Caçada no Cemitério : ParteI
Gina ainda não podia acreditar como havia sido tão tonta, a ponto de concordar com a idéia de Malfoy. Quem sabe fora por causa da proximidade da boca dele com a sua, ou por que realmente estivera curiosa. Qualquer que tivesse sido o motivo, fora estúpido. E ali estava ela, agora, no meio do cemitério, com Malfoy, Neville, Dino e Simas. Haviam algumas pessoas na porta da cripta, onde o corpo de Fleur estava havia meia hora. Draco, ela e os outros estavam armados com tochas acesas, espadas, machados, água-benta e alho. Não queria nem pensar no que o pai de Hermione diria se a pegasse ali.
_Vamos esperar muito tempo, Malfoy?- ela sussurrou no ouvido dele que estava de guarda, em um canto mais afastado.
_Shh, fique quieta.
_Já fiquei quieta tempo demais. Você vai ou não provar essa coisa de vampiros?
_Você vai ficar quieta ou não?- ele exclamou exasperado.
_Eu estou congelando, estamos aqui a uma hora! Uma hora! E nada aconteceu! Exceto aquela lesma no Neville, que assustou todo mundo, e o corpo da Fleur chegando.
_Exatamente.- Draco respondeu e sorriu.
_O quê?- ela perguntou furiosa.- Você estava esperando o corpo da Fleur? Ele estava lá em casa, você podia ter me mostrado o que quer que fosse lá! Ninguém ia notar.
_O que nós vamos fazer, eles iriam notar.
_Isso tem a ver com as tochas, as espadas e o machado?
_Mais exatamente com as espadas e o machado. Agora quieta, tem gente se aproximando.
_Como assim quieta! Seu idiota, com complexo por morcegos.- Gina gritou, ignorando os passos que se aproximavam- Você quer me dizer o que vai fazer?
_Quieta!- Draco insistiu, desesperado. Mas, ela não ia ficar quieta, queria saber o que estava acontecendo. Já fora levada até ali, não é mesmo?
Mas, no fim, ela ficou quieta. Sem aviso, Draco segurou-a pela cintura, e a beijou. Gina arregalou os olhos surpresa, e começou a empurra-lo para longe. Mas, conforme ele a beijava, a restistencia também ia desaparecendo, até que ela fechou os olhos e parou de lutar. Uma moça direita não podia beijar, a não ser o marido, coisa que ele não era dela. E principalmente, não podia beijar um beijo daqueles.
Os passos se distanciaram e Draco se afastou bruscamente, Gina continuou de olhos fechados, surpresa com a interrupção.
_Ótimo.- Draco exclamou satisfeito, e ela sentiu que não tinha nada a ver com o beijo.- Vamos!
Ele então chamou os outros três, que conversando, não haviam notado nada. E se afastou para a cripta, sem olha-la novamente.
Gina estava furiosa, correndo atrás deles, pronta para tomar alguma satisfação com Draco. Mas, ao entrar na cripta, se calou. Os quatro garotos, estavam abrindo o caixão de pedra, onde o corpo de Fleur deveria estar, mas que estava vazio.
_Droga!- Draco xingou, furioso- Ela já saiu.
_O que quer dizer com... ela já saiu?- Neville gaguejou, olhando em volta como se esperasse ver uma Fleur morta-viva, atrás de cada sombra.
_Ela é um vampiro agora, também.- Draco explicou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
_Vampiro?- Dino repetiu.
_Que besteira! Isso não existe!- Simas continuou- Devem ter sido ladrões de túmulos.
_Ladrões bem empenhados, para levar o corpo!- Draco revidou.
_Para que nos trouxe aqui, Malfoy? Para tirar com a nossa cara?- Simas brigou.
E por estarem discutindo, eles não viram-na entrar. Se Gina não estivesse ali, eles continuariam se batendo verbalmente, e quase fisicamente, sem reparar em mais nada.
_Olá, rapazes...- Gina falou, engolindo em seco.- Temos companhia.
E quando eles olharam para porta, viu que ela estava certa. Fleur estava ali, branca, em seu vestido bordado, e supostamente morta. Nos seus braços, uma criança de dois anos chorava desesperada. Ao vê-los, a francesa derrubou a criança, que correu para os braços de Gina, e arreganhou os dentes pontiagudos em uma ameaça muito clara.
***
Hermione dormia a sono solto, no quarto de hóspedes, na casa de Neville. Gina a havia convencido que era melhor ficar longe do lugar onde Fleur morrera, pelo menos por enquanto. Grata, ela aceitara, e fora muito bem recebida pela avó de Neville, que já ouvira muito falar dela e estava satisfeita em recebe-la, depois da tragédia. Principalmente pela fama que isso traria.
De repente, Hermione começou a se sentir inquieta, se revirando na confortável cama. Era como se soubesse que havia alguém ali, alguém que não deveria estar. Virou de barriga para cima, e sentindo um peso sobre seu corpo, acordou. Se viu encarando dois olhos azuis, que a olhavam muito de perto, com um misto de doçura e fome.
_Olá, Hermione. - ele sorriu.
NA_ O outro capítulo vai ser maior. Bem maior. Esse foi só para dar vontade em vocês, e para que continuem lendo. Espero que estejam gostando. Beijos, Mary
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