A marca negra



Lúcio, mais abatido do que nunca, estava esperando sentado em um canto de uma sala do ministério para ser julgado. A sala não tinha janelas, para evitar prováveis fulgas, e os móveis se resumiam em três cadeiras para os réus. Era iluminada por uma espécie de candelabro flutuante, que emitia uma luz azulada e fria. A porta não estava trancada, mas haviam avisado que dementadores iriam ficar de guarda o tempo todo ao pé dela.

Draco estava com ele. Entrou um pouco depois que levaram Pedro com permissão especial de aurors conhecidos da sua família.

_ É melhor você não ir junto Draco.

_ Eu vou. Se a aquela metida da Charlotte te incriminar, vou alegar que ainda sou menor de idade e que mamãe tem um desvio mental!

_ Charlotte não vai fazer isso.

_ Como tem tanta certeza? _ perguntou Draco desconfiado

_ Ela é uma Malfoy. Nunca deixou de ser. Se não fosse por esse detalhe, talvez ela não teria ajudado vocês naquele dia. Voldemort é frio e cruel, e não tem pena de sua vítimas. Mas ela nunca foi assim. Durante o tempo que Voldemort ainda estava se reerguendo, eu cuidei dela. Nessa época tínhamos seguido a pista da outra Potter, e a encontramos escondida em um casa no interior. Ela tinha seis anos na época e ria com as chamas que devoravam a casa. Mas depois ela viu, por descuido meu, uma coisa que nunca saiu da sua cabeça: o corpo carbonizado da mulher que cuidava de Emily. A partir desse dia, ela começou a ver tudo o que lhe ensinavam de outro ponto de vista: o mal e sua conseqüências. Ela aprendeu tudo sobre magia negra avançada, mas o máximo de mal que ela fez para alguém que não merecesse foi um feitiço de memória..

_ E eu também sou um Malfoy!

_ E se você estivesse no lugar dela, o que iria fazer? _ Draco não respondeu _ ... ela sabe o que vai fazer.

_ Quer dizer que prefere ela do que eu, que fui criado desde que nasci na tradição da família?

_ Crise de ciúmes Draco?

_ NÃO ESTOU COM CIÚMES! ...como eu iria ter ciúmes daquela expecto de dementador?

_ Vocês vão se dar muito bem como irmãos. _ disse Lúcio com um leve sorriso.
_ Não está querendo dizer que vai levar mesmo ela morar lá em casa?
_ E aonde sua irmã vai ficar?

_ Em Azkabam onde é o lugar dela! Sabe quantas vezes ela tentou me matar com aquele alagatus idiota? Pelo menos umas cem!

_ Um alagatus?

_ Ela ganhou de aniversário da Emily. _ respondeu mecanicamente _ É um monstro enorme com dentes de quarenta centímetros e as garras são tão afiadas que... que foi?

A porta rangeu e abriu vagarosamente. Um cachorro negro entrou e se transformou.
_ Black? Como conseguiu entrar? E os dementadores?

_ Não tem nenhum dementador aí fora! Já levaram Pedro? E a menina?

_ Estão no salão de julgamento, já faz um tempo. O que está pensando em fazer? _ perguntou Lúcio desconfiado.

_ Esclarecer algumas coisas. _ ele se sentou na cadeira que vazia que tinha sido ocupada antes por Pedro_ Dumbledore não me contou muitos detalhes. Mas eu sei que você sabe mais sobre aquela tal ponte de ligação.

_ Sei. Charlotte também sabe, ela o ajudou a aperfeiçoar a ponte das chaves de portais.

_ Tem certeza de que ele não pode vir pra cá? _ Lúcio não respondeu _ tem mais alguma coisa?

_ Durante o tempo em que Charlotte ficava na escola eu não sabia de muitas coisas. Ele pode ter melhorado... é, com certeza ele melhorou, e se quiser pode aparecer aqui. Ele se escondia em uma mansão abandonada ao sul, mas a região está totalmente coberta por feitiços que impede dela ser localizada, e não existe lugares povoados por perto. Recebi ordem de apagar a memória de todos os comensais não confiáveis e de algumas pessoas que tinham sido contratadas sem saber que ele realmente era. Não tem ninguém lá para nos avisar se ele voltou ou se ainda está vagando pela ponte.

_ É provável que ele venha até aqui. Essa ponte pode atravessar barreiras de anti-feitiços como as dos ministério?

_ Pode, mas não sei o quanto. Se ele cumpriu o plano original a barreira pode aparecer onde ele quiser, ou onde a pessoa que ele falar o nome estiver...Temos que avisar Charlotte. Ele pensa que a matou, mas ainda falta os outros, incluindo eu e Pedro que nos deixamos capturar.

_ Eu vou tentar encontrá-la. _ disse Sirius se levantando.

_ Espere! _ Lúcio tirou uma corrente do bolso das vestes _ Está vendo esse pingente? _ perguntou ele apontando para uma pedrinha que estava na ponta da corrente. _ Era da minha mulher. Eu usava isso para segurança própria. Ela está azul agora, mas se ele estiver por perto ela fica vermelha. É um detector de forças das trevas. Tome, leve junto. E só entre no salão se mudar de cor. Se você entrar antes podem te prender, e não terá oportunidade de falar com ela. Eu tenho uma marca que me avisa muito bem quando ele está por perto. E não se esqueça, só estou te ajudando porque quero que Pettigrew leve uma lição.

Sirius sorriu e amarrou a corrente no pulso. Se transformou em cachorro e saiu de mansinho pela porta.


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Charlotte foi empurrada para algum lugar que ela não podia ver (estava com os olhos vendados) mas sim imaginar: o tribunal da magia.

"Apenas precaução! Não se assuste!" lhe disse Dumbledore antes de seguirem para o lugar do julgamento. Ela havia passado os últimos dias na enfermaria. Recebia freqüentemente visitas de Emily, mas estava tão preocupada com o que teria que dizer quando estivesse frente a frente com todos do ministério, que seus pensamentos rumavam para longe. Agora finalmente o dia. O que ela iria dizer? Melhor, o que iriam perguntar?

_ Sente-se. _ Dumbledore a pós em uma cadeira e retirou a venda. _ Se não quiser responder as perguntas não...

_ Não Dumbledore. Eu vou responder. _ sussurrou olhando em volta. Um sala redonda, sem janelas e quente.

Aonde poderia ser esse lugar? Uma espécie de arquibancada em forma de arco com vários lugares ocupados por bruxos e bruxas desconhecidos, rodeando a sala desde a porta. Ela, Dumbledore e Fudge estavam exatamente no meio desse arco. Havia também uma cadeira no meio da sala onde, provavelmente, o réu ficava. Seus olhar parou na porta à sua frente.

Balbúrdias por todos os lados. Charlotte se sentia cada vez pior só de estar ali, sendo julgada por aqueles olhares que se achavam superiores. Ela sabia da rixa entre o ministério da magia e a escola, desde ano letivo passado. Muitos ainda achavam besteira tudo o que Dumbledore estava tentando mostrar durante esse tempo, será que agora acreditariam nela?... tudo o que mais desejava nesse momento era que aquelas portas se abrissem, que Pedro entrasse logo, e que tudo acabasse.

O ministro da magia se pôs de pé. Pigarreou e falou em uma voz desnecessariamente alta e debochada:

_ Estamos reunidos novamente para mais um julgamento... _ ele deixou sua voz flutuar um tempo e voltou a falar _ ...Pensávamos que esses pesadelos tinham acabado há quinze anos, mas existem pessoas que não podem enxergar que o perigo já passou! _ ele lançou um olhar de desdém para o diretor _ O que acontecer aqui hoje, independente de ser mentira ou verdade, vai acarretar muitas conseqüências, tanto para um lado quanto para o outro... então, que entre o primeiro a ser julgado!
As portas se abriram. Dementadores entraram arrastando Pedro. Abatido e sem forças, ele foi jogado na cadeira. Fudge anunciou:

_ Este ser mirrado e com essa mão radiante, se diz ser Pedro Pettigrew!

Pequenos assomos de risos estouraram na sala. Outros murmuraram para os colegas:
"Mas ele está morto!"

_ E temos aqui _ ele apontou para Charlotte, que já estava começando a se irritar com o tom zombador com que o ministro conduzia o julgamento _ Uma aluna de Hogwarts que afirma ser a herdeira de Você-sabe-quem! _ Mais risos e murmúrios _ Vamos ver o que ela tem a nos dizer. _ ele se sentou e fez um gesto para Charlotte se levantar.
Ela obedeceu. Levantou-se e com uma cara mal humorada, respondeu aos risinhos:

_ Será que vocês ririam assim se esse julgamento tivesse acontecido um pouco antes, quando eu ainda estava sobre o encanto Imperius? _ O barulho cessou a menção da maldição imperdoável _ Muito obrigada, não gosto de contar histórias e muito menos de parecer uma palhaça para vocês aqui na frente!...Este realmente é Pedro Pettigrew! Sirius Black é inocente! _ afirmou ela com firmeza.

_ Tem provas? _ perguntou calmamente o ministro com um gesto para que os presentes se silenciassem.

Ela suspirou impacientemente olhando para Pedro que se entortava na cadeira tremendo dos pés a cabeça:

_ Não está óbvio? Ele é um animago. Uma forma tão desprezível quanto a sua verdadeira: um rato. _ Ouvisse um "Ohhh'' zombador de um bruxo na última fileira de cadeiras perto a porta. _ Gostaria de acrescentar alguma coisa? _ ela perguntou lhe lançando um olhar ameaçador.

Ele sem se levantou da cadeira, e respondeu a ameaça:

_ O que tem ele ser um animago ilegal? Não prova nada! O ministério sabe muito bem que animagos sem autorização existem pelo mundo todo. Ele é só mais um!

_ Ele pode ser mais um... _ ela se caminhou até aonde Pedro estava. Alguns bruxos aurors que estavam de pé olharam para o ministro pedindo instruções, mas ele meneou a cabeça negativamente para eles. _ Mas, um animago ilegal qualquer...
deveria ter isto? _ Ela agarrou o braço dele.

Pedro resistiu e tentou falar meio gaguejando muito baixo:

_ Menina, não! Não pode fazer isso! Você é uma de nós! Ele não irá deixar você em apuros se desistir de nos acusar, ele...

_ Ele me enganou Pedro. _ disse ela, apertando mais o braço dele, com um sorrisinho de satisfação _ Por acaso você também não sustentou a mentira? _ não houve resposta... _ Ministro, a marca negra só se torna visível em um comensal quando o Lord das trevas chama, não?

_ Certamente. _ respondeu ele com aparência calma, mas começando a se perturbar por dentro.

_ Ou... se alguém com quase o mesmo poder negro chamasse.

_ Não! _ o ministro se levantou de repente _ Não pode ser! Ele sumiu! Você-sabe-quem nunca iria ressurgir!!!

_ Calma ministro. _ uma bruxa idosa a seu lado tentava o acalmar _ Sente-se a deixe ela terminar de falar.

_ O que lhe incomoda ministro? _ Charlotte usava o mesmo tom debochado de Fudge quando iniciou o julgamento _ Não é o senhor mesmo que tem certeza de que ele está morto?

Ele ficou calado, respirando raivosamente. Ela ergueu o braço de Pedro para que todos pudessem ver. Estava apanhando sua varinha no bolso das vestes quando as portas se abriram novamente. Todos se assustaram. Um cachorro enorme entrou ofegante com os olhos fixos em Pedro. Para a surpresa geral ele se transformou em um humano
_ Pare!!! _ ela não se moveu.

_ É o Black! Peguem ele! _ Fudge ordenou para os dementadores. Eles avançaram para cima de Sirius.

_ Não! _ Charlotte também ordenou soltando o braço de Pedro. Eles pararam, e por mais que o ministro bate-se o pé furioso, permaneciam parados.

_ Não invoque a marca negra! _ disse Sirius ainda branco com a visão dos dementadores. _ Ele ainda deve estar vagando pela ponte de ligação.

_ Não corremos riscos!

_ Seu pai não sabe o que ele fez durante o período de aulas neste ano. Ele pode ter melhorado a ponte e não ter falado.

_ Tem razão... Lúcio te ajudou? _ perguntou ela descrente.

_ Voldemort não sabe que você está viva, mas tem mais dois comensais para a lista negra. Emily e Harry também estão aqui. Draco está com Lúcio em uma sala aguardando a sua vez de ser julgado, mas... se a ponte ressurgir, nenhum deles estará salvo.

Todos os julgadores presenciavam a conversa sem poderem dizer uma palavra. Fudge todo vermelho, já no limite da sua irritação, apontou a varinha pra Sirius:

_ Sirius você está sobrepondo todos os limites da lógica vindo para cá! Os dementadores podem não me obedecer, mas minha varinha sim!

_ Petrificus! _ Dumbledore foi mais rápido o petrificando _ Não seja irracional, Cornélio! Sirius está aqui para nos ajudar! Charlotte fale logo o que tem pra falar.

_ Ministro, tudo o que eu tenho a dizer é que Pedro fingiu uma morte para incriminar Black e ser inocentado. Eu só descobri que era uma Malfoy na última vez que... _ ela parou de repente. Pedro atrás dela gemeu de dor e escorregou da cadeira. Charlotte olhou assustada para o seu braço esquerdo e depois para Dumbledore:

_ Ele voltou! _ e saiu correndo pela porta antes que qualquer um pudesse alcançá-la.


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_ Harry estou tão nervosa... eles não teriam coragem de mandá-la para Azkabam, teriam?

_ Não sei Emily, não faço a mínima idéia.

Harry e Emily estavam sentados na recepção do ministério. Foram proibidos de irem mais adiante. Na verdade foram proibidos de sair da escola, mas Emily fez uma encenação de quem ia ter um ataque se não fosse junto, que tiveram que levá-los.
Fazia um hora que eles estavam a ver moscas voarem.

_ Será que a senhora não pode ir lá perguntar se vai demorar muito? _ perguntou Emily para uma mulher baixinha de óculos que estava carimbando um pilha de pergaminhos.

_ Pela milésima vez, mocinha! Não posso perguntar se vai demorar muito. A única coisa que eu faço é dar informações para bruxos perdidos e carimbar esses malditos pergaminhos.

_ Muito obrigada por nada, tá! ... Harry? Por acaso posso te visitar na sua casa?
_ Você? Na minha casa? Não é má idéia... imagina a cara dos meus tios quando descobrirem que agora são dois Potters bruxos! Sabe, o Duda adora brincar de duelos, e não se importa com ferimentos graves. E...

_ Não adianta Harry. _ interrompeu Emily rindo-se _ Não vou mandar seu primo pra nenhum cemitério.

_ Não precisa ser um cemitério, pode ser um hospital!

_ Talvez um pronto-socorro, mas resolvemos isso nas férias.

_ Se pelo menos Dumbledore desistisse de me esconder na casa dos Dursley. Sirius com certeza seria melhor guardião que eles!

_ Falando em Sirius, ele bem que podia ter deixado a gente tentar entrar pelos fundos como ele. _ suspirou Emily.

_ Shhhiii! _ Harry indicou com a cabeça a recepcionista.

_ Ah... mas bem que ele podia, né?

_ Ele deve ter algum motivo para não nos deixar ir junto... talvez ele...

_ Que foi?

_ Minha cicatriz está doendo.

_Quer dizer que ele está aqui?

_ Provavelmente.

_ Veio se vingar de Charlotte! _ ela olhou em volta e falou baixinho para Harry _ Temos que entrar.

_ No três. Um... dois... TRÊS! _ Os dois saíram correndo, passaram pela recepcionista, que não pode fazer nada, e... bateram de cara na porta.

_ Apenas eu posso abrir essa porta por fora. _ riu-se a recepcionista não tirando os olhos da sua pilha de papel carimbado _ Desculpem, mas agora vou ter uma conversa séria com o diretor de vocês.

_ Que plano mais besta! _ resmungou Emily para Harry que massageava o nariz _ Isso aqui não é filme, as portas são de verdade.

_ Mas e agora como vamos entrar? _ perguntou ele se levantando.

_ ...pelos fundos. _ cochichou ela _ Olha tia, a gente se arrependeu e vai embora, tá! Tenho que estudar pra minha prova de poções. E o Harry... tá...tá com saudades do professor de poções. Tchau! _ A recepcionista apenas resmungou algumas coisas como "Não agüento mais" e "Pestes!" e voltou para o seu trabalho.

Havia uma janela aberta atrás do prédio do ministério que parecia dar em um escritório. Tinha muitos objetos estranhos outros nem tanto, como uma pena-caneta que ficava recitando o código penal bruxo. Harry ajudou Emily a pular a janela, e depois espiaram pela porta para verificar se alguém estava por perto. Embora não parecesse, o ministério não estava muito preocupado com segurança. Dementadores só eram chamados para dias como esses, e quase não se via gente por lá.

_ E se alguém aparecer? _ perguntou Emily preocupada espiando por uma esquina de corredor.

_ Somos testemunhas, estávamos esperando ser chamados para depor e sem querer nos perdemos.

_ Muito esperto.. _ ironizou Emily. _ Vamos, não tem ninguém. Só temos que saber onde está Sirius.

_ Essa é a parte mais difícil... prá que lado? _ eles estavam em uma encruzilhada.
_ Por acaso não viu se tinha um daqueles mapinhas na recepção?

_ Não tinha. Vamos por este lado.

_ Ai!... Estamos perto! _ disse Emily começando a correr _ Minha mão está doendo, ele deve ter pegado Charlotte! Vamos depre... _ "BAMM". Emily bateu em alguma coisa quando virou um corredor escuro _ Charlotte? é você! _ ela a ajudou a se levantar _ Ufa, então ele não te pegou!

_ Quieta!... _ ela olhava atentamente para um porta na lateral direita do corredor, de onde vozes pareciam vir _ ...ele ainda confia muito em seu Avada Kedrava. Veio atrás de Lúcio e Pedro, sabia que seriam julgados.

_ Como soube que ele estava aqui?

_ Por causa disso. _ Charlotte mostrou a marca negra em seu braço.

_ Uhrg! O que é isso? _ perguntou Emily olhando bem para a caveira.

_ É uma marca negra. _ disse Harry _ Todos os comensais têm.

_ Venham comigo.

Eles a seguiram. O corredor estava escuro, e podia se ver uma luz esverdeada muito fraca passando pela fresta em baixo da porta.

_ Ele está aqui. _ cochichou Charlotte parando bem próximo para poder ouvir melhor o que diziam.

_ Vai entrar? _ perguntou Harry.

_ Precisamos de um plano. Harry, você entra.

_ O quê? _ Emily espantou-se levantando a voz, mas voltou a falar baixo ao sinal da amiga _ ... quer matar meu irmão?!

_ Emily fica aqui fora, _ Charlotte continuou como se não tivesse ouvido esse protesto _ se alguma coisa der errado vai procurar ajuda.

_ E você?

Charlotte sorriu como se estivesse planejando alguma coisa:

_ Eu morri, se esqueceram!

_ O está pensando em fazer?

_ Tenho uma idéia que acho que vai funcionar, mas primeiro quero que o distraia um pouco, Harry.

_ Certo.

_ Achei você! _ Sirius apareceu no final do corredor na forma humana. Emily e Harry fizeram sinal para ele ficar quieto. _ Desculpe. Olha o que eu achei!

Ele retirou das vestes alguns frascos com líquidos de várias cores.

_ Ma-mas isso são... como conseguiu? _ perguntou Charlotte surpresa.

_ Esse prédio é muito grande. Me perdi em um corredor e descobri a sala de artefatos de artes das trevas confiscados. _ Sirius sorria triunfante.

O rosto de Charlotte se iluminou quando leu os rótulo:

_ Era o que eu precisava! Pronto? _ Harry confirmou com um aceno de cabeça _ Vamos!

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