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Mas, na manhã seguinte todos acordaram com um grito. A criada que levantava mais cedo e estava encarregada de dar bebidas aos guardas, se deparou com apenas cadáveres.
Gina, Hermione, e os Srs. Granger e Malfoy, desceram rapidamente em direção ao grito, apenas com um manto por cima das roupas de dormir.
_O que aconteceu? - o Sr. Granger perguntou à criada histérica, à porta da cozinha. Tremendo ela apontou para o jardim.
Os quatro e alguns criados seguiram para fora e se deparam com os pálidos e frios cadáveres dos guardas. Sem cerimônias, Draco verificou o pescoço de todos, e falou pensativo:
_Criaturas normais desta espécie não fariam isso. Só existe uma explicação, mas por quê?
_E qual é essa explicação, Sr. Malfoy?- o Sr. Granger perguntou revoltado. Já estava cheio de tudo aquilo.
_Estamos lidando com ele, senhor. O mestre de todos os outros. Se ele acabar, todos os outros acabam. Ele tem enganado minha família à sete séculos, mas agora é minha vez. E esteja certo de que vou vencer.- ele parecia excitado com a oportunidade e seus olhos brilhavam mais que tudo.
Então ouviram um muxoxo e se viraram encarando Gina, que pareceu encabulada.
_Bem, -ela explicou sem graça, com todos a encarando- depois de tudo aquilo no quarto da Fleur, achei que hoje de manhã tudo estaria resolvido. Mas, só ficou pior. - ela explicou.
Draco empalideceu por instantes, e Gina pensou ter falado algo incrivelmente ruim. Estava pensando em pedir desculpas, quando ele olhou para a janela de Fleur, e saiu correndo em direção ao quarto desta. Todos os seguiram. Sem cerimônia alguma, Draco escancarou o quarto da francesa, e correu para a cama desta.
_O que, afinal, está acontecendo? - O Sr. Granger ofegou da porta, parecendo subtamente sério.- Nos diga de uma vez que tipo de animal é esse! Como podemos nos livrar de uma coisa que nem sabemos o que é?
Draco se afastou da cama, parecendo absolutamente sério. E como Gina reparou, mais pálido que o normal.
_Vocês não iriam reconhece-lo, nem sei eu lhes disser o nome.- Draco retrucou, nervoso.- Sinto lhes informar, mas a jovem está morta.
O quarto ficou subtamente em silêncio, o semblante de todos os presentes mudou rapidamente de furia, para surpresa.
Hermione foi a primeira a reagir, sentando em uma cadeira, e tapando a boca com as mãos. Gina se encostou no batente da porta, surpresa demais para falar. Ela nunca gostara de Fleur, mas daí a vê-la morta?
_Como... como assim morta?- o Sr. Granger gaguejou, como se não houvesse escutado direito.
_O animal a atacou uma vez mais essa noite.- Draco respondeu, a expressão derrotada.- Foi demais para o organismo dela. Seu sangue todo se foi.
_Não é possível!- o Sr. Granger gritou, se aproximando da cama. Ele descobriu Fleur, apenas para soltar um gemido, e cobri-la de novo- Ela está pálida, certamente. Mas, não necessariamente morta.
_O sangue se foi.- Draco sacudiu a cabeça.
_Uma tranfusão de sangue?- Hermione opnou de seu lugar.
_Não há que possamos fazer!- Draco respondeu, a insistencia o estava deixando irritado. Afinal, ele era o especialista ali ou não?
_E pra que serviu toda aquela porcaria de ontem?- Gina falou pela primeira vez.
_Quase nada. - Draco admitiu, cançado por terem tantas perguntas.- Mas, é que eu não sabia que se tratava dele.
_Dele quem, Sr. Malfoy?!- o Sr. Granger gritou furioso.
_O mestre de todos! O morto-vivo! Drácula.
O silêncio, que se seguiu a essa afirmação, tomou conta do quarto. Ninguém ali parecia respirar. Foi quando Gina caiu na gargalhada.
_O senhor está brincando, Sr. Malfoy!- a ruiva exclamou secando os olhos.- E foi uma piada muito, muito cretina.
_Eu tenho cara de quem brinca em leitos de morte?- ele retrucou parecendo furioso.
_Na realidade tem.- ela respondeu furiosa, e ele quase sorriu diante da resposta impertinente dela. Quase.
_Espere aí!- o Sr. Granger exclamou exaltado.- Você vem para a minha casa, janta aqui sem ser convidadp, come nossa comida, nos faz espalhar alho pelo tapete persa de minha mulher, deixa minha sobrinha ser morta, e diz que foi tudo culpa do Drácula?! Você acha que somos o que? Trouxas?
_Eu diria que sim, se não acreditarem em mim.- Draco respondeu, sem piscar.
Imediatamente Gina viu que fora a pior coisa que poderia ser dita. O Sr. Granger se tornou absolutamente branco, mas os olhos ficaram vermelhos de raiva. E de repente, ele estava gritando com Draco, como Gina nunca o havia visto gritar antes. Isso porque ela frequentava a casa dos Granger desde que nascera, e nunca fora uma boa menina, como Hermione.
_FORA!- o Sr. Granger exclamou parecendo tão fora de si, que Draco realmente deu um pulo para trás.- SEU PILANTRA! FILHO DE UMA...
_Hey, olhe as damas! - Draco interrompeu, para a fúria do Sr. Granger aumentar.
_FORA!
_Eu já estou saindo, ô do bigode!- Draco respondeu furioso.- Só preciso pergar minhas coisas e meu pagamento! O senhor está me devendo...
_O dinheiro que você ia ganhar, vai ser usado no funeral da minha sobrinha! Agora, cai fora!
_Esse é um grande erro.- Draco exclamou da porta.- Sem mim pessoas vão morrer.
_Pessoas já estão morrendo com você aqui! Pelo menos não vou ter que ver sua cara sonsa todo dia de manhã, e vou morrer feliz por isso. Agora fora!
Extremamente ofendido por ser chamado de sonso, mas esperto o bastante para saber que só seria pior brigar, Draco se virou e saiu. Mas, não sem antes cochichar para Gina.
_Não se preocupe, nos veremos ainda, ruiva.
***
Hermione estava sentada em seu jardim, vendo as flores, sentindo um vazio por dentro. Sua prima Fleur havia morrido! Uma lágrima escorreu pelo seu rosto. Logo ela, tão bonita, e tão cheia de vida... Por que algo assim tinha que ter acontecido?
_Posso me sentar aqui?- uma voz conhecida e amável chamou sua atenção.
Hermione ergueu os olhos, e se viu encarando o Conde Weasley, que conhecera na exposição de pinturas a dois dias. Ela fez que sim na cabeça, e ele sentou-se a seu lado no banco, torcendo nervosamente o chapéu na mão. A visão dele a fez sorrir, apesar de toda sua tristesa. A verdade, é que ele lhe trazia paz.
_Soube de sua prima, sinto muito.
_Obrigada. Foi muito triste mesmo. Ela morreu muito cedo, e de uma forma tão horrível! A doença a matou em apenas dois dias. Nunca ouvi falar de nada assim.
_Eu nem sei o que dizer.- o Conde falou subtamente rouco.- Você realmente gostava dela?
_Muito! Eu amava minha prima.- Hermione disse triste, então o olhou- Me fale de outra coisa, Sr. Conde, por favor. Qualquer coisa.
_O que mais lhe agradaria ouvir?- ele sorriu.
_ De sua casa, talvez.
_Oh, minha casa fica muito longe daqui.- ele riu- Mas, é um lugar belíssimo, você teria adorado. Aliás, vendo-a aqui, sentada apenas acompanhada por suas lágrimas.- ele falou, secando o rosto de Hermione, delicadamente com a ponta dos dedos.- Me lembrou de uma história, que ouvi a muito tempo atrás.
Ela não se afastou do toque dele, nada poderia parecer mais natural. Ele parecia tão triste também, como se pedisse consolo.
_Me conte a história. - ela pediu delicadamente.
_A muitos e muitos séculos, um jovem casal vivia ali. Eles se amavam profundamente e iam se casar. Mas, a guerra os separou, e ele partiu negando a ela um único pedido, o de beija-la. Como o prometido ele voltou, esperando encontra-la. Mas, durante a guerra ela havia recebido uma carta falsa dos inimigos dele, anunciando a morte do amado. Ela, desesperada, se jogou do alto de uma Torre, no rio que passa ao lado do meu Castelo. Por isso hoje o rio é conhecido como o Rio da Tristeza.
Hermione não respondeu, apenas engoliu em seco. O Conde a olhou fixamente, segurando-a pelo queixo, puxando-a para perto. O coração de Hermione disparou, e ela fechou os olhos preparando-se para o beijo, mas ele não veio. Ao invés, o Conde se levantou rapidamente, e com uma curvatura e uma breve despedida, foi embora.
***
Gina não se lembrava de uma noite tão triste como aquela. A casa interia estava de luto, o corpo estava sendo velado na sala, para demois ser levado a cripta da familia, onde ficaria por dois dias, antes de ser enterrado. Parentes de todas as partes vinham lamentar a perda de Fleur. E não só parentes, mas rapazes que a francesa apenas vira duas vezes, na sociedade. Se tivesse sido ela a morta, duvidara que metade, pelo menos a metade masculina, apareceria para chorar por ela, como muitos estavam fazendo. Seu desagrado por Fleur voltou, o que não a deixava lamentar muito pela francesa. Especialmente ao ver uma rapaz ajoelhado no chão, segurando a mão da morta, chorando desesperado.
_Vamos lá, Bernard. Se recomponha, homem.- seus amigos diziam envergonhados, tentando puxa-lo para longe.- Você a conheceu a três noites atrás apenas!
_Mas, ela era minha alma gêmea.- o rapaz gemia entre soluços.- Eu sei que era!
_Ora, vamos, Bernard.
Gina passou pela cena patética revirando os olhos, foi quando viu em um canto Hermione, que chorava baixinho. Ela parecia uma das poucas ali, que realmente lamentava a perda da prima. Com pena, Gina se aproximou, sentando-se ao seu lado.
_Como você está?- Gina perguntou.
_Estou... estou bem.- Hermione respondeu, secando as lágrimas com as costas da mão.
_Você nunca mentiu muito bem.- Gina sorriu.
_E você sempre falou disso, como se fosse algo ruim.- Hermione sorriu levemente.- A verdade é que estou com pena de Fleur. Morreu tão jovem. E justo ela, que gostava tanto de viver.
_Reparei.- Gina falou como um muxoxo, vendo o ainda soluçante Bernard, brigando para não ser arrastado para longe do caixão.
Foi quando outra coisa chamou sua atenção, vinda de uma das grandes janelas da sala. No escuro, do lado de fora, Draco Malfoy pulava tentando chamar sua atenção. Ao notar que ela já o vira, parou se arrumando da melhor e mais digna maneira possível, acenando com a mão para ela juntar-se a ele. Surpresa, Gina pediu licença e Hermione, que encarava tristemente o tapete, e saiu. O lado de fora estava escuro e frio, mesmo comparado com o velório do lado de dentro.
_Achei que você tinha sido expulso daqui.- ela falou para Malfoy, tentando não bater os dentes.
_E eu achei que você não gostasse de mim.
_E não gosto.
_Então, o que faz aqui fora?
_Eu...- ela gaguejou incerta- eu não sei, Malfoy. Então, tchau.
Mas, ele segurou-a pelo pulso para não deixa-la ir.
_Espere, preciso de sua ajuda.- Draco sussurrou.
_O que?- Gina repetiu surpresa.
_Essa manhã, quando você riu de mim...
_Por causa do Drácula? Realmente foi a pior desculpa, para receber dinheiro, qua já ouvi. Não sei como consegue se sustentar com uma história dessas. Eu continuarei a rir se insistir no assunto.
_Não por muito tempo.- ele respondeu sério, ainda a segurando pelo pulso.- Você diz isso porque ainda não viu nada.
Gina, surpresa, olhou-o atentamente dentro dos olhos.
_Você... você não está inventando. Acredita realmente nisso.- ela afirmou, e ele confirmou com a cabeça.- Meu, você deve ser louco!
E puxou o braço, mas ele a segurou com força.
_Não sou, e posso prova-lo. Na realidade, preciso provar para receber meu pagamente.
_E o que você pretende fazer? Apanhar um morcego e apunhala-lo com um palito de dentes?
Ele suspirou, como se tentasse ter paciência.
_Não, ruiva. Eu não pretendo fazer nada disso. Preciso só que você tire sua amiga daqui, essa noite.
_O quê? A Hermione? Por que eu faria isso?
_Porque você não ser ver no lugar daquele cara, ao lado do caixão.- Draco respondeu, apontando para Bernard.- Com sua amiga dentro dele.
_O que você quer dizer?
_Acho... acho que sua amiga corre risco de vida. Fleur não era o alvo principal, ela foi descartada em muito pouco tempo. Algo me diz que é sua amiga que ele quer.
_E você quer que eu a tire daqui? Eu vou é chamar um médico para você!
_Escute aqui.- ele sussurrou perigoso.-Essa é minha chance de apanha-lo, e não vou perde-la!
_Isso não é problema meu.- Gina afirmou, começando a ficar brava.
_Mas, sua amiga é. Tudo o que eu peço, é que a tirem daqui, a escondam em algum lugar seguro. Que mal isso pode fazer, mesmo que eu esteja errado? Agora, se eu estiver certo, vocês terão ainda muito o que me agradecer, nessa vida. - ele sorriu.
_É esse o favor que quer que eu faça?- Gina perguntou.
_Só tem mais uma coisa. Você e eu precisaremos de ajuda.
_Você e eu?
_Não quer que eu prove que estou certo? Para isso terá que vir comigo. E para sua honra, e pelo meu pescoço, precisaremos de mais gente.
_Gente como?
_Homens.
Gina ficou muda. Onde ela iria arranjar homens, para ir com eles no meio da noite, caçar vampiros? Isso porque ela não conseguia nenhum nem para casar. Estavam exigindo muito dela. Mas, seria pior admiti-lo para Malfoy. Tentando desesperadamente arranjar um jeito de se livrar daquilo, Gina olhou a sala novamente. Foi como se o dia tivesse nascido de novo para ela, porque tentando consolar Hermione, estavam justamente as 3 pessoas que ela mais precisava. Neville, Dino e Simas.
NA_ Finalmente mais um capítulo, ainda não desisti da fan fic, e espero termina-la em breve. Muito obrigada pela atenção, continuem lendo. Beijos, Mary
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