Enfim, A Profecia



Eu não queria, mas preciso começar comentando porque no final acho que vão querer me matar.
Primeiro o primeiro:
FINALMENTE, vocês vão descobrir o motivo de eu ter colocado esse título!
Dica: atemporal = além do tempo.
Segundo:
Não sei se alguém lê ainda, mas eu preciso agradecer a todos que leram e comentaram. Vocês são demais!
Terceiro:
Pois é, a fic ta acabando, esse é o fim do fim, pensei em dividir o capítulo, mas vou mandar tudo de vez.
Quarto:
Harry Potter acabou! Eu nem acredito nisso, mas as fics não vão acabar tão cedo. Não sei se farei mais, mas com certeza não vou mais escrever em capítulos a menos que eu tenha a fic inteira pronta.
Quinto:
Se encontrarem que tem muita coisa faltando na fic é que eu tive que tirar um monte para não colocar spoiler e se ainda encontrarem um me perdoem porque não foi intencional, eu esbocei esse final há muito tempo, bem antes do livro e a última cena escrevi há mais de um ano, então...
Sexto:
Espero que gostem e comentem sobre o final, mas se não gostarem digam no que errei e preciso melhorar, vai ser de muita ajuda. A fic não ficou exatamente como eu queria, mas o final tem todos os elementos que eu quis colocar, além de alguns que eu não queria, mas foi preciso(tirando a maior parte dos spoilers, talvez mais pra frente eu poste um capítulo só com as coisas que eu cortei e que queria muito colocar).
Sétimo e último:
Um grande beijo a todos, desculpem pelo comentário enorme e fiquem com o último capítulo de Harry Potter e a Guerra Atemporal.
Tchauzinho!
PS: Missão Cumprida!

Enfim, A Profecia

Harry não se sentia bem, a cicatriz doía e o medo o estava deixando nervoso. Porque agora que ele estava frente a frente com seu maior inimigo, ele tinha medo sim, medo de perder mais alguém.
-Vejo que encontrou um de meus brinquedos. -Disse Voldemort com ironia ao olhar a taça. –Pena que não vai te ajudar!-Completou com um sorriso asqueroso.
Harry olhou ao redor e viu muitos comensais os observando, só esperando um comando do mestre para atacar, mas continuando a olhar ele viu ali, ao lado de Voldemort, o que tanto precisava destruir, a cobra se enroscava e estava preparada para dar o bote.
Harry precisava ser rápido!
-Quem disse que não vai me ajudar...Tom?-Acrescentou o nome fazendo o Lorde das trevas se irritar para que não notasse ele puxar a taça com força e os amigos a soltando devagar.
Era uma batalha diferente de todas que eles já tinham tido antes, era uma batalha de olhares e concentração, Voldemort estava com medo do que ele pudesse fazer com a taça, Harry notou.
-Se acha muito esperto, Harry, mas olhe ao redor, você não tem saídas dessa vez!
E era verdade!
Eles estavam completamente cercados, ele tinha consciência disso, mas ele não deixaria Voldemort sair vivo dali também.
Ele continuou olhou firmemente os olhos do inimigo e ao redor, esperando algo que o distraísse e o desse tempo de destruir a cobra e a taça, ao cruzar seus olhos com outros negros sentiu uma raiva profunda, não estava preparado para o que aconteceu a seguir.
O dono dos olhos negros ergueu a varinha e pronunciou o feitiço da morte que matou a serpente.
Voldemort se virou furioso para seus comensais procurando o que tinha feito, Harry puxou a espada e destruiu a taça vendo seus melhores amigos caírem e Snape fugiu sem deixar rastro.
Foi tudo tão rápido que Voldemort não parecia entender, o coração de Harry doía ao observar os amigos e a dor aumentou quando seu inimigo gargalhou ao vê-los.
-Perdeu seus amigos Harry?-Disse friamente. -Não se preocupe vão se reencontrar em breve!
A partir daí os dois começaram a trocar feitiços uma e outra vez, o Avada Kedavra ainda não pronunciado, Harry não o queria usar, Voldemort não queria acertar a espada.
Os comensais parados e olhando, Voldemort deve ter dado instruções a eles sobre isso.
Harry começou a se preocupar de verdade quando um feitiço de Tom o fez perder a espada com a qual se defendia, mas logo se aliviou.
Seu patrono deu o recado para a Ordem da Fênix que apareceu em peso e começou a batalhar com os comensais.
Voldemort ainda mais furioso, Harry aproveita o momento para irritá-lo mais:
-Ficar tão irritado pode fazer mal pro coração Tom, você não vai querer morrer de enfarte, vai?
Ele apenas mirou seus olhos vermelhos nos verdes, sorriu com cinismo e desarmou Harry que caiu ao chão ferido.
Ele ia morrer, não tinha mais defesa e apesar de ouvir vozes conhecidas o chamando sabia que estavam ocupados se protegendo.
Pessoas que morreriam com ele!
Pessoas que ele amava!
Seus amigos desacordados ao lado!
Gina na enfermaria morrendo!
E Voldemort com a varinha apontada!
-Você não quer saber, Tom?-Perguntou tentativamente.
-O que Potter?-Disse o vilão ainda sorrindo ao ver seu inimigo ajoelhado a sua frente e tão vulnerável.
-A profecia!-Respondeu. -Não quer conhecê-la?
Harry notou o brilho humano que passou pelos olhos ofídicos que o olhavam com deleite, um brilho que lê reconheceria em qualquer lugar: curiosidade.
-O que adianta? Você vai morrer aqui e agora, a profecia não valerá de nada, não importa o que dissesse. -Disse ainda com o brilho.
-Tem certeza, Tom? Se fosse você eu ia querer saber antes de lançar esse feitiço, afinal, quem garante que dessa vez ele funciona? - Perguntou gracejando.
Aos poucos notou o som da batalha diminuir até acabar, todos os olhavam curiosos, comensais e Ordem.
-Diga de uma vez Potter, mas não espere que isso vá mudar o fato de que você vai morrer hoje! –Disse com raiva.
-“Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima...nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês...”-Harry parou nesse momento e Voldemort disse irritado:
-Essa parte eu já conheço!
-Não se impaciente Tom, o resto já está por vir! –falou Harry ao notar que sua pausa tinha conseguido o que queria, seu oponente estava tão desconcentrado quanto podia, mas ia ficar ainda mais.
Ele continuou:
- “e o Lorde das Trevas o marcará como seu igual” -Ouviu muitos ofegando nessa parte. - “mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece...” -Agora ele ouviu ainda mais ruído e Voldemort estreitou os olhos afrouxando a mão da varinha. - “e um dos dois deverá morrer na mão do outro pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver...” –Todos pareciam em choque e Voldemort extremamente distraído, Harry aproveito e em um rápido movimento socou a mão dele que tinha a varinha que foi parar longe.
Voldemort grunhiu, Harry se ergueu rapidamente e pegou a espada enquanto o outro pegava uma varinha que estava próxima no chão.
Harry se preocupou, não a tinha visto ali. Assim mesmo continuou:
- “aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar...”.
Ele ouve uma risada escandalosa e olha Bellatriz apontar a varinha e lhe dizer:
-Um moleque jamais pode ser mais poderoso do que o maior bruxo que já existiu!
Harry sorri e fala:
-Quem disse que eu sou mais poderoso do que o maior bruxo que já existiu? A profecia só diz que sou mais poderoso que Voldemort!
O mencionado não tem tempo de fazer nada, pois a mulher grita o feitiço da morte lançado-o na direção de Harry que se protege com a espada que é destruída enquanto a bruxa cai ao chão morta e seus amigos acordam se levantando confusos, mas em posição defensiva.
Voldemort solta um grito enlouquecido, afasta Hermione com força fazendo-a cair ao chão, aponta a varinha pra Harry e diz:
-Quem vai morrer é você. Avada Kedavra!
Mas nada acontece, ele confuso grita a maldição novamente, mas nada ocorre. Todos parecem confusos e Harry começa a rir das tentativas do inimigo junto com a Ordem.
Então as vozes dos gêmeos, em perfeita sintonia, anunciam:
-Varinha engana besta!
-Feita para todos que tem um inimigo idiota!
Voldemort se enfurece terrivelmente e a dor na cicatriz cega e derruba Harry que só consegue ouvir Rony gritar e o Lorde das Trevas pronunciar a maldição logo após, enquanto o senhor Weasley grita os nomes dos filhos gêmeos.
Harry se apavora pensando ter perdido mais alguém, a batalha recomeça com muita força e gritos de dor são ouvidos por todos os lados.
Ele pensa que deve ser forte, precisa matar Voldemort, precisa se vingar por todos que ama e perdeu.
Com uma força desconhecida ele se ergue e percebe que a cicatriz não dói mais. Encara seu eterno pesadelo que duela com Moody.
Sente um desespero profundo que o impulsiona a gritar:
-VOLDEMORT!EU VOU TE MATAR!
O outro o olha com interesse e vai a sua direção depois derrubar o ex-auror.
Os dois ficam próximos e um pouco distante da batalha, junto a uma das portas.
-O que foi Potter? Resolveu ter sangue nas veias?
Harry sente mais ódio do que jamais sentiu e os olhos conectados parecem saltar faíscas enquanto as varinhas se apontam.
A porta próxima a eles se abre de repente e eles são puxados por algo para dentro de forma inesperada.
Os dois se olham mais firmemente quando a porta se fecha e não conseguem distinguir nada ao redor além de paredes.
De um momento a outro uma dor alucinante golpeia os dois, momentos terríveis passam em suas frentes, suas vidas no que elas tiveram de pior, no que eles mais odiaram.
Os dois conseguem sentir suas forças os abandonarem e Harry se desespera ao se ver trancado no armário embaixo da escada da casa de seus tios, ele sente o ódio do tio, ele sente o próprio ódio pelo tio.
Ele sente ódio por Dumbledore por o deixar lá, ele odeia Sirius por não ter estado quando precisava, ele odeia os amigos por não estarem ali, ele odeia a si por odiar a todos que ama.
A todos que ama...
Que ama...
Ama...
Ele ama essas pessoas...
Ele não as odeia, nem as culpa por nada disso...
Ele não odeia nem o tio ou a tia...
Ele não odeia nem mesmo Malfoy...
Mas ele odeia Voldemort e ele odeia a si mesmo por não ser o suficientemente forte para destruir aquele que matou seus pais e acabou com sua infância e vida.
Aquele que ainda mataria muitos que ele ama...
Então Harry finalmente entendeu que se ele morrer e Voldemort sobreviver, todos que tiveram alguma ligação com ele morreriam.
Inclusive seus tios e os Malfoy!
Deixar Voldemort vencer é condenar a morte todos que ainda estavam vivos!
Ele não tem força para matar Voldemort para se vingar de quem já perdeu, Voldemort conhece a vingança muito bem!
Ele tem que ter força para matar Voldemort para proteger aqueles que ama, Voldemort não conhece o amor!
Uma sensação o preencheu e o livrou da angústia, ele conseguiu ver seu maior inimigo ainda preso em seu tormento. Uma vida cheia de dor, ódio e desejo de vingança.
A sala não tinha nada que pudesse ser visto e finalmente Harry entendeu.
Aquela era a sala trancada, a que contém a força maior do mundo, a que contém a força que ele possui e Voldemort não.
Amor...
-Sabe, é engraçado! Se qualquer um que tenha conhecido o amor entrasse nessa sala com você, teria o poder para te matar tanto quanto eu tenho agora!E sabe o motivo de ser eu e não qualquer outro, Tom?
Ele viu Voldemort erguer o rosto atormentado, odiando-o, parecia estar prestando atenção, então ele continuou:
-Você me escolheu para te matar!
Harry ergueu a varinha, mas ao invés de apontar para ele apontou para porta e a abriu.
-Mas o caso Tom, é que não vou te matar como você me mataria!Seria vingança e eu não quero ser igual a você!
Ele levou o outro para fora da sala. Todos os olhavam, os comensais pareciam ter sido derrotados, havia corpos por todos os lados.
Todos apontaram suas varinhas, mas ele não permitiu que ninguém atacasse.
Voldemort estava se recuperando e se erguendo aos poucos, quando esteve completamente de pé Harry disse:
-Mas eu não vou deixar você viver para destruir mais vidas!
E apesar do outro ter tentado o ataque, não foi tão rápido quanto o pequeno herói que pronunciou o feitiço que marcou sua testa e presenciou a queda do corpo finalmente sem vida de Lord Voldemort.
Harry olhou ao redor e percebeu que todos estavam impressionados demais para se mover do lugar, sorriu um pouco com isso.
Também viu um comensal tentar escapar, mas Hermione reagir e amarrá-lo com um feitiço, enquanto segurava-o e dizia:
-Tem o direito de permanecer em silêncio. Tudo que disser pode e será usado contra você no tribunal. -Então ela reparou nas expressões chocadas dos que estavam a olhando e disse sorrindo:
-Sempre quis dizer isso!
Harry riu mais!
No entanto seu sorriso murchou completamente ao ver um pouco distante cabelos ruivos no chão e lembrando dos gêmeos ele vai até eles, cautelosamente ele se aproxima temendo o que vai encontrar, mas nada poderia prepará-lo para o que ele vê:
O corpo incontestavelmente morto de Molly Weasley.
Todos parecem reagir ao chegar à mesma constatação e uma onda de choro é ouvida tanto pela senhora Weasley quanto por Ollho-Tonto que também está morto.
Uma profunda dor acomete Harry que não consegue ficar ali por mais tempo e sai vendo como seu melhor amigo sofre ao perder a mãe enquanto Mione o abraça chorando muito.
Infelizmente o desejo dele não se realizou, Rony viu sua mãe morrer, mais tarde ele saberia que foi a varinha do próprio ruivo a utilizada para matar sua mãe.
Outra história tinha chegado ao fim e ele sentia muito pelo final não ser tão feliz quanto Mione desejava.
Ele precisava ir a Hogwarts agora, ver se sua ruivinha estava bem e dar a ela a pior das notícias, o resto, poderia esperar, Gina não.


O mundo bruxo estava em polvorosa mesmo depois de passado meses da última batalha. O clima em Hogwarts parecia normal, mas uma sombra de dor estava presente em cada olhar dentro daquelas paredes.
O trio resolveu voltar para escola e se esforçar para em poucos meses ficarem preparados para prestar os N.I.E.N.S. junto a seus colegas e eles conseguiram apesar de já terem profissões garantidas.
A família Weasley nunca mais se recuperaria da perda da mãe que se atirou em frente aos filhos para protegê-los, da mesma forma que Lily Potter fez por sua filho de um ano há quase 17 anos.
Apesar da dor, Gina acordou bem vivaz e apoiou Harry em todos os momentos.
Enquanto o mundo bruxo aclamava-o como seu maior herói, ela e seus amigos o abraçavam como seu Harry.
A pequena Lily que Harry encontrou há algum tempo foi visitá-los em hogwarts alegrando o ambiente diversas vezes com seus sorrisos, Fleur e Gui a adotaram e Harry sabia que ela estava em ótimas mãos.
Nesse momento Harry estava sentado nas arquibancadas do campo de quadribol, de noite seria o jantar de despedida daquele ano em Hogwarts, seu último ano como aluno, ele observava tudo e todos com Rony e Mione ao lado dele. Eles estavam discutindo entre os três o que afinal tinha dado em Snape e onde ele estava, já que ninguém teve notícias dele outra vez.
-Acho que ele ficou doido!
-Não diga absurdos Ronald, o Snape deve ter tido um motivo para matar Nagini, talvez ele estivesse do nosso lado no fim de tudo.
-Não diga absurdos, você Mione. Ele matou Dumbledore. -Disse o ruivo exasperado.
-Sim matou. –Admitiu a menina. –Mas eu não acho que Dumbledore imploraria pela vida, acho que ele implorou por outra coisa.
Harry finalmente falou:
-Não sei o que aconteceu aquela noite, nem com Snape e o que eu acho é que nunca vamos descobrir algumas coisas.
-Mas isso não nos impede de tentar! -Disse Mione com os olhos brilhando.
-Verdade, somos o trio maravilha que descobre tudo que se propõe descobrir e, afinal, o que é a vida sem mistérios?
-Não é vida, irmão, não é vida! -Respondeu Harry sorrindo.
Os três ficaram mais um tempo por lá até que deu a hora do jantar e Gina os chamou para entrar.
O salão estava enfeitado com as cores das quatro casas e havia sete, ao invés de quatro mesas, uma para cada ano, mas havia um espaço extra em cada para que os alunos sentassem com outros anos se quisessem.
Os do sétimo ano, Draco Malfoy incluído, estavam reunidos com alguns do sexto, como Gina e Luna.
Quando todos já estavam no salão, McGonagall se levantou da cadeira a qual pertence como diretora e começou a falar:
-Boa noite a todos!Nos últimos anos nós vimos muitas coisas acontecerem, coisas que nos separaram, nos feriram, nos machucaram infinitamente, mas também fomos testemunhas de coisas que nos uniram, nos ergueram e nos alegraram de grande maneira. Hoje eu me ergo aqui com orgulho para homenagear a todos que lutaram, os vivos e os mortos, para dar felicidades ao sétimo ano, uma turma excepcional que nos transformou por completo e que está se formando, já deixando muita saudade. Estou de pé não com o propósito de anunciar a casa vitoriosa, mas para anunciar que todos vencemos. Porque, a partir de agora, não vamos mais construir muros que nos separem, vamos começar a construir pontes que nos unam e fortaleçam, pois pela primeira vez na história da escola, nós realizamos o maior sonho de seus fundadores, pela primeira vez nesses mil anos nós não somos Corvinal, Lufa-lufa, Grifinória ou Sonserina, pela primeira vez nós todos somos Hogwarts!
Aplausos preencheram todo o salão, logo todos conversavam animados sobre seus planos enquanto jantavam, foram dormir e acordaram trocando endereços e idéias de um novo dia.
Despediram-se da escola prometendo retornar um dia para uma visita ou algo mais.
Subiram ao Expresso de Hogwarts e viram pelas janelas o povoado de Hogsmeade ficar distante e o castelo pequeno.
Harry, Rony, Mione e Gina sentaram em uma cabine e conversaram sobre o que viria pela frente.
-Eu vou estuda para auror e vou voltar para Hogwarts quando acabar, McGonagall me chamou para ensinar Defesa quando estiver preparado. -Disse Harry.
-Isso é ótimo, mas sempre pensei que seu sonho era ser auror!-Disse Gina.
-Foi, mas eu percebi que já enfrentei bruxos das trevas o suficiente por uma vida!
Eles riram.
-Além disso, quero preparar as crianças a se defenderem do que forem enfrentar.
-Por que diz isso cara?-Perguntou Rony.
-É, Harry!-Disse Mione. -Não tem mais perigo agora sem Voldemort, tudo está bem controlado.
Harry apenas sorriu, não queria destruir a ilusão de paz eterna de seus amigos, mas agora ele já sabia que apesar do que pensam, as guerras são apenas batalhas finitas de uma guerra interminável que atravessa o espaço e o próprio tempo: a guerra do bem contra o mal.
Mas não apenas de uma pessoa boa contra uma má, já que ninguém é 100% um dos dois, e sim do bem e do mal que existe dentro de cada um.
Ele sabia que a violência não existiria se o amor vencesse o ódio e a ambição que a maioria das pessoas carregam, mas ela existe porque nem todos acreditam no real poder do amor.
Não que ele possa terminar uma guerra, Harry sabia que ele só poderia evitá-la ao criar um mundo mais justo.
Não há uma guerra que foi vencida pelo poder do amor, mas nenhuma guerra foi realmente vencida.
Não se pode chamar de vitória toda a dor, sofrimento e tantas perdas para todos os lados e é isso que fica da guerra para as pessoas que dela sobrevivem.
Para os outros apenas sobra uma página nos livros de história, livros que serão lidos por um futuro descendente do ódio e da violência.
E por mais que esse amanhã tente erradicar o problema não conseguirá, pois na alma haverá uma marca causada pelas batalhas do passado.
Essa marca poderá estar na superfície, mas ficará sempre lá, para lembrar a dor e por conseqüência causar mais, até abrir outra marca, também superficial, mas definitiva, assim...como uma cicatriz.

FIM

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