12. Explicações se fazem neces
Olívio estava diferente, todos pensaram! Ele estava mais alto e encorpado, com os olhos brilhando e a pele corada. Por algum motivo não era mais o Wood afobado e viciado em Quadribol. Parecia mais forte e calmo. Para terror dos gêmeos, que gozavam dele durante a escola e se achavam melhores por serem mais novos e ainda sim mais respeitados do que ele, Olívio estava carismático. Estava como em poucos momentos que o viram na escola, quando resolvia algum impasse ou quando ensinou quadribol a Harry. Não era, de maneira alguma, o Olívio que conheciam.
Olhando para aquela cena, Harry sentiu algo estranho. Era como se estivesse sentindo um pequeno deja vú. Lembrou de quando reencontrou Hermione no começo do segundo ano e de quando a abraçou no final do mesmo, feliz por ela estar viva. Lembrou –se das inúmeras vezes que fizeram as pazes após uma briga pequena ou colossal e por alguns segundos, talvez por sentir tão claramente o ombro de Hermione roçar no seu quando ela deu espaço para Wood se aproximar, vislumbrou ele e sua melhor amiga e não Olívio e Pâmela à sua frente.
-- Ok! Eu já fui muito paciente, mas quero explicações e é AGORA! – George se manifestou realmente bravo e cortando o devaneio de Harry.
Todos se espantaram com aquela reação do até então sempre jocoso George, mas acabaram considerando-o em seu direito. Dumbleodore se endireitou calmamente e disse em voz calma.
-- É uma longa história, senhor Weasley. Por onde quer que comecemos?
-- Que tal pela entrada do nosso velho, e mal educado – ele podia ao menos dizer oi para seu antigo time - amigo Wood. – Fred interveio tentando deixar o clima mais ameno para o lado do seu gêmeo.
-- Ah! Mil desculpas, pessoal. – Wood disse com um sorriso sincero. – Não quis ser rude, mas quando vi Pâmela não parecia haver mais nada em volta.
Todos ouviram dois suspiros comovidos, um de Gina e outro de Hermione, mas logo Wood continuou:
-- Não a vejo há cerca de seis anos, é muito tempo sem ter sua melhor amiga ao seu lado.
Ao ouvir isso Harry novamente teve a sensação de minutos atrás e se viu perguntando o que faria se Hermione simplesmente saísse de sua vida. Inconscientemente, temendo que essa resposta fosse forte demais, Harry sacudiu de leve a cabeça e perguntou.
-- Como pode ser tão amigo dela? Ela era da Grifinória?
-- Não, Harry! – Hermione disse rapidamente. – Não ouviu o professor Dumbleodre falar sobre o quadro da sala comunal da Lufa-lufa?
-- Então, como poderiam ser tão amigos? – Rony disse – São de casas rivais!
-- E daí? Harry não se apaixonou pela Cho!? – Hermione disse mais ríspida do que precisaria na opinião de Pâmela.
-- Isso explica a detenção! – Gina comentou. – Eles não estavam cabulando aula, mas Pâmela não podia ter levado Olívio para a sala comunal da Lufa-lufa!
-- Exatamente, srta. Weasley. – Prof Minerva disse com seu ar resignado e severo. – E não fazemos diferença para ninguém, nem mesmo para nossos netos.
-- Não devia ser agradável ser aluna de Hogwarts e neta dos diretores ao mesmo tempo... – Rony disse balançando a cabeça com pesar.
-- Ah, quase ninguém sabia! – Olívio disse sorrindo. – É incrível como um nome diferente e poucos comentários à respeito da família são suficientes para liquidar um assunto.
-- Como era possível? – Hermione disse.
-- Bom, pelo que me lembro... – Pâmela se manifestou insegura – eu tenho o nome do meu pai e da minha mão, então eu usava o nome de mamãe e só usava o de papai para assinar algum papel importante. Com isso, só amigos íntimos sabiam quem eram meus avós.
Pâmela viu os rostos confusos e parou de falar. Olhou para os avós e disse com bom humor:
-- Acho que estou indo rápido demais...
Dumbleodore sorriu e mexeu a varinha. Imediatamente as camas se afastaram, sobrando apenas aquela em que Pâmela estava sentada e conjurou diversas cadeiras e uma mesa com chá e biscoitos.
-- Isso vai demorar um bom tempo... – Dumbleodore sorriu.
Todos sentaram e, após uma rodada de chá quente, olharam fixamente para o professor.
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