Desabafo



Ao chegar em casa, Gina esperava encontrar Harry lá, mas este não estava. Fred e Jorge não sabiam dizer onde ele se encontrava, Harry apenas havia dito que iria ver como andava a reforma da casa. Gina subiu para seu quarto e encontrou uma carta dele em cima da escrivaninha. Já tinha uma vaga idéia do conteúdo da carta, então a abriu rapidamente.

“Gina,

Sei que você deve estar surpresa por não ter me encontrado em casa esta tarde. Hoje a reforma da casa terminou, e resolvi ir até lá para ajeitar as últimas coisas. Amanhã irei te visitar, e espero que você não tenha se aborrecido comigo.
Com amor,
Harry”

Gina sentiu-se um pouco aliviada por Harry não estar ali naquele momento. Não que não gostasse de ficar com ele, mas sentia que tudo que precisava era de um momento de paz. Ela havia notado o tom amargurado que Harry usara na carta, porém não conseguia saber se estava alegre ou triste com as notícias que ele havia dado.
Deitou em sua cama e fitou o teto. Seu noivado com Harry estava por um triz, e ela sabia disso. Contudo, ela não sentia medo de perdê-lo. Nunca sentira, nem no começo de seu namoro. Não sabia porquê, mas Harry nunca correspondera às suas expectativas. Gina era uma mulher, não uma criança que idolatrava o sempre bom Harry Potter. Ela sabia que ele não era perfeito, e nunca se preocupou em mostrar a ele sua admiração. Seu relacionamento com ele não era, nem de longe, o que ela havia imaginado que seria quando tinha onze anos. Ela, porém, não se incomodava. Harry estava ali com ela, fazendo-lhe companhia, e isso já era o suficiente.
Gina parou para pensar nisso e perguntou-se se tudo aquilo era culpa de Draco. Ou melhor, conseqüência de seu relacionamento com ele. Tentou imaginar como seria seu namoro com Harry se ela nunca tivesse se envolvido com Draco, mas não conseguiu. Não conseguia pensar em sua vida sem Draco. “Não seja tola, Gina. Você já passou muitos anos sem Malfoy, sem que isso a incomodasse. É claro que pode viver sem ele, como viveu os últimos seis anos.” No fundo sabia que o que havia pensado não era verdade. Ela pensou muito pouco em Draco nos últimos anos, era verdade, mas nunca deixou de sentir o que sentira por ele. O amor dela por Draco era como um quadro esquecido no sótão. Uma linda pintura, suja, empoeirada. E então chega alguém e limpa o quadro, espanando toda a poeira para longe, e a pintura volta a ser bela como um dia havia sido. Gina censurou-se mentalmente por ter feito esta metáfora. Não devia pensar em Draco. Não queria pensar nele, era o que ela esforçava-se em acreditar.
A imagem dele veio à sua mente, invadindo seus pensamentos sem permissão. “E desde quando um Malfoy precisa de permissão para alguma coisa?” Foi tudo que ela conseguiu pensar além da figura de Draco. Draco. Ele estava ainda mais lindo do que antes. Mais maduro, mais... “Mas não menos arrogante e orgulhoso” Interrompeu-se. “Você não pode apaixonar-se por ele novamente, Gina Weasley” ralhou consigo mesma, mas sabia que aquelas palavras não fariam efeito algum.
E foi assim, pensando em Draco, que ela adormeceu.


Gina estava tomando café com Fred e Jorge, que conversavam sobre as vassouras auto-limpantes, visivelmente empolgados. Ela permanecia quieta, lendo o Profeta Diário sem prestar a mínima atenção. Podia estar lendo de cabeça para baixo que não notaria. Sua cabeça estava muito longe, nem mesmo Gina sabia onde. Estava perdida em seus pensamentos - como havia estado muitas vezes no último mês - quando chegou Harry. Ele deu o costumeiro beijo em sua testa, colocando a mão atrás de sua cabeça, ela segurou a mão dele momentaneamente, e em seguida soltou-a. Harry cumprimentou os gêmeos e sentou-se em uma cadeira. Gina ofereceu-lhe salsichas com bacon, mas ele disse que não estava com fome. Ela largou o jornal sobre a mesa e saiu da cozinha, fazendo um sinal para que Harry a seguisse.
Subiram até o quarto, e Harry fechou a porta. Gina apoiou-se em uma poltrona e Harry parou à sua frente.
- “Espero que tenha tido uma boa noite.” - disse Gina sinceramente.
-
- “E eu espero o mesmo de você.” - falou Harry com ternura. Gina não pôde deixar de sentir-se um tanto culpada por estar fazendo com que ele sofresse. Gostava muito de Harry e ficava mal quando o via triste por sua causa. Examinou o semblante dele. Estava com olheiras sob os olhos, tinha a boca crispada e segurava o queixo, com o indicador sobre os lábios. Gina suspirou.
-
- “Harry, eu estou tão confusa!” - lágrimas formaram-se sob seus olhos, mas ela não fraquejou. - “Eu... Eu não tenho mais certeza... Eu não sei... Eu não sei se ainda quero me casar com você.” - disse por fim, soluçando. Sentia-se muito envergonhada e constrangida com aquela situação, e começou a olhar para seus pés. Harry deu um passo na direção dela e levantou seu rosto, fazendo-a olhar nos olhos dele. Ela sabia agora, já não amava mais Harry. Ele fitou-a por alguns instantes, enxugou uma lágrima de seu rosto e respirou fundo.
-
- “Gina, eu te amo tanto! E é por te amar que eu te entendo. Estou muito triste com isso, não vou negar, mas o que eu posso fazer? Minha única opção é deixar que você pense. Não posso te obrigar a casar comigo, mesmo te amando mais do que tudo.” - disse firmemente.“Como ele e Draco são diferentes!” Gina pensou “Harry é tão sincero, tão compreensivo. Não posso deixá-lo por alguém que provavelmente nunca vai me amar como ele” “Mas você não o ama, Gina. Não pode enganar a vocês dois pelo resto de suas vidas”.
-
- “Oh, Harry!” - foi tudo que ela conseguiu dizer. Afundou a cabeça no peito dele e chorou. Chorou muito. Chorou por ele, por si mesma e por toda a situação que eles estavam passando. Sabia que não era menos difícil para ele do que era para ela. Ficou assim durante vários minutos, até que Harry afastou-a e fez com que ela olhasse para ele mais uma vez.
-
- “Olha, Gina, eu sei que não deveria nem te perguntar isso, mas é que eu vou viajar para a Espanha e... E eu gostaria muito que você fosse comigo. O que você acha?” - perguntou, mas já sabia a resposta.
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- “Não é o momento ideal para isso, Harry. Prefiro ficar aqui e espairecer. Preciso pensar, e muito.”
-
- “Eu entendo, e até esperava por uma resposta parecida.”
-
Gina tirou a aliança de sua mão e entregou a Harry.

- “Harry, eu sinto muito. Muito mesmo.” - recomeçou a chorar, mas dessa vez um choro silencioso. Harry abraçou-a.
-
- “Você tem certeza?” - perguntou ele, visivelmente desconcertado.
-
- “Sim. Ou melhor, não sei, Harry. Eu não tenho certeza de nada mais. Isso é tão difícil.” - respondeu correspondendo ao abraço.
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- “Saiba que, se algum dia você mudar de idéia, eu estarei aqui. De novo. Como eu estive da primeira vez, estarei se Malfoy te magoar outra vez.”- disse Harry afastando-se e virando de costas para ela.
-
- “Harry, eu não sei...Se eu vou ficar com Draco, não sei se ele me ama, se ele me quer. Eu apenas estou muito confusa, não posso te prejudicar também.”
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- “Você não precisa me explicar nada. É só...”
-
- “Mas eu quero. Eu quero te explicar. Eu não quero que você fique mais chateado comigo do que o necessário.”- Gina interrompeu-o. Harry virou-se de frente para ela e chegou bem perto, olhando-a nos olhos.
-
- “Eu te amo, Gina. Não se esqueça disso. Até o natal.”- dito isto, deu um beijo na testa de Gina e desaparatou.
-
Ela jogou-se na cama e desatou a chorar novamente. Chorava muito, mas estava aliviada. Não poderia continuar naquela mentira. E agora estava acabado. Cinco anos de noivado que desfizeram-se em poucas palavras. E Gina sabia que o início e o fim desse noivado tinham nome: Draco Malfoy.



A semana transcorrera normalmente n’A Toca. Fred e Jorge haviam terminado as vassouras auto-limpantes, e estavam muito empolgados com o provável sucesso de sua nova invenção. Rony, Hermione, Lisa e Arthur continuavam na França, e mandavam cartas ou cartões postais diariamente. Gina escrevera a Hermione contando o fim do noivado, mas não entrara em muitos detalhes para não estragar as férias da amiga. Sentia-se um pouco grata por ficar a maior parte do tempo sozinha ultimamente. Ela estava muito introspectiva, pensando muito e por vezes totalmente avoada. Mas não estava mais triste. Apenas não sentia vontade de conversar, de sair. Sentia-se bem assim.
Gina estava cuidando do jardim, cantarolando uma melodia triste. Era hora do almoço, mas como não havia ninguém em casa, ela não preparara nada. Estava sem fome. Por sinal, sentia muito pouca fome nos últimos dias. As refeições básicas que fazia eram o café e o jantar, em parte porque Fred e Jorge sempre se encontravam em casa a essas horas, e em parte porque já era muito magrinha e não queria emagrecer ainda mais. Podava uma roseira quando ouviu um barulho dentro de casa, e Fred e Jorge logo saíram pela porta da cozinha, pulando e dançando valsa como dois loucos. Jorge aproximou-se de Gina e tirou-a para dançar, sem se importar com o fato de que ela estava com as mãos sujas de terra. Ergueu-a no ar, rodopiou e colocou-a de volta no chão. Logo em seguida Fred puxou-a pelo braço, e a essa altura Gina já se acabava de rir. Desvencilhou-se de Fred e perguntou, com as mãos na cintura.

- “Posso saber que alegria é essa?”
-
- “Teremos uma festa hoje, maninha.”- respondeu Fred.
-
- “Uma super festa.”- completou Jorge.
-
- “Festa do nosso patrocinador, Albert Harker.”- disse Fred com um sorriso de orelha a orelha. - “na mansão dele.”
-
- “Super mansão.” - falou Jorge com um sorriso idêntico ao do irmão.
-
- “Pois eu fico muito feliz por vocês.” - disse Gina. - “Fico feliz porque o negócio deu certo e porque vocês têm uma super festa em uma super mansão.” - completou imitando os gêmeos. Fred sorriu marotamente.
-
- “Sim e não, maninha.”
-
- “Sim e não, o quê?” - perguntou Gina sem entender nada. Jorge novamente sorriu igual ao irmão.
-
- “Sim, o negócio deu certo.” - respondeu Jorge calmamente - “E não, eu e Fred não temos uma festa.”
-
- “Não têm?” - Gina entendia cada vez menos. Fred respondeu.
-
- “Eu, Jorge e você temos uma festa.”
-
Gina balançou veementemente a cabeça.
- “Não mesmo. Não estou nem um pouco a fim de encarar outra festa perto do natal. Sinto muito, rapazes. Fica para a próxima.”
-
- “Maninha, acho que você não entendeu.” - disse Jorge com um tom de falso psicopata. - “Nós não estamos te chamando para ir...” - Gina ia abrir a boca para perguntar “Não?”, mas Fred falou primeiro.
-
- “... Nós estamos exigindo que você vá.” - disse ele, dando um passo a frente.
Gina riu.

- “Já disse que eu não vou.”
-
- “E nós já dissemos que você vai.” - Jorge imitou o tom que a irmã usara.
-
- “Até compramos um vestido novo pra você, porque você sabe, nós não temos namoradas e seria horrível aparecer sem ninguém. Ainda mais sem a nossa irmãzinha linda.” - disse Fred com uma cara de cachorro sem dono.
-
- “Não adianta! Não quero ir! Parem com isso!” - disse Gina, rindo.
-
- “Você vai sim, Gina. Você anda muito deprimida ultimamente. Nunca mais saiu. Nós sabemos que você está triste por causa do término do noivado, mas não pode ficar assim, maninha.”- disse Jorge sério. Parecia até o Gui falando.
-
- “E nós não aceitaremos um não como resposta”- completou Fred.
-


Às oito em ponto, Jorge bateu na porta do quarto de Gina. Ela murmurou algo como “Eles me pagam” e olhou-se no espelho mais uma vez. O vestido que eles haviam comprado, azul marinho, era perfeito. O tomara-que-caia de cetim era justo até a cintura, e abria-se em uma saia de seda da mesma cor, com uma fenda do lado direito. Era realmente lindo, mas até agora Gina não sabia porque estava indo a essa festa. Não sentia a menor vontade de sair de casa, mas os gêmeos insistiram tanto que acabaram vencendo-a pelo cansaço. Ajeitou o seu cabelo, que estava preso em um coque baixo, pegou sua estola em cima da cadeira e saiu do quarto. Fred e Jorge estavam lindos, ambos de smoking e com os cabelos penteados para trás. A única diferença entre os dois era a gravata borboleta. A de Fred era azul turquesa enquanto a de Jorge era verde limão. Gina não pôde deixar de sorrir. Nunca conheceria alguém tão pirado quanto seus irmãos. Desceram e havia uma limusine parada na porta (“Realmente precisamos ir de limusine, Fred?” “Mas é claro que sim, maninha! É uma festa muito chique!”).
A viagem não foi muito longa. Ao saírem da limusine, Gina deu um braço para cada um dos irmãos e eles subiram a escadaria que levava ao saguão. Foi apresentada para diversas pessoas “Se eu conseguir lembrar o nome de ao menos um deles ficarei feliz”, conversou com um ou dois velhos chatos por cinco minutos, fugiu de algumas senhoras com vozes esganiçadas e jóias até os dentes e bebeu duas taças de champanhe.
Após meia hora, estava sozinha na festa, pois não fazia idéia de onde os gêmeos haviam se metido. “Ah, mas eles me pagam!” Pensava furiosa. Resolveu dar uma volta pela casa. Parou e ficou observando a piscina, admirada. Tinha a forma de um 8 e a água mudava de cor, soltando bolhas de diversos tamanhos. Fazia frio, mas não nevava naquela noite. Gina sentou-se em um banco e ficou olhando para a superfície da piscina. Não demorou muito e alguém sentou ao seu lado. Não precisaria olhar para descobrir quem era. Ela prendeu a respiração por alguns segundos. Por que tinha que se encontrar com ele sempre? Principalmente quando não sentia a menor vontade de conversar com ele. Ficaram em silêncio por algum tempo, e Gina perdeu-se em seus pensamentos. E então, mais para si do que para Draco, ela começou a falar, ainda fitando a piscina.
-
- “Meu sétimo ano foi horrível. Não conseguia prestar atenção em nenhuma aula, não comia direito... Até que a professora McGonagall veio conversar comigo. Perguntou-me o que estava acontecendo, por que eu andava tão mal nos estudos. Também indagou se tudo era por causa da guerra, e eu disse que sim. Afinal, foi tudo por causa da guerra...” - Parou de falar e voltou a prestar atenção na água. Laranja, vermelho, vinho, roxo... Esperou que ele dissesse alguma coisa, mas como ele não o fez, continuou.
-
- “Ela me disse que se eu não me esforçasse, não conseguiria seguir nenhuma carreira. Pediu-me que eu voltasse a ser uma boa aluna, e eu atendi seu pedido. Quase não saía do castelo, estudava todos os dias. Estava quase tão CDF quanto Hermione.” - disse com um sorriso torto. Não estava olhando Draco nos olhos, mas podia adivinhar que ele havia feito uma careta. - “Passei a ser mais introvertida, a gostar de ficar sozinha. Isso me ajudou a amadurecer muito. Então eu me formei. Durante todos os meus anos em Hogwarts eu poderia jurar que morreria de saudades do lugar. Porém foi diferente. Eu não estava triste por estar deixando Hogwarts, me sentia apenas indiferente. A tristeza havia se tornado parte de mim, um sentimento corriqueiro como a fome, exceto por ele estar constantemente presente. E eu já não mais chorava de tristeza, cheguei até a pensar que eu perdera totalmente o sentido, que eu não tinha mais sentimentos.” - Gina deu um sorriso amargurado. - “Resolvi estudar no Centro St. Mungos Para Formação de Medi-bruxos. Antes de começarem as aulas, eu e Harry... Ficamos noivos.”

“Catch me as I fall
Say you're here and it's all over now”
(Pegue-me enquanto eu caio
Diga que você está aqui e que tudo está acabado agora)


Draco mexeu-se desconfortavelmente no banco. Não conseguia permanecer impassível quando se tratava de Potter. De sua Gina e do Potter. Não agüentava ouvir Gina falando sobre ela e Potter. Sentia-se extremamente desconfortável, como não havia se sentido até agora durante a conversa - na realidade, durante o monólogo de Gina. Entretanto, deixou com que ela prosseguisse.

- “Estudei lá durante cinco anos, e foi a melhor coisa que me aconteceu desde Hogwarts. Aprendi a gostar das coisas de novo, voltei a aproveitar a vida. Rony e Hermione se casaram, tiveram gêmeos, e eu me divertia muito com os bebês. A minha vida tinha voltado completamente ao normal, ou o mais perto disso possível.”- virou-se para Draco pela primeira vez na noite, e olhou-o nos olhos. Tão frios, e ao mesmo tempo tão apaixonantes. Respirou fundo e continuou - “Tinha, até que recebi a notícia de que um certo loiro resolvera aparecer, depois de anos incógnito.”
-
Gina apostara todas suas fichas naquela frase. Esperava que ele a abraçasse, dissesse que a amava e que tudo estava bem agora. Draco, no entanto, não demonstrou o menor afeto. Sua expressão mudara de desconforto para sarcasmo, e Gina não conseguia entender o porquê daquilo. Fitando a piscina, Draco disse:

- “É incrível” - começou ele com um sorriso maroto, fitando a mão direita de Gina -“, você passa cinco anos com o Potter e a simples menção do meu nome acaba com isso. Fácil descobrir de quem você realmente gosta.” - Mudou novamente de expressão, ficando sério. - “Passe o natal comigo, Gina.”
-
Por um instante, ela perdeu a respiração. Muito constrangida, disse numa voz embargada:

- “Não posso, Draco. Eu tenho que passar com a minha família, com meus irmãos, meus sobrinhos, com...”
-
- “Com Potter, não é?” - Draco perguntou, ruborizando ligeiramente. Gina, que agora estava tão vermelha quanto os cabelos, respondeu:
-
- “Sim. O Harry passará o natal conosco, como sempre fez. Mas não há razão...”
-
- “É claro! Sempre o Potter! Sempre uma maldita cicatriz atrapalhando a minha vida!” - Draco estava quase gritando.
-
- “Será que você nunca irá mudar, Draco? Não deixará os ciúmes de lado e lutará pela sua felicidade? Será que você sempre vai deixar o Harry atrapalhar sua vida?” - Gina imitou as palavras do loiro.
-

“Speaking to the atmosphere
No one's here and I fall into myself
This truth drives me into madness
I know I can stop the pain if I will it all away”
(Falando com a atmosfera
Ninguém está aqui e eu caio dentro de mim mesma
Esta verdade me enlouquece
Eu sei que posso parar a dor se eu desejar)


Draco ficava cada vez mais nervoso. Suas maçãs do rosto estavam rosadas, o que era um péssimo sinal.

- “E, é lógico, a culpa é minha! Nunca o Potter Perfeito, e sempre o malvado Malfoy. Sinceramente, Weasley, eu pensei que você tivesse evoluído.”
-
- “E eu pensei o mesmo de você.” - disse Gina encerrando a conversa. Ela estava furiosa, como é que Draco poderia ser tão teimoso? Ela sabia que por trás de toda sua frieza havia um homem, com suas qualidades e defeitos. Um homem inseguro. Afinal, de que outra forma poder-se-ia explicar seu ciúme, a não ser como insegurança?
-
Gina avistou Fred do outro lado da piscina, conversando com um homem gordo e careca. Levantou-se e dirigiu-se a Fred sem olhar para trás. Entretanto, poderia jurar que Draco também havia se levantado e fora na direção oposta à sua.

- “Com quem estava conversando, maninha?” - perguntou Fred quando livrou-se do homem gordo.
-
- “Com ninguém, maninho. Com ninguém.”

Don’t turn away
(Não se afaste)
Don’t give in to the pain
(Não ceda à dor)
Don’t try to hide
(Não tente se esconder)
Though they're screaming your name
(Apesar de estarem gritando seu nome)
Don’t close your eyes
(Não feche os olhos)
God knows what lies behind them
(Deus sabe o que há atrás deles)
Don’t turn out the light
(Não apague a luz)
Never sleep, never die
(Nunca durma nunca morra)




N/A: Não! Vocês não se enganaram!!! (se é q alguém está lendo essa porcaria) Não é H/G, é D/G mesmo... Eu ODEIO H/G, de verdade! Mas foi assim q a inspiração me veio, e como ela quase nunca vem, é assim q está sendo! Mas ok, no more H/G for this fic!!! Pronto, eles estão acabados, nunca mais ficarão juntos!! *risada maléfica ao fundo* No próximo capitulo (q por sinal, eu ainda não escrevi), Draquinho vai entrar em cena de vez!! Bah, pra variar essa fic eh bem romântica, não tenho capacidade de fazer de outro jeito... REVIEWS JÁ! Iuahaiuhaiu adios

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