Sombra e Charlotte
Era o segundo ano de Emily em Hogwarts. Novamente viu Charlotte, com seus olhos azuis sentada sozinha.
_ Oi Charlotte _ Emily disse em tom irônico _ Como foram suas férias?
_ Oi Hailey_ ela disse no mesmo tom irônico_ Te interessa?
_ Claro, estuda na mesma escola que eu. Posso me sentar?
Charlotte a fuzilou com os olhos. Ela estava mais impertinente do que o ano passado. Mas cedeu:
_ Senta.
Emily começou a se ajeitar, e levou um susto quando de repente Charlotte puxou sua mão esquerda perguntando:
_ O que é isso?
_ Ah, essa cicatriz? Não sei como a consegui. Só sei que me acharam com ela sangrando. Mas já faz anos e... porquê está me olhando assim?
Charlotte a encarou com uma cara indecifrável:
_ Sabia que isso é magia negra?
_ Não... Magia negra, como..?...
Charlotte percebeu a mancada que deu. Aproveitou a cara assustada dela para corrigir o erro:
_ Eu estava brincando. Como assim "me acharam"?
Pela cara de Charlotte, estava muito claro que ela nem ao menos sabia o que significava a palavra "brincar". Mas Emily deixou assim, e tentou resumir sua vida desde que foi encontrada, até o dia que fora adotada pelos Hailey. Ela percebeu que Charlotte, não mudou sua expressão de rosto até chegarem na estação.
Depois que desceram do trem e entraram em uma espécie de carruagem, Charlotte ficou atenta e apontou para um barquinho que estava atravessando o lago.
_ Olhe aquele barco?
_ E se eu não quiser olhar? Ele afunda?
Charlotte não deu ouvidos para a garota e falou calmamente:
_ Naquele barco está o famoso Harry Potter.
_ Aquele que derrotou Você-Sabe-Quem? _ Num pulo Emily atropelou a garota da janela para poder ver.
_ Ele não o derrotou! _ murmurou Charlotte _ Só o deixou sem forças!
Pela primeira vez Emily percebeu a mudança no rosto de Charlotte e ficou assustada. Seus olhos passaram de frios e distantes para odiosos, zangados.
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Depois, no Salão Comunal, começou a cerimônia de Seleção. Emily estava distraída conversando com Catherine (sua colega) quando ouviu:
_ Harry Potter!
O menino mais famoso do mundo dos bruxos estava andando apressadamente para onde estava o Chapéu Seletor. Ficou um tempinho lá, até que ele gritou:
_ GRIFINÓRIA!
Charlotte estava calada, no seu canto. Um aluno novo chamado Draco Malfoy depois de ser selecionado para a Sonserina, se sentou ao seu lado. Ele também era loiro e seus olhos eram quase azuis. Ao seu lado estavam dois trasgos disfarçados de humanos, chamavam-se Cabble e Goyle. Ela conhecia o Sr. Malfoy, ele já havia vindo muitas vezes a sua casa, mas não sabia que ele tinha um filho.
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Emily era muito inteligente, mas Charlotte era muito mais. Ela tirava sempre as melhores notas. Além do mais o professor Severo Snape tentava puxar o saco dela, mas ela sempre cortava ele.
Charlotte e Emily se tornaram quase amigas. Se cumprimentava de vez em quando e até conversavam, mas mesmo assim Emily nunca a vira sorrir. Sempre quando alguém tocava no assunto do momento: "O menino que sobreviveu e derrotou o Lord das Trevas", ela saia ou mudava o rumo da conversa. Emily sempre se perguntava: "Por que ela é assim?" , mas não tinha coragem de perguntar a ela, porque Charlotte ainda a assustava com suas meias palavras e frases de duplo sentido.
Emily fez amizade com uma menina dentuça que estava no dormitório ao lado do seu. Hermione Granger do primeiro ano e amiguinha do Potter. Parece que eles ficaram amigos depois que enfrentaram um trasgo que interrompeu a festa do dia das bruxas. Ela era muito inteligente e estava sempre estudando.
Uma certa manhã, Emily estava tomando café, ao lado de Catherine, quando a revoada de corujas entraram pela janela. Pilcher, a coruja de seus pais, entrou e deixou cair em seu colo um pergaminho enrolado com uma fita azul. Ela abriu e leu:
Querida Emily:
Oi, filha. Estamos te mandando esta carta para avisar que estamos saindo de férias e vamos para o Egito. Assim que voltarmos mandaremos sua lembrançinha. E aí como está? Como vão as aulas? Se esforçando? Bom seu pai já está irritado com a demora. Mande beijos para Susan.
De sua sempre:
Mamãe.
_ Legal. Olhe Catherine, meus pais vão para o Egito.
_ Eu já fui. É muito legal mesmo.
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Charlotte entrou no seu dormitório. Ela o dividia com mais quatro meninas mal encaradas, que nesse momento estavam em volta da cama dela.
_ O que estão fazendo?
_ Essa coisa aí tá brilhando. O que é?
Charlotte ficou branca, era o seu medalhão.
_ É uma bugiganga que eu comprei numa feira. Ela tá quebrada. Charlotte pegou o medalhão e estava saindo quando uma das meninas perguntou:
_ Aonde você vai? Não podemos mais sair, já passou da hora.
_ Eu vou ao banheiro. _ Disse ela pegando a capa e fechando a porta.
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Naquela noite, Emily estava pensativa sem sono. Ela sentia uma latejação na mão esquerda. Sua garganta estava seca, ela levantou e pôs um pouco de água em um copo. Andou pelo quarto e parou na janela. Um vulto se movia pela neve lá em baixo. Era uma pessoa e estava com um capuz. Ela corria olhando para trás para ter certeza de que ninguém a seguia. Na corrida o capuz escorregou deixando a cabeça exposta por um tempo. O copo que estava na mão de Emily caiu num banque surdo, por sorte não quebrando. O vulto era Charlotte. E estava indo para a floresta proibida. Emily ficou nervosa. O que Charlotte estaria fazendo na Floresta Proibida à essas horas??? Resolveu ir atrás dela.
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Charlotte corria o mais que podia. A neve e o frio dificultava as coisas. "Porque hoje? Porque agora? Não podia se amanhã?", ela se perguntava a no caminho. Olhava de vez em quando para trás. Tinha medo. Se alguém a vi-se estava perdida. Tudo iria por água abaixo. Uma pedra no caminho, ela derrapou e seu capuz caiu. Ela o colocou rapidamente e se embrenhou na floresta proibida.
Ele estava lá atrás de uma árvore, apenas sua sombra a vista. Ela não sabia porque ele quis aparecer desse jeito. Talvez quisesse que acreditassem que ele estava mesmo muito fraco, e que não podia aparecer de outra forma.
_ O que quer?
_ Está na hora. Não posso esperar mais! Sabe como passar pelo cachorro?
_ Não!
_ O que adianta te mandarem aqui se você não me ajuda em nada?!
_ Claro que descobri alguma coisa importante.
_ O quê?_ perguntou a voz num tom de impaciência
_ Hagrid é o dono do cachorro. Ele jamais irá revelar como acalma-lo, a não ser se... _ Charlotte olhou desconfiada para ele. Havia uma mancha prateada em sua capa.
_ A não ser se o quê?!!!
_ Você bebeu sangue de unicórnio, Quirrel?
A sombra ficou em silêncio. Depois saiu de trás da árvore, com sua pesada capa arrastando no chão.
_ Sim! Algum problema?
_ Foi meu pai que mando você fazer isso?
_ Não, mas eu achei que assim ficaria mais fácil de acreditarem que ele estava rondando aqui por perto.
_ Isso pode dar confusão! Um unicórnio morto não é pouca coisa.
_ Está bem, está bem! Seu pai me dá ordens, não você. Agora me diga logo como passar pelo cachorro!
_ Hagrid gosta de beber, e tem facilidade de se embriagar. Quando está bêbado fala pelos cotovelos.
_ Tem certeza disso?
_ Absoluta! Você é um inútil Quirrel! Como fica com os professores já devia ter notado isso! Não sei como ele confia em gente como você e...
_ Cale a boca!!! _ Quirrel arrancou o medalhão da mão de Charlotte e o colocou na frente da garota que, num instante para o outro, ficou rígida como um estátua _ Seu pai me deu poderes extras. Inclusive o de dominar você . Achou que eu iria aturar uma menina metida a chata que nem você me dando ordens?! Estava muito enganada! _ Uma espécie de holograma mágico apareceu atrás de Charlotte e pôs as mãos nos ombros dela. Ele estava com uma capa preta escondendo o rosto, apenas olhos vermelhos parecido com os de cobras apareciam _ É assim que os idiotas de Hogwarts pensam que seu pai está hoje! Não é assim que ele é Charlotte?! Um monstro, não é?! Há! Há! Há! Há!!!!!!
_ Não... Ele não é um monstro... _ Uma voz sussurrada tentava passar pelos lábios cerrados dela, e lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto.
_ O que é isso Charlotte! A herdeira está chorando? Quirrel limpou as lágrimas do rosto dela com um sorriso irônico. _ Você não devia chorar. Seu pai iria se decepcionar vendo você demostrando fraqueza contra simples palavras.
_ Charlotteeeeeee!!!!!!!!!
_ Quem está aí? _ Quirrel ficou branco.
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Emily entrou na floresta proibida. Sabia que isso seria o suficiente para a expulsarem da escola, mas ela sabia que decididamente alguma coisa estava errada. Ouviu vozes e viu Charlotte falando com alguém. Tentou chegar mais perto para ver que era. Sua cicatriz doída muito, uma dor que quase a cegava, mas ela se mantinha firme. Quem era aquele? O Prof. Snape? Não. Não era tão feio. Mas quem? Era o... Sim, era o Prof. Quirrel!!! Mas o que ele fazia ali? E Charlotte?
Viu então, nas mãos do Professor, um medalhão, roxo e verde, e Charlotte olhando para ele como uma estátua. Um segundo depois, uma capa preta com olhos grandes e vermelhos, iguais a de uma cobra apareceu por trás de Charlotte. Emily não agüentava a dor na mão. Quirrel ria de alguma coisa, mas ela não consegui ouvir o quê ele falava. Não se conteve e gritou:
_Charlotteeeeeee!!!!!!!
Emily viu, então, os grandes olhos desaparecerem e ouviu Prof. Quirrel gritando:
_ Quem está aí?!!!!
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Charlotte caiu no chão. Lágrimas ainda escorriam pelo seu rosto e ela sussurrava:
"Não... ele não é um monstro!" .
_ Levante-se! Rápido! _ Quirrel a puxava pelo braço sussurrando nervoso _ Viu quem era?
Charlotte tinha reconhecido a voz de Emily, mas não quis contar:
_ Acho... acho que sim.
_ Então a encontre, quem quer que seja! De um jeito nela o mais rápido possível! ... E pare de chorar!
Ela levantou-se, com seus olhos azuis trovejando de raiva:
_ NÃO ESTOU CHORANDO!
Charlotte apontou a varinha para Quirrel, que foi jogado para trás e bateu com a cabeça em uma árvore. Ela pegou-o pelas vestes e disse com os dentes cerrados:
_ EU NÃO SOU MAIS UMA MENININHA! SE DUVIDAR SOU PIOR QUE MEU PAI! NÃO SE ATREVA A FAZER ISSO NOVAMENTE, OUVIU BEM?!!! _ Quirrel balançou a cabeça positivamente. Ela deu um sorrizinho de desdém e disse colocando a varinha na ponta do nariz dele _ Eu fui treinada para destruir pessoas. Está se esquecendo disso... SERVO?!!!! _ Ela o soltou _ Não me obrigue a começar a fazer isso antes do tempo. Entendeu? _ Ela virou de costas e falou _ Ah! Tem mais uma coisa _ Ela voltou-se novamente com um sorriso endiabrado _ Espere só até meu pai saber do que você o chamou. Ele não gosta nada, nada que fiquem falando mal dele pelas costas!... Adeusinho! _ Ela saiu rindo deixando um Quirrel quase inconsciente para trás.
_ Você não vai... n-não vai contar...?... Não Cha-charlotte! Por favor! Eu faço qualquer coisa! POR FAVOR!!!!
Ela apenas sorria ouvindo Quirrel berrar suplicando enquanto voltava para o castelo.
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Emily correu o quanto pode. A dor era insuportável. Será que Quirrel tinha a reconhecido? Chegou no quadro da mulher gorda e disse ofegando:
_ Chi...fre de u...nicór...nio!!!
A porta abriu e ela entrou cambaleando na Sala Comunal e viu, sentados: Harry, Hermione e um ruivinho.
_ Está tudo bem Emily?_ perguntou Hermione
_ Me... me... a ..... jude....
Tudo ficou preto.
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Charlotte entrou dentro do quarto novamente com cara de quem passou horas numa fila de trânsito barulhenta. As outras garotas ainda estava esperando ela voltar:
_ O que você foi fazer? Por acaso ficou presa no vaso? _ Todas riram. Charlotte fuzilou com os olhos a menina que falou. Ela ficou quieta e se seguiu o silêncio das outras.
_ Não interessa a ninguém o que eu faço ou deixo de fazer! _ Disse ela indo para sua cama.
Seus ossos estavam doloridos. Ela já tinha passado por vários testes de resistência que a acostumaram com esse tipo de dor. Mas tinha consciência de que um feitiço de magia negra como o que Quirrel usou poderia matar uma pessoa normal. Ela sorriu orgulhosa de si mesma: "Mas eu não sou normal!"
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Harry, Hermione e Rony estavam sentados na Sala Comunal da Grifinória quando o quadro com a mulher gorda se abriu, e lá de fora apareceu uma menina, alta, magra, cabelos castanhos e com os olhos mais verdes que esmeraldas. Estava branca, com uma cara horrorizada. Hermione parecia saber quem era:
_ Está tudo bem Emily?
_ Me.....me.....a ......jude...
A menina capotou no chão. Os três saíram correndo e se puseram em volta dela:
_ Harry, Rony, levem ela até a enfermaria. Se madame Pomfrey perguntar alguma coisa, digam, hum..... que ela desceu as escadas, pediu ajuda e desmaiou.
_ Certo!
Enquanto Hermione foi tentar verificar se a coisa de quem Emily estava fugindo ainda estava lá fora, Harry pegou Emily pelos braços e viu a cicatriz dela.
_ Olhe Rony. Uma cicatriz em forma de meia-lua. Estranha né!
_ Vamos Harry!!!
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Emily acordou. Olhou para o teto e não o reconheceu. Sentou-se na cama e ouviu:
"Não Dumbledore, ela está bem. Foi apenas um desmaio ...Não, Não se preocupe."
Ela havia desmaiado. Como foi parar ali? Quem a levou? Lembrou-se: Harry, Hermione e o ruivinho. Ela pediu ajuda para eles. Sim foram eles. Sua linha de pensamento foi cortada pela voz da Madame Pomfrey.
_ Já acordou? Pensei que não iria acordar tão cedo.
_ O que Dumbledore estava fazendo aqui?
_ Soube do seu desmaio e se preocupou. Se acostume. Ele é sempre assim.
_ E quem me trouxe aqui?
_ Ah, sim. A Srta. Granger e os Srs. Potter e Weasley te trouxeram. Estava parecendo um fantasma de tão branca. Eles falaram que você desceu as escadas pedindo ajuda e desmaiou. Estava sentindo o quê? Dores? Aonde?
Emily mostrou a cicatriz e disse que dali vinha a dor e que era insuportável. A enfermeira olhou atentamente para a mão da garota e disse:
_ Você vai ficar mais uns dias em observação. Agora coma este chocolate e durma.
Emily comeu e adormeceu.
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Teve um pesadelo horrível. Sonhava que estava na Floresta Proibida. Charlotte apareceu do nada correndo e machucada. Estava com a cara roxa e inchada, como se tivesse apanhado. Ela agarrou-se em Emily e gritou ofegando quase desmaiando: "Ele não me ouve mais! Vai chegar!!!! Agora! Fuja! Por favor, ele está vindo!!!!! ELE VAI PEGAR VOCÊ DOIS, FUJA COM HARRY! FUJA!!!!!!!!
Então um flash de luz verde a atingiu nas costas ela foi fechando os olhos devagar ainda dizendo para eles fugirem. Ela deslizou pelas vestes de Emily e caiu no chão inconsciente.
Emily acordou suando e assustada, quando viu do seu lado, junto com Hermione, Rony (agora ela sabia o nome) e Harry Potter.
_ Que bom que acordou. Já estava me preocupando._ disse Madame Pomfrey_ Hermione, Harry e Rony queriam vê-la_ e disse olhando para os três_ Não demorem.
_ Oi Emily. Está se sentindo melhor?
_ Sim, eu estou bem! Não precisam se preocupar.
Harry e Rony olharam para os lados e sussurraram:
_ Onde estava ontem à noite?
_ Por acaso viu o Fofo?
_ Quem?
_ Harry!! Rony!!! Não estão vendo que ela está tentando se recuperar?_ Disse Hemione cutucando os dois _ Não importa onde estava, mas sim que ela está bem.
_ Eu, hum... Fui ver minha irmã.
_ Pronto meninos. Ela tem que descansar.
_ Melhoras!!! _ os três falaram juntos.
_ Muito bem, querida. Talvez amanhã você já poderá sair.
Emily dormiu e teve outro pesadelo. Sonhou que ela, estava amordaçada com as mãos e os pés amarrados. Não reconheceu o lugar que estava, era uma espécie de sala, com colunas enormes, rodadas por cobras de pedra. Uma luz pálida vinda dos olhos de uma pessoa, denunciava a presença de alguém nas sobras perto dela. De repente ela ouviu uma espécie de assobiou e Charlotte entrou olhando firme para as sombras. A pessoa começou a assobiar também, e Charlotte respondia com o mesmo som. Até que ela gritou: "NÃO! VOCÊ NÃO É MAIS QUEM ERA! A SEDE DE VINGANÇA SUBIU A SUA CABEÇA! EU NÃO...
Os olhos de Emily se arregalaram, a pessoa que estava nas sombras apareceu era... era?... a garota não conseguiu reconhecer. A sua cara estava irreconhecível. Ele falou algumas palavras e a varinha de Charlotte voou para a mão dele. E dando uma risada fria, novamente lançou o raio verde.
Uma voz suave a acordou:
_ Emily, hora de levantar. Já está liberada.
Emily levantou mais cansada do que antes. Vestiu-se e foi para o dormitório feminino. Chegando lá Catherine a chamou:
_ Você está melhor? Como você foi parar na enfermaria? O que houve?!
_ Não foi nada demais. Só um desmaio.
_ Ah, teve uma menina que te procurou. É da Sonserina. Se chama...hum...ah, é uma tal de Charlotte.
_ Obrigada.
_ Vai descer?
_ Já vou. Primeiro vou me trocar.
_ Vá rápido. Nossa primeira aula é com o Snape.
_ Tudo bem. _ Disse ela desanimada
_ Primeira aula com o Snape e está tudo bem? Acho que você bateu a cabeça antes de desmaiar!
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E agora?
Emily estava na enfermaria. E se ela conta-se para alguém? Não podia correr o risco, tinha que falar com ela o quanto antes. Nos seus treinamentos, ela aprendeu que em caso de um espião, deveria elimina-lo imediatamente. Mas, matar Emily? "Eu sou uma idiota! EU NÃO POSSO TER PIEDADE DE NINGUÉM!!!! Não importa se...se ela for... única pessoa que... ". Charlotte bateu com o punho na mesa.
_ Algum problema Srta. Ollest?
_ Não professora! Desculpe, eu me distrai.
Charlotte tinha vontade de dar um soco na sua própria cara. "Eu sou uma imbecil! Idiota, idiota, idiota!". Charlotte olhava para seu livro, mas não prestava atenção na professora Minerva.
_ Estão dispensados. Podem sair, e não se esqueçam de treinar! Semana que vem quero todos sabendo transformar penas em minhocas.
No empurra-empurra para entrar no salão principal, Charlotte esbarrou com um menino loiro, era Draco.
_ Será que você é cega?
_ Não me enche!!! _ Berrou Charlotte mal humorada, não parando para ajuda-lo.
_ Doida! _ Murmurou Draco ajuntando seus livros do chão.
Ela continuou andando. Foi direto para o seu dormitório e jogou os livros em cima da cama. Ela olhou para o nada e disse:
_ Eu preciso falar com ela! Agora!!! _ E saiu correndo.
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Emily não viu Charlotte na mesa da Sonserina. E tomou um susto quando ouviu a voz dela vinda o seu lado.
_ Eu preciso falar com você! É urgente! Por favor me siga.
Emily obedeceu e se levantou. Ela seguiu sem perguntar nada, sabia que alguma coisa iria acontecer. Elas pararam na frente da porta do banheiro da murta que geme e entraram. Charlotte se virou e olhou para Emily:
_ Me desculpe! _ Ela apontou a varinha para a cabeça dela.
_ Charlotte? _ Emily perguntou assustada _ O que você vai fazer?
Charlotte não respondeu.
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Charlotte corria pelos corredores. Não sabia certo para onde estava indo e muitas vezes teve que parar para ver onde estava. Precisava encontrar Emily. Teria que mata-la, não tinha outro jeito. "Mas?..." Ela parou no meio de uma escada com cara de quem acabara de descobrir que a terra girava em torno do Sol. " É! É isso!" Ela deu meia volta e começou a correr rindo, ia direto para o salão o principal. "Matar vai ser muito óbvio, e muito suspeito. Preciso é de uma outra coisa!" . Ela escondeu a varinha nas vestes e tentou se acalmar. Entrou no salão e seguiu para a mesa da Grifinória.
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_ Charlotte? _ Perguntou Emily novamente sentindo suas pernas amolecerem.
Charlotte sorriu e gritou:
_ Obliviate!
Emily ficou congelada por um tempo, depois olhou confusa para os lados:
_ O que estou fazendo aqui?
_ Sua louca!
_ O que foi?!
_ Eu chamei você para me ajudar com um dever e você me arrasta até aqui para contar que você desmaiou por causa de um garoto?
_ Contar? ..Um garoto?... Eu não me lembro...eu...
_ Era só o que me faltava! Sabe não preciso mais que você me ajude, eu já me lembrei qual era o feitiço. Tchau!
Charlotte saiu e deixou para trás uma Emily meio perdida.
_ Hã... que estranho... garoto?
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"Naquele ano Harry Potter entrou para o Time do Quadribol. O menino mais jovem do Quadribol.
Quirrel era espião. Não ficamos sabendo direito do que aconteceu, mas parece que o trio alegria, Rony. Harry e Mione, salvaram a escola do Lord das Trevas. E com isso, Grifinória ganhou a tão cobiçada taça das casas. E mais uma vez eu vi Charlotte indo embora na carruagem sem cavalos..."
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