humpf! Vamos subir então?
A menina balançou a cabeça com concordância.
Eles subiram as escadas em silêncio, trocando palavras apenas uma vez quando combinaram de dividirem a área. Hermione monitoraria o 12º. Andar e Draco o 14º. Depois, então... Eles se encontrariam no 13º.
Monitorariam e se dirigiriam a sala de McGonagall.
Hermione parou no 12º., deixando Draco seguir só, para o 14º. Não houve sequer despedidas, ou juras de maldade.
Na verdade, Draco parecerá a Hermione, bastante tenso, durante todo o trajeto. Ele tinha um ar de preocupação e uma ruga na testa. Não implicara com ela em momento algum, e nem ao menos citará o passeio dela com Isabelle.
Porém, ela preferiu não dizer nada. E continuou o seu caminho, para realizar a monitoria.
Ele adentrou a sala a fechando com um baque surdo. Parecia zangado e bastante irritado.
- O que quer de mim?
- Ora! Ora! Como está revoltado! – uma voz ironizou. – Também, é nosso caçula. Muito mimado! Eu sempre digo isso ao Lorde, mas ele não me ouve. – o jovem alto de olhos azuis e cabelos castanhos, dizia com graça.Deixando Draco ainda mais possesso.
- Vai me dizer o que quer, ou terei que avisar McGonagall que temos um Comensal indefeso em Hogwarts, Ashatan? – Malfoy ameaçou.
Luis Ashatan riu debochado do pânico do rapaz. Ele não parecia muito preocupado com qualquer ameaça que Malfoy estivesse disposto a fazer.
- Seria mesmo capaz de me entregar, Draco? – disse caminhando em volta do rapaz. – Pois, eu duvido muito! Você não vai querer mexer com ele de novo não é mesmo? Já está encrencado demais!
- DIGA ME LOGO O QUE QUER!!! – o garoto se virou com ódio para o outro.
- Hey! Hey! Calma! Você não precisa ficar nervoso... Hoje é o seu dia de sorte querido Draco. Seu dia de sorte! – Luis sorriu calmamente, deixando Malfoy ainda mais intrigado.
- O que quer dizer?
Ashatan se deliciou com a confusão do garoto. Para ele tudo era uma brincadeira... Um motivo para se divertir.
- Hum... Você é mesmo muito sortudo, não é mesmo Draco? Sabia que o Lorde estava hoje, vendo o nome de seus aliados e percebeu que não havia... Nenhum Malfoy! – ele soltou com um ar sombrio. – Ah... Mas, isso o deixou muito zangado. Você precisava ter visto! Ele ficou irado!
- Pare de enrolar Ashatan! O que ele quer de mim? O que você veio fazer aqui?!
- Por acaso, você se lembra de Snape, Draco?
O loiro o mirara intrigado. Aquela pergunta era absurda! Era obvio que se lembrava de Snape. Ninguém jamais o esqueceria. Nem mesmo aqueles que o não o conheceram como Draco.
- Aonde quer chegar?
- Snape não esqueceu de você. E ele fez, com que o lorde também não esquecesse... Eles te querem de volta.
- O que? – Draco não compreendera.
- É isso o que ouviu... O lorde o quer de volta. Está te dando mais uma chance.
O loiro encarara Luis com o olhar perdido e descrente. Aquelas palavras batiam em sua mente repetidamente... Mas, continuavam sem fazer sentido algum.
- E então, Draco. Disposto a voltar? Seu cargo será de honra, hein? Somente o aliado de maior confiança do lorde, teve esse privilégio. Eu fico até com inveja. – o rapaz dizia divertido, como se oferece um emprego que fosse impossível de se recusar.
- O que ele quer de mim Ashatan? Pare com suas piadinhas! E comece a ser especifico! – o loiro brigou, tentando despertar do próprio devaneio.
- Ele o deseja como espião! – Ashatan exclamou sério e autoritário.
- Espião?!
- Isso mesmo, Malfoy Jr. Espião! – zombou Luis. – Sabe... Aqueles que vêem o que não deve ser visto.
- Ele quer que espione a Ordem, é isso?! – Draco finalmente compreendera.
- Nossa... Achei que levaria a noite toda! Você não é tão burro quanto eu pensava.
- Ele acha mesmo que vou me meter nessa de novo? – Malfoy perguntou atrevido, começando a perceber sua situação.
- Ah, ele acha sim. – Luis disse divertido. – Ele e sua querida mamãe contam com que você tenha uma sábia decisão.
- Minha mãe?! – ele alarmou-se.
- Aham...
Ashatan não pode continuar, pois Draco o encostara contra a parede, com ódio.
- Onde ela está?! O QUE ELE ESTÁ FAZENDO COM ELA???
- Fique calmo Draco! Ela está bem.- Ashatan não se abalara. – E ficara ainda melhor se você colaborar. Pense bem, Draco. Não vai querer arriscar... Vai?
- O que houve? – Hermione perguntou irritada. – Está quase meia hora atrasado sabia?
- Você já checou o andar? – Draco perguntou, ignorando o sermão da menina.
- É claro que chequei. Se esperasse você chegaríamos atrasados para a reunião com McGonagall. – ela continuou irritada.
- Ai, ainda tem mais essa! – o loiro falou consigo.
Hermione notara que a aflição que ele demonstrara anteriormente, não passara e sim... Piorara.
- Está tudo bem? – ela perguntou preocupada. – O que houve lá em cima?
- Não foi nada, Granger! Eu estou bem sim. Não adianta ficar feliz. Agora, vamos.
A castanha se sentira muito tentada em responder-lhe da maneira como ele merecia. Mas, embora ela não soubesse o porquê, o fato é que naquele momento, não devia.
O silêncio dominou o caminho de ambos, mais uma vez. Quem os visse não acreditaria que eram Malfoy e Hermione. Pois, não se ouviam gritos, berros, xingamentos e ofensas. Ouviam-se apenas,... Os passos.
- Estão quase atrasados! – Filch os surpreendeu na entrada da sala da Diretoria.
- Quase, é diferente de estarmos. – Malfoy respondeu mal-educado.
- Humpf! Como é que eu aturo essa molecada metida a besta?! Eu devia...
- Será que podemos subir Sr. Filch? - Hermione interrompeu, para que não houvesse conflitos. – Professora, McGonagall nos aguarda.
- Na verdade... Não os aguarda não, Srta.Granger.
A castanha espantou-se com as palavras do zelador.
- Como...
- A diretora teve um imprevisto. Se retirou da escola está noite. Tivemos até mesmo que convocar o tapado do Ashatan para supervisiona-los.
- Eu não vi o Ash...
- Nos podemos ir então? – Draco interrompeu a menina. Tentando evitar que ela concluísse os pensamentos.
- Podem. Eu os acompanharei.
- Ah, qual é necessidade, disso? – o loiro perguntou debochado. Ele parecia pronto a se retirar do local em passos rápidos a qualquer minuto.
- Mostrarei a vocês seu novo quarto, garoto ingrato e arrogante. – Filch cuspiu as palavras e algo mais em Malfoy.
- Novo quarto? – Hermione repetiu sem compreender.
- Sim.... O quarto de monitor chefe.
“O quarto de Monitor Chefe! Ah... Pelo menos, algo de bom no meu dia!!! Ou melhor... No meu ano!” , Hermione pensou consigo, assim que se encontrou de fronte a o quadro de seu futuro quarto. Ao lado de Filch e Draco.
- Pesadelo agourento! – o zelador ordenou, para o quadro de uma mulher sonolenta. Que abrira a sala com muita má vontade.
Havia uma larga sala, como um Salão Comunal, com uma enorme lareira e alguns sofá de aparência confortável. Uma larga mesa ao canto. E várias prateleiras com livros.
- Aqui estamos. – o zelador disse abrindo espaço para os monitores.
Hermione admirou o lugar com detalhes, enquanto Draco parecia ainda disposto a correr a qualquer instante. Como se estivesse atrasado, para fazer alguma coisa. Ou para ver o alguém.
- Este é o meu? – a garota perguntou animada, boquiaberta com o lugar.
- Como assim, o seu?! Esse é de vocês dois!
- Como é que é???
- Como é que é???
Eles disseram ao mesmo tempo.
A frase era tão absurda, que até Draco despertara de seus pensamentos.
- Ora! Mas, vocês não se contentam com nada, não é mesmo? Querem trocar de quarto?
O meu é um cubículo! E EU TRABALHO AQUI!
- Mas... Mas...
- Sempre tivemos apenas um monitor- chefe. Queriam o que? Que construíssemos outro quarto para capricho de vocês?! Ora ! Façam me o favor. – o zelador, disse irritado.
E não agüentando as reclamações, fechou a porta num baque surdo, deixando os alunos para trás.
Hermione ainda não fechara a boca, que abrira para argumentar.
- O que deu nessa escola???!!! Eles podem ter deixado a gente realmente em um quarto só podem???!!!
- Relaxa Granger! – Draco brigou, tendo problemas maiores. – Vamos ver esse lugar! Deve ter alguma divisão. E além do mais, se tivéssemos mesmo que dormir no mesmo quarto, o sacrifício não seria seu... Seria meu!
- Cale a boca, Malfoy! Porque eu não estou com paciência, ok?!
- E por acaso você já esteve em algum momento?
A menina não respondeu. Saíra sala a adentro verificando o lugar. Draco ficara, ainda estava a pensar.
- Ah, ele acha sim. Ele e sua querida mamãe contam com que você tenha uma sábia decisão.
- Minha mãe?! – ele alarmou-se.
- Aham...
- Onde ela está?! O QUE ELE ESTÁ FAZENDO COM ELA???
- Fique calmo Draco! Ela está bem. E ficara ainda melhor se você colaborar. Pense bem, Draco. Não vai querer arriscar... Vai?
- Ah!!! Achei!!! Achei!!!! Temos um quarto para cada um!!! – Hermione o despertou animada, alguns segundos depois. – Graças a Merlin! Pensei que eles fossem doidos!!! Mas, não!!! Temos dois quartos!!! Um para você e um para mim!!! Temos um banheiro também. Fica bem ao fim do corredor. Malfoy? – a menina o chamara, quando percebera que falava sozinha. – Malfoy, esta tudo bem? – ela soltou preocupada. - Quer dizer... Eu sei que você me odeia. E me ignorar seria algo muito fácil para você. E algo muito bom para mim, mas... Você ta estranho há horas. E...
- Você se arrepende? – ele a interrompeu momentaneamente.
- O que? – ela não compreendeu.
- Você se arrepende?
- Me arrependo de que?
- De ter me ajudado.
A castanha o encarou confusa.
Por que aquilo agora?
- Se arrepende? – ele insistiu.
- Bem... Depende do ponto vista que você quer. – ela hesitou em dizer diretamente.
- Eu quero do seu ponto de vista.
- Olha, Malfoy... Eu não sei. Nós vivemos brigando e você vive me tirando do sério, então... Seria muita mentira da minha parte se dissesse que nunca me perguntei.: “Oh, Merlin! Onde estava com a cabeça?”
- Isso quer dizer que se arrepende? – ele conclui antes que ela terminasse.
- Não. Não exatamente. – ela disse divagando. – Quero dizer, apesar de ver que você é o inferno da minha vida. – ela disse com um sorriso. – Eu sei que não fiz errado. Você pode ter um problema comigo. E Deus sabe, que eu também tenho com você, mas... Eu sei que você não vai nos trair. Sei que você respeita o que eu fiz, mesmo que não admita. E sei que você quer estar aqui. Quer mudar. E não vai desperdiçar essa chance por nada. Portanto... Não. Eu não me arrepen...
Sua boca fora calada. Selada com o leve toque da boca fina do menino.
Ele roçava os seus lábios nos da menina, que estremecia levemente. Iriam se beijar... E nenhum dos dois podia acreditar... Ou evitar.
O garoto a pegara pela cintura, e subira a mão pelas suas costas, intensificando o beijo. Que se tornava melhor, mais profundo. Ela tentava voltar a si. Lembrar se de quem era. Mas, era impossível. Se sentia cada vez mais presa a ele. Cada vez mais tentada, a nunca mais larga-lo.
Eles se aproximavam cada vez mais, como se qualquer espaço entre eles os incomodasse. Caminharam lentamente, como se procurassem , um amparo, e quando tombaram na parede... Um trovão clamou!
Ambos despertaram, embora ainda estivessem abraçados.
Hermione encarou o loiro cor a face quente e corada. Não tinha feito nada de errado, se desconsiderasse quem estava em sua frente. Mas, constatando ser Draco Malfoy. Tinha acabado de fazer maior besteira de sua de sua vida.
Draco também a mirava, embora não parecesse constrangido. E sim, confuso.
Não se mexeu. Continuava de fronte a menina, com narizes colados e a respiração descompassada.
Foi então que Hermione, reagiu de repente.
- QUER SAIR DE PERTO DE MIM!!! – ela exclamou empurrando o garoto nervosa.
- O que você está fazendo?! – ele perguntou irritado, com os tapas que levara no braço.
- VOCÊ ESTÁ LOUCO???!!! A TINTURA DO SEU CABELO ATINGIU SEU CÉREBRO DE VEZ!!! O QUE PENSA QUE ESTAVA FAZENDO???!!!!
A castanha sairá de si. Berrava histericamente. E estava mais vermelha, do que a segundos atrás.
- Eu???? Eu estava fazendo??? – o loiro perguntou indignado.
- É claro!!! Você sim!!! OU VAI DIZER QUE FOI EU???!!! – ela exclamou ainda mais indignada.
- Eu achei que fosse inteligente, Granger!!! MAS, É MESMO UMA OTÁRIA!!! – o loiro zangou-se tanto quanto ela. - Caso, não saiba é preciso DOIS para fazer o que estávamos fazendo!!!
- Eu... Eu ... Eu não pude reagir!!! – ela soltou desnorteada. – Você veio do nada, com esse seu veneno de cobra!!! Não deu tempo de eu fazer nada.
- Ah, deu sim!!! – ele disse sarcástico. – Tanto deu que você fez!!!
- COMO É QUE É???
- Ah, pelo amor de Deus, Granger!!! Você podia ter evitado aquele beijo. NÃO O FEZ PORQUE NÃO QUIS!!!
- AHHH... COMO SE ATREVE A DIZER ISSO??? ESTÁ PERDENDO O AMOR A VIDA MALFOY???
- ESTOU!!! CASO NÃO TENHA PERCEBIDO, ACABEI DE ACABAR COM ELA. EU TE BEIJEI!!! ACHO QUE NUNCA VOU ME PERDOAR POR ISSO!!!
- SE PERDOAR??? SE PERDOAR??? VOCÊ DEVERIA FICAR FELIZ SE CONSEGUIR SOBREVIVER!!! – ela berrara com raiva.
- NA VERDADE EU PREFIRO MORRER, A TER QUE CONVIVER COM ESSA REALIDADE!!!
- Será que vocês não podiam discutir a relação, mais tarde? – um velho bruxo resmungou através de um dos quadros. Fazendo com Hermione e Draco se calassem.
A menina o mirou com raiva, enquanto o loiro a encara da mesma forma.
Ambos estavam por demais confusos e estressados. Vermelhos de raiva, e respirando rapidamente.
Hermione já irritada, deu as costas para ele sem dizer nada. E adentrou em seu quarto batendo a porta com força.
Draco permaneceu. Olhou ao redor.
Respirou e inspirou várias vezes, embora não se acalmasse. Não levou muito, tempo. E ele...Saiu.
Foi de encontro ao que o atormentara a noite toda.
A porta se fechou com um estrondo, e a menina escorou-se nela. Tentando processar o ocorrido, porém... Não tivera sucesso.
Draco Malfoy a beijara.
Ela acabara de beijar Draco Malfoy.
Isso demoraria anos para ser explicado. Ou talvez, ficaria sendo uma incógnita pra o resto a vida.
Ela caminhou até a cama, sem expressão, ainda distante e pensativa. Não entendia nada do que se seguia. Tudo o que vinha acontecendo... Era terrível. E muito confuso.
O melhor a fazer, era dormir. E esperar acordar tendo tudo... Como um sonho.
“ - Achei que fosse me deixar esperando! Mas, é claro que não cometeria esse erro. Não é mesmo? Então... Diga – me Draco. O que devo dizer ao Lorde?
“ - Diga a ele que eu aceito!”
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http://www.youtube.com/watch?v=nF0fs0Bux1s
I thought I saw you late last night
Eu pensei que tinha te visto na noite passada
But it was just a flash of light
Mas era só um flash de luz
An angel passing
Um anjo passando
But I remember yesterday
Mas eu me recordo de ontem
The life before you went away
A vida antes de você ter partido
And we were laughing
E nós estávamos rindo
We had hope and now it's broken
Nós tínhamos esperança e agora ela está quebrada
And I could see it clearly once
E eu poderia ver isso claramente antes,
When you were here with me
Quando você estava aqui comigo
And now somehow all that's left are
E agora de algum modo tudo o que resta são
Pieces of a dream
Pedaços de um sonho
And now I'm lost in restless nights
E agora eu estou perdida em noites agitadas
Just a whisper of the life
Apenas um sussurro da vida
That we created
Que nós criamos
Shadows falling
Sombras caindo
I am calling
Eu estou chamando
And I could see it clearly once
E eu poderia ver isso claramente antes,
When you were here with me
Quando você estava aqui comigo
And now somehow all that's left are
E agora de algum modo tudo o que resta são
Pieces of a ...
Pedaços de um...
The fading photographs
As fotografias desbotadas
In frames of broken glass
As molduras do vidro quebrado
The shattered memories
As memórias despedaçadas
Time will soon erase
O tempo apagará logo
The only souvenirs
Todos esses souvenirs
Salt from a thousand tears
Caem de mil lágrimas
But when I wake up you are never there
Mas quando eu acordo, você nunca está lá
We had hope and now it's broken
Nós tínhamos esperança e agora ela está quebrada
And I could see it clearly once
E eu poderia ver isso claramente antes,
When you were here with me
Quando você estava aqui comigo
And now somehow all that's left are
E agora de algum modo tudo o que resta são
Pieces of a ...
Pedaços de um...
And I could see it clearly once
E eu poderia ver isso claramente antes,
When you were here with me
Quando você estava aqui comigo
And now somehow all that's left are
E agora de algum modo tudo o que resta são
Pieces of a ...
Pedaços de um...
Pieces of a dream
Pedaços de um sonho
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N.A.: Oi!!! ^ ^
Hehehe... E ai? O que acharam.
É eu sei... Não é um dos melhores. ^ ^’
Mas, eu me esforcei... Juro!!!
Vocês viram... Saiu o tão esperado beijo!!! * autora pula de felicidade se vendo livre de várias ameaças*
Não era para ter sido assim, né ^ ^’ Mas, achei que iria morrer se não o escrevesse logo ^ ^’
Hehehehe....
Bem, gente é isso. Estou sem indicação de fics hoje. Porque estou sem tempo até para ler o.O
Mas, espero que tenham gostado.
Agradeço a todos o carinho.
Comentem!!!
Kisses .... E até o próximo cap. ;*
By Hermione J. Granger
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