O aniversário de Lilly
Ai vai o Capítulo, espero que gostem das mudanças. Boa leitura
O aniversário da Lily
- JJ! Acorde JJ! – ele escutava ao longe uma voz doce chamando-o, mas a cama estava tão maravilhosa... – JJ, vamos lá, você tem que sair... – a voz agora se aproximava a cada palavra, mas ele ainda não queria acordar – Acorde, JJ! – e então ele sentiu um toque quente e gentil em seu rosto
- Hã... – ele abriu os olhos e viu uma mulher de aparentemente 30 anos cabelos escuros como a noite e olhos azuis como um mar cristalino – Nina? – perguntou ainda tonto pelo sono.
- É, querido, sou eu... – disse ela sorrindo-lhe e tirando a coberta do garoto enquanto levantava-se da cama do garoto – Agora se levante. Sua mãe não acordou de bom humor hoje... – disse enquanto se direcionava à maior janela do quarto.
- Não a chame de minha mãe, minha mãe é você! – disse o menino enquanto sentava-se na cama.
- Tudo bem, meu amor, como quiser. Agora se levante e vá se banhar. – disse ela enquanto voltava até o garoto lhe dando um beijo na testa. – Não vá voltar a dormir, ok?
- Ok, vou tomar banho e já desço. – disse ele sorrindo enquanto ele fechava a porta do quarto.
Sem ter muita escolha, ele levantou-se e se arrastou até o banheiro, demorando-se por lá o maior tempo que conseguiu. Tendo penteado o cabelo três vezes e sem ter mais nada que o prendesse ao quarto, respirou muito profundamente e saiu do quarto.
Ao chegar ao térreo se dirigiu à sala de refeições da maldita e extremamente bem-arrumada casa que tanto detestava, já faziam 5 anos que via aqueles malditos ornamentos, troféus e outros objeto que sua mãe fazia questão de evidenciar para todos que eram convidados à comer naquela casa.
Ao finalmente chegar à sala, encontrou a mesa desnecessariamente grande, minimamente ocupada, por uma menininha loira e linda sentada no meio da mesa e uma senhora extremamente bem-vestida e glamourosa sentada na extremidade oposta à visão de Jason.
- Por que demorou tanto pra descer? – disse a senhora à guisa de bom dia enquanto lia o jornal, sem realmente prestar atenção ao garoto.
- Bom dia pra Sra. também – respondeu o garoto com escárnio – e demorei porque estava arrumando minha mochila. – ele deu uma desculpa qualquer, uma vez que tinha certeza de que não faria diferença o que respondesse. – Bom dia Angel. – se dirigindo à loirinha com um sorriso.
- Angela – a mulher pronunciou corrigindo-o
- Bom dia, Angela. – disse à contragosto enquanto se sentava.
- Bom dia. – disse uma garotinha de mais ou menos 10 anos, olhos azuis, sorrindo timidamente, para que a mãe não visse.
- Andem logo, não quero ver meu dia ainda mais atrapalhado por causa do... Bem, por causa dele. – e começou a se levantar – Nicole, vou pro meu gabinete agora. Quando eles estiverem prontos pra sair, mande alguém ir me avisar e levar meu sobretudo. – E levantou-se se retirando da sala.
- Sim, Madame. – Nina respondeu, sem necessidade, pois a patroa foi saindo da sala sem esperar que suas ordens fossem descumpridas.
Quando a senhora saiu da sala, JJ virou-se finalmente para seu prato e começou a enchê-lo com tudo o que mais gostava.
- Vou subir, pra verificar está tudo certo com seus pertences e buscar o sobretudo da Madame Parkinson. Portanto comam e vão para o hall. – disse Nina se dirigindo à porta da saída da sala – Me encontrem lá, ok? – disse se virando para as crianças que acenaram positivamente com a cabeça.
Quando Nina os deixou a sós, Angel se dirigiu ao irmão:
- Jay, a comida não vai sair correndo, sabia? – disse ela rindo um pouco de como o irmão atacava o prato de comida à sua frente. – Ela te deixou comer ontem? – perguntou a garota transformando a expressão divertida em preocupada.
- Não, ela não deixou, mas eu também não pediria... – disse JJ depois de engolir o que mastigava – Não se preocupe com isso, ok? Eu estou bem agora.
- Agora, Jay. Você devia contar essas coisas ao papai... bem, pelo menos ao Cyg. – disse ela ainda com a expressão preocupada.
- Sabe que não vou falar nada pra ele! – disse ele sem ser capaz de pronunciar outra palavra ao se referir a seu pai – E também não posso ficar preocupando o Cyg com coisas assim... – mas foi interrompido pela irmã.
- Coisas assim que podem deixar você doente! – interrompeu a loirinha indignada.
- Não vou dar a ela o gostinho de saber que me deixou doente ou algo assim!
- Você vai acabar tendo algum problema de saúde! – insistiu a menina.
- Vamos parar de falar sobre isso, ok? – disse ele dando o assunto por encerrado e continuou percebendo que a irmã ia insistir – Recebi uma carta de Cyg ontem. – comentou a fim de mudar radicalmente o foco da conversa.
- Sério? – perguntou a menina desconfiada de que o irmão estivesse apenas tentando mudar o assunto.
- Sério. – ele respondeu sorrindo afetivamente, provando a irmã que não mentia. – Ele disse que não conseguiu escrever para os dois, mas mandou muitos beijos pra você.
- Quando ele volta? – perguntou a menina animada com a ideia da comunicação do irmão em 3 semanas.
- Ele disse que em dois ou três dias estará de volta. – disse sorrindo ao ver a animação da irmã.
- Ele já sabe que não estaremos aqui? – perguntou a menina preocupando-se.
- Já sim. – respondeu o menino tentando recuperar o sorriso abalado da menina a sua frente – Bom, agora que eu acabei de matar quem estava me matando, é melhor irmos, ou vamos escutar as reclamações daquela mulher a viagem inteira.
- Tem razão – disse a menina sorrindo para o irmão e indo encontrá-lo na saída da sala.
- Então, me daria o prazer de acompanhar-me senhorita? – disse o menino fazendo uma reverencia extremamente exagerada e cômica para a menina.
- Adoraria acompanhá-lo, jovem senhor – disse a menina entrando na brincadeira do irmão, e sorrindo muito com ele, enquanto se dirigiam ao hall de entrada da casa.
Ao chegarem encontraram Nina dando as últimas instruções aos demais empregados da casa e aos elfos domésticos.
- Ah, vocês chegaram meninos! – disse virando e sorrindo para os dois. – Vivian, vá ao escritório, avise a Srta. Parkinson que já está tudo pronto e leve isto para ela, sim?
- Claro, Nina.
- Obrigada. – disse sorrindo enquanto a moça se dirigia ao escritório da patroa – Bem, agora, venham aqui vocês dois pra colocarmos seus casacos. – disse ela enquanto pegava os casacos dos meninos para vesti-los.
E quando a mãe dos garotos chegou, encontrou Nina, arrumando os casacos de seus filhos e acariciando seus pequenos e alvos rostos.
- O que estão esperando para abrir a porta? – perguntou virando-se para o grupo de empregados que ainda estava alinhado próximo a saída da casa.
E ao ouvirem a voz da patroa dois deles abriram as porta e se postaram nas laterais.
- Vamos embora! – disse Srta. Parkinson seguindo para fora da casa.
E então, Nina pôs as mãos sobre os ombros dos meninos e os guiou até o carro onde o motorista esperava com a porta aberta que os três entrassem.
- Entrem de uma vez! – disse a senhora impaciente de dentro do carro.
Mesmo que a contragosto, as duas crianças entraram no carro, sendo seguidos por Nina.
A viagem não foi particularmente divertida, pois nenhum dos dois se atrevia a falar com Nina, nem entre si e obviamente não com a mãe. Se limitaram a simplesmente ver a paisagem ir mudando a medida que aproximavam do destino.
Quase 20 minutos depois o carro desacelerou e finalmente parou. Então, logo em seguida o motorista desceu e abriu a porta para que a patroa saísse e logo depois as crianças e Nina.
Ao saírem do carro, as crianças mais uma vez encararam a casa branca, enorme e da qual tantas lembranças guardavam.
Então, antes de seguirem, a morena simplesmente parou e dirigiu-se especificamente aos filhos:
- Antes de passarmos por este portão... – ela olhou ameaçadoramente para as duas crianças – Já sabem o que vai acontecer se disserem a ele coisas que não devem ser ditas, não sabem? – concluiu ela olhando significativamente para JJ.
- Sim, Sra. – responderam os meninos em uníssono.
- É bom que saibam mesmo. Vamos. – disse a mulher atravessando o portão e sendo seguida pelos dois meninos e Nina enquanto o motorista continuava de pé ao lado do carro.
Logo depois de a campainha da casa tocar um elfo domestico veio até a porta e a abriu.
- Srta. Parkinson – ele fez uma reverencia – Jovem Senhor Malfoy – ele fez outra reverencia – Srta. Malfoy – ele fez a última reverencia no que Angel lhe cumprimentou com um aceno da cabeça e um sorriso tímido sem que sua mãe percebesse – Podem entrar. O Sr. Malfoy esta na sala de estar – disse o elfo enquanto as duas mulheres e as duas crianças atravessavam o hall.
Quando chegaram a simples, porem belíssima sala encontraram um senhor de aparência cansada, com seus outrora cabelos loiros alinhados, usando uma roupa simples, mas elegante sentado em uma poltrona próximo a lareira lendo um jornal.
- Draco – disse a Srta. Parkinson em tom solene para lhe informar da sua chegada, que passara despercebida pelo senhor.
Rapidamente o homem se pôs de pé, dobrando o jornal e aprumando-se.
- Bom dia, Pansy – disse num tom também solene. Então virando-se para as duas crianças sorriu – Olá Angel – disse aproximando-se da filha que foi ao seu encontro lhe saudar com um abraço. – Como você cresceu, meu amor! Está enorme! – disse ainda sorrindo para a menina que retribuiu. E voltando-se para o garoto exclamou, ainda sorrindo – Olá JJ! – e ao se aproximar do filho este lhe recebeu com a mão estendida. – Ah, bem... – disse Draco aceitando a oferta do garoto e apertando-lhe a mão.
- Espero que cuide bem dos meus filhos, Malfoy! – disse a Srta. Parkinson com um leve sorriso, que sempre esboçava ao assistir um encontro entre seu ex-marido e seu filho do meio.
- Eles também são meus filhos, Pansy, mesmo que você insista em dizer o contrário – disse ele em um tom falsamente gentil.
- Espero encontrá-los da forma que os deixei quando vier buscar Angelica e os outros dois quando voltarem de Hogwarts.
- Vocês os encontrará da melhor maneira possível, Pansy
- Assim espero, Malfoy... Assim espero.
E então nesse instante o elfo doméstico se pôs na entrada da sala
- Senhor, os pertences de seus hóspedes já estão em seus devidos locais.
- Ótimo, Tobby, bom trabalho. Agora, será que poderia, por favor, acompanhar a Srta. Parkinson até a saída?
- Claro Sr. – disse o elfo fazendo uma grande reverencia ao Sr. Malfoy e se voltou para a Srta Parkinson, esperando que ela o acompanhasse.
- Bem, então, adeus, Malfoy.
- Adeus, Pansy.
- Fique de olho neles, Nicole!
- Sim, Sra.
E, com isso a Srta. Parkinson saiu sendo acompanhada pelo elfo.
- Ah, Nina, me desculpe, por não tê-la cumprimentado, mas..
- Tudo bem, Sr. Malfoy, não se preocupe com isso... Eu entendo. A Srta. Parkinson tem esse poder sobre a maioria das pessoas.
- Você tem razão. Pansy é inacreditável. – disse ele se voltando agora para as crianças – Bom, agora que a mãe de vocês já foi, o que acham de subirem até seu quarto, porem uma roupa mais leve e descerem para irmos a um aniversário?
- O que devemos vestir? – perguntou Angel animada com a ideia de sair com parte de sua família.
- Bem, algo que seja mais leve, querida. É um aniversário de uma menina. A filha de um amigo meu. – esclareceu o pai para a menina, sorrindo com a animação da pequena.
- Bem, vamos subir, meninos, vocês precisam se trocar... – se pronunciou Nina, chamando as duas crianças.
- Você também, Nina. – Interrompeu o Sr. Malfoy.
- Mas, Sr. Malfoy... – tentou argumentar a moça
- Não tem mais, nem menos, Nina, você não vai ficar aqui enquanto vamos nos divertir em uma festa. Você vai conosco e não aceito discussão! –disse o homem categoricamente. – Agora subam logo e vão se trocar, ou chegaremos atrasados. – disse ele sorrindo para os três e incentivando-os a subir.
Alguns minutos depois, devidamente vestidas Nina e as crianças se encontraram com o Sr. Malfoy que os esperava já pronto no hall.
- Vamos, então? – perguntou o pai animado sorrindo para os filhos e Nina.
- Vamos! – disse Angel sorrindo e se jogando nos braços do pai.
JJ sorria ao ver a menina feliz, amava aquela loirinha, mas ao ver o pai sorrindo para ele seu próprio sorriso morreu, então ele terminou de descer as escadas, passou pelo pai e, abrindo a porta saiu de casa.
Com uma expressão afetada depois da reação do filho, Draco se direcionou a porta ainda com a filha no colo e sendo seguidos por Nina.
- Vamos aparatando até esse endereço, tudo bem, Nina? – disse Draco entregando a Nina um pedaço de papel com um endereço anotado enquanto iam ao lado de fora da propriedade, de onde poderiam aparatar.
- Sim Sr., levo JJ e o Sr. a Angel? – perguntou a moça quando chegaram a JJ que estava parado na entrada da propriedade esperando.
Draco sinalizou positivamente para a pergunta da jovem quando todos se reuniram a JJ.
Sem esperar muito mais, Nina seguiu aparatando com JJ e Draco com Angel.
Quando o ar retornou a seus pulmões estavam parados em frente à uma bela casa azul de um bairro realmente organizado e obviamente bruxo.
- Onde estamos papai? – perguntou Angel quando foi posta no chão pelo pai ao chegarem.
- Estamos na Villa Fênix, na casa de um amigo meu. – respondeu o pai sorrindo para a menina enquanto se encaminhavam para a entrada da casa.
Quando o senhor bateu à porta, logo surgiu uma elfa doméstica que veio recepcioná-los.
- Olá senhor Malfoy! – disse ela fazendo uma exagerada reverencia – os meus Srs. estão a sua espera – disse ela ao se levantar.
Então logo a elfa os guiou em direção à sala de estar da casa onde encontraram uma senhora extremamente elegante e bem-vestida e de aparência bastante jovial sentada no sofá lendo um livro de aparência antiga, embora bem-cuidado.
- O Sr. Malfoy acaba de chegar, Sra. Weasley. – disse a elfa chamando a atenção da senhora.
- Ah, Obrigada, Kirby. – disse ela sorrindo para a elfa, ao notar sua presença – Poderia, por favor, ir chamar Ron e os meninos? – perguntou ela enquanto se levantava.
- Sim, Sra. – disse a elfa fazendo uma reverencia e se retirando da sala.
- Como vai, Draco? – disse a moça sorrindo ao dirigir-se ao senhor.
- Não tão bem quanto você, Hermione, com certeza, está cada vez mais linda. – respondeu educadamente o senhor pegando a mão que ela lhe oferecia e beijando-a.
- Pare de dar em cima da minha mulher, Doninha Albina! – disse um Sr. ruivo descendo a escada da casa e apontando sua varinha para o loiro
- Ora, ora, ora se não é ruivo mais sortudo que conheço, por de casar com esta bela mulher – disse Malfoy olhado de soslaio e sorrindo para Hermione e também pegando sua varinha ao se voltar de novo para o ruivo. – Sinceramente, ainda não entendi o que ela viu em você, Cenoura.
E então a cena começou a ficar bastante bizarra, os dois homens, de varinhas em punho caminhavam lentamente em direções convergentes e iam, a cada passo que davam deixando as duas crianças e Nina mais e mais preocupadas, sem saber ao certo se aquilo se tratava ou não de uma brincadeira.
Quando a varinha do Sr. Weasley já estava apontada para o coração do loiro e vice-versa, ambos abaixaram as varinhas e se viraram para as crianças, Nina e Hermione, de braços cruzados olhando para ambos de forma inquisitorial.
- O que vocês acham que estão fazendo? E se seus filhos o virem apontando a varinha para ele, Ronald? E você? Seus filhos assistiram essa cena... – a Sra. Weasley começou a andar perigosamente em direção ao marido e ao Sr. Malfoy
- Calma, Hermione! Estávamos só brincando... – disse o Sr. Weasley com bastante cuidado e prestando demasiada atenção à varinha da mulher, no bolso interno de seu casaco.
- Brincando, Ronald Weasley! – disse ela andado ainda perigosamente na direção do ruivo que recuava – Eu vou lhe dizer o que é uma brincadeira... – e enquanto eles discutiam o Sr. Malfoy aproveitou a deixa para se afastar.
- Não liguem pra isso, crianças, eu devia ter lhes alertado, mas... – disse ele, mas foi interrompido por um tom mais alterado da Sra. Weasley.
- Eu vou subir pra buscar nossos filhos antes que suas brincadeiras... – e sua voz oi sumindo escada acima.
- Está bem, Hermione, me desculpe... – disse o Sr. Weasley, embora já desconfiasse que a mulher não lhe ouvira, não sabendo ao certo se pela distancia ou pelo poder de seu próprio discurso. Então se voltou para Draco dizendo: – É bom vê-lo, Draco! Mas tenho de lhe avisar que essa suas brincadeiras com Mione ainda vão acabar em prejuízo pros dois lados... – disse ele com ar de quem sabe das coisas.
- Pros dois lados? – perguntou o loiro intrigado.
- Claro, eu te azaro e depois passo uma semana dormindo no sofá – disse como se fosse a coisa mais obvia causando risadas em ambos. – Ah, quem são esses? – disse sorrindo para as crianças e Nina.
- Ah, desculpe... Estes são meus filhos, Angelina e Jason e esta é Nicole Mason, Pansy a designou para ficar de olho em mim e os garotos...
- Tarefa difícil, hein? – disse o Sr. Weasley sorrindo simpático – Prazer, Ron Weasley. – oferecendo a mão a Nina – E vocês dois! Da ultima vez que os vi devia ter o que? Quatro anos, Draco? – disse sorrindo para os meninos.
- Angel, sim, mas acho que Jason devia ter cinco... – começou o Sr. Malfoy
Então eles ouviram passos na escada e todos se voltaram para uma menina ruiva, vestida com uma calça e uma camisa meio solta, com seus cabelos volumosos como o de sua mãe, mas tão vermelhos quanto os de seu pai, tal como as sardas, idênticas as dele, que vinha descendo as escadas sorrindo para todos.
- Olá Sr. Malfoy! – cumprimentou a menina ao se aproximar do grupo.
- Ah, olá Sarah – disse Draco cumprimentando a recém-chegada – Como vai? – disse abraçando a menina quando ela chegou.
- Vou muito bem, obrigada! – disse quando se separou do senhor.
- Bem, deixe-me apresentá-la. Essa é Nina e estes são meus filhos – disse mostrando os meninos.
Sarah se aproximou de Nina e a cumprimentou com um aperto de mão e um belo sorriso, então virou-se para Angel e disse:
- Olá, como se chama? Meu nome é Sarah Weasley! – e sorriu para ela também oferecendo-lhe a mão, enquanto os adulto se afastavam conversando.
- Angela Malfoy, mas pode me chamar de Angel, prazer – disse Bia apertando a mão oferecida por Sarah e também lhe sorrindo.
Então a menina virou-se para o garoto. Quando seus olhos se encontraram, azul e cinza, eles analisaram bem um ao outro, sorriram e Sarah, lhe ofereceu um cumprimento dizendo:
- Sou Sarah Weasley. E você, como se chama?
Então, diferentemente das duas anteriores, Jason não apertou a mão da garota, mas a pegou de forma delicada e abaixou-se até ela.
- JJ Malfoy, realmente encantado! – disse enquanto erguia-se de novo depois de ter beijado a mão da menina.
- JJ? – perguntou confusa para disfarçar o rubor em seu rosto
- É, uma abreviação... – mas interrompido pelo Sr. Weasley.
- Sarah, querida, sua mãe disse quando desceria? – disse o senhor ruivo se dirigindo à sua filha.
- Ela só estava tentando fazer Scott trocar de roupa, mas conhecendo a mamãe como eu conheço, acho que não deve demorar pra ela descer com ele.
- E aqui estou eu! – se pronunciou a senhora descendo as escadas junto com um garoto com mais ou menos a mesma altura de Sarah, com os cabelos castanhos e, em textura, muitíssimo parecidos com os do pai.
- Hey, Sr. Malfoy, como vai? – cumprimentou o menino mudando a feição irritadiça por uma animada.
- Muito bem, Scott, e você? – disse o loiro cumprimentando o menino com toque de mão.
- Estava ótimo, até alguns minutos atrás... – disse ele olhando de soslaio para a mãe.
- Acho que podemos ir, não? – perguntou Hermione olhando para o relógio, ignorando completamente o comentário do filho.
- Mione, vai levar os meninos, não vai, meu bem? – perguntou Ron cauteloso, conhecia bem a mulher que tinha. Ela ainda não esquecera a ‘brincadeira’.
- Vou Ronald – respondeu Hermione falsamente séria. E voltando-se para Draco indagou: - E seus filhos, Draco?
- Se você não se importar em acompanhá-los, seria bom que Nina e os meninos foram com você, já que vou ter que acompanhá-lo, não Ron? – disse Draco olhando da Sra. Weasley para o Sr. Weasley.
- Eu lhe disse que Harry pediu que nós dois fossemos.
- Ok, então... – e virou-se para os filhos – JJ, Angel vocês terão que ir com Nina e a tia Mione, certo?
- Está bem, pai! – disse Angel, pois JJ não se pronunciava.
E ao ouvir isso ele deu um beijo na testa da sua filha, pôs a mão sobre o ombro do filho e disse a Nina que tomasse conta deles e que não demoraria, logo depois saiu da casa acompanhando o Sr. Weasley. E lá fora desaparataram.
- Vamos de rede de flu, mãe? – perguntou Scott assim que o pai desapareceu no jardim.
- Vamos, sim, querido. Vá na frente. – disse ela tirando de uma bolsinha de contas um saco com pó de flu e oferecendo ao menino. – É melhor, que você vá na frente, assim poderei manter os dois em você, o maior tempo possível.
- Sim Sra.! – respondeu o garoto pegando um punhado de pó e se dirigindo a lareira – A TOCA! – gritou ele lançando o pó ao chão.
Sem um motivo aparente surgiram uma baforada de chamas verdes que envolveram e sumiram com Scott.
- Acho melhor eu ir agora, antes que ele se meta em confusão... Nina, você manda as crianças de Draco primeiro e vai depois. Sarah pode ir por ultimo. Ficarei esperando vocês lá. Tome querida. – disse ela entregando a filha o pó de flu, tendo pegado seu punhado e se dirigindo à lareira. – A TOCA! – disse ela repetindo as ações do filho e também sumindo.
- Bem, vá na frente, Angel. – disse Sarah oferecendo o pó à loirinha que olhou para o irmão temerosa, mas ao receber um sorriso e um incentivo com a cabeça, foi até a ruiva e repetindo os passos de Scott e da mãe despareceu.
- Vá na frente, Nina, pra não deixar Angel sozinha. – sugeriu JJ, assim que viu as chamas verdes engolirem sua irmã; ele realmente odiava deixar a loirinha sozinha, mesmo que por tão pouco tempo.
- Está bem, mas você vem imediatamente depois de mim, ouviu? – disse ela olhando bem para o menino e se dirigindo à menina ao notar que ele não iria se opor.
- Está bem, vou logo depois de você. – ele confirmou a intuição da moça enquanto ela repetia os feitos dos outros e seguia para a lareira e desaparecia. – Não tem mesmo problema se você fica sozinha? – perguntou virando-se para a ruivinha, dividido entre o cavalheirismo e à superproteção.
- Ah, não. Não se preocupe comigo! – disse a menina sorrindo gentilmente para o garoto – Pode ir na frente. – disse ela oferecendo o pó de flu a ele – Dois minutos depois que você chegar estarei lá. – disse recolhendo o saquinho depois de JJ ter pego um punhado – Prometo! – disse sorrindo confiante para o garoto que não se movera.
- Tá legal... – disse meio a contragosto, virando-se para a lareira e caminhando até ela - Te espero lá. – disse ao entrar na lareira e voltando-se para a ruiva.
- Pode esperar. – disse ela sorrindo confiante pra ele a acenando de leve.
- A TOCA! – gritou jogando o pó de flu no chão e sentindo o ar lhe ser sugado.
Quando finalmente sentiu o ar invadir seus pulmões e foi jogado ao chão como sempre acontecia quando viajava pela rede de flu, JJ se viu tossindo e tentou tirar uma parte do pó de sua roupa.
- Ajuda? – perguntou um garoto com cabelos negros e olhos verdes se aproximando do loirinho devagar.
- Eu agradeceria bastante. – disse ele agarrando a mão que o garoto lhe oferecia para içar-se – Odeio viajar com Flu! – ele reclamou batendo nas próprias roupas.
- Eu também detesto isso! – disse ele ajudando o loiro a se erguer e procurando algo no bolso seu casaco – Deixe-me ver se consigo tirar todo esse pó de você...
- Sirius! Nem pense nisso! – disse Sarah saindo de pé da lareira atrás de JJ e Sirius.
- Como você consegue... – começou JJ espantado com a capacidade da garota de sair de pé da lareira enquanto ele fora jogado no chão.
- Sirius, largue essa varinha! – disse Sarah se aproximando do primo e segurando sua mão.
- Mas... – tentou contrapor o moreno
- Mas nada, vamos até a mamãe e ela nos limpa, você não! – disse a ruiva categoricamente.
- Mas por que não? – disse o garoto enquanto suas orelhas começavam a ficar vermelhas – Eu andei praticando... – tentando argumentar
- Sem a supervisão de nenhum adulto, certamente! E ainda deve ter praticado no seu gato, aposto! – disse a prima cortando o raciocínio do primo.
- Ah... Bem, sim, mas... – disse o menino pego de surpresa
- Sem mais, nem menos! – disse ela decisiva – Vamos JJ, vamos procurar alguém para tirar esse pó de cima da gente. – e pegando o braço do garoto, arrastou-o para a saída da sala.
Então, ao atravessarem o vão da porta, a Sra. Weasley se projetou até as crianças sorrindo com Nina e Angel logo atrás de si.
- Ah, crianças, ai estão vocês! – disse sorrindo para os três – Venham aqui pra eu poder limpá-los! – e com um floreio de varinha os dois estavam de novo limpos. –Melhor agora? – perguntou sorrindo e os dois acenaram a cabeça positivamente – Onde está todo o pessoal, Six? – perguntou ela virando-se agora para o moreninho.
- A mamãe esta lá em cima com a vovó, tia Angelina, tia Alicia e tia Dora. O tio Fred, o tio George, o vovô, o tio Charlie e todo o resto do pessoal estão no jardim.
- Obrigada, querido. – disse afagando o cabelo do menino e depois virando-se sugeriu: – Venha, Nina, vou apresentá-la às minhas cunhadas.
- Mas os meninos... – começou a moça.
- Não se preocupe com eles, Nina, Sarah e Sirius podem levá-los lá pra fora, pra brincar um pouco, não podem, meninos? – perguntou ela virando-se de novo para as crianças
- Pode deixar, Tia. – disse Sirius batendo continência para a tia.
- Viu, Nina? – disse a senhora sorrindo tranquilizadora para a moça mais jovem – Vamos, tenho certeza que Ginny adorará você... – disse ela guiando Nina até a escada e subindo com ela.
Enquanto as duas subiam as escadas Sarah olhou pela janela e viu muito gente lá fora.
- Six, quem já chegou? – perguntou se virando para o moreno.
- Até onde eu lembro, todos já estão ai. – disse dando de ombros.
- E onde eles estão? – perguntou, pois não tinha visto nenhum de seus outros primos da janela pelo qual havia olhado.
- No quintal tentando tirar alguém do sério... Provavelmente.
- Você fala como se fosse a coisa mais natural do mundo... – observou a ruiva divida entre a reprovação e o sorriso.
- E é mesmo, você e John é que fazem uma tempestade em copo d’água! – disse ele menosprezando o tom da prima e sorrindo enquanto se dirigia à porta de entrada d’A Toca. – Venham, vamos lhes apresentar nossa gangue! – disse o menino sorrindo marotamente para os dois garotos.
- Sua, querido primo! – disse a ruiva ainda divida, mas sorrindo para o primo. Amava aquele maroto.
- Não vi você tirar o corpo fora nos últimos 11 anos, Sarinha... – respondeu o moreno abrindo a porta e mantendo-a aberta.
- Às vezes eu realmente detesto você, Sirius! – disse a ruiva com um sorriso enviesado enquanto passava pela porta aberta.
- E em todo o resto do tempo você me ama! – disse ele como um sorriso convencido e soltando a porta que segurava quando todos passaram. – Bem, vocês podem sentar-se ali, por enquanto, - disse o garoto apontando para uma mesa com três bancos em formato de círculo a alguns metros de onde eles estavam – só até conseguirmos trazer alguns dos nossos primos para que vocês os conheçam... vamos Sarah? – mas antes de se afastar com a prima ele se virou e disse: - Ah, a propósito, meu nome é Potter, Sirius Potter – disse ele sorrindo para os dois
- O nosso é Malfoy, JJ e Angel Malfoy. – disse JJ apontando para si e para a irmã
- Muito prazer. – disse piscando pros dois loiros – Vamos Sarah. – disse puxando a prima que olhou para os Malfoy com um expressão de quem se desculpa, e logo mudando-a ao virar-se para o primo.
- Muito delicado, Sirius... – eles ainda ouviram a ruiva reclamando do comportamento do garoto.
Com a partida de Sirius e Sarah, JJ e Angel, sentaram-se na mesa indicada pelo moreno e começaram a observar o ambiente e conversar despreocupadamente até algo assustar Angel ao roçar em suas pernas de. Depois do susto, a menina foi até em baixo da mesa e voltou segurando um gato olhos verdes chamativos, pelo extramente negro e felpudo nos braços.
- Que fofo! – disse a menina segurando o gato próximo ao rosto e acariciando seu focinho, no que o bichando ronronou satisfeito – Ele não é lindo, JJ? – disse a menina mostrando o gato ao irmão com uma expressão feliz para depois voltar a brincar com o gato que parecia mesmo muito satisfeito com o carinho da garota.
- Hey, olhem aquilo! – gritou um garoto moreno e de cabelos escuros se destacando-se ao apontar para onde JJ e Angel estavam – Vejam! Ela pegou Almofadinhas! – disse ele um pouco mais baixo e mais assustado para um par de garotos idênticos, menos de uma cabeça mais baixos que ele, que agora se aproximavam igualmente assustados com a reação do moreno.
- Não era para pegar? – Angel assustou-se – Desculpem-me – mas quando ela fez menção de colocar a animal no chão, mais uma vez ouviu um grito.
- NÃÃÃÃOO!!!! – ela parou e olhou para o trio, de onde, tinha certeza, havia saído aquele grito tão desesperado – Não põe essa bola de pelos no chão! – disse um dos gêmeos ruivos, se aproximando dela – Não coloque-o no chão, pelo amor de Merlin! – disse se aproximando com cautela da menina, como se ela segurasse um bomba, ou algo gênero, no que foi imitado pelos outros dois às suas costas.
- Calma gente, é só um gato. – disse JJ achando cômica a cena dos três garotos se aproximarem de sua irmã como se ela estivesse prestes a detonar o lugar.
- Só um gato? – perguntou incrédulo o gêmeo mais atrás, sem tirar os olhos do animal, ainda seguro nos braços de Angel.
- Você ainda tem coragem de chamar essa bola de pelos de GATO? – disse o primeiro ruivo.
- Não sei o motivo de tanto alvoroço, - disse JJ sentando-se agora ao lado da irmã – é só um gatinho, não é bi... AAII!!! – JJ havia tentando acariciar o gato, como sua irmã vinha fazendo, e o gato arranhara sua mão e mordera seu dedo.
- VIU SÓ?? – disse o moreno quando o trio se aproximou para ver o que o gato havia aprontado.
Com o grito dado por JJ, Sarah veio se aproximando do grupo com uma outra garota ruiva, mais baixa, menos bonita e aparentemente mais jovem que a menina.
Ao chegarem Sarah perguntou de forma inquisitorial para os gêmeos e o moreno:
- O que foi que vocês fizeram desta vez?
- Desta vez não fizemos nada, Sah! Juramos! – responderam os gêmeos em uníssono.
- Eles não fizeram nada desta vez, Sarah! Sério! – o moreno se pôs a defender os dois ruivinhos.
- Vocês três...
- Sah, é melhor você vir ver isso! – a outra ruiva interrompeu a prima e mostrou-lhe o braço do loiro.
- Minha nossa, JJ, o que aconteceu...? – ela se virou preocupada para o menino, esquecendo momentaneamente que estava brigando com os outros três.
- Sarah, é melhor levá-lo já lá pra cima ou isso pode infeccionar. – observou a outra ruiva, olhando mais atentamente para o braço do garoto.
- Tem razão, Claire. – ponderou a ruiva – Vem JJ. – disse ela puxando o braço bom do garoto e levando-o na direção d’A Toca.
Quando entraram na casa, seguiram direto escada a cima.
- O que deu naquele gato? – perguntou o garoto contendo a irritação quando passavam pelo terceiro lance de escadas.
- Ele é assim mesmo. – disse a ruiva com um sorriso como se pedisse desculpas pelo que o gato havia feito. – Até hoje ele só se deu bem com o dono e agora com a sua irmã...
Continuaram a subir até que a garota virou em um corredor e parando de frente para um das portas bateu pausadamente: Toc, toc, toc.
- Quem é? – perguntou uma voz forte lá dentro.
- Sou eu tia; Sarah. – respondeu a menina de pronto.
- Entre Sarinha. – a voz respondeu muito mais suave.
Quando Sarah abriu a porta e guiou JJ para dentro do quarto ele se deparou um grupo de oito mulheres, entre elas Nina e a Sra. Weasley.
- O que houve com o garoto? – perguntou a que pareci ser a mais velha do grupo.
- Almofadinhas o mordeu e o arranhou, vovó – disse a menina apontando para a mão vermelha de Jason.
- Jay! Merlin o que aconteceu?
- Não foi nada, Nina! Foi só um gato! – disse o garoto tentando minimizar o problema para não preocupar mais ainda a moça.
- Eu devia ter estado lá embaixo...
- Nina, isso é normal, eles são crianças... toda criança tem o direito de se machucar.
- Deixe-me ver isso, querido. – disse uma ruiva, que parecia a mais nova do grupo, atravessando o quarto enquanto Hermione ainda tentava convencer Nina, que mesmo lá embaixo ela não teria o poder de evitar que as crianças se machucassem sempre – Ih! Dessa vez Almofadinhas pegou pesado! – disse ao analisar o braço do menino
- Tem jeito, não tem? – perguntou o loirinho assustado.
- Tem sim, querido, meus filhos já me apareceram com coisa muito pior.
Então a ruiva pegou a varinha e conjurou um frasco com um liquido verde musgo e destampou-o dizendo com uma voz extremamente carinhosa:
- Pode doer um pouquinho, ok? – JJ confirmou com a cabeça e virou-a para o lado enquanto ela pingava o liquido em seu dedo lentamente – Doeu? – perguntou ela sorrindo enquanto o garoto agora fazia sinal negativo com a cabeça.
Quando a ruiva soltou seu braço e foi tampar o frasco e fazê-lo desaparecer, JJ olhou para o braço, a procura dos ferimentos que o incomodavam tanto a poucos segundos.
- Só isso? – indagou surpreso.
- Só, porquê, quer mais? – perguntou ela sorrindo docemente para o garoto.
- Não! – disse ele também sorrindo agora.
- A propósito, acho que não lhe conheço não é? – indagou a ruiva levantando-se e olhando para o menino.
- Ah, desculpe-me, meu nome Malfoy, JJ Malfoy.
- Ah, deve ser o filho do meio de Draco que mencionou, não é Nina? – então o garoto e a moça confirmaram com a cabeça – Bem, meu nome é Ginny, Ginny Potter.
- Muito prazer e muitíssimo obrigado – disse ele sorrindo para a mulher que lhe sorriu sincera de volta.
- Sarinha, é melhor ir descendo – disse uma mulher morena muito elegante enquanto olhava pela janela do quarto – Me parece que Ethan, Scott, Sirius e os gêmeos estão aprontando alguma com o pobre do John – disse ela se voltando para a menina e logo de volta para a janela.
- Pode deixar, tia Angelina! – disse a ruiva se levantando de onde estivera sentando esperando que a tia terminasse com JJ – vamos? – perguntou virando-se para o garoto que logo aceitou a sugestão.
E quando saíram do quarto, em um ponto em que JJ supôs que não seria ouvido pelas mulheres do quarto ele se virou para Sarah.
- Quem são aquelas?
- A minha mãe, Nina e a tia Ginny você já conhece. A morena que falou comigo é a tia Angelina, a de cabelos rosa é a Tia Dora, Nimphadora Lupin, a mais idosa é minha avó Molly e a última é a tia Alicia.
- Puxa sua família é bem grande, né?
- Você ainda não viu nada... – disse ela sorrindo para o menino.
Quando chegaram ao jardim, JJ viu sua irmã, que ainda segurava o gato, conversando com uma garota de cabelos negros e sorriso meigo e perguntou a Sarah:
- Quem é aquela que esta conversando com a minha irmã?
- Lílian Potter, minha prima e a aniversariante – ela parou e disse – Vem cá que eu vou te apresentar os meus primos e acabar com aquele massacre ao pobre do John.
Então Sarah seguiu determinadamente para um local do jardim onde encontraram os três garotos que conversaram com JJ antes do gato lhe atacar, Sirius e o irmão de Sarah jogando um livro de um lado para o outro enquanto um garoto de aparência frágil e belos cabelos castanhos tentava desesperadamente pegar de volta.
- Kevin! Klark! Scott! Ethan! Sirius! Devolvam já o livro do John! – disse Sarah autoritariamente.
- Ah! Qual é Sarah? – gritou o moreninho que estava com o livro.
- Deixa de ser estraga prazeres priminha! – gritou um dos gêmeos enquanto John pegava seu livro.
- Não me obrigue a lhe dizer o que estraga prazeres, Kevin...
- Klark! – gritou o menino.
- Que seja! – disse ela revirando os olhos – Bom... Voltando ao assunto... Até você, Billius!!! – admirou-se ela virando-se para o garoto mais alto do grupo.
- Argh!! Ô priminha... Billius não, né? – disse o garoto com uma careta bizarra.
- O que eu posso fazer se este é o seu nome! – disse a menina sorrindo falsamente para o primo.
- Sirius!! Sirius Potter, esse é meu nome! – disse o garoto ficando suas orelhas levemente avermelhadas.
- Sirius Billius Potter!! – disseram os gêmeos juntos e rindo.
- Obrigado por me ajudar, Sarah – disse o dono do livro a fim de evitar uma confusão que já se iniciara entre Sirius e os gêmeos, que agora corriam para a proteção de Sarah e de Ethan.
- Dispon... – Sarah foi interrompida pela aniversariante, que vinha muito rápido e não parecendo muito feliz enquanto era seguida de perto por Angel.
- Foi impressão minha ou vocês estavam brigando no dia do meu aniversário? – a garota olhava do irmão para cada um dos primos gêmeos de uma forma que ninguém em todo o mundo ousaria lhe desafiar.
- Foi pura impressão priminha... – disse Kevin fazendo cara de santo e saindo de trás de Ethan.
- Não tem sequer duvida disso... – disse Klark dando força para o irmão e saindo de trás de Sarah, mas ainda a uma distancia segura de Sirius.
- Que tal brincarmos de alguma coisa? – perguntou Ethan tentando deixar a situação mais favorável para os gêmeos e Sirius.
- Adorei a idéia! – disse Sirius tentando ‘limpar sua barra’ e a dos primos, embora ainda pensasse seriamente em pregar uma peça naqueles dois.
Então todos se entretiveram em discutir o que poderiam jogar, até que Scott, que até o minuto anterior estava rindo, da implicância de Sirius com os gêmeos, disse formando uma expressão nada satisfeita.
- Olhem só quem vem ali... – disse indicando com um aceno de cabeça algo às costa de Sirius.
Então todos se voltaram para ver no que Scott reparara, e então viram um casal de jovens se aproximando do grupo.
- Essa não... – lamentou-se Kevin deixando os ombros caírem.
- ‘Tava bom demais pra ser verdade... – suspirou Klark seguindo o exemplo do irmão.
- Ah não... Eles não... – falou Ethan se unido aos gêmeos em uma espécie de homenagem póstuma, ao se alinharem para receberem o casal que fora parado por um grupo de ruivos.
- Eles? Eles quem? – perguntou JJ confuso.
- Eles! – respondeu Sirius mostrando o casal de crianças conversando dois homens ruivos e um outro calvo – Nossos primos, PW e PJ.
- Como? – perguntou Angel com uma expressão de confusão.
- Todos acham que PW quer dizer Patrícia Weasley... – começou Kevin
- Mas na verdade quer dizer Peste Weasley. – continuou Klark
- Todos acham também que PJ quer dizer Patrick Jones... – prosseguiu Ethan
- Mas na verdade quer dizer Pábulo* Jones. – concretizou Scott
Quando Scott acabou sua frase JJ olhou para trás e viu que PW e PJ já estavam a poucos metros, vindo em sua direção.
- Priminhos! – falou a garota com uma voz extremamente fútil que fez com que Sarah e Lilly contorcessem o rosto em uma careta sem que a prima as visse.
- Oi PW... – responderam Kevin, Klark, Ethan, Sirius, John e Lílian sem nenhum entusiasmo.
- Olá Scott! – disse ela ao primo fuzilando-o com o olhar
- Olá Patrícia! – disse ele a contragosto
- Não viu meu primo, não? – disse ela apontando o garoto a seu lado e fuzilando mais uma vez o primo com o olhar
- Olá Patrick! – disse ele com menos gosto ainda.
- Olá Sarah! – disse Patrícia à prima que simplesmente a ignorou – Eu falei com você Sarah! – disse ela já tremendo de raiva.
- E eu ouvi. Não sou surda, nem gosto de ser inconveniente... Diferente de uma prima que tenho... – a ruiva deixou o resto da conversa em aberto sustentando firmemente o olhar da prima, sem se deixar abater pela atitude nada amistosa dela e devolvendo à altura.
Quase dava pra ver os raios com os quais ambas as ruivas tentavam desestabilizar a prima. Quando Sarah abriu a boca para, certamente, proferir nada agradável quando foi interrompida por um grito que ecoou por todo o jardim.
- CRIANÇAS! VENHAM PRA CÁ! – gritou uma mulher de cabelos brancos aparecendo no campo de visão das crianças, depois de sair d’A Toca.
- JÁ VAMOS VOVÓ! – respondeu também gritando Ethan
- É melhor nós irmos de uma vez, ou a vovó virá nos buscar... – sugeriu Lilly – E, particularmente, não acho que seja uma ideia muito boa a se encorajar... – ponderou a menina anormalmente séria.
- É, é melhor irmos mesmo... – disse John no que todos concordaram
Sem esperar por uma segunda sugestão Sirius, Scott, Kevin, Klark, Ethan e John foram à frente o mais rápido que conseguiram, para se afastar de PJ e PW; Lilly e Angel foram no meio, a morena também tentando manter distancia, mas sem levar a loira para muito perto da influencia nefasta de seu irmão e primos; Sarah puxou JJ para perto de si, e logo puxou assunto com ele enquanto seguiam logo atrás de Lilly e Angel; PW e PJ, no entanto, foram se aproximando sorrateiramente da ultima dupla.
Então PJ se colocou ao lado de Sarah e perguntou de forma petulante:
- Você poderia me mostrar à propriedade, não é, Sarah?
- Hã... – pega de surpresa a menina olhou para JJ, que estava ao seu lado, e este lhe deu um aceno positivo com a cabeça encorajando-a a ser educada com o garoto. Não tendo uma segunda opção, Sarah respirou fundo e pondo em seu rosto um sorriso que nunca lhe custara tanto ela concordou em ser afastada dos outros com a companhia de Patrick.
Assim que o garoto se afastou com Sarah, Patrícia tomou seu lugar ao lado de Jason, enquanto este tentava, educadamente, se desvencilhar da garota, sem muito sucesso, pois a garota se agarrou ao braço do menino e começou a tagarelar enquanto JJ perdia Sarah e seu acompanhante de vista.
Depois de quinze minutos, que para Jason pareceram uma vida, Sarah ainda não havia voltado nem Patrícia parado de tagarelava.
- Sarah está demorando demais, não acha John? – perguntou Sirius virando-se para o amigo e fazendo um aceno quase imperceptível na direção de JJ que ainda estava fazendo um esforço sobre-humano para aguentar e tentar não parecer mal-educado.
- Acho sim, Sirius, o que acha de ir procurá-la JJ? – perguntou o garoto virando-se para o loiro
- Adorei a idéia John! – disse ele “não sei nem de quem estão falando, mas qualquer coisa é melhor do que agüentar essa garota” pensou ele “pensando bem, só pode ser da Sarah, bom sendo ou não sendo eu vou procurar é ela mesmo” - Se me der sua licença, Patrícia... – e sem esperar pela resposta o garoto levantou-se e se pôs a procurar por Sarah, enquanto PW mandava um olhar nada agradável ao primo e a John.
JJ começou a andar pela propriedade, atento a qualquer sinal da cabeleira ruiva, quando de repente parou e se deparou com uma cena que ele realmente detestou ver: Sarah estava sendo forçada a beijar Patrick.
Sarah tentava a todo custo se desvencilhar de Patrick, mas ele era mais forte que ela e a forçava contra uma arvore.
Aquela cena, o enfureceu tão rápido quanto tinha o pego de surpresa. Cego pela fúria partiu pra cima de Patrick.
- LARGA ELA! – disse ele jogando o outro no chão e dando-lhe um soco no rosto, fazendo seu nariz começar a sangrar instantaneamente.
- NÃO SE META NO QUE NÃO É DA SUA CONTA, SEU FEDELHO! – gritou Patrick se levantando e partindo pra cima de JJ, que ao perceber o movimento do outro, imediatamente puxou sua varinha do bolso e apontando-a para o outro que parou o ataque de imediato.
- A, a, a, a, a – disse ele negando com o dedo indicador esquerdo e percebendo que o outro não iria pegar sua varinha ele prosseguiu – Você acaba de cometer três erros de uma única vez – ele se aproximava a cada palavra enquanto o outro se afastava á mesma proporção – 1° Sarah é minha amiga, por tanto se fazem mal a ela fazem mal a mim... Resumindo, o que houve aqui é sim da minha conta. – JJ parou para ver o resultado do que tinha dito e se satisfez com o que viu: Patrick estava cada vez mais amedrontado, sorriu com isso e prosseguiu – 2° Você acaba de me chamar de fedelho e eu não gosto disso, sabe?... – JJ mais uma vez parou pra ver o efeito de suas palavras e viu que ele só faltava molhar as calças de tanto medo, gostou disso, então prosseguiu. – 3°, último, mas, com certeza o mais importante, você acaba de ofender uma pessoa que tem um repertório de feitiços invejável para a pouca idade... – JJ agora já apontava a varinha para o rosto do garoto a sua frente quando uma mão macia tocou-lhe o ombro.
- JJ, não vale a pena... – disse Sarah em uma voz forte e decidida.
- Suma daqui antes que eu faça algo a você do que possa me arrepender depois... – JJ não precisou repetir, pois ele já havia ido embora correndo e quase caindo (Se vocês já assistiram a Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, repitam a cena do Draco correndo do ‘fantasma da casa dos gritos’).
Quando Patrick se foi, JJ voltou-se para trás e viu Sarah com uma expressão indecifrável.
- Sarah, você está bem? – perguntou ele temeroso se aproximando da garota.
Quando tocou seu braço a garota virou-se para o garoto e se jogou nos seus braços e começando a chorar.
- Calma... Shiiiiiiu... ‘Tá tudo bem agora... Calma... – ele tentava inutilmente acalmá-la – Você não pode abaixar a cabeça para aqueles que te causam mal, Sarah... Você tem que mostrar a eles que você não se abalou, mesmo que eles tenham te feito muito mal... Nunca abaixe a cabeça...
Ela parecia ter parado de chorar, pois já não soluçava, mas ainda continuou abraçada a JJ e este continuou a consolá-la:
- Às vezes a gente tem que levantar a cabeça mesmo que tenha que ir contra tudo e contra todos... E no seu caso você não precisa e contra tanta gente... Bom, pelo menos eu vou tá do teu lado... – com o seu comentário, Sarah riu um pouco. JJ levantou o rosto da garota, enxugou-o e disse por fim: - é melhor irmos, porque não tenho certeza se conseguiria enfrentar todos os homens da sua família por ficar por ai andando sozinho com você... – disse ele rindo um pouco no que a outra lhe acompanhou.
JJ voltou a mesa com Sarah, e logo Sirius lhe perguntou:
- Por que demoraram tanto?
- Por que... – começou ele
- Porque um certo gato, que eu corto meu pescoço e não digo quem é seu dono – disse ela passando a mão pelo pescoço apontando para Sirius, - fez ‘certas’ necessidades no lugar errado... Então precisei lavar meu pé e como, diferente dos meus primos e irmão, JJ é educado ele me acompanhou... – disse ela despistando a atenção do incidente dela e sentando-se próximo a Sirius e arrastando JJ para o seu lado, mantendo a si mesma e JJ longe de PW e PJ.
Depois desse fatídico acontecimento a tarde foi essencialmente positiva para todos; com grandes brincadeiras e conversas divertidas, até que durante uma das conversas, Lilly levantou-se e saiu correndo em direção à entrada d’A Toca.
- PAPAI! – gritou a menina se levantando e correndo na direção de um homem de cabelos outrora negros, olhos verdes, óculos redondos, corpo forte e uma cicatriz em forma de raio na testa.
- Oi meu anjinho – disse o homem abraçando a pequenina e erguendo-a do chão – advinha o que eu trouxe?
- Não sei. Me mostra! – disse a menina tentando pegar o embrulho na mão do pai e ele desviando-a.
- Só mostro se você me der um daqueles super-beijos – disse o homem fazendo cara de cachorro molhado.
E sorrindo muito a garota atendeu o desejo do pai. Depois disso ele a pôs no chão e lhe entregou um grande embrulho enquanto dois homens, um ruivo e um loiro, chegavam as suas costas.
Lilly abriu o embrulho com animação e logo se deparou com uma coruja branca.
- Que linda pai! – disse a menina sorrindo encantada – Já tem nome?
- Não, dê você um nome a ele.
- É macho?
- É.
- Que tal... Hércules? – perguntou John que havia se aproximado com Sirius, Scott, Sarah e os dois Malfoy.
- Lindo, John! – disse sorrindo radiante para o menino – Vai se chamar Hércules! – disse a menina muito alegre.
- Pelo visto, gostou, não é filha? – disse o Sr. Potter sorrindo ao ver a felicidade no rosto da menina.
- Muito pai! Obrigada! – disse ela voltando a abraçar o pai sorridente.
- Disponha, meu amor! – disse o moreno afagando o rosto da menina.
- Porque a Lilly recebe uma coruja e eu, que vou pra Hogwarts, não? – perguntou Sirius ao se aproximar da irmã e do pai.
- Por que você já tem uma mascote e alem do mais sua irmã se comportou muito bem o ano inteiro e vem me pedindo uma coruja desde que seu irmão foi pra Hogwarts. – respondeu o pai com um maio sorriso ao olhar para o filho do meio.
- E ganhou uma coruja! – acrescentou o moreninho provando a certeza de seu ponto de vista.
- Ah, vamos, Sirius! Você já tem Almofadinhas, então pare de reclamar... – disse o pai sorrindo de lado para o menino.
- Mas papai... – foi insistindo o moreninho.
- O Sirius nunca aprende, não é? – perguntou Draco à Ron enquanto caminhavam logo atrás de John e Lilly que seguiam Scott, Sirius e Harry.
- Se aprendesse não seria o Sirius, seria? – perguntou o ruivo sorrindo voltando à atenção ao diálogo entre seu sobrinho e seu cunhado.
- Hey, pai, eu também não ganhei uma coruja! – disse Scott virando-se para o pai.
- Quem dera fosse o único! – comentou o ruivo provocando uma boa gargalhada no loiro ao seu lado.
- Quem quer comer bolo? – se pronunciou Lilly chamando a atenção de todos.
- Mas a vovó ainda não trouxe o bolo para cá, trouxe, Lilly? – perguntou Scott quando procurou pelo bolo de aniversário da prima.
- E quem disse que ela precisa trazer alguma coisa? – disse Lilly sorrindo marotamente, sua feição se assemelhando tanto a do irmão que era possível pensar nela como a versão feminina de Sirius.
Minutos mais tarde as crianças estavam sentadas conversando animadamente umas com as outras e rindo das piadas de Sirius, Scott, Ethan e os gêmeos, JJ notou uma presença aproximando-se e vindo se sentar ao seu lado direito, uma vez que o esquerdo era ocupado por Sarah.
- Gostando da festa? – perguntou sorrindo para o menino.
Ao notar o pai ao seu lado, ele se virou e ao se deparar com o copo do que parecia ser whisky na mão dele, o sorriso que estivera em seu rosto, desde que chegara naquele lugar, rapidamente sumiu, como se jamais tivesse estado ali.
- Estou. – ele respondeu da forma mais seca que pôde e voltou-se para Sarah, com quem estivera conversando.
- Por que você não fala comigo como fala com eles? – perguntou o homem em um tom rude segurando o braço do menino.
- Você não quer que eu responda isso, quer? – perguntou o garoto levantando-se para ver melhor o homem enquanto puxava o braço de volta.
- Quero – disse ele em tom insolente olhando diretamente nos olhos do garoto que sustentou seu olhar com mesmo ou mais afinco.
Neste momento o pai de Lilly e o de Sarah se aproximaram do pai e do filho.
- Draco, já basta... Venha você precisa descansar... – disse o pai de Lilly, aproximando-se do loiro e tomando o copo já quase vazio de sua mão e tentando levantá-lo da cadeira.
- Me larga, Harry... – disse Draco tonto puxando seu braço, que a pouco o Sr. Potter segurara – Eu quero saber o que ele tem contra mim! – disse ele já gritando e apontando para o menino.
E antes que Harry tentasse interferir mais uma vez JJ o fez parar.
- Deixe, Sr. Potter... – disse olhando para o pai de Lilly e virando-se para o próprio pai perguntou de maneira fria: – Quer saber por que eu não trato você como trato todo mundo? – Draco assentiu com a cabeça se desequilibrando, o que deixou o garoto enojado – Por que normalmente quando eu falo com as pessoas elas estão suficientemente lúcidas para chegar a responder caso eu faça alguma pergunta e com frases que façam sentido ou, no mínimo, tenha lógica.
- Tenha mais respeito com seu pai, menino! – disse ele mirando o garoto, ou quase, pois apontava seu dedo para o espaço entre JJ e a arvore ali perto.
- Pai... Respeito... – JJ falou com escárnio dando uma risadinha nasal descrente – Você sabe mesmo o significado dessas palavras? – o menino olhou com pena para o homem que ainda tentava se equilibrar na cadeira e continuou com algo que beirava o nojo - Se tem uma coisa que aquela mulher, que todos chamam de minha mãe, me ensinou, foi que se nós não quisermos receber criticas não podemos dar brechas para essas criticas nascerem... E você não dá só uma brecha, você me dá um buraco enorme... No dia que conseguir tapar esse buraco eu lhe tratarei com o respeito com que trato a todos os outros... – JJ nesse momento se virou para Lily e disse: - Me desculpe por isso Lilly, sinceramente, sei que acabei de estragar o seu aniversário, sinto muito mesmo... – agora ele se virou para a irmã – Angel, eu acho que já esta na hora de irmos por que este homem, certamente, não terá condições de nos levar a lugar nenhum – mais uma vez ele se virou só que dessa vez foi para Nina, que se aproximara, vendo toda a confusão – Nina, vamos embora, por favor? – ele olhou para Nina e suplicou com os olhos que o tirasse dali com sua irmã.
Então Nina, sem falar nada, foi até ele, pegou sua mão, no momento em que Angel fazia o mesmo, do outro do garoto e então guiou-os à saída e desaparatou com as duas crianças.
Enquanto isso Draco tentara chegar até Nina e os filhos, mas fracassou e, se fossem pelos Srs. Weasley e Potter teria caído no chão de maneira desastrosa. Ao ver os filhos se afastando – JJ não olhara pra trás, mas Angel, com os olhos marejados, lançava olhares do irmão para o pai – Draco, conduzido pelos dois homens que o apoiavam, ajoelhou-se no chão e começou a chorar copiosamente.
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JJ estava sentado no sofá da casa dos Malfoy lendo um livro que Sarah e John lhe indicaram mais cedo, quando ouviu alguém abrindo a porta e em seguida fechando-a, tentando fazer o máximo de silêncio. Ao ouvir o som da porta sendo trancada, JJ marcou a pagina do livro em que parara de ler e colocando-o sobre a mesa caminhou até a porta da sala, que dava acesso ao hall de entrada e tinha vista para a escada, e se escorou lá, observando o recém-chegado.
- Por que chegou a essa hora? – perguntou ele sem demonstrar emoção alguma.
- Não sabia que ainda estava acordado... – disse o homem com uma voz fraca e tom envergonhado.
- Você não respondeu a pergunta. – respondeu o garoto sem alterar seu tom de voz
- Por que não queria encarar você e sua irmã... – disse ele abaixando a cabeça
- Bom pelo menos você foi honesto... – disse JJ começando a se dirigir ás escadas.
- JJ, me desculpe... – começou o pai quando o garoto já tinha começado a subir, fazendo-o parar e virar-se para trás.
- Você tem idéia de quantas vezes eu já ouvi essa frase da sua boca? – continuou com o mesmo tom inflexível
- Não. – respondeu o pai com sinceridade.
- Pois eu te digo... 25. É muito, não? – neste ponto Draco novamente não teve coragem de continuar a olhar para o filho – Não sei se você se lembra, mas há 5 anos você disse a um garotinho que iria parar de beber... – disse o menino sem conseguir a manter a voz impassível – Disse também que quando isso acontecesse você iria conseguir a guarda dele e dos dois irmãos e que depois de tudo eles finalmente iriam ser felizes... – ele parou para enxugar as lágrimas que teimavam em escorrer de seus olhos – Esse garotinho ainda hoje acredita nisso... Foi ele que hoje me impediu de sair dessa casa com minhas coisas, Nina e minha irmã. Bem lá no fundo, ele ainda acredita em você, só que ninguém é de ferro, sabe? E essa fé toda um dia pode acabar... – JJ virou-se novamente e recomeçou a subir as escadas, quando já estava no topo ele disse: - Último aviso... Da próxima vez que fizer o que fez hoje, eu vou matar esse maldito garoto que insiste em me fazer sofrer... E não sei se seu filho vai resistir muito mais depois que ele se for... – depois de concluir essa frase JJ já não conseguia mais conter as lágrimas; estava chorando como não se lembrava de tê-lo feito e ao olhar para o pai este não estava em melhores condições.
E dando às costas ao homem por quem tivera tanto orgulho, anos atrás, virou-se e se dirigiu ao seu quarto. Naquela noite ele foi dormir pedindo a todas as divindades de quem conseguiu lembrar para que lhe dessem pelo menos uma chance de poder agir como crianças da sua idade, era tudo o que ele desejava, poder ser criança.
Felizmente, seja lá pra quem ele tenha pedido, seu desejo seria atendido, não pelo tempo que ele desejaria, mas, ao menos, ele teria uma folga.
*Pábulo: referente a mentiroso, malévolo.
N/A: Me perdoem por ter deixado a fic por tanto tempo...
Mas vou retomá-la, reescrevê-la e pretendo não parar... demorarei, pois a Faculdade é bem exaustiva, mas farei uma forcinha pra postar pelo menos uma vez por mês...
Nane Potter
Comentários (1)
Gostei da fic to adorando. O Draco tem que melhorar bastante como pai espero que ele consiga. E espero que vc consiga postar rapido pq a fic ta bem legal. Bjus... PS:Posta logo...
2011-07-24