Que Importância? – Ou, Férias.



Capítulo 05
Que Importância? – Ou, Férias.



Uma semana antes de o Natal acontecer, os alunos de Hogwarts já preparavam suas malas para irem passar a data em suas casas com suas famílias. É claro que haviam alguns poucos que iriam ficar na escola, mas estes não contam em nossa história deste momento.
Lílian passaria o Natal em casa com a sua família que tanto amava. Estava muito feliz de rever seus pais, ‘não agüento mais de saudades’, pensava ela alegremente com idéia. A única coisa que não lhe agradava muito nessa volta, era ter de conviver com sua irmã, Petúnia.
Sirius iria para a casa de Tiago, como havia dito que o faria dias antes.
E nesse clima natalino a Hogwarts inteira se preparava para as férias a seguir. Doze pinheiros foram colocados no Salão Principal e eram enfeitados e enfeitiçados pelos professores. O castelo mais parecia uma grande árvore de Natal. Vocês concordariam comigo se o tivessem visto, estava exageradamente enfeitado.


- Remo, por que você e o Pedro não vão passar o Natal lá em casa também...? – Tiago perguntava a Remo, enquanto se deliciava de mais um incrível banquete na mesa da Grifinória.
- Vou ficar com meus pais. E além do mais, eu tenho aquele pequeno probleminha. – Remo sussurrou as ultimas palavras.
- E daí?
- Como assim, e daí? Você está louco? Aposto que seus pais não gostariam de ter um lobisomem hospedado em sua casa. – Ele sussurrou novamente.
- Na verdade o papai adoraria... Ah, Remo! Que isso... meus pais nem se importariam... eles até estiveram em uma das manifestações a favor dos direitos dos lobisomens ou coisa assim... – Tiago colocou a mão no queixo, pensativo.
- Dá pra falar baixo!
- É sério... não tem problema...
- Não, Tiago!
- Okay, okay... você que sabe... mas e você Pedro?
- Vou viajar para a América do Norte.... Canadá... Vou visitar meus avós – Pedro fez uma careta ao terminar a frase.
- Então tá... vamos só eu e o Sirius mesmo...
- Ei! Esqueceu de mim, priminho? – Louise acabara chegar onde eles estavam, arrastando um malão em uma das mãos e carregando uma carta na outra, sentou-se entre Sirius e Tiago e começou a se servir de coxinhas de frango.
- Eu quis dizer de nós, garotos! – Tiago estufou o peito, apontando o polegar para si mesmo.
- Está com essa descriminação agora, Tiaguito?! – Louise riu da pose do primo, no que ele fez uma careta na menção do apelido.
- Humpff... Para a sua informação eu sempre fui assim.... quem mudou aqui é você! – Tiago apontou o dedo para ela.
- Por que eu mudei? – Louise parou de comer e encarou-o firmemente, como se ele tivesse dito algo ofensivo.
- Por quê? – Ele passou a mão pelo cabelo nervosamente, mas completou em tom firme. - Você quer mesmo que eu diga?
- Quero!
- Então tá... Primeiro você para de falar comigo por causa da Foguinho, depois vem brincando como se nada tivesse acontecido... E tem mais, antes você gostava de falar comigo, agora só quer fazer essas coisas bobas de menininhas irritantes e frescas. – Tiago terminou de falar cruzando os braços e olhando-a com um ar acusador.
- Eu não parei de falar com você... – Louise dizia com uma voz fininha e meiga, ao mesmo que chorosa. – Eu só não queria que vocês brigassem mais...
- E você preferiu ser amiga delas! Então o que está fazendo aqui agora? – Tiago cuspiu as palavras raivosamente, enquanto a garota estava com os olhos brilhando, sem fala.
- Tá bem! Eu vou! Você é muito egoísta mesmo, Tiago! – Louise disse isso com uma voz firme, mas dava para perceber que a garota estava prestes a cair no choro. Ela empurrou o primo para trás e saiu da mesa em direção a porta. Segundos depois ela volta de cabeça baixa e pisando firme, pega seu malão e a carta que havia deixado em cima da mesa e sai novamente de lá, desaparecendo pela porta.
Todos observavam a cena em silêncio. Estavam espantados. Não! Estavam mais que espantados. Pedro e Sirius ainda se perguntavam se deveriam ficar do lado do amigo ou simplesmente analisar quem estava certo. Continuaram em silêncio olhando Tiago. Era melhor não falar nada do que falar algo que desse em coisa pior. Até que o silêncio foi cortado por um estrondoso ronco vindo da barriga de Sirius. O garoto olhou para a própria barriga, como se advertisse que ela foi inconveniente e olhou cobiçosamente para o seu prato à frente. ‘O Tiago espera... ’



‘Por que eu tinha que esquecer a droga do malão lá? Não ficou tão dramático com a minha volta para pega-lo. Ah, mais o que eu estou pensando?
Por que o Tiago fez aquilo? Se é assim que ele quer, assim vai ser... Não vou deixar de falar com a Lily por causa desse mimado! E se não me pedir desculpas eu não falo mais com ele! Bobão! Muito mimado também.... Grrr!!! Por que minha mãe inventou de passar o Natal lá na casa da tia Sara...?! Eu não queria ter que olhar para a cara daquele idiota antes das férias. Mais que...’

- Lu? O que aconteceu?
- Hum? Ahn... nada Lily...
- Você não tava indo ver o Potter?
- Ah! Nem me fale nesse mimado egoísta!
- O que o Potter fez dessa vez?
- Por que está com tanta raiva dele, Lu?
- Por nada, Tammy... Deixa para lá...
- Mas..
- Deixa Lily... Outra hora ela nos fala. Agora vamos... Filch já está chamando todos.


Naquele dia os vários alunos que iriam passar o Natal com as famílias embarcaram no Expresso de Hogwarts que os levaria de volta a King’s Cross, para as suas curtas férias. Tiago, Sirius, Pedro e Remo, estavam entre eles. Tiago ainda estava emburrado pelo acontecido no Salão Principal, e Remo insistia em lhe dizer que ele estava errado.

- Tiago, não foi justo o que você com ela...
- Chega, Remo! Já to cansado de ouvir isso hoje. E se ela não vier me pedir desculpas eu nunca mais falo com ela, ouviu?
- Mas é você que tinha de pedir desculpas...
- Não! Ela que começou!

‘Por Merlin! Que garoto mais cabeça dura!’ pensava Remo, enquanto ouvia mais um discurso de Tiago sobre como ela que havia errado.



- Remo! Podemos ir? – Uma mulher ossuda e pálida chamou o garoto, quando eles chegaram a estação de King’s Cross. Tinha o mesmo formato do rosto de Remo e além de o mesmo ar cansado, possuía os mesmos olhos fundos.
- Já estou indo, mãe! – Remo olhou para a mãe sorrindo e se voltou para os amigos. – Tchau, garotos. Até o ano que vem em Hogwarts.
- Até.
- Tchau Remo!
- Me escrevam quando puderem!
- Uhum.

Os garotos ficaram em silêncio, olhando Remo se afastar. Quando ele virou um corredor os três voltaram a se olhar timidamente. Tiago observava os dois amigos, passando a mão pelo cabelo e rindo fracamente.
- Bem... – Ele começou a falar, mas foi cortado por uma outra mulher que havia chegado.
- Pedro! Vem logo, meu filho! – Uma mulher gorduchinha e baixinha, igualzinha a Pedro, tirando a cor dos cabelos e o nariz, que era pontudo, vinha correndo na
direção dos garotos com um homem alto, com cabelos cor de palha logo atrás.
- Está bem, mamãe. – Pedro olhou envergonhado para os garotos. – Tchau Tiago! Tchau Sirius!
- Até ano que vem.
- Boa viagem.
Antes que Pedro e os pais pudessem se afastar muito, pode-se ouvir a mulher gordinha dizer animadamente para o filho: ‘Eu fiz aquele doce de pêssego que você adora’. Sirius riu da expressão de Pedro ao longe.
- Olha Sirius! Ali a minha mãe! – Tiago desviara o olhar de Pedro e os pais antes de Sirius e agora apontava uma mulher visivelmente confusa no meio da estação.
- Acho que ela tá te procurando.
- É. Também acho. Vamos! Eu quero que você conheça ela.
- Mas Tiago, eu não...
- Vamos, logo!
Tiago saiu correndo, ao mesmo que puxando o braço de Sirius até onde a mulher estava e quando chegaram mais perto, Sirius pode ver como ela era. Alta, cabelos escuros e olhos verdes. Tinha um rosto oval e seus cabelos possuíam a sombra da velhice, iluminados de quando em quando por mechas brancas. A mulher ainda olhava de um lado para o outro procurando algo, ou alguém. Só quando Tiago a chamou que percebeu a aproximação do filho.
- Mãe!
- Titizinho! Que saudades. – A Sra. Potter abraçava Tiago, enquanto este fazia uma careta pela força do abraço e pelo apelido que a mãe lhe chamara.

Sirius sentiu uma ponta de inveja daquela cena. Nunca sua mãe lhe abraçara, ou até mesmo lhe dera um apelido carinhoso (a não ser que vocês chamem ‘verme’ de apelido carinhoso). Nunca lhe dera tanta atenção, ou dissera que morrera de saudades. Sempre ficara sozinho com seu ódio imenso daquela família.
Seus olhos ainda brilhavam quando a mãe de Tiago o soltou, e o garoto voltou-se para ele novamente.
- Mãe, esse é o Sirius. Sirius Black.
- Olá, Sirius. – Ela cumprimentou-o docemente, dando-lhe depois um breve abraço maternal.
- Oi, Sra. Potter. – Sirius ficou encantado com a mulher. Como ela podia ser tão doce e materna. Sua mãe estava longe de chegar aos pés dela.
- Oh, querido. Pode me chamar de Sara. – Ela sorriu para o garoto.
- Okay. – Sirius parecia incrivelmente tímido naquele momento.
- O Titi me disse que um amigo ia passar o Natal lá em casa. Hum... é você?
- Sim.
- Seja sempre bem-vindo, então.
- Obrigado.
- Seus pais já sabem?
- Não. Vou falar com eles depois. Mas eles nem vão se importar, até acho que vão gostar de me ver mais tempo longe.
- Por que eles gostariam? – Sara comovera-se com o garoto e o olhava com pesar.
- Bem... pode-se dizer que eles não vão com a minha cara.
- Não fale isso, querido. Mas mesmo assim, saiba que sempre que quiser eu e o Alb vamos recebê-lo com alegria lá em casa, está bem?!
- Okay, obrigado, Sra... Quer dizer... Sara.
- Bom... então nós já vamos. Onde estão suas coisas, querido? – Ela se virou para Tiago.
- Aqui.
- Nos vemos lá em casa no Natal, está bem? – A Sra. Potter falou para Sirius, que apenas assentiu com a cabeça. – Se você quiser podemos ir pegar você em sua casa...
- Ahn... tudo bem.
- Mandaremos uma carta avisando. – Ela terminou de falar, pegou sua varinha dentro das vestes e a sacudiu silenciosamente, as coisas de Tiago começaram a flutuar e a segui-la conforme andava.
- Tchau, Sirius. Vou te escrever. – Tiago se despediu e seguiu a mãe.

Sirius ainda ficou pensando por alguns minutos na mãe de Tiago e como seria sua vida se tivesse uma mãe amorosa como aquela. Mas ele foi terrivelmente acordado com um baque doloroso na cabeça. O garoto olhou para baixo, tentando ver o que havia batido em sua cabeça e avistou um livro grande e mofado no chão aos seus pés. A incrivelmente chata e rabugenta Sra. Black estava a sua frente, com a varinha erguida e um sorriso maquiavélico no rosto.
- Vamos, seu verme idiota! Você está me atrasando, tenho mais o que fazer! – A mãe de Sirius falara com a voz esganiçada e enjoativa. Ela então chamou um garoto, mais novo e pouco parecido com Sirius, e começou a andar em direção a saída da estação.
Sirius murmurou algo como: ‘Ela tem muito o que fazer, sim. Como dizer as “incríveis” qualidade do Régulo, por o pé para cima e mandar aquele idiota do Monstro lhe levar mais chá’, e seguiu-os.


Tiago chegou à porta da velha mansão dos Potter, seguido por sua mãe. Durante o caminho até a casa, ele só havia pensado como devia ser infeliz a vida de Sirius, como tanto ele comentara. Esquecera-se até que faltava alguém na companhia de sua mãe.
- Mãe, cadê o papai?
- Ele teve um serviço urgente no Ministério. Parece que houve um acidente grave em uma vila trouxa aqui perto.
- Mas ele disse que iria me buscar na estação. – Tiago fez uma careta emburrada e começou a atravessar o saguão da casa pisando firme no chão.
- Meu filho, tente entender, ele precisava ir. – A mãe tentava argumentar enquanto Tiago começava a subir as escadas no final de um corredor curto.
- O trabalho é sempre mais importante que eu. – O garoto parara e olhara para sua mãe com a pior cara que podia estar nessa época, e voltou a subir as escadas, pisando mais forte ainda no chão, fazendo muito barulho.
A sra. Potter não previra essa reação do filho, mas sabia que por um lado ele tinha razão. O pai sempre estava ausente por causa do trabalho. Durante anos o filho pouco o via, e isso deveria pesar muito, pois Tiago era apenas um garoto de onze anos. Não poderia saber ao certo as reações da vida. Nunca adivinharia o que estaria acontecendo realmente no mundo afora.

Tiago sempre fora muito mimado, sua mãe o tivera já numa idade avançada para uma mulher ficar grávida. Por isso é que o garoto não tinha irmãos e seus pais já estavam velhos para ter um garoto de onze anos como filho. O Sr. Potter era um homem ocupado, era auror, e muito competente. Nunca ficava em casa por muito tempo, mas apesar disso, era carinhoso e brincalhão com o filho e lhe pesava muito na consciência não participar de vários momentos importantes da vida de Tiago. Por exemplo, no ano anterior, o Sr. Potter faltara o Natal, estando novamente muito ocupado no Ministério da Magia.
Tiago tinha tudo o que desejava se for contar só as coisas materiais, a família Potter era uma das famílias mais ricas dos novos tempos, além de ser puro-sangues também. Mas era uma família que não concretizava os mesmos preconceitos de outras famílias, como a Black. Por isso eram chamados de traidores do sangue, por bruxos preconceituosos.


Tiago subira batendo fortemente os pés até o seu quarto, no terceiro andar da imensa casa. ‘Por que ele sempre faz isso?’, pensava ele tristemente. Por um momento sentiu raiva de seu pai, pois este nunca lhe acompanhara nos seus momentos mais espetaculares, mas depois sentiu uma tristeza imensa, ao lembrar de Sirius. ‘Coitado do Sirius. O pior é a família dele. Pelo que me contou devem ser uns monstros’.
O garoto se jogou em sua cama com toda força, sem querer batendo a cabeça na quina da mesma. Ele massageou a cabeça com raiva e ajeitou os óculos, se sentou direito na cama e ficou pensativo por alguns minutos. ‘Droga! Não tem nada para fazer aqui’.
Toc Toc. - Pequeno Potter, Dumky pode entrar com as malas do sr. ? – Um elfo doméstico acinzentado e não muito velho colocou a ponta do seu imenso nariz para dentro do quarto.
- Entre, Dumky. – Tiago falou rispidamente, ainda massageando a cabeça com raiva. E logo se pode ver dois grandes olhos azuis esverdeados atravessando a porta. O pequeno elfo passou pela porta puxando com toda a sua força o pesado malão de Tiago, depois de carregá-lo até o canto do quarto, saiu pela porta voltando logo depois com a coruja parda do garoto.
- O Sr. deseja alguma coisa, pequeno Potter?
- Não, Dumky, pode ir. – O elfo fez uma exagerada reverencia e saiu do quarto silenciosamente. Tiago esperou o elfo sair, olhou para o seu imenso quarto com desprezo e caminhou até a escrivaninha do outro lado do aposento. – Humpff. Nada para fazer, nessa droga de casa. – Disse para si mesmo. – Se pelo menos a Lu tivesse aqui. – Completou, mais balançou a cabeça em seguida, para espantar os pensamentos, lembrando do que havia acontecido ainda em Hogwarts. – A Lu. Nem quero que ela venha. – Fez uma careta, ao ouvir sua consciência reclamando do que havia dito. - Aff... minha única opção é esperar o Sirius vim. – Uma luz se acendeu em sua mente, após o comentário. – Ah, é! O Sirius! – O garoto sentou-se na cadeira da escrivaninha e abriu uma gaveta, tirando de lá um pergaminho, um tinteiro e uma pena.

‘Caro, Sirius....
Eu tava sem nada para fazer aqui e... é, bem, já estou sem nada para fazer.
Que dia vai vim...?’

- Não, não... – Tiago amassou o pergaminho e atirou-o no chão do quarto, abriu a gaveta novamente e tirou outro pergaminho de dentro.



- Garoto inútil! Pegue suas coisas e leve para cima, de preferência fique por lá. – A Sra. Black esganiçou rindo de Sirius junto com o outro filho.
- Verme! Verme! – Gritava o pequeno e feioso Régulo Black, derrubando as pesadas coisas de Sirius no chão, enquanto este tentava subir as escadas da casa horrorosa, com muito esforço.

‘Verme! Verme!’
A voz do irmão mais novo foi abafada ao fechar a porta do quarto. O belo garoto atravessou o cômodo com o grande malão e se sentou em sua cama dura. Tentou se ajeitar na mesma, mas acabou por sentar em um lugar muito pior, em uma mola solta. ‘Ai!’, ele exclamou com raiva de toda a sua vida, ‘Que droga! Sempre esqueço que a cama tá assim. Me acostumei com as camas boas e macias de Hogwarts... Não vejo a hora de voltar pra lá. Não vejo a hora de ir para a casa do Tiago’.

A vida de Sirius em sua casa era um verdadeiro inferno. Ele era castigado por não seguir os maus conselhos de seus pais, e era severamente punido por não odiar os “sangues-ruins”. Ele odiava tudo ali, desde as cabeças dos elfos mortos penduradas nos corredores, a cada fungo verde e nojento (que Monstro insistia em deixar acumular nas paredes do seu quarto).
Falar nessa horrível criatura (igualzinha a quem servia, na opinião de Sirius), lá estava ele. Mais seboso e mais cinza do que nunca.
- O Sr. Verme Traidor do Próprio Sangue, deseja algo? – O elfo fez uma reverencia, com real desagrado no rosto, ao entrar no quarto.
- Minha querida mamãe lhe mandou aqui para me encher o saco, Monstro? – Sirius disse sarcástico e virando-se para o outro lado, para não ter de ver a imagem desgostosa daquele ser.
- Não mesmo. Monstro só queria vir lhe dar as boas vindas, Sr. Vermezinho. – Ele fez mais uma reverencia.
- Ah, então ela ainda não mandou você servir de almofada de pé para ela ou pegar chá, não é!?
- Não, a senhora está muito ocupada.
- Eu agradeço criatura abominável. Agora pode sair daqui! – Sirius pulou da cama de um salto e correu assustadoramente até o elfo, que saiu correndo e guinchando de medo, o garoto bateu a porta e ia se dirigindo para a cama de novo, mas parou e pensou seriamente se seria uma boa, lembrando-se da mola solta. Ele se dirigiu a um canto do quarto, onde se sentou no chão. ‘Muito mais confortável’, pensou ele olhando carrancudo para a cama.



- Que saudades! Como está linda! – O sr. Evans estava muito animado com a volta da filha para a casa.
- Pai! Eu só passei alguns meses longe de casa, não foi tanto assim. – Lílian tentava recuperar o fôlego por causa do abraço do pai, mais teve que respirar muito mais fundo ainda, sua mãe lhe dava um forte abraço de urso.
- Minha filhinha linda! Meu Lírio! – A mãe estava prestes a chorar de emoção, enquanto Lílian tentava respirar. – Como foi na escola? Deu tudo certo? – A Sra. Evans perguntava ainda apertando a filha.
- Mamãe, pode largar a aberração, se quiser que ela continue viva por mais algum tempo. – Petúnia, a irmã de Lílian, desdenhava ciumenta, rangendo os dentes naquela cara de cavalo raivoso.
- Obrigado, Petúnia. – Lílian disse sarcástica, quando foi solta pela mãe.
- Petúnia! Não vá começar a xingar sua irmã. Ela não é nenhuma aberração, pelo contrario, ela é um orgulho para mim e para o seu pai do jeito que é. – A mãe se postou ao lado de Lílian, que apenas sorriu para ela.
- Isso mesmo, querida! – O sr. Evans concordou.
- Okay, fiquem do lado dessa bizarra. – Petúnia disse se virando para a saída da Estação.
- Petúnia, não seja mal criada. Volte aqui! – A Sra. Evans correu atrás da outra filha.
- Vamos, minha filha...
- Uhum.
- São só essas, as suas coisas?
- Só.
- Então me de aqui que eu as levo.
- Não precisa papai... eu posso levar.
- Não, você deve estar cansada deixe que eu leve. – O Sr. Evans puxou o corpo magro para carregar o malão de Lílian, mas voltou sem querer. – Nossa! O que tanto coloca nessa mala? – Ele puxou com esforço o malão até o carro, no estacionamento da Estação de King’s Cross.









N/A: Espero que esteja bom, esse.
Não gostei muito, mas ninguém comenta aqui pra me dar idéias...
Se alguém comentar a partir deste ficarei muito feliz, e mesmo que não, eu vou continuar postando os capítulos. Por que eu escrevo por me fazer bem dar a minha opinião.
Espero que apreciem pelo menos... ¬¬
Bem... tchau e beijos, se alguém ler.

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