<i>Segundo Capítulo*</i>
Segundo capítulo.*
Ela franziu a testa e abriu o envelope, de quem seria?
Bebericando a água que havia acabado de colocar no copo leu.
“Cara Miss Granger,
A Família Weasley convida você para a nomeação de Arthur Weasley a Ministro da Magia.
Data: 17 de Setembro.
Horário: 22:00hs.
Local: Grande Salão de Festa do Ministério da Magia Inglesa.
Contamos com sua presença!
Em nome de: A. Weasley”.
Por um momento ela ficou em estado de choque, Senhor Weasley Ministro?
De fato, aquilo a alegrava, mas ao mesmo tempo a deixava com remorso, ela poderia estar lá, junto com Ron compartilhando de toda a felicidade.
Ela sentia a obrigação de ir, seria mais uma questão de respeito do que qualquer outra coisa, respeito aos Weasley.
Mas ao mesmo tempo tinha medo; de encontrá-lo novamente, de ser rejeitada pelos colegas, de estar por fora. Lentamente, repousou o copo na bancada e rumou para o seu quarto, a fim de dormir e, ao menos tentar, decidir o que faria.
****
Devo dizer que fiquei muito mal naquela noite. De repente senti mesmo vontade de largar tudo. Seria muito mais simples!
Eu acordei lentamente naquela manhã, o sol batia na minha cara e eu não tinha ânimo...
Virei para o lado e na cabeceira da cama estava lá. Seis margaridas, e uma carta. Eu me sentei rapidamente e abri a carta.
Minha linda,
Eu lhe devo desculpas.
Perdoe-me. Sou o pior, apenas não jogue muito isso na minha cara, ok?
Vou sentir sua falta aqui.
Se cuide...
Com carinho,
Harry Potter.
Eu guardo estas flores até hoje, um feitiço as mantém vivas e alegres, assim como várias outras que ele me deu em ocasiões especiais.
Depois daquela carta, várias outras vieram e eu estava afastada do mundo Bruxo, de vez em quando visitava os Weasley e só. Trabalhava em um famoso jornal de Londres, onde eu atualmente sou Chefe de Redação (naquele tempo era colunista). Em cerca de um ano e meio consegui juntar um bom dinheiro para comprar meu almanejado apartamentinho em Bloomsbury e Harry não dava as caras, mas as cartas ainda chegavam. Eu avisei a ele sobre o apartamento e ele pareceu mesmo bastante feliz por mim.
E era naquele apartamento que eu estava quando a campainha soou, era mais de dez horas da noite e eu realmente tinha vontade de dormir. Uma. Duas. Três.
Eu desisti e me encaminhei até a porta, sonolenta, mas ao mesmo tempo agitada, Quem seria o maldito e porque me acordar a esta maldita hora?!
Eu ajeitei cabelos e abri a porta, cautelosamente. E depois eu me senti presa naqueles braços fortes novamente, aquele cheiro me invadiu e eu definitivamente acordei. Em todos os sentidos. Eu sorri para Harry Potter quando ele se afastou, desculpando-se.
- Eu não deveria ter vindo agora, mas sabe como é, eu meio que precisava te ver.
O que eu entendia totalmente. Eu o puxei pela mão e sentei junto com ele no meu sofá.
- É um belo apartamento – eu apenas sorri mais.
- Quando chegou? – perguntei, ele olhou no relógio e seus cabelos caíram em cima de seus olhos. Naqueles dois anos havia mudado bastante. Crescera e tomara uma postura mais madura, mais adulta. Os olhos brilhavam mais e seu sorriso estava bem mais atraente e convidativo do que da outra vez – se isso fosse possível.
- Há algumas horas – ele olhou novamente para mim – Me desculpe, você deveria estar dormindo – ele disse sorrindo.
- Não, eu não estava. – eu sorri – Estava lendo uns artigos... Você sabe, aquele jornal me trucida às vezes, matérias, criticas e outras coisas, eu realmente não sei como agüento isso.
- Senti sua falta - ele murmurou, passando os braços pelos meus ombros. Naquele momento eu descobri como senti falta dele, do cheiro dele, do jeito dele...
Lembranças vieram a minha mente, mais exatamente de um certo natal.
[Flashback]
- Então? É para hoje? – Parvati perguntou, os braços na cintura, a sobrancelha erguida. É claro que eu sabia que ela havia planejado aquilo, mas era algo que estava fora do meu alcance, como eu adivinharia?
Eu lembro de ter lhe estreitado os olhos. Odiei aquela menina mais do que achava que fosse possível, mal saberia que meu interior a amava mais do que tudo, porque, no final das contas, a ‘culpa’ fora dela.
Harry olhou para cima, somente para se certificar de que, realmente, estávamos ferrados. Ele voltou-se para mim com um sorriso.
- Vamos, então?
Eu fiz qualquer coisa com os ombros e a última coisa que senti foi seu rosto perto do meu, seus lábios se aproximando, seus olhos se fechando lentamente e suas mãos encontrarem minha cintura.
Naquele momento havia borboletas em meu estomago, mas eu não sentia vontade de faze-las desaparecerem porque, acima de tudo, beijar Harry foi uma coisa maravilhosa. Por mais que tenha sido por causa de um maldito visco. Por mais que Parvati tivesse ‘armado tudo’ para ver se eu havia mesmo esquecido Ron pra Lilá poder ir mais ‘a fundo’ com o mesmo. Porque meu coração saltitava e eu não tinha idéia do porque.
Foi só um encostar de lábios, foi só uma respiração falahada e só. Porque eu não podia mais. Ele não podia. E ficamos assim, querendo mais. Mas não podendo.
[Fim do Flashback]
Eu não deveria estar pensando naquilo, mas estava, eu pisquei e notei ele me observar.
- Esta diferente... – ele murmurou.
- Velha?! – eu pergunte rindo.
- Céus, não! Temos vinte um! – ele sorriu – Me referia a beleza. – murmurou, eu corei.
- Obrigada, - nos olhamos durante um tempo, depois perguntei – Você quer algo? Deve estar morrendo de fome, a viagem e tudo mais... Quer um chá? Um chocolate quente?
- Fico com o chá. – ele disse e levantou-se, junto comigo, indo até a cozinha. – Voltou para o mundo bruxo? – ele perguntou, eu balancei negativamente a cabeça.
- Consegui estabilidade com os trouxas, Harry. Mas não me desliguei totalmente dos bruxos – expliquei, sacando a minha varinha e fazendo o fogão ascender. Ele sorriu.
- Posso ver... – ele sorriu – Não pretende voltar para o mundo bruxo, completamente?
Eu me virei e olhei em seus olhos.
- Não por hora... Ah, aqui está seu chá.
**
E então se passou uma semana e eu encontrava Harry aos sábados, combinávamos de sair e – quando estavam todos disponíveis – o ‘trio’ se reunia novamente, foram messes ótimos.
Cerca de cinco messes depois da volta de Harry eu fui convocada para cobrir um evento em Nova York e ficaria por lá duas semanas, Harry teria uma missão e Ron havia acabado de entrar em época de temporada de jogos.
Parti para NY em uma segunda-feira nublada e gélida, não gosto quando os dias começam assim e já deveria ter adivinhado o que poderia acontecer (ou não). Depois de passar na casa dos meus pais para me despedir – sim, eu fiz isso – fui para o aeroporto, peguei o avião 876 e segui para os Estados Unidos.
- Welcome to New York.
Foi o que eu ouvi assim que o avião pousou, suspirei – sim, eu odeio voar... – e dirigi-me até o hotel que ficaria hospedada, juntamente com a equipe do jornal, estávamos lá para cobrir as eleições presidenciais daquele ano e, como aquela seria a maior disputa entre candidatos do século, praticamente jornais do mundo todo encontravam-se no local.
E vou te dizer: cobrir eleição é CHATO. Muito chato. Você só fala de números percentuais, você só ouve os números percentuais e você até COME num...
Não, sem exageros. A gente comia comida mesmo – se alguém pode chamar AQUILO de comida, francamente, eu me alimentaria bem melhor na Malásia.
Uma semana havia se passado e eu estava no meu domingo de folga, ou seja, lendo algo no meu quarto, estava praticamente dormindo quando ouvi barulhos na minha janela, era uma coruja preta de olhos muito verdes, fiquei impressionada com o tamanho e não fiquei surpresa por ninguém ter visto. Apressei-me a abrir a janela e pegar o pergaminho que ela trazia junto a si:
“Senhorita Hermione Granger,
Informamos que Harry Potter encontra-se no St. Clauses, precisamos de algum familiar ou amigo para preencher a ficha do paciente.
Venha o mais rápido possível.
PS. Endereço no anexo”.
****
Me desculpem pela demora gente! Sinto muito mesmo! Espero que tenham gostado!
Beijos e muito obrigada pelos comentarios!
Mimy.
(até breve!)
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