Outra Parte Sua



N/A- Vocês não sabem que escritora (sem me achar muito!) dedicada eu sou! Eu tive uma idéia no meio do shopping, mas precisava verificar um detalhe no livro 6 em português (porque o meu é em inglês), então eu entrei em uma livraria só para descobrir que TODOS os livros 6 estava empilhados na vitrine. Silenciosamente, e o mais discreta possível me aproximei, e com todo cuidado do mundo peguei o primeiro volume do topo. Para quê? Eu podia ter puxado o último que dava na mesma. A pilha inteira (e eu digo que era uma pilha enorme!), caiu em cima de mim. Enquanto eu abraçava os livros tentando não fazer baruho e nem rasga-los, a pilha de outros livros ao lado, resolveu se revoltar contra mim também! Imaginem 200 livros da vitrine caindo em cima de você no meio de uma livraria lotada. Dá para perceber como foi divertido para todos, menos para mim (que ainda tentava segurar alguns livros para que não caíssem no chão), e para a atendente. E no final eu nem levei nada. Pois bem, esse foi meu final de semana. Burrice? Sem dúvida, mas muita dedicação também. Por isso, espero que aproveitem e comemtem!

Capítulo 16

Outra Parte Sua

Luna estava sentada confortavelmente em uma das poltronas na sala de visitas da Toca, a seu lado estava um vidro de spray contra Wracksputs que ela espirrava a cada quinze minutos, para que eles não atrapalhassem sua leitura do Pasquim. Gina havia adormecido na poltrona verde-musgo, e respirava inquieta em seus sonhos. Luna imaginava o que a ruiva poderia estar sonhando. Foi quando ouviu um barulho vindo da porta de entrada, e abaixando seus Espectroques olhou para ver quem estava entrado. Já era tarde da noite, e todos estavam dormindo. Quem faria uma vista aquela hora? Para sua surpresa viu que era Ronald, ele estava vermelho e com a varinha trazia vários vasos de flores para dentro da casa.

-O que você está fazendo? É uma festa surpresa?- Luna perguntou, e com um enorme barulho o vaso que Rony levitava caiu no chão, partindo no meio.

-Ai, Luna, que susto!- ele exclamou, colocando a mão sobre o peito.- Achei que fosse a Hermione.

-São para ela essas flores?- Luna perguntou, observando as tentativas frustadas do ruivo para emendar o vaso quebrado.

-Ai, droga! Nunca fui bom nesse feitiço... É, são para ela. Para pedir desculpas, pela briga de ontem a noite.

- A Hermione vai adorar.- Luna sorriu, e com um aceno de varinha emendou o vaso para ele. - Eu adoraria que alguém me desse flores.

-Ah, er...- Rony gaguejou corando.- As mulheres geralmente gostam, pelo menos é o que minha mãe sempre diz... mas, você acha que ela vai me perdoar?

-A Hermione te ama, sempre amou. Mesmo quando em Hogwarts você saia com aquela outra menina. A Hermione sempre ficava muito triste. Antes ela chorava quando ficava perto de você, e agora chora porque tem que viver longe de você. Os dois são um pouco confusos de vez em quando.- Luna riu.

-Ah, obrigado.- Rony murmurou, sem saber ao certo o que dizer.

-Você quer ajuda para levar as flores?- Luna perguntou, e Rony suspirou de alívio.

-Ah, quero sim! A Hermione está no meu quarto não está?

-Ela passou a tarde toda lá dentro.

-Então, é para lá mesmo que nós vamos. - Rony disse e com a varinha começou a levar um vaso, e com a mão outro.

Luna levantou, com um feitiço, três vasos de uma vez. 'Agora descobri porque ela foi parar na Corvinal', Rony pensou com seu orgulho um pouco ferido. Em pouco tempo os dois haviam conseguido levar todos os vasos, e Luna os distribuíra por todo o patamar da escada, ajeitando-os.

-Pronto, não foi muito complicado.- ela sorriu.

-Obrigado.- Rony disse, parecendo um pouco esverdeado, passando a mão pelo cabelo sem parar.- Luna, o que eu digo para ela?!- ele sussurrou desesperado.

-Diga a verdade.

-Mas, e se não for o bastante? E se ela estiver brava de verdade comigo?

-Você ama a Hermione e quer ficar com ela, e isso é tudo o que ela quer ouvir. Não tem risco. - Luna sorriu, começando a descer a escada, enquanto ele parecia ficar mais confiante, e já estava quase no outro andar, quando o ouviu chamando-a.

-Luna, obrigado por tudo.- ele disse.- Você é realmente uma grande amiga.

Ela acenou com a cabeça, continuando seu caminho. Finalmente parecia ter encontrado seu lugar. Tudo parecia estar dando certo na sua vida, exceto por um detalhe. Um pequeno detalhe muito importante para ela. E sem pensar direito, parou em frente a porta do quarto dele. Harry ainda não voltara do Ministério da Magia, suspirou cansada, caminhando para o próprio quarto, e foi só deitar na cama que adormeceu.

XXX

Luna sentia um grande peso sobre o coração, parada do lado de fora do castelo observando o sol nascer e os soldados se armando e preparando os cavalos, prontos para partir. Sentiu uma lágrima quente escorrendo por sua bochecha e tratou de enxuga-la rápidamente, ao ver Harry se aproximando. Ela lhe fez uma mesura, que ele correspondeu com um leve aceno de cabeça e um sorriso disfarçado.

-A Rainha está pronta para me receber?- ele perguntou em voz alta, para todos ouvirem.

-Infelizmente a tristesa e preocupação da Rainha não a deixam ver ninguém.- Luna respondeu, sem faltar com a verdade. Gina estava triste e preocupada, mas não por Harry, e sim por Malfoy. Estava no quarto dele o que a impossibilitava de receber qualquer um, especialmente se esse um fosse Harry. Mas, ele não precisava saber disso, bastava pensar que era por causa dele. Ela mantinha sua promessa sem mentir e sem magoar ninguém.

-Muito bem, tenho um recado que quero que lhe entregue, se por favor puder me seguir.- Harry continuou, apontando para dentro do Castelo.

Luna o seguiu até uma de suas salas particulares, ela olhou em volta pensando em como aquele lugar ficaria triste sem ele.

-Oh, Luna.- ele murmurou a abraçando.- Fiquei imaginando se teríamos uma chance de conversarmos sozinhos ainda uma última vez. - e soltou parecendo preocupado. - Mesmo que eu não devesse...

-Eu entendo.- ela respondeu tristemente, abaixando a cabeça.

-Não, você não entendeu.- ele disse sério, erguendo o queixo dela, e olhando aqueles lindos olhos acinzentados cheios de lágrimas.- Eu não posso ficar perto de você numa hora como essa, porque tenho medo.

-Medo de quê?- ela engasgou, tentando não chorar.

-De... - ele gaguejou.- De me esquecer de que sou diferente, de que sou o rei.

-O quê?- ela perguntou confusa.

-Quando eu estou com a Gina vejo só de olhar para os olhos dela, o que está acontecendo lá fora. Ela sente medo, e nem mesmo todo o carinho que sente por mim consegue esconder isso. Então, eu me lembro de quem sou e o que tenho que fazer. Eu e ela até conversamos algumas vezes sobre a guerra, sobre táticas e estratégias. Mas, com você... com você Luna, tudo é diferente! Você parece não ver essa guerra! Ou não ter medo dela, não sei! Você é diferente e adorável do seu próprio jeito. E me faz esquecer que não sou mais uma pessoa rindo e se divertindo, ou admirando uma garota que não tem vergonha de ser quem é, e é tão sábia e bonita dessa maneira. Me faz esquecer de todas as responsabilidades que tenho por causa da Guerra contra Marvolo. Entende, Luna? Quando estamos juntos você me faz esquecer de quem eu sou.

-E qual é o problema disso?- ela perguntou com a voz enrolada.

-Que eu não posso me esquecer! - ele respondeu frustado.- Porque eu tenho que fazer o que tenho que fazer. Ir para essa guerra e lutar até o fim. Seja qual ele for.

-Mas, não quando estou com você. Não precisa se lembrar dessa parte.- ela sorriu, entendo e passando a mão no rosto dele.- Você é mais do que o Rei, que precisa salvar a todos. É um lado seu que você usa pouco, por causa das outras pessoas que querem vê-lo apenas como Rei. E é o lado seu que você usa quando está comigo.- ela se aproximou olhando-o no fundo dos olhos, seu sorriso aumentando.- Ainda é você mesmo!

Harry sentiu seus olhos se enxerem de lágrimas, e ia se aproximar para beija-la, quando ouviu passos no corredor e cada um pulou para um lado da sala, bem a tempo pois um guerreiro entrou logo em seguida, sem bater na porta.

-Alteza, estamos prontos.- ele falou.

-Sim, obrigado Sir William.- Harry falou, tentando esconder a emoção que sentia. Então, se virou para Luna - Bem, avise a Rainha que voltarei em breve, e que não deve se preocupar. Meus guerreiros são valiosos, e embora ela se preocupe demais, sabe que eu também tenho meu valor.- ele disse, mais para Luna do que para Gina, com um pequeno sorriso - Adeus, então.

-Adeus, Harry.- ela sussurrou, curvando-se. E com um aperto no coração viu-o se afastar com Sir. William. Esperou um pouco antes de sair do quarto, e correr até a estrabaria onde havia escondido suas coisas. Havia tomado uma decisão, logo antes do nascer do sol. Ela iria com ele até o fim. Não o deixaria sozinho, por mais arriscado que fosse.

A larga e numerosa comitiva saía da cidade saudada pelos cidadões, alguns festejando outros chorando pelos entes queridos. Não sabiam quem voltaria vivo, se alguém voltasse. E mesmo sendo cedo ali estavam todos, pais, irmãos, filhos, esposas e namoradas. Todos desejando boa-sorte, assegurando uns aos outros que tudo ficaria bem. Mas, sabiam que ganhar a guerra era quase impossível, Marvolo tinha muitos espiões e os exércitos maiores e mais cruéis que já se teve notícia.

Enquanto isso acontecia, Luna se aprontava vestindo uma das armaduras para treinamento, era mesmo uma sorte ela saber onde ficavam guardadas. A armadura era de tamanho pequeno, porque ela era pequena, e muito disconfortável. Luna nunca havia treinado com uma espada antes, apenas assistia a torneios. Mas, aquilo tinha que servir. Ela colocou o elmo e montou com grande dificuldade em uma cavalo que havia selado, e estava quase de saída quando se lembrou que precisava se sentar com uma perna para cada lado. Com muita dificuldade se arrumou na sela, e saiu em disparada pelo caminho.

Ela se apressou, misturando-se a multidão, e então se aproximou da comitiva do rei. Ela podia ver Harry, um ponto em frente a seu exército de mais de mil homens, de todas as idades, tamanhos ou profissões. Aquela guerra selaria o destino não somente dos cavaleiros, mas de todos. Luna sabia disso, e também sabia dos riscos que corria, mesmo assim mateve-se fria e se misturou aos cavaleiros do fundo, meninos que mal haviam chegado a fase adulta, e que precisavam lutar com pouco ou nenhum treinamento, em uma luta desesperada. Ela suspirou fundo, se eles podiam agüentar aquilo por suas famílias e pelo seu rei, ela poderia agüentar muito mais pelo homem que amava.

As longas viagens a cavalo, e os passeios com Gina a haviam deixado acostumada a um longo tempo de montaria. Mas, nada a preparara para a longa jornada que tinham pela frente. No primeiro dia se manteve distante e calada, a armadura lhe pesava, seus ombros e suas pernas doíam, e ela tinha fome e sede, mas não se atrevia a tirar o elmo a não ser durante a noite. E estas não eram mais fáceis que o dia. Ela dormia afastada de todos os outros, com a armadura desconfortável e fria, longe do fogo e da pequena diversão onde os cavalheiros tinham o costume de contar histórias uns aos outros, beber e cantar.

Logo, porém, o comportamento estranho do pequeno soldado chamou a atenção dos outros. E uma noite, sem estar de guarda, cansada pela longa viagem, ela se deitou para dormir mais cedo que o normal. Foi quando sentiu alguém chegar por trás, segurando-a e arrastando-a para o meio do acampamento. Luna lutou, esperneou e esbravejou. Nada pareceu afetar o homem, que ria a arrastando como a um trapo velho, mesmo com a pesada armadura, cheirando fortemente a bebida.

-Olhe quem eu encontrei, rapazes. No meio das árvores.- ele riu, jogando Luna no chão. Ela tentou se levantar, mas ele passou a perna nela, que caiu com o rosto no chão, batendo a boca no elmo.- O pequeno cavalheiro. O que foi, se acha bom demais para se misturar conosco?

E todos riram ao ouvir isso, Luna desesperada tentou se levantar e fugir, mesmo com a armadura pesada. Se descobrissem seu segredo, bêbados como estavam, ela estaria perdida. Mas, um deles pisou nas costas dela, mantendo-a no chão. Ela pensou em Harry, mas ele devia estar muito longe dali, planejando como derrotar o exército de Marvolo.

-Espere um momento, apressadinho.- o homem disse.- Vamos nos divertir um pouco.

-É mesmo!- um terceiro exclamou, e mesmo sem poder ver o rosto deles, Luna sabia que todos estavam sorrindo. - Vamos brincar. Você não quer fazer amigos? Essa é uma ótima oportunidade.

-Por que não treinamos um pouco com ele? Se é tão bom quanto pensa que é, uma pequena batalha interna e amigável não fará mal.- o primeiro rosnou, colocando-a de pé com uma só mão.- Por que não tira sua armdura, para deixar as coisas mais justas? Ou é feio demais para aparecer?

E com isso, ele tentou arrancar o elmo de Luna, que com um gesto retirou a espada da bainha, e apontou-a para a garganta dele. O homem ficou mudo um minuto, parecendo muito surpreso por ter sido pego tão facilmente, então começou a rir e todos os outros se juntaram a ele.

-Ora, ora! O fracote sabe alguma coisa. Pois agora vamos ver até onde esta sabedoria vai.- e com isso puxou sua própria espada, e atacou Luna.

A garota defendeu o golpe, dando um passo para trás e trombando com alguém. Essa pessoa, quem quer que fosse, a empurrou de volta na direção do outro. Haviam feito uma roda em volta dela, jogando-a de volta ao centro toda vez que ela tentava fugir. Luna conseguia se livrar da maioria dos golpes, mas estava ficando cansada rapidamente. Naquele caso, sua armadura era uma desvantagem. Sentiu um golpe no estômago e caiu de joelhos no chão, com lágrimas nos olhos, ouvindo todos se rindo dela. 'Harry...' ela pensou, estirada no chão chorando.

-O que está acontecendo aqui?- uma voz conhecida perguntou.

E por entre as fendas do elmo e suas lágrimas, Luna viu Harry desmanchando a roda e se aproximando dela.

-O que vocês estavam fazendo com esse homem?- ele perguntou soando furioso.

-Estávamos apenas brincando, Alteza.- o primeiro homem falou amedrontado, a cabeça e os olhos baixos.

-Isso não foi uma brincadeira! Vocês estavam batendo nele! É esse tipo de brincadeira que você quer que eu aplique em você, McLegguen?

-Não, Alteza!- ele falou, medo transparecendo em sua voz.

-Se eu ouvir mais uma vez sobre algo assim, fique certo que terá conseqüencias! Para TODOS! - ele falou furioso, em uma voz firme e assustadora que Luna nunca ouvira antes.

Então, ele se ajoelhou e perguntou baixinho a ela, de forma gentil.

-Vocês está bem, soldado?

-Estou, obrigada.- Luna murmurou fracamente, sua boca estava machucada, ela podia senti-la latejando e o gosto de sangue. Mesmo assim, Harry a reconheceu e seu rosto ficou subtamente pálido, e ele teve que se apoiar em uma mão para não cair. Ele abriu a boca ainda em choque, então respirou fundo olhando dentro do elmo dela, e ela viu quandos lábios dele formaram a palavra 'Luna?'.

Imediatamente Harry se levantou, e apontando trêmulo para Luna falou para dois de seus ajudantes.

-Carreguem-no até minha tenda. Agora!

Luna sentiu-se ser erguida, e viu Harry se virar mais furioso do que já estava, de volta outros homens. Presentindo que ele iria castiga-los, ela segurou-o pelo braço puxando-o junto. Ele não precisava fazer mais nada, apenas ficar ao lado dela. E ao olha-la a fúria dele sumiu para se transformar em preocupação, e sem mais palavras e nem olhar para trás, ele a acompanhou até sua tenda.

XXX

Harry estava ao lado da cama de Luna, que se debatia em seu sonho. Ele havia chegado tarde do Ministério, todas as luzes da Toca estavam apagadas, e tudo parecia tranqüilo. Até que, ao começar a subir para seu quarto ouviu uma voz que parecia de alguém chorando. Ao se aproximar, viu que vinha do quarto de Luna, preocupado correra até a li e a encontrara se debatendo na cama. Ele estava tentando acalma-la, mas ela não parava de se debater e chorar.

-Luna, acalme-se! É só um sonho ruim!- ele sussurrava em seu ouvido, lutando para segurar sua mão.

-Não, por favor não...- ela chorava gemendo.

-Luna, está tudo bem. Eu estou aqui.

-Harry...- ela murmurou, e subtamente se acalmou. Harry viu os braços dela caindo ao lado do corpo ainda adormecido, e ela parara de falar, ainda que chorasse. Respirou aliviado.

-Tudo bem, Luna. Nada de mal vai te acontecer.- ele falou, acariciando os cabelos dela ainda segurando sua mão, apoiado na cama e a olhando dormir.

De repente, sem aviso, ela abriu os olhos e ele se viu ali refletido, sua expressão preocupada. Ela o olhou atentamente, de uma maneira que nunca olhara antes, parecia que ela tocava sua alma com aquele olhar. Ele não podia se mexer, falar ou fazer nada, parecia que estava perdido dentro dos olhos dela.

Luna não conseguia entender, em um minuto estava no passado sendo carregada para uma tenda, sua mão segurando a de Harry. E agora, no futuro, ela estava de volta a sua cama na Toca, mas Harry ainda estava a seu lado segurando sua mão, e a olhando de uma maneira tão intensa que eles parecia se tocar naquele simples olhar.

-Harry...- ela murmurou novamente, sentindo seu coração disparado no peito e sem ter a intenção, sem perceber o que realmente fazia, ela se apoiou para frente o beijando.

Foi como se uma explosão ocorresse dentro dela, ela sentiu como se tudo a sua volta houvesse desaparecido, só haviam ela e Harry sentindo um ao outro, em um encontro que parecera demorar séculos para acontecer. Todas as vezes que ela o beijara em seus sonhos voltava agora em sua memória, e ela percebeu que por melhor que houvessem sido, nenhum se comparava a sensação que sentia agora. Era uma dor no peito, muito parecida com saudade, e ao mesmo tempo ela estava mais feliz do que imaginara possível. Uma felicidade que não dependia de mais nada, além dos dois. E foi quando percebeu que, apesar de lembrar de suas outras vidas, era apenas uma lembrança. Aquela era a primeira vez que beijava o Harry que existia, não sua lembrança. Era a primeira vez que suas almas se tocavam, através de um beijo.

Mas, tão rápido quanto começara, terminou. Com um pulo para trás, Harry se afastou. Ele a encarou parecendo surpreso demais até para respirar.

-Harry.-ela chamou desesperada.

E para sua tristesa ele se levantou sem palavras, ainda encarando-a daquela maneira, e foi embora sem nem ao menos pegar as pastas que deixara no chão ou ouvir uma palavra do que ela tentara lhe falar.

N/A- Harry e Luna sempre! Achei tão bonitinho ele salvando ela, sempre quis escrever sobre ele a defendendo em Hogwarts de pessoas que riam dela, mas nunca tive a chance. Então, vamos dizer que a Luna se meteu em uma briga, e ele a salvou. Espero que tenham gostado e entendido a cena do 'outra parte sua.' Entendem? O lado sem ser herói dele, que apenas aparece quando ele está com Luna, mas que ainda é ele mesmo. Ah, não sei porque estou repetindo. Tenho certeza de que entenderam.

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