No expresso de Hogwarts – Ou,



No expresso de Hogwarts – Ou, a chegada


Se você atravessasse uma barreira entre as plataformas nove e dez, da estação de King’s Cross – Inglaterra, encontraria um enorme trem.
No dia primeiro de setembro, todo ano, esse trem transportava os alunos da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
Como em todos os outros anos, um enorme amontoamento de alunos eram vistos na plataforma. Agitados, despedindo-se de seus familiares e embarcando no grande expresso.
O primeiro apito soa. O trem solta mais uma densa cortina de fumaça.
Vários alunos embarcam.
Mas nossa história se fixa em um certo garoto.
Este, era Tiago Potter. Um menino magricela, de cabelos negros e despenteados. Seus olhos, castanho-esverdeados, cobertos por óculos de lentes redondas.
Tiago Potter se despede dos pais, depois de um longo beijo que sua velha mãe, dá em sua testa. Com muito esforço, o menino ossudo, consegue subir seu malão e sua bela coruja no trem. Os corredores estavam apinhados de alunos. Muitos corriam, brigavam e gritavam. Aquilo poderia não ser chamado de corredor. Mas infelizmente foi o nome que deram...
Mas voltando a Tiago...
O garoto mal conseguia se mexer pelo caos do expresso. Quando Tiago deixou a movimentação, a procura de uma cabine vazia, o trem já começara a andar.
“Parece que tem mais alunos do que lugares aqui...” pensou o menino passando por inúmeras cabines lotadas. Já ao final do trem, (suas mãos estavam dormentes, pelo esforço de carregar o malão) o garoto encontra uma cabine. Não estava exatamente vazia... mas pouco ocupada.
Nela havia sentado um garoto pálido, de cabelos e olhos castanhos. Ele estava ao lado da janela, lendo um livro surrado. Suas roupas também não eram novas, ao contrário, pareciam bem velhas, mas bem cuidadas e passadas.
Assim que Tiago abriu a porta, o menino pálido o olhou, aparentemente havia levado um susto, por estar tão absorto na leitura.
- Posso me sentar? – Perguntou Tiago ao garoto.
- Claro! – Assentiu o outro sorrindo, ao mesmo tempo que fechando o livro e o guardando.
Tiago entrou na cabine, acomodou seu malão e sua coruja no bagageiro e sentou em frente ao garoto.
Antes de alguém falar algo, a porta da cabine se abre novamente, apresentando um outro garoto. Este possuía cabelos e olhos muito pretos, tinha uma bela face corada e usava uma roupa formal. Não parecia muito feliz.
- Posso sentar aqui com vocês? – Perguntou – As outras cabines estão cheias de mais. – Acrescentou olhando para trás emburrado.
- Pode sim. – O garoto pálido falou o olhando curiosamente. O menino de faces belas entrou na cabine, e igualmente, acomodou seu malão no bagageiro.
Depois que ele se sentou, os três ficaram em silencio, apenas se fitando, por alguns minutos.
- Sou Tiago Potter – Tiago se apresentou, não agüentando mais o silêncio.
Os dois garotos o olharam.
- Remo Lupin - Apresentou-se o garoto pálido, sorrindo.
- Hum... Sou.... Sirius Black – O menino das belas faces se apresentou, meio que apreensivo, e ainda pensando se fora uma boa idéia.
Tiago o olhou de olhos meio arregalados, e ficou o observando atentamente, em silêncio.
- ....eu sei que minha família não tem uma fama muito boa....mas....bem...eu não sou assim....quero dizer...eu não ligo se são puro sangue ou não... – Continuou Sirius, tentando relevar.

Se ainda não sabem...a família Black era uma das mais antigas e ‘nobres’ famílias bruxas. Ou seja, era uma das únicas e ultimas famílias inteiramente puro-sangue, que ainda existiam. Seus membros alimentavam um certo preconceito contra trouxas, nascidos trouxas ou até mesmo os que eram filhos de bruxos e trouxas. Possuíam fama de seguir as artes das trevas e de casar primos com primos, para manter a tradição. Cada vez se tornava mais difícil arranjar pretendentes puro-sangues. O que ajudava na extinção, de certas famílias.

Hum-hum.... Tiago ainda pareceu pensar um pouco na situação, mais não era muito justo não dar uma chance...
- Tudo bem. Quem se importa com seu sobrenome? – Os outros o olharam desconfiados. – Pelo menos da minha parte...
- Também não ligo. – Remo disse sorrindo para Sirius, que retribuiu.
- Bem...só pra tirar uma dúvida...sou puro-sangue, ta? – Falou Tiago brincando.
Os três conversaram durante um bom tempo, antes da moça do carrinho de lanches passar. Quando isso aconteceu, Tiago e Sirius compraram todo tipo de doces que podiam, enquanto Remo, se contentou com apenas cinco bolos de caldeirão.
- Em qual casa vocês acham que ficarão? – Remo perguntou, com o rosto sujo de bolo.
- Acho que na Grifinória... minha família toda foi pra lá... – Disse Tiago, com a voz abafada por estar com a boca cheia de sapos de chocolate.
- Se for regra a família toda estar numa casa só.... – Sirius falou desanimado. Mas logo voltou ao normal, dando uma grande mordida na cabeça de seu sapo e continuando – Mas e você, Remo?
- Não sei... sério mesmo...não faço idéia – Respondeu o garoto sem muita atenção.
- Mas vocês tem idéia de como é feita a seleção? – Perguntou Tiago – Meus pais não quiseram me contar... – Concluiu emburrado.
- Meus pais não comentaram nada sobre Hogwarts. – Remo disse relevante.
- Eu sei... – Sirius falou e Tiago o olhou esperançoso – mas eu não vou querer estragar a surpresa... – Tiago emburrou-se novamente.
A cada hora em que o trem passava, mais escuro o dia estava ficando. Até que, finalmente, o céu decidiu virar noite. E os garotos foram se trocar ao perceber isso. Meia hora depois, o trem começou a parar lentamente, e os corredores voltaram a se encher alunos. Sirius, Remo e Tiago pegaram suas coisas e se juntaram aos outros alunos, rumo a uma saída. Conseguindo, um tempo depois, descer na estação de Hogsmead.
Por um tempo, apenas o que enxergaram foi a grande fumaceira que o expresso soltava, mas logo foi se dispersando e puderam ver mais do que o que estava à frente. E uma grossa voz os orientou.
- Alunos do primeiro ano, por aqui, por favor! Primeiro ano, aqui!
Os meninos seguiram na direção da voz, e quando avistaram o dono, pararam assustados: Era um homem literalmente grande, barba e cabelos desgrenhados, e em sua mão de gigante, carregava um lampião acesso. Abanava a mão em que não segurava o lampião, como se para chamar a atenção de quem procurava. O que foi uma tarefa muito bem sucedida, pois minutos depois, todos estavam reunidos em volta dele.

O enorme homem a quem cito, era Rúbio Hagrid, o guarda-caças e guardião das chaves de Hogwarts. Era ele que, conforme a tradição, levava os alunos do primeiro ano em barquinhos, até a escola.

Hagrid os guiou então, pelo escuro vilarejo e parou em frente a margem de um lago, cujo final não era visível (parte por sua extensão e parte pela densa neblina que o circundava). Cerca de vinte barquinhos pairavam sob a água. Os alunos subiram neles, quatros em cada barco, e Rúbio ocupou sozinho um barco, guiando-os. Momentos depois, em que a leve brisa da noite, havia se tornado gélida, pode-se ver a enorme silhueta do castelo. Os barquinhos bateram, um a um no chão firme.
As janelas do castelo refletiam uma luz amarelada sob o gramado escuro e orvalhado da escola. Hagrid ajudou-os a sair dos barquinhos e os levou pelos jardins em direção as enormes portas de carvalho. Chegando lá, havia uma mulher os esperando.
Esta, era jovem e muito bela, mas guardava uma severa expressão no rosto. E não fosse por seus cabelos castanhos, pareceria um velha má. Usava um apertado coque no alto da cabeça, e seus olhos escuros eram cobertos por grossas lentes quadradas. Suas vestes eram vermelho-sangue e lhe cobriam os pés.
A mulher os levou para o Saguão de Entrada e começou a falar:
- Boa noite – Disse seriamente – Sou Minerva McGonagall. Levarei vocês, daqui a alguns minutos, ao Salão Principal. Onde serão selecionados entre as casas: Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. – Fez uma pequena pausa – Durante o ano, vocês perderão e ganharão pontos para suas casas. E a casa que tiver mais pontos no final do ano, ganhará a taça das casas. – Ela acabou o discurso, pegou um relógio dentro de suas vestes e os chamou: - Sigam-me, por favor. – McGonagall guiou os alunos apressada, parando depois, em frente a enormes portas duplas, que se abriram quando pararam em frente, revelando um grande salão.
Haviam nele, quatro compridas mesas lado-a-lado na vertical, e uma um pouco menor, ao fundo, na horizontal. O teto, fascinantemente enfeitiçado, imitando o céu lá fora.
Os alunos seguiram, fascinados e nervosos, até o meio do salão.
McGonagall saiu apressada por uma porta atrás da mesa horizontal, e voltou logo depois, trazendo um banquinho de três pernas flutuando a sua frente, em uma das mãos a varinha e um pergaminho enrolado e na outra, um velho chapéu esfiapado. Ao chegar ao meio do salão, o banquinho pousou graciosamente no chão. McGonagall se postou ao seu lado, colocando o chapéu em cima. Saindo logo depois, juntando-se a mesa dos professores.
O chapéu se mexeu. Todos pareceram prender a respiração. Um rasgo junto a aba se abriu. Todos parecem nem respirar mais. E o chapéu começa, de repente, a cantarolar:
“Sou o Chapéu Seletor.
Já faz anos,
divido vocês entre as casas de Hogwarts.
Sonserina,
Os astutos serão os selecionados;
Grifinória,
Aqui entrarão os de grande coragem;
Corvinal,
A inteligência é o que os elege;
Lufa-Lufa,
Abriga a todos que aqui desejam ficar.
Mas os fundadores tiveram uma dúvida:
‘Quem os selecionará quando nos formos?’
Perguntou Ravenclaw.
Griffindor tirou-me da sua própria cabeça e enfeitiçou-me.
Huffle Puff apoiou com fervor
Slytherin concordou
E aqui estou eu até hoje.
Muito velho, sim.
Mas eficiente.
Agora vos digo:
Ponham-me na cabeça
E eu lhes direi em qual casa ficará.”

O Salão ecoou em aplausos e McGonagall voltou ao seu posto ao lado do baquinho e do chapéu. Abriu então, o pergaminho amarelado que trouxera consigo, que caiu longamente até o chão.
- Quando eu chamar seus nomes, venham até aqui e ponham o chapéu. – Falou a bruxa apontando o Chapéu Seletor e voltando seu olhar para o pergaminho. – Almost, Larissa. – Chamou ela, o primeiro nome.
Uma garota gordinha e sardenta saiu do meio dos primeiroanistas e caminhou até a frente, sentou no banquinho e o Chapéu foi colocado em sua cabeça. Segundos depois...
- Corvinal! – Exclamou o Chapéu. A garota pulou do banquinho e se dirigiu a mesa dos alunos de veste negro e azul, que aplaudiam.
- Anquiler, Sônia.
Uma meiga garotinha negra se encaminhou ao Chapéu.
- Sonserina! – A garota caminhou lentamente a mesa da casa citada.
- Black, Narcisa.
Black...Black...essa era uma das primas de Sirius. Loira, branca como a neve, andava com o nariz empinado até a sua seleção. Novidade não era, em que casa ficaria...
- Sonserina! – Empinando mais ainda o nariz, ela foi até a mesa da Sonserina.
- Black, Sirius. – McGonagall chamou. Sirius olhou para Tiago, que o encorajou.
Todos já esperavam cansados.”Outro Black....que novidade, todo mundo sabe pra onde ele vai...pra onde todos os outros foram.”
Mas pela demora do Chapéu, parecia haver uma dúvida.
- Grifinória! – Quando foi anunciado, ficaram todos pasmos. “Um Black na Grifinória?” A mesa da Grifinória estava igualmente pasma, e parecia não ter ouvido. Poucos aplaudiram. Sirius se encaminhou para a mesa, ainda pensando se não era um sonho.
Logo todos esqueceram do ocorrido, e prestaram atenção em McGonagall que havia anunciado mais um nome.
Muitos nomes foram chamados. Uma garota que jamais chamaria atenção foi chamada também.
- Lílian Evans.
Ruiva, olhos muito verdes. Correu para o banquinho, nitidamente nervosa. Antes do Chapéu descer pela sua cabeça, apenas foi visto um borrão de cor verde e laranja. Por alguns minutos via-se apenas o preto desbotado do Chapéu e a ponta alaranjada dos cabelos da menina (que davam um belo e chamativo contraste). Até que...
- Grifinória! – O Chapéu finalmente selecionou-a. E ela saiu decidida em direção a mesa da Grifinória que aplaudia animadamente. Sentando-se ao lado de Sirius. O que o fez pensar: ‘Ou ela é filha de trouxas, ou está tão emocionada e nem percebeu que sentou aqui.’

Tiago estava cada vez mais nervoso. Remo e Sirius já haviam sido selecionados para a Grifinória. E seu nome demorava a ser chamado. Mas seus devaneios foram cortados, ao som de ouvir seu nome.
- Potter, Tiago.
Agora mais nervoso, se dirigiu ao Chapéu Seletor, que aguardava sua chegada, como um carrasco aguarda sua vítima. Sentou no banquinho, e sentiu o Chapéu começar a descer por sua cabeça e lhe tapar os olhos, o deixando na escuridão.
Por alguns segundos permaneceu quieto, apenas sentindo um cheiro fétido de mofo, até que uma voz, que parecia vir de sua cabeça falou:
- Potter, né?! Está nervoso? Hum...já esperava isso....todos ficam...mas vamos ver em que casa ficará...hum...bem corajoso você....orgulhoso... já sei.... Grifinória!
O nervosismo de Tiago se transformou em alegria imensa. E quando o chapéu foi tirado de sua cabeça, correu quase imediatamente para a mesa da Grifinória, sentando-se ao lado de Sirius.

Quando a seleção terminou, podia-se ver várias caretas entre os alunos, que olhavam cobiçosamente para seus pratos, soltando roncos incrivelmente altos.
Na mesa dos professores, um velho de cabelos e barbas prateados e olhos azuis claro, que estava no meio da mesa, se levantou. Este era Alvo Dumbledore. O diretor de Hogwarts. Sorria radiante, em suas vestes roxo berrante com estrelas prateadas. E quando se levantou, o Salão mergulhou em silencio instantaneamente, e até os estômagos dos alunos famintos, pareceram se calar.
- Boa noite – Começou o velho diretor alegremente. – Bem-vindos a mais um ano em Hogwarts, alunos antigos. E sejam bem-vindos a sua nova escola, novos alunos. – Ele fez uma pausa sorrindo bondosamente, percorrendo o Salão com o olhar. – Vejo que estão todos com fome – Muitos assentiram – Então, acho que não vou mais tomar o tempo de vocês agora. Deixemos os discursos de começo de ano, para depois. Avante! – Gritou ele e todos os pratos se encheram magicamente de comida.

- Puxa! – Exclamou, a garota de cabelos acaju impressionada. – E eu nem acreditei quando recebi a carta! Pensei que era alguma brincadeira de Petúnia. – Ela fez uma careta ao falar isso e continuou mais para si mesma. – Até parece que ela teria cérebro para armar isso...
- Que bom que ficamos todos na Grifinória, não é?! – Disse Tiago sorrindo, ao mesmo que se servindo de coxas de galinha.
- Bom...é... – Sirius começara a dizer, cortando desanimadamente sua batatas – Mas não quero nem pensar no que minha mãe... – Falou as ultimas palavras com raiva. - vai fazer quando souber que não fui pra Sonserina... – E deu uma mordida na batata dilacerada.
- Não se preocupa com isso agora, Sirius – Falou Tiago, dando tapinhas nas costas do amigo. – ela não vai te fazer nada enquanto estiver aqui.
- Exatamente – Remo concordou o tentando animar. – Tiago tem razão. Não precisa ficar pensando nisso agora.
- É...quando você voltar pra casa, aí sim, tem que se preocupar – Continuou Tiago – E se sobreviver, pode vir morar na minha casa.
- Hum... – Sirius começou olhando significativamente para Tiago. – Isso é realmente animador. Obrigado...

Após todos no salão acabarem de jantar, repetir, repetir de novo e comer as sobremesas, Dumbledore se levantou novamente, fazendo com que o salão silenciasse.
- Bem...presumo que agora, estejam todos satisfeitos – alguns poucos concordaram com a cabeça, estando cheios de mais para murmurar. – Que bom. Então vamos finalmente ao discurso, devem estar cansados. – Disse Dumbledore percebendo um Corvinal dar um longo bocejo. – Primeiramente, eu gostaria de avisar e lembrar aos alunos, que a floresta que existe nos terrenos da escola, é terminantemente proibida a todos. – Ele inspirou profundamente e recomeçou a falar – Uma nova árvore foi plantada nos jardins de Hogwarts, o Salgueiro Lutador. Queria pedir a vocês que não chegassem perto da mesma, pois ela matará a qualquer ser vivo que se aproximar o bastante de seus galhos. – Exclamações horrorizadas. – E mais uma vez – Ele sorriu – o Sr. Filch me pediu para lhes dar um recado: Não soltem bombas de bosta pelos corredores, não usem magia durante os intervalos das aulas e etc. Para mais informações, olhem o regulamento na porta da sala do Sr. Filch. – Dumbledore respirou fundo e continuou – Queiram dar boas-vindas aos novos professores de Hogwarts. – Duas pessoas sentadas a mesa se levantaram. A primeira, era um homem. Era jovem, mas possuía uma face cheia de olheiras e parecia um bêbado, cabelos mal cuidados e mal cortados, negros, iguais aos seus olhos. Qualquer pessoa o confundiria facilmente com um trouxa indo (ou saindo) de um show do Cure. A segunda, era uma mulher. Jovem também, gorducha e baixinha, com cabelos cor de palha e olhos negros. Os cabelos mal presos num rabo-de-cavalo. – O Prof. Langic. – Dumbledore prosseguiu, apontando para o homem com cara de bêbado. – Que dará aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas. – Langic fez uma pequena reverencia. – E a Profa. Sprout. – Apontou para a mulher gordinha. – Que dará aulas de Herbologia. – Em meio aos aplausos, algumas pessoas da Lufa-Lufa exclamaram tristes. – Sim, sim, meus caros... A Profa. Michael se aposentou, como disse que faria no ano passado. – Disse Dumbledore observando os Lufa-Lufas, ao mesmo tempo em que os dois professores se sentavam. – E Profa. Sprout concordou em representar a Lufa-Lufa, a partir de agora. – Concluiu ele. E a mesa da Lufa-Lufa murmurou zangada. – E agora, eu lhes dou licença para se retirarem. Suas camas os esperam quentinhas, nas Salas Comunais. Ah! E alunos do primeiro ano, acompanhem os monitores de suas casas, eles lhes mostrarão onde serão as suas. – Acrescentou o diretor, enquanto vários alunos iam se levantando e saindo do Salão.
Ouvindo o último aviso de Dumbledore, Sirius, Remo e Tiago se levantaram da mesa da Grifinória, indo procurar os monitores da mesma. Encontraram eles, no meio de um tumulto de alunos, no Saguão de Entrada, chamando os primeiroanistas. Os três se juntaram aos outros e seguiram os monitores pelo castelo, em direção a Sala Comunal. Um tempo depois, lá estavam eles em frente a um grande quadro. Nele havia pintada, uma mulher muito gorda, vestindo cetim rosa, sentada em um grande sofá verde-água cheio de flores vermelhas.
- Senha? – Perguntou a gorda mulher do quadro.
- Pus de Bubotúberas – Disse um dos monitores, alto e claro, para que todos que ali estavam, ouvirem.
O quadro girou para o lado, deixando em seu lugar um buraco redondo. Os monitores passaram pelo buraco, seguidos pelos apreensivos primeiroanistas.
Era uma grande sala circular, com paredes de pedra cinza. Parecia ser uma das torres do castelo. Ao fundo haviam duas escadarias, que podiam levar a qualquer lugar acima. Distribuídas pela Sala, haviam mesinhas arredondadas, envoltas por cadeiras macias. E a um canto oposto, haviam velhos sofás vermelhos, todos voltados para uma aconchegante lareira. O chão da Sala era coberto por tapetes puídos e vermelhos, nas paredes apenas eram vistas grandes janelas.
Após todos passarem, os monitores começaram a falar:
- A escadaria da direita é a do dormitório feminino, e a da esquerda, logicamente, o dormitório masculino. – Um dos monitores disse apontando para cada qual escadaria citada. – Amanhã vocês receberão os horários das aulas durante o café da manhã, que começa às sete horas. Podem ir.
Sirius, Tiago e Remo seguiram em direção a escadaria da esquerda, acompanhados por mais dois garotos.
Um deles era gorducho e baixo, tinha olhos miúdos e negros e cabelos cor de palha. Resumindo: Lembrava bem um rato. O outro era branquelo e um pouco sardento, e tinha cabelos e olhos castanho-escuros.
Os cinco subiram uma longa escada de degraus de pedra, que parecia circular a torre, chegando a um corredor escuro, logo depois. Eles andaram pelo corredor, prestando muita atenção em cada porta de madeira escura por que passavam. Até chegarem em uma porta com os dizeres:
“Dormitório do 1º ano”
Este, era um quarto com cinco camas de colunas, cada qual com um malão ao pé. Os garotos entraram curiosamente pelo quarto, observando cada detalhe, e cada um foi para a cama em que estava sua mala. Remo e o garoto com cara de rato, ficaram em camas lado-a-lado, mais afastados, do lado direito da porta de entrada, tendo mais uma outra porta por perto, que devia ser o banheiro. Tiago se acomodou em uma das camas do lado oposto, perto de uma parede, onde em frente havia um armário de madeira. Sirius ficou em uma cama ao lado da de Tiago, que entre as duas havia uma grande janela, igual as da Sala Comunal. Ao lado do armário, em frente a cama de Sirius, a cama do garoto branquelo.
Cada um se sentou em sua cama, remexendo os malões, tirando e ajeitando coisas. E depois de colocarem os pijamas, minutos depois, Tiago começou a falar:
- Hum... sou Tiago Potter....vocês são? – Perguntou para os dois garotos que não haviam se apresentado.
- Frank Longbottom. – Apresentou-se o garoto sardento.
- Pedro Petigrew. – Disse também, o garoto gorducho.
Por alguns segundos, Tiago pareceu pensativo.
- Você é filho da...hum...A...Augusta Longbottom? – Perguntou ele lembrando-se de onde vira o nome Longbottom.
- Sim, sou sim. – Confirmou Frank.
- Sua mãe já foi lá em casa um monte de vezes...acho que é amiga da minha... – Falou Tiago.
- É...a Sra. Potter também vai muito lá em casa. – Disse Frank.
Após algum tempo, os garotos deixaram de conversar, apagaram as luzes e foram se deitar. Segundo depois, já podia-se ouvir os longos e estrondosos roncos de Pedro.

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