Bela Armadilha
Bela Armadilha
Não estava mais na confortável cama!
Foi o primeiro que notou assim que acordou, ainda sem abrir os olhos. Quando o fez, percebeu que estava na casa que ele e os amigos tinham... “invadido” e esses estavam ao lado do sofá em que ele estava deitado.
-Como você está, Harry?-Perguntou sua amiga.
-Como se tivesse sido cuspido por uma fonte!Como mais espera que ele esteja Mione!-Falou Rony.
-Olha aqui Rony, você não vai falar assim comigo ou...
-Ei!Esperem voces dois!-Disse tentando evitar a briga. -Eu to bem, só quero saber o que houve!
Os amigos se olharam antes de Rony esclarecer:
-De repente a neblina foi sugada por aquela estátua e aquilo puxou você, a gente gritou, mas já era tarde, você tava na água e quando saiu, caiu no chão e desmaiou. Então te trouxemos pra cá!
-Entendo!-Falou pensativo. -E voces não viram mais nada?
Os dois amigos se olharam de novo e, dessa vez, Mione perguntou:
-O que deveríamos ter visto?
Harry os olhou, respirou fundo e disse:
-Eu sei que vai parecer estranho, mas...- Parou sem saber o que falar. -Eu os vi!
-Viu quem?-Perguntou a amiga novamente.
-Meus pais. E Sirius e Dumbledore. -Um silêncio seguiu a essa declaração. -Eu sei que vocês estão achando que eu estou louco, talvez esteja, mas foi tão real, eu me recuso a pensar que foi só um sonho, eu os abracei e eles disseram que vão estar comigo pra sempre e...-Harry falou tudo rápido e parou de forma abrupta, os amigos sorriram compreensivos.
-Nós entendemos, cara!
-É Harry nós sabemos como é!
-Será que entendem mesmo?-Perguntou o moreno com olhar triste. -Sabem, as pessoas sempre dizem que quando perdemos alguém devemos lembrar dos bons momentos que tivemos com essa pessoa, mas não importa o quanto eu tente sorrir lembrando o passado, as lágrimas sempre vão cair porque a única coisa presente é a dor e a saudade apertando o peito e lembrando que não vamos vê-los ou tocá-los novamente fora de nossos sonhos. -Ele parou e respirou fundo uma segunda vez antes de continuar. –Eu sei que sentem falta de pessoas. Devem ter perdido parentes e sei que gostavam de Sirius e Dumbledore, mas...eu realmente espero que a dor de ver as pessoas mais importantes de suas vidas morrerem seja uma que vocês nunca sintam.
Hermione tinha os olhos cheios d’água quando falou:
-Nós te amamos, Harry!Nunca vamos te deixar sozinho e sabemos que todos que te amam, mesmo os que já foram também não vão te abandonar.
-É isso aí companheiro, estamos nessa juntos e nunca vamos nos separar!
Os três se deram as mãos formando um círculo, em uma promessa muda de que nada nem ninguém conseguiria os separar.
-Precisamos voltar lá!- Falou Harry quando se acalmaram um pouco. -Tenho certeza de que Voldemort colocou alguma coisa naquela fonte! –Ele olhou os olhos dos amigos antes de completar. –Eu colocaria!
Os outros acenaram concordando e combinaram de ir para lá, mas, preferivelmente, só durante o dia.
Os três rodeavam a fonte a olhando detenidamente, nada de névoa essa vez e eles não se aproximaram muito para não correr o risco de que o que Rony chamou de tentáculo assassino os pegasse.
Eles andavam e andavam em círculos, o tempo passava, eles começavam a se frustrar e chegou uma hora que o ruivo precisou dizer:
-To cansado e com fome!A gente ta aqui há horas e não achou nada.
-Tem razão!-Disse Mione. –Talvez a gente tenha que entra nela!
Os dois a olharam como se ela tivesse ficado maluca, mas Harry suspirou bagunçando o cabelo e disse:
-Talvez seja isso mesmo!
Rony ainda mais frustrado disse:
-Eu não acredito que a gente vai ter que morrer pra descobrir alguma coisa.
Ele chutou a fonte, irritado.
E a fonte pulou para o lado os assustando e deixando um buraco no chão.
-Eu não acredito que a gente tinha que chutar ela. Que tipo de brincadeira é essa?
-Acho que é tudo menos brincadeira Mione. –Disse Harry olhando o pé de Rony que estava sangrando. –Dumbledore também teve que dar sangue pra entrar na caverna.
Os três se olharam e olharam o buraco:
-Nós temos que entrar aí? –Perguntou Rony.
-Não sei. -Disse Harry sincero. –Mas eu vou descobrir, vocês fiquem aqui!
-Nem pensar!
-Não vai nos deixar para trás!
Reclamaram os dois ao mesmo tempo.
Ele os olhou, preocupado, mas aceitou:
-Tudo bem, mas eu vou primeiro!
Ele pulou seguido dos amigos, quando chegaram ao chão receberam o impacto e se machucaram. Não conseguiam enxergar nada, por isso acionaram o Lumus em suas varinhas e se surpreenderam com o que viram.
Havia uma pedra como se fosse um altar e em cima dela a taça da fundadora de Lufa-lufa.
Harry segurou a espada presa em sua cintura com firmeza, parecia preocupado, olhando todos os lados, Rony avançou até a taça.
-Espera!-Falou Harry.
-Por que?-Perguntou o ruivo parando.
-Isso está fácil demais!- Disse se aproximando do amigo junto com Mione.
Os três olharam o lugar atentamente agora, mas não viram nada muito suspeito, parecia um buraco normal, mas tinha uma horcrux dentro.
Vamos pegá-la juntos!-Disse Mione.
Harry ia retrucar, mas desistiu se resignando perante a determinação dos amigos.
-Talvez fosse melhor destruí-la aqui mesmo!-Disse Rony.
-NÃO!-Gritou Harry nervoso. -É que pode ter um escudo, ou armadilha e...
Os amigos se entreolharam e Mione disse:
-Nós sabemos o que vai acontecer se destruir a taça, Harry.
Ele, que estava olhando pro chão, levantou o olhar parecendo confuso.
-Então...
-Confiamos em você!-Interrompeu Rony. –Não temos medo!
Hermione sorriu e Harry só pode respirar fundo, mas bem fundo mesmo, antes de dizer:
-Vamos levá-la lá pra cima, aqui em baixo não parece um bom lugar para desmaiar.
Eles concordaram e ergueram as mãos os três juntos. Pegaram a taça e ouviram algo se mexer na superfície.
Olharam para cima e viram a água negra cair em cima deles.
Seguraram a taça com força e não a soltaram, mas estavam sentindo desespero, angústia, medo, os piores sentimentos deles estavam se fortalecendo e eles estavam se afogando na escuridão.
As mãos deles estavam se soltando da taça, mas Harry gritou em desespero:
-NÃO DESISTAM!
Os três apertaram com mais força a taça, achando um ponto de refúgio, a água os empurrou para cima e eles caíram no chão ainda com a taça firme. Olharam para o céu ainda agitados e com a angústia no peito e logo perceberam que estava muito frio.
Muitos dementadores estavam se aproximando de forma rápida e eles apontaram a varinha para cima, ou tentaram, não tinham forças para se defender, tentaram o feitiço do Patrono, mas nada conseguiram, estavam desesperançados, mas ainda seguravam a taça com algum tipo de energia que não sabiam de onde vinha, apesar de não parecer que ia embora.
Os dementadores começaram a sugá-los e eles tentavam resistir, até que uma lembrança atacou os três ao mesmo tempo, como se eles fossem um, o trasgo queria bater em Hermione e logo ela estava na enfermaria petrificada, Rony estava desacordado enquanto usavam o vira-tempo. Harry estava sendo atacado pelo dragão, Mione caía com um feitiço e Rony era atacado por aqueles cérebros estranhos, Harry via Sirius cair atrás do véu e gritava, os três estavam juntos, no enterro de Dumbledore, estavam de mãos dadas na casa abandonada e as lembranças não eram ruins mais.
Eles se concentraram em estar juntos e com suas últimas forças ergueram as varinhas, três diferentes animais prateados foram contra os dementadores, seus donos se sentaram e observaram, três animais tão diferentes lutando juntos, como eles sempre o fizeram, como eles sempre o fariam.
Os dementadores estavam fugindo.
Harry sentiu a cicatriz doer e uma euforia que não lhe pertencia, vi um lugar no qual ele não estava, mas ele sabia onde era, o ministério da magia, a sala do véu onde Sirius morreu, vários encapuzados estavam se espalhando pelo local e uma risada fria, a mesma que ele escutava quando se lembrava da morte dos pais, ressoava nos seus ouvidos como uma música sinistra e perturbadora, impedindo-o de pensar em algo mais além da figura do ministro da magia se retorcendo e agonizando no chão.
A imagem sumiu, o cervo se aproximou do dono que o mandou para algum lugar.
Os amigos estavam preocupados com ele, percebia pelos seus olhares.
-Voldemort está atacando o ministério!-Disse ele.
E nada mais precisou ser dito, os três, ainda com a taça firme nas mãos, aparataram e chegaram ao local que estava completamente vazio, não viam ninguém, seguiram até o departamento de mistérios seguindo Harry e Rony, sem agüentar a curiosidade,perguntou:
-Sei que não é o momento mais oportuno, mas o que aqueles dementadores estavam fazendo lá?
-Deviam fazer parte da armadilha. -Respondeu Mione. -Enfraquecer nossas emoções para nos atacar depois.
-Sim, não podemos negar que foi uma boa armadilha. -Disse Harry quando chegaram à sala circular.
-Que bom que gostou! -Ouviram uma voz fria e sibilante, como uma cobra.
Harry não precisou olhar ou da dor na cicatriz para saber que Lord Voldemort estava na frente deles.
HPHPHPHPHPHP
Capítulo pequeno, eu sei, se bem que saiu maior do que eu esperava, tive que cortar umas coisas que poderiam ser consideradas spoilers.
Desculpem mesmo pela demora, o próximo é a batalha final e talvez o último, mas acho que farei mais um.
Estava completamente sem tempo,eu acordei as 6 da manha pra fazer esse, mas dependendo de quantas pessoas se interessarem eu posto mais rápido.
Não dá pra responder os comentários porque eu tenho uns trabalhinhos pra fazer.
Obrigada a todos! Vocês não sabem o quão importante pra mim é saber que tem gente que curte a fic, se não, eu não teria motivo pra continuar, faço isso por vocês e pq eu me divirto.
Um bj e até o próximo!
Tchauzinho!
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